• Drama,  Salgados

    Moonlight & PF Vegetariano

    Moonlight, sob a luz do luar, é um filme, acima de tudo, elegante. Ele consegue abordar os mais diversos assuntos polêmicos com uma sensibilidade e delicadeza incríveis.

    – Estou aqui há muito tempo. Fora de Cuba. Há muitos negros em Cuba. Você não sabe o que eu passei para estar aqui agora. Eu era um pequeno menino selvagem. Igual a você. Corria sem sapatos até a lua.

    Uma vez, me deparei com essa … essa mulher idosa que estava me rodeando, não tinha comida, garoto. Estava correndo, gritando. Um pouco bobo, menino. Esta velha mulher me parou. E me disse:

    “Correndo por aí, à luz do luar. À luz da lua, crianças negras parecem azuis.

    – Você é azul(Blue). É assim que você vai chamar: Azul ”

    – Esse é o seu nome, “Blue”?

    – Não … Em algum momento, você tem que decidir por si mesmo quem você é. Você não pode deixar ninguém tomar essa decisão para você.

    Para fãs de Wong Kar-Wai é impossível não ver a inspiração de Barry Jenkins em toda a filmografia do chinês. Desde as tomadas de lado da tela até as músicas que compoem a trilha sonora. Jenkins mesmo conta que é grande fã do diretor.

    Segura aqui na minha mão e assista esse comparativo:

    Voltando a Moonlight, ele se passa em 3 tempos da vida de Chiron, o personagem principal do drama: desde sua infância até se tornar um adulto. Desde os momentos que sofreu bullying e preconceito, até a descoberta da sexualidade, a guerra da etnia, do status social, o mundo das drogas e , por fim, a resposta da coisa mais importante que levou consigo nessa vida toda.

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    Choro tanto que, às vezes, acho que vou virar lágrimas.

    O filme vai te levando a questionar as tuas próprias escolhas na vida. Em que momento deveria ter sido mais o que tu querias do que o que a sociedade esperava de ti? Jenkins consegue não confundir o espectador, mesmo com os pulos no tempo e troca de atores, conforme Chiron vai crescendo. É poético, bonito e, ao mesmo tempo, triste. Porém, a vida não é um morango e todos nós sabemos disso. O que mais impressiona é a força tímida daquele garoto, que desde pequeno é ”adotado” por um traficante (Mahershala Ali excepcional no papel, ainda que curto, mas que lhe rendeu diversas indicações como ator coadjuvante), que se indigna com a conduta da mãe do menino.

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    Nesse momento… você está no meio do mundo, cara.

    Não há flashbacks, que nos deixam com aquela nostalgia do passado, não há escolhas para o que já se foi. Em passadas largas, o roteiro vai encaixando a passagem do tempo de forma incrível, nos deixando com aquela suave alegria de estar vislumbrando uma bela película. Chiron se defronta com sua vida e suas verdades. Com quem ele foi, quem é no momento e quem será. Ele é um otimista, apesar de tudo. Ele não perde a esperança. Ele vive o que é preciso viver, no momento que lhe é dado pela vida.

    De Little, na infância (vivido pelo fofo e incrível ator mirim Alex Hibbert), vamos a Chiron, em sua fase adolescente, e terminamos em Black, já homem formado que ainda está em busca de sua verdade. Já calejado da vida e transformado em alguém menos doce (pelo menos aparentemente), vai nos levando por um roteiro que poderia ter sido cansativo se tivesse nas mãos erradas, mas isso jamais acontece. Moonlight flui e a gente vai se sentindo parte de tudo aquilo, como faz com maestria o tão inspirador Kar-Wai em seus filmes.

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    James Laxton dá uma aula de direção de fotografia, onde mantem o filme objetivo, mas com a atmosfera perfeita de cada momento. Com lentes azuladas e tomadas noturnas incríveis (banhadas pela luz do luar – como o título do filme), ele nos faz sentir coisas que acabam como que num suspiro. A trilha sonora segue na mesma vibração, que você volta o filme para poder ouvir de novo aquela música que te deixa com o peito apertado (ou aberto) com lágrimas nos olhos (eu tenho muito disso com a música, acho que ela é sempre um personagem em alguns filmes – quando bons, sempre é).

    – Não te vejo há uma década. Não é o que eu esperava…

    – Esperava o que?

    Moonlight é um filme para ser visto com o peito aberto. Pode doer, pode te fazer sorrir e chorar. Como um momento de descobertas, escolhas, desafetos, desavenças familiares, estilo de vida, e amor. Amor, sempre amor.

    Trailer:

    A cena que me inspirou sobre a receita de hoje foi essa, não vou contar detalhes sobre ela para não estragar o filme, apenas contemplem e sorriam.

    Tem algo melhor do que se cozinhar com amor?

