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    The Night Manager & Chancliche

    O que pensar de uma série onde estão Loki e House juntos, sendo amigos e tal?

    Brincadeiras à parte, a nova produção da AMC com a BBC veio para revolucionar as mini-séries de suspense/investigação/policial/drama/emoção *RESPIRASARA*. Ela tem 6 episódios (incríveis!) e foi baseada no livro de John le Carré.

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    Tom Hiddleston é Jonathan Pine, um gerente de um hotel na cidade do Cairo, no Egito, sempre no turno da noite (por isso The Night Manager, néam?). Ele é um ex-soldado que esteve no Iraque e agora vive uma vida mais pacata, até o dia que uma hóspede lhe pede ajuda e ele acaba conhecendo o mundo bizarro e violento de Richard Roper (Hugh Laurie), um empresário e filantropo, que esconde por detrás dessa vida comum e solidária um traficante de armas de nível mundial.

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    Pine é corajoso e destemido, porque não há nada que o prenda em qualquer lugar ou a alguém, então ele começa uma caçada ao homem que fez mal a pessoa que ele se apaixonou e acabou por ser tirada dele. Ele é contratado por Angela Burr (Olivia Colman), uma agente da inteligência britânica, para se infiltrar no mundo de Roper e conseguir todas as provas e informações que eles precisam para desmascarar o empresário e prendê-lo.

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    Durante os episódios ficamos sabendo porque Angela tem uma obsessão pessoal pela cabeça de Roper. Aos poucos vamos descobrindo quem realmente ele é, que por vezes quase achamos ele um cara legal, amigo, familiar, mas contra os fatos não há argumentos, então a gente vai vivendo junto com eles e torcendo pela caça desse maldito hipócrita que é o personagem de Laurie.

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    Só digo uma coisa, minha gente, o negócio é empolgante. Eu assisti dois episódios seguidos, depois os outros 4 em um dia só. Do tipo de história que você não consegue se desgrudar da tela até saber o final e sem nenhum tipo de enrolação para prender o espectador.

    As minapira no sorriso do Hiddleston
    Asminapira no sorriso do Hiddleston

    O roteiro muito bem adaptado por David Farr e dirigido pela já conhecida e excelente Susanne Bier (de Depois do Casamento e Brothers), faz dessa mini-série uma das melhores que eu vi, desse estilo, nos últimos tempos. Algumas vezes me lembrou os áureos tempos de Homeland, que a gente se empolgava pelo próximo episódio e ficava eufórico. Assistam e depois me contem se gostaram tanto quanto eu. 😉

    Trailer:

    Poderia eu fazer um sorvete de pistache (AMO, meu preferido, assim como eu amo o filho de Roper, que também acha o pistache seu sabor predileto) ou ainda uma salada de lagosta – que foi servida em uma cena pra lá de polêmica – (mas, oi, não comemos carne aqui) então resolvi colocar aqui uma receita de Chancliche. Na verdade é como é servida essa entrada, com queijo tipo chancliche, nos restaurantes árabes, que tem tudo a ver com o mundo que era vivido na série. Vamos a receitinha?

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    Chancliche

    Preparo: 15 mis
    Cozimento:
    Serve: 2 pessoas

    Ingredientes

    • 1 pacote de 135 g de Chancliche
    • 1 cebola bem picadinha
    • 1 tomate picadinho
    • Salsinha a gosto, picada
    • Pimenta síria
    • Sal a gosto
    • Azeite de oliva
    • Pão sírio para acompanhar

    Modo de preparo

    1. Junte todos os ingredientes com o Chancliche e misture bem. Tempere com o sal, pimenta e azeite. Abra o pão sirio no meio e coloque a mistura. Coma e fique feliz, porque não tem como não ficar feliz comendo isso.

    Obs:

    Oliviah Divah sempre fazendo uma participação especial, porque se tem comida, minha gente, ela sempre aparece, nem que seja se espremendo atrás da mesa. O Chancliche você acha nas grandes redes de supermercado perto dos queijos tipo ricota, minas, requeijão.
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    Os Agentes do Destino & Panquecas

    Os agentes do destino, filme de 2011 dirigido por George Nolfi (que foi corroteirista em O Ultimato Bourne) é uma adaptação ao conto The Adjustment Team (1954), de Philip K. Dick (mesmo rapazinho que escreveu obras que acabaram resultando em “Blade Runner – O Caçador de Andróides”, “Minority Report – A Nova Lei” e “O Vingador do Futuro”).

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    Eu gosto muito da saga Bourne, é um dos poucos filmes de ação que apetecem o meu ser. Sou uma pessoa drama, mas isso vocês já sabiam. Porém, como esse filme foi indicação de uma pessoa que prezo muito, considerei assistir, já que tinha nosso querido Matt Damon, aqui sendo um político americano e a história de um encontro (ou ainda reencontro – ou muitos desencontros) me apetece o lado sentimental da coisa toda.