    Fiz um PF vegetariano, para que todos possam ver que existe vida além do bife ahueshua. Usei um bife vegetariano da Superbom, que eu particularmente gosto bastante. Vou passar o resto dos detalhes na receita abaixo, também pode acompanhar um ovo frito e batatas fritas. Vai do gosto do cliente (ou do amor). O feijão já contei pra vocês como eu faço nesse post (só troquei pelo feijão preto dessa vez). Vou falar na receita como fazer o arro, a couve e o bife vegetal (que muita gente vira a cara, mas é que não tempera direitinho para que fique bem gostoso!). Vamos lá?

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    PF Vegetariano

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 40 min
    Serve: 2 pessoas

    Ingredientes

    • 1 xic. de arroz
    • 2 xic. de água
    • 4 dentes de alho picado
    • 8 colher sopa de azeite de oliva
    • 1 maço de couve
    • 1 cebola em rodelas
    • 1 colher de chá de açúcar mascavo
    • 2 colheres de sopa de shoyu
    • Sal, orégano e pimenta do reino a gosto
    • 1 lata de bife vegetal (contem mais ou menos 6 unidades)

    Modo de fazer:

    1. Vamos começar pelo arroz: refogue o alho uma colher de azeite, junte o arroz, frite por alguns minutos, junte a agua e deixe ferver em fogo médio. Quando a água começar a secar, tampe a panela, baixe o fogo e deixe por mais 1 minuto, desligue a panela e deixe tampada descansando.
    2. Aproveite enquanto o arroz está sendo feito e tempere os bifes: em uma travessa coloque os bifinhos, sal, pimenta, 1 dente de alho, 2 colheres de azeite, o shoyu e o orégano. Deixe descansar por uns 5 minutos para tomar gosto. Frite em uma frigideira anti-aderente, depois de dourados de ambos os lados, reserve.
    3. Para o acebolado, coloque 2 colheres de azeite e as cebolas em rodela, quando começarem a dourar, coloque o açúcar mascavo. Em fogo baixíssimo deixe com que elas caramelizem.
    4. Para a couve, aqueça 2 colheres de azeite, junte o alho, doure, cuidado para não queimar, junte a couve e o sal. Mexa e abafe com a tampa, em fogo baixo, mexa algumas vezes. Fica pronto em coisa de 3 minutos.
    5. Para a montagem: acomode o arroz, sirva o feijão, os bifes com o acebolado em cima e a couve. Bom proveito! =0)
  • Drama,  Salgados

    Fallen Angels & Noodles de Legumes

    Eu lembro quando vi o primeiro filme de Wong Kar-Wai. Por incrível que pareça, eu não assisti eles na cronologia certa da obra do diretor. O mais interessante foi que mesmo tendo visto a trilogia que termina em 2046 ao contrário, os filmes dele são únicos, apesar de terem links um com os outros. Muitas vezes você acha que facilmente um personagem poderia habitar outro filme dele. É aquela coisa mágica de sem saber de quem era o filme, você pode dizer: isso é um filme de Kar-Wai.

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    Fallen Angels é um filme de 1995, como uma câmera que clama por urgências, assim como os seus personagens, Kar-Wai vai nos levando a conhecer algumas pessoas, suas solidões e seus devaneios. Com uma direção de fotografia genial de Chris Doyle, o filme consegue passar sensações incríveis, com cenas por vezes até silenciosas. Ambientado em Hong Kong, Fallen Angels tem como história principal a vida de uma dupla de assassinos profissionais. Ele, Wong Chi-Ming (Leon Lai), mata, ela (Michele Reis) limpa. Ela prepara, ele executa. Ambos são como sócios, mas mal sabia ele, aquele homem solitário e soturno que ela era apaixonada por ele.

    Ainda somos parceiros?
    Somos parceiros há 155 dias.
    Hoje é a primeira vez que nos sentamos lado a lado.
    Quase nunca nos vimos.
    Eu sei bem que os homens não conseguem controlar a sua paixão.
    Talvez nunca nos devêssemos ter envolvido emocionalmente…

    Kar-Wai é o rei em criar personagens solitários. A solidão abraça cada um de seus personagens, enquanto ele os coloca formatados de algum dos lados da tela. A sensação de estar só é muito muito visível no modo de filmar desse genial diretor. Realmente nos leva a ter aquela impressão de que não se tem nada mais além da própria companhia.

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    Em outra história, que temos dentro do filme, temos o personagem de Takeshi Kaneshiro, Ho Chi Moo, um cara meio doido, que escapou da prisão e ficou mudo depois de comer uma lata de abacaxis em calda, que estavam fora da data de validade. Fazendo aqui uma menção aos abacaxis de Chungking Express, já que Fallen Angels era para ser mais uma história dentro de Chungking, porém, o diretor resolveu fazer outro filme dele. Ainda bem. Ho Chi Moo é um cara excêntrico, ele entra a noite em lojas e restaurantes e as abre, para que as pessoas possam consumir coisas. Além disso ele dirige um divertido caminhão de sorvete, onde temos as mais insanas cenas. Ele mora com o pai, com quem te uma relação de muita admiração e amor. As cenas dos dois são realmente de chorar no canto da tela. O que vem para provar que ele era um cara de um coração enorme que só queria fazer o bem, fazendo os outros se sentirem bem e, muitas vezes, ele se machuca muito por conta disso. Como quando ele conhece uma maluca nas suas andanças noturnas e se apaixona por ela. Uma das melhores e mais verdadeiras cenas de como a pessoa se sente quando se enamora por alguém. Até cheirar o cabelo da pessoa já é um bálsamo.

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    Quem me conhece sabe que eu sou muito musical, que a minha vida é embalada por uma trilha sonora enorme e em Fallen Angels há momentos incríveis nesse âmbito. Um épico passeio de moto com fundo de “Only You” dos Flying Pickets é uma das coisas mais bonitas da história do cinema e essa imagem não vai sair nunca mais da sua cabeça.
    Wong Kar-Wai mostra mais uma vez sua maestria em fazer com que a gente acumule sensações e esperanças sobre a vida e o amor. Ele nos leva pela mão e as vezes a solta, mas a gente sabe muito bem que quer pra sempre ver outro e mais outro filme desse diretor chines primoroso.

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    Por todos os lados, se bem olharmos, veremos os anjos caídos tentando se encontrar. Assistam. =)

    Hoje teremos Noodles de Legumes para acompanhar o filme. Porque Michele Reis come enigmaticamente uma cumbuca deles em uma cena muito boa do filme, dá vontade de comer, então, vamos comer!

    Noodles de Legumes

    Tempo de Preparação: 20 mins
    Tempo de Cozimento: 30 mins
    Serve: 2 pessoas

    Ingredientes

    • 250 g de macarrão (usei udon)
    • 100 g de brócolis
    • 100 g de cogumelos fatiados
    • 100 g de vagem fatiada
    • 100 g de pimentão amarelo picado
    • 100 g de cebola cortada em cubos
    • 100 g de cebola cortada em cubos
    • 2 dentes de alho pequenos amassados
    • 100 g de cenoura em fatias finas
    • 100 g de repolho fatiado
    • 50 ml de shoyu
    • 1 xíc. de chá de água
    • 1 colher de sopa de amido de milho
    • Sal
    • Pimenta do reino
    • Azeite de oliva
    • 2 litros de água para o cozimento da massa

    Como fazer?

    1. Coloque a água em uma panela para ferver
    2. Cozinhe a massa conforme indicação da embalagem. Escorra.
    3. Em uma panela wok (ou qualquer outra que tenhas) coloque um fio de azeite.
    4. Refogue a cebola e o alho rapidamente. Adicione a cenoura, a vagem e o brócolis e tampe por alguns minutos em fogo baixo. Tempere com o shoyu, sal e pimenta.
    5. Em seguida coloque o pimentão, o repolho e os cogumelos. Adicione 1/2 xícara de água. Mais uma vez abafe com a tampa e deixe cozinhar por uns 4 minutos.
    6. No restante da água adicione a colher de amido de milho e mexa bem.
    7. Acrescente aos legumes esse liquido e mexa por alguns minutos até obter um caldo brilhante e bonito.
    8. Misture a massa já cozida aos legumes, mexa bem e sirva em seguida.
  • Comédia,  Drama,  Romance,  Salgados

    Amores Expressos & Panqueca de Cenoura

    O diretor Wong Kar-Wai tem uma coisa com números. Temos as datas de validade nas latas de abacaxi, temos o quarto 2046, temos amigos daquela exata hora em Days of being wild, temos enfim o policial 633 (beijos Dai!) e o 233 em Chungking Express. Talvez porque os números marquem exatos momentos que a gente tem com alguém. Números de telefone, aquele endereço, o dia do aniversário daquela pessoa, uma matrícula da faculdade, um ano que vivemos juntos. Se formos pensar, em tudo temos números e lembrar deles traz uma certa nostalgia. É, isso é Wong Kar-Wai, como as chaves deixadas no café em Blueberry Nights. São as pequenas coisas que significam muito.

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    Em Chungking Express (no Brasil “Amores Expressos”) temos duas histórias. Uma do policial 233 chamado He Qiwu (Takeshi Kaneshiro) que frequenta diariamente a lancheria Midnight Express e acaba ficando amigo do dono do lugar.

    He Qiwu está visivelmente machucado pelo final de sua relação de 5 anos com sua ex-namorada May. Tentando superar tal fato ele começa a comprar 1 lata de abacaxi em conserva por dia, durante 1 mês, todas com data de vencimento em 1 de maio de 1994. Ele dá um prazo a si mesmo, caso ela não volte até essa data, ele vai tratar de desistir da relação com a ex e esquecê-la.