    “A maioria vive a vida no caminho que traçamos, com medo de explorar outro. Mas, de vez em quando, surgem pessoas como você, que superam todos os obstáculos que colocamos no caminho. Quem encara o livre arbítrio como dom, nunca saberá usá-lo até lutar por ele. Creio que esse é o verdadeiro plano do Presidente. E, talvez, um dia, nós não escreveremos o plano. Vocês o farão.”

    Quando eu digo que Deus joga The Sims com a gente, esse filme prova muito isso. Os destinos estão pré-determinados e você não pode usar seu livre-arbítrio para mudá-lo. Então porque tê-lo? Pois é. Daí começa uma divagação filosófica também.

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    O filme é classificado como uma ficção científica, mas achei bem longe disso. Acho que ele me lembrou algumas vezes, sei que isso pode parecer estranho ou não, a Asas do Desejo, o maravilhoso filme de Wim Wenders. Que é inclusive um dos meus filmes TOP10, até tenho que falar dele por aqui. Shame on me que ainda não tem post sobre.

    Com pinceladas de ação, como uma emocionante corrida na chuva, pois quando chove você não pode ser visto pelos agentes e pode fazer o que quiser (oba!), cenas românticas fofas (que você diz oimmmm em looping infinito e lembra daquele cara/garota que conheceu um dia, reencontrou anos depois e que parece que aquela historia foi escrita pra vocês), passando esse momento amor eterno, que por sinal leva muito bem o filme, temos a parte da religião, e nos indagamos: quem está no comando afinal disso tudo que vivemos?

    Bom, o filme é focado na vida de David Norris (Damon) e inicia com a derrota dele a um cargo ao senado americano. Por um acaso do destino ele se envolve em um escândalo e acaba perdendo a eleição. Na preparação de seu discurso de derrota e agradecimento aos eleitores, ele conhece Elise (a lindíssima Emily Blunt) e um único beijo faz com que os Agentes do Destino entrem em ação. Pode ser perigoso para os planos que estão traçados para a vida dele e da simpática bailarina.

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    No filme, os agentes tem total poder sobre a vida das pessoas. Como, por exemplo, fazer com que todos os telefones ao seu alcance parem de funcionar e nenhum taxista do mundo pare para você. Confesso que nessa parte me deu uma baita raiva e acho que sairia como Norris, correndo, um dia eu chego lá. Do tipo, ah é? Terão que me atropelar. Algumas vezes até achei que isso iria acontecer. É um filme que é tenso, empolgante e tu ficar torcendo para ele conseguir chegar onde quer.

    O personagem de Matt é tipo o homem que não desiste. Ele quer reencontrá-la, nunca a esqueceu e vai atrás disso sem se preocupar com nada. Ele apenas sabe que ela é a pessoa certa para ele. Eles passam anos sem se ver, porém, quando se reencontram, mesmo com todos os macetes utilizados pelos Agentes para que isso não aconteça, a sintonia é igual a do primeiro encontro.

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    Além de toda a ação, religião, ficção cientifica, temos uma coisa muito bonita ali: a ideia (ou ideal) que o destino da gente, é a gente mesmo quem faz, indo em busca do que quer, independentemente do que aquilo vá causar, a gente escreve o modo que quer se feliz e investe nessa premissa para reescrever o que algo, ou alguma coisa, a gente achou que deveria ser o certo. Por isso o livre-arbítrio e nossa capacidade insana de mudar coisas, que jamais poderiam se imaginar mudar, por aquela velha (e boa) sensação de se sentir pleno e ”em casa” ao lado de alguém.

    Trailer:

    Hoje trago junto a esse filme uma receita de panqueca. Aí todos se perguntam, por que panquecas, Sara? Porque meus caros, quando se trata da vida, o que se faz com ela e do amor, é enrolado pra caramba, tipo uma panqueca. Porém, acredito que um dia, sim mesmo, a gente desenrola essa panqueca e come o recheio primeiro. E é isso que temos para hoje. Vamos lá?

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    Panqueca

    Tempo Prep: 60 min
    Tempo Coz: 30 min
    Serve: 4

    Ingredientes

    • 1 xícara de leite
    • 2 ovos
    • 2 colheres de azeite de oliva
    • 1 xícara de farinha de trigo
    • 1 pitada de sal
    • 500 g de carne moída
    • 1 cebola picada
    • 2 dentes de alho esmagados
    • 4 tomates picados sem semente
    • 1 xícara de água
    • Sal
    • Pimenta do reino
    • Salsinha picada
    • Queijo parmesão ralado

    Modo de Fazer

    1. Comece pelas panquecas: coloque no liquidificador primeiros os ingredientes líquidos: ovos