    [blockquote size=”third” align=”right”] Se o amor tem um prazo de validade, então que dure dez mil anos.[/blockquote]

    Paralelamente ele acaba conhecendo uma loira misteriosa em uma boate e com ela troca as mais diversas confidências sobre a sua sofrência pela ex-namorada. A loira é vivida pela atriz Brigitte Lin, e em nenhum momento ela revela algo sobre a sua vida.

    Porém, as cenas que seguem nos mostram que ela é uma criminosa que trafica drogas, mata pessoas, rapta crianças, envolta em toda uma atmosfera misteriosa, com seu trend-coach muito bem amarrado. Essa relação dos dois acredito que tenha sido colocada ali só para demonstrar a solidão das pessoas, já tão desiludidas com a vida e com o amor.

    Aquele momento que parece que não há nada mais a temer, nada tem mais graça, se não se tem o amor.

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    Kar-Wai nos coloca dentro de uma Hong Kong pra lá de cosmopolita e ao mesmo tempo, coloca em xeque toda a solidão de seus personagens, mesmo estando em um lugar sempre cheio de muita gente.

    As corridas de He Qiwu, onde ele diz que precisa suar bastante para não sobrar água para lágrimas, a impaciência do cão com ele, que parece não aguentar mais ele reclamando de tamanha desilusão, a relação dele com a loira misteriosa que não leva a lugar nenhum, fazem do personagem de Takeshi Kaneshiro um dos mais envolventes (e muitas vezes engraçados) do filme.

    Kar-Wai corta dali essa história, pois ele não está afim de nos dizer o que tem que ser feito, nem dar discursos sobre como superar um amor perdido, ele quer mostrar como as coisas acontecem e como as pessoas reagem a elas.

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    Então surge uma outra história que começa também na lancheria Midnight Express. Conhecemos então o Policial 633 vivido pelo ator Tony Leung – nosso musoh master se tratando de filmes de Kar-Wai, Tony nunca decepciona.

    Policial 633 também está sofrendo por amor. Ele foi deixado pela namorada, uma aeromoça linda vivida pela Valerie Chow. Nas suas idas a lanchonete, acaba por se deparar com a nova atendente do local, Faye (Faye Wong). Ela é sobrinha do dono e tem um sonho muito engraçado (e que não esconde de ninguém): quer conhecer a Califórnia e por isso, ela vive a vida toda escutando a música Califórnia Dreaming, em alto e bom som, não importa se tem clientes ou não para atender.

    Faye nutre uma queda pelo Policial 633, que insiste em não querer ler a carta que a ex deixou pra ele na lanchonete. O momento que ele fica frente a frente com a carta é uma das cenas mais bem filmadas do cinema. Kar-Wai acelera o exterior e deixa o ator quase que em câmera lenta, tomando um café. Um momento pensativo, como se o mundo a sua volta não tivesse mais sentido e só o foco de sua dor fosse o necessário. Genial, genial!

    Faye, por sua vez, dá uma de Amelie Poulain, ou melhor, como o filme é anterior (1994) ao filme francês (2001), diria que Amelie que se inspirou em Faye. Ela fica com as chaves que a ex deixou junto com a carta e vai a casa do policial limpar, redecorar, dar uma alegria ao ambiente, sem que ele saiba de nada. Ela quer apenas que ele se sinta mais confortável e feliz.

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    Kar-Wai consegue fazer uma obra prima para o cinema, que reúne desde uma fotografia memorável, em parceria com Chris Doyle, uma trilha sonora interessante e coerente com cada momento, além das metáforas como as latas de abacaxi, que servem como um marco para resolver a vida, até com as conversas do Policial 633 com seu bicho de pelúcia em casa e também com o sabonete. De forma até engraçada, ele consegue nos passar a solidão das pessoas nas grandes cidades, que apesar de estarem na correria do dia-a-dia, tem uma vida toda pessoal que por vezes não é tão fácil assim quando parece ou, melhor dizendo, ninguém presta muita atenção no outro. Chungking Express é um bálsamo do início ao fim, um dos meus filmes prediletos desse diretor chinês.

    Trailer:

    No filme não tem panquecas, mas tem uma salada que o Policial 633 sempre vai comer lá. Como eu achei sem graça postar uma salada, resolvi postar uma receita com algo bem saudável que é panquecas recheadas com cenoura e ricota. E panqueca é amor, né, gente, então vamos lá! Adaptei dessa receita da Rita Lobo, e meus amigos, receitas dela sempre dão certo. Pode confiar.

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    Panqueca de Cenoura com Ricota

    Tempo de preparação: 60 min
    Tempo de Cozimento: 30 min
    Rendimento: 10 a 12 discos

    Ingredientes

    • 1 1/2 xíc. de leite
    • 1 xíc. de farinha de trigo (usei 1/2 integral, 1/2 branca)
    • 1 xíc. de farinha de trigo (usei 1/2 integral, 1/2 branca)
    • 2 ovos
    • 1 colh. (chá) de sal
    • Manteiga ou óleo de canola para untar
    • 2 cenouras médias raladas
    • 1/2 ricota esmagadinha
    • 1 bom punhado de salsinha picada
    • 1 colh. de sopa de manteiga
    • Sal, pimenta do reino a gosto
    • Para o bechamel: 1/2 litro de leite
    • 1 1/2 colher de farinha de trigo
    • 1 1/2 colher de manteiga
    • 1 pitada de sal
    • Noz-moscada e Pimenta do reino

    Como fazer?

    1. No liquidificador coloque o leite, os ovos, o sal e a farinha. Bata até que a mistura fique bem lisinha. Deixe descansar por 20 minutos.
    2. Prepare o recheio enquanto isso: rale a cenoura, doure a cebola e o alho picados no azeite, acrescente a cenoura e os demais temperos e por fim a ricota.
    3. Depois do tempo do descanso da massa (e com o recheio já pronto), aqueça uma frigideira antiaderente, de fundo grosso e espalhe um pouquinho de óleo ou de manteiga. 3. Dê uma boa mexida na massa. Levante a frigideira e com a outra, coloque a massa com uma concha média (que também serve de medida). Faça um movimento circular com a frigideira para cobrir todo o fundo. Coloque a frigideira sobre o fogo baixo e, quando as bolhas começarem a aparecer, vire a massa para dourar do outro lado com auxílio de uma espátula de borracha. O processo todo leva menos de 3 minutos por disco. Transfira para um prato, espalhe mais um pouquinho de manteiga ou óleo na frigideira e repita o procedimento, até terminar a massa.
    4. Para o molho Bechamel: Numa panela grande, derreta a manteiga. Junte a farinha e mexa vigorosamente com a colher de pau, por cerca de 2 minutos. Essa misturinha é chamada de roux e serve para engrossar molhos em geral. Coloque o leite gelado de uma vez e, com a ajuda de um batedor de arame, misture bem, até levantar fervura. Abaixe o fogo e deixe cozinhar por cerca de 10 minutos, mexendo de vez em quando. No fim, tempere generosamente com noz-moscada, sal e pimenta-do-reino moída na hora. Truque: se o molho empelotar, bata no liquidificador e volte à panela.
    5. Montagem: coloque umas 2 colheres de recheio na ponta da panqueca e enrole. Depois é só jogar o bechamel em cima e salsinha! Pronto, podemos comer =)
  • Sem categoria

    Trilhas da Vida – Wong Kar-Wai

    Você é do tipo que se apega as trilhas dos filmes como eu?

    Eu acho que a trilha sonora é como se fosse um personagem na história. Afinal, não tem trilha as nossas próprias vidas? Aquele momento que você escuta uma música e fica olhando pela janela e pensando em alguma coisa que te aflige, te dói, te faz bem ou te espera.

    Já falei aqui da relação que o diretor chines Wong Kar-Wai tem com a comida em seus filmes, hoje resolvi falar sobre as trilhas. Kar-Wai é cuidadoso e escolhe pessoalmente as músicas que irão compor a trilha sonora dos seus filmes. A música é tão importante nos filmes dele que por diversas vezes ele convidou cantoras para se tornarem atrizes dos filmes (acho que aqui para o público brasileiro a mais conhecida é a Cate Power e também Norah Jones em My Blueberry Nights).

    Vamos a algumas músicas das minhas trilhas preferidas:

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    Chungking Express:

    As Tears Go By:

    E mambo dançado por Leslie Cheung em Days of being wild? Sempre saio dançando junto.

    Nat King Cole cantando em espanhol Quizás quizás quizás é um dos pontos altos de In the mood for love.

    E Kar-Wai revisita  o Yumeji’s Theme, que arrebentou nossos corações em In the mood for love, em uma nova versão para My Blueberry Nights.

    Em The Grandmaster Kar-Wai mais uma vez teve a parceria de Shigeru Umebayashi e vem com algumas coisas mais clássicas, condizendo com a época que o filme se passa.


    Em Ashes of time, temos a mesma pegada clássica e absolutamente linda na trilha sonora.

    Happy Together que versa entre o tango e a dor de tentar ser feliz, de Caetano Veloso com “Cucurrucucu Paloma”…

    A Piazzolla e as cenas mais lindas do mundo:

    E de cortar os pulsos atirada atrás da mesa do bar: Shirley Kwan cantando em Fallen Angels na cena mais megamodáfoca.

  • Menu Varietà

    Wong Kar-Wai – uma ode à comida.

    Os filmes do diretor chines Wong Kar-Wai têm sempre algum envolvimento com a comida. Seja em cenas passadas em restaurantes ou em um quarto de hotel, até o próprio título de algum filme que tem o ingrediente de uma torta que é mais que protagonista no longa.

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    In the mood for love

    Em uma entrevista, Kar-Wai conta que o filme “In the mood for love” iria se chamar incialmente: “Story about food” – seriam 3 histórias em um filme só, no fim acabou optando por falar só de uma, e ela trataria de duas pessoas comprando noodles em um restaurante, sendo vizinhos em uma pensão.

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    Maggie Cheung e Tony Leung jantando enquanto conversam em In the mood for love.

    O modo como comem, como se comportam durante as refeições, também é uma característica nos filmes. Sempre quer dizer algo.

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    Maggie Cheung

    Em Fallen Angels há uma relação muito clara com a comida. Em todos os momentos de reflexão ou solidão, no canto da tela, os personagens estão envolvidos com algum tipo de comida. Talvez ele quisesse passar uma ideia de conforto. Ele já falou em outras entrevistas que esse estilo de filmar e focar os atores nos cantos da imagem são exatamente para dar aquela impressão de solidão (e que dá).

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    Fallen angels e o macarrão solitário

    Jantar fora no meio de um restaurante tumultuado era motivo para não ver mais nada além daquela pessoa pela qual você se apaixonou. E não é?

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    Takeshi Kaneshiro e muitas guloseimas

    Chungking Express é um elogio à comida. A atendente de lanchonete que se apaixona pelo cliente, um policial que vem todos os dias comprar comida. Como não pensar que a comida aproxima as pessoas?

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    A ajuda que significa muita coisa.

    Nesse mesmo filme, ele retoma a solidão, enquadrando as personagens no canto da tela, mostrando-se pensativos, como nosso querido Takeshi Kaneshiro, enquanto come um hambúrguer do MC Donalds. Não sei se isso foi uma crítica aos fast-foods, mas tudo com a personagem era rápido, fast, efêmero. Pegaram?

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    O suposto Big Mac

    Ao mesmo tempo, temos uma moça muito apaixonada, que confunde pedidos, que conversa com as comidas, enquanto pensa e fala sobre seu amor platônico.

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    Faye Wong em Chungking Express

    “Se o amor tem um prazo de validade, então que dure dez mil anos. …”

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    Tudo tem um prazo de validade…

    Em 2046 (que seria a continuação de In the mood for love) temos muitas cenas envolvendo comidas e restaurantes. A comida simboliza desde a união e descontração com os amigos em um local, ou a solidão de comer um pote de macarrão sozinho em casa.

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    Tony Leung em 2046

    Quem sabe a conquista de um novo amor levando para jantar…

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    2046

    Em My Blueberry Nights o título já faz uma menção à comida. Blueberry. A torta com tais frutinhas era a única que seguia intacta todos os dias até o final do expediente. E será que isso simbolizava o quê? Vejam o filme. 🙂

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    A torta de blueberry

    Todo mundo queria chegar em um café e papear com Norah Jones e Jude Law, né não?

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    Croissants de fundo e um recinto aconchegante. O café de Jeremy, onde ele colecionava chaves de pessoas que tinham terminado relações e estavam ali, em uma espera sem fim, que alguém se arrependesse e viesse buscá-las.

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    Jude Law e Norah Jones no café

    Focos na comida, como se fosse uma personagem a mais na trama. E é.

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    Comida que conforta.

    Happy Together. Os dois namorados que vão embora pra Buenos Aires em busca de emprego, trabalham em bares e restaurantes.

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    Cerveja e mesa de bar. Um gravador para dizer tudo que gostaria.

    A comida tem uma laço muito forte com as relações.  Um se preocupa o que o outro vai comer  – leva o jantar pra casa – ou ainda conhece um grande amigo no ambiente da cozinha.

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    Tony Leung e Leslie Cheung em uma das cenas mais bonitas e poéticas que o cinema já viu.

    A cena de dança mais linda que alguém já pôde filmar dentro de uma cozinha feia (apesar que achei o chão lindo). Você só olha aqueles dois amores dançando e o tango tocando. A cozinha é algo íntimo, é onde a gente deixa entrar os que a gente mais gosta. Não há falsidades na cozinha de casa.

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    The Grandmaster

    Em The Grandmaster temos várias cenas envolvendo a comida. Momentos até decisivos que as refeições servem de coadjuvantes. Assim é Kar-Wai, envolvente e absoluto.The-Grandmasters2

    Bora comer noodles e dançar no meio da cozinha?

    Mais pra frente irei postar os filmes que ainda não estão por aqui, desse mestre da direção e sensibilidade que é Wong Kar-Wai. E foi um filme dele que fez com que eu tivesse a ideia do blog. Nem digo mais nada. <3

  • Drama,  Salgados

    2046 & Yakissoba de Carne

    Todos que me conhecem sabem do meu amor incondicional pelo diretor chines Wong Kar-Wai. Já falei de filmes dele algumas vezes aqui no Cozinha, sobre os filmes Blueberry Nights e In the mood for love. Não é por acaso que uma imagem do filme estampa o layout do blog. Considero 2046 um dos meus TOP5 filmes de ‘cabeceira’.

    2046 faz parte de uma trilogia. O primeiro filme é “Days of being wild” (no Brasil, Dias Selvagens), seguido de In the Mood for love e por fim 2046.

    Todas as lembranças são rastros de lágrimas.

    Ainda não era grande conhecedora da obra de Kar-wai quando assisti a 2046. Acabei por vê-lo antes dos dois outros filmes, por não saber que se tratava de uma sequência. Confesso que não fez diferença no entendimento do drama e trama. Até acredito que foi melhor ter visto o último antes dos outros.

    2046 é um filme complexo, com fotografia incrível e impecável (temos aqui o último filme com a parceria com Chris Doyle, o melhor diretor de fotografia já visto no mundo, na minha singela opinião), uma trilha sonora que vai desde Nat King Cole a Casta Diva e temos então a sequência da história de vida do Sr. Chow, vivido pelo ator chines Tony Leung Chiu Wai.

    2046 não começa de onde In the mood for love parou. Kar-wai conseguiu em 5 anos de filmagem mudar o filme diversas vezes.

    Década de 60, Sr. Chow está de volta a Hong Kong, onde começa a morar em um hotel. Ele está em frente ao quarto 2046. Está mudado, a vida o transformou em um tipo conquistador quee começa a se relacionar com mulheres que passam em sua vida.

    Ao mesmo tempo que vai a jantas e noitadas de bebedeiras, ele começa a escrever uma história de ficção científica, passado em um trem, com andróides que tem emoções retardadas, onde todos tentam encontrar suas memórias perdidas…a história chama “2046”.

    Temos em metáforas toda a vida dele, seu amor perdido, seus romances do presente, as dores, saudades, esperanças retratados nessa história que se mistura com o filme em si.

    Kar-wai, mais uma vez genial, mistura a ficção com a realidade fazendo com que o filme seja um transbordar de sentimentos e conclusões nem sempre felizes.

    Imagens em preto e branco se mesclam com coloridos intensos das cabines do trem. Sensações de perda e um vazio que só se vai sentir depois de algum tempo, como acontece com as atendentes andróides.

    Por outro lado temos um homem que foi machucado pela vida e resolveu seguir a linha oposta do que sempre foi. Mas não consegue viver assim.

    Lembra que lhe falei que havia uma coisa que nunca poderia emprestar?

    Não é possível se emprestar o amor. O amor não é algo que se possa deixar por alguns instantes com alguém, nem que seja para confortá-la um pouco. 2046 teoriza com o amor. Discute com a gente mesmo sobre o que realmente achamos que ele é. 2046 é dolorido, lindo, marcante e exuberantemente perfeito.

    Desejo, espaço, tempo e memória. Isso é 2046.

    Para comer assistindo o filme eu resolvi que poderíamos ter um prato típico da China, óbvio, pois “nada muda em 2046” e nada mais chinês e amor que Yakissoba. Então vamos lá!

    Yakissoba de Carne

    Prep Time: 60 mins
    Cook Time: 30 mins
    Serve: 4

    Ingredientes

    • 500g de macarrão para Yakissoba
    • 400g de carne vermelha de sua preferência (usei coxão de dentro)
    • 1 dente de alho picado
    • 150g de brócolis cortado em buquês pequenos
    • 100g de couve-flor cortado em buquês pequenos
    • 1 cebola cortada cubos grandes
    • 1 cenoura cortada em tiras
    • 100g de repolho cortada em cubos
    • 150g de champignon
    • 1 xícara de chá Shoyu
    • 1/2 colher de sopa de açúcar
    • 1/2 xícara de chá de água
    • 1 colher de sopa de amido de milho
    • 1/2 colher de sopa de óleo de gergelim torrado
    • 4 colheres de óleo de girassol (ou de sua preferência para refogar)

    Modo de fazer

    1. Cozinhe o macarrão em mais ou menos 2 litros de água fervente. Escorra.
    2. Aqueça uma panela Wok (de preferência) e adicione um 2 colheres de óleo de girassol, jogue o macarrão para fritar por alguns segundos. Reserve. Agora na mesma panela, que já está quente, coloque mais um pouco do óleo e frite a carne. Reserve. Nesse momento você vai fritar os legumes: coloque o alho a cebola, o brócolis, a cenoura, couve-flor e o repolho e os cogumelos. Deixe refogar por uns 2 minutos. Depois disso volte as carnes a panela, junte o shoyu, o açúcar, a água e o óleo de gergelim. Deixe refogar por alguns minutos.
    3. Dissolva o amido de milho em um pouco de água e adicione, mexendo até que engrosse um pouco o molho. Junte o macarrão a panela e sirva em seguida.
  • Doces,  Drama

    My Blueberry Nights & Blueberry Pie

    My Blueberry Nights abriu o festival de Cannes em 2007. Todos os fãs de Kar-wai esperavam aflitos seu novo filme. Ele tem uma característica de demorar alguns anos para concluir seus filmes. Em uma entrevista o vi comentar que, enquanto vai filmando, faz algumas mudanças que nem ele mesmo acharia que iriam acontecer. Sente o clima com os atores, eles opinam também e o filme muitas vezes se transforma.

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    Em anexo vai a lista que criei para você, a memória do que passamos juntos.
    Me pergunto de como se lembra de mim.
    Como a garota que gostava de tortas de blueberry ou a garota com o coração partido.
    (Elisabeth em My Blueberry Nights)

    O título no Brasil foi cruelmente ‘traduzido’ como “Um beijo roubado” – é assim que você vai achar se quiser procurá-lo em alguma locadora de DVDs. Acho que não há uma tradução cabível para o português que consiga dar a mesma sensação que o nome no original. Assistindo você vai saber o que eu estou te dizendo.

    Esse é um filme que trata de como remendar o coração depois de um término. As pessoas reagem de maneiras diferentes, umas vão embora, outras ficam paradas esperando que o tempo cure. Ou não. Elisabeth (a personagem de Norah Jones) inicia o filme claramente traída pelo namorado e acaba por deixar as chaves do ap que moravam juntos no Café Klyuch (que significa “chave” em Russo) de Jeremy (Jude Law).

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    Ela então parte em uma viagem pelos Estados Unidos, trabalhando como garçonete em bares e restaurantes. De cada lugar ela manda cartas a Jeremy, como se conversasse com ele, um desabafo, contando coisas que vê, pessoas que conhece e coisas que sente. O filme tem uma narrativa muito bonita e pessoal, às vezes a gente se pega dentro dele. Mesmo.

    Nessa segunda parte do filme surgem as personagens de Rachel Weisz (que em poucas cenas nos lembra a baita atriz que ela é). Ela participa de uma história de uma relação partida, um casamento acabado e a não aceitação do outro. Enquanto Elisabeth fecha o bar que ela e o ex-marido frequentam, faz observações sobre as relações e a própria vida.

    Uma das cenas mais legais, ao meu ver, é a conversa entre Jude Law e sua ex-namorada que tinha ido embora. Ela é interpretada pela belíssima Chan Marshall (Vocalista do Cat Power) onde eles mantêm um diálogo adulto, sincero, de pessoas que se amaram mas que não dá mais. Sabe aquela coisa bonita, mas doída, de saber que infelizmente não dá mais, mas encaramos isso com sobriedade?

    – Ainda tem as chaves?
    – Sim.
    – Sempre me lembro do que disse. Nunca devem ser jogadas fora, para nunca fechar as portas para sempre.
    – Eu lembro. Às vezes, mesmo que tenha as chaves, as portas continuam fechadas, não acha?

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    Ainda temos no filme Natalie Portman (carismática como sempre) que é uma viciada em jogo e conhece Elisabeth quando ela está trabalhando num Cassino. Uma amizade bonita que surge, provas de confiança e mais alguns aprendizados para a pequena Norah Jones.

    Levou quase um ano para eu chegar até aqui. E não foi tão difícil atravessar a rua depois de tudo, pois tudo depende de quem está te esperando do outro lado.
    (Elisabeth)

    Trailer:

    É um filme para ser degustado como a torta de Blueberry.

    Confesso que nunca tinha comido tal torta e achei realmente excelente e saborosa.

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    Blueberry Pie

    Tempo de Preparo: 90 min
    Tempo de Cozimento: 40 min
    Serve: 4 pessoas

    O que você vai precisar?

    • 400 g de farinha de trigo
    • 2 colheres (sopa) de açúcar
    • 1/2 colher (chá) de sal
    • 250 g de manteiga sem sal gelada em cubos (usei 200 g)
    • 6 colheres (sopa) água gelada
    • 6 colheres (sopa) água gelada
    • 500 g de blueberries (mirtilos)
    • 1 colher (sopa) de suco de limão siciliano
    • 185 g de açúcar (mais ou menos 12 colheres de sopa)
    • 3 colheres (sopa) de maizena
    • Raspas de limão siciliano
    • 1/4 colher (chá) de sal
    • 1/4 colher (chá) de canela em pó
    • 1 colher (sopa) de manteiga sem sal em cubos

    Como faze?

    1. Lave bem as Blueberrys e seque em um pano de prato limpo ou com papel toalha, regue com o suco de limão e misture. Reserve.
    2. Em outro recipiente coloque o açucar, a maizena, as raspas de limão, canela e o sal. Agora junte a essa mistura de secos as Blueberrys. Misture bem para que todas as bolinhas fiquem cobertas. A manteiga não é agregada aqui e sim quando for rechear a torta.
    3. Estique a massa numa superficie um pouco enfarinhada para não grudar. Forre toda a assadeira com metade da massa. Coloque o recheio.
    4. Adicione a manteiga em pequenos pedacinhos sobre o recheio. Abra o outro pedaço da massa e feche a torta. Faça um corte para que o vapor possa sair.
    5. Coloque no forno (180º) por 30 a 40 minutos. Você vai notar que começa a borbulhar e corar. O cheiro é simplesmente encantador.
    6. Sirva com sorvete de creme ou baunilha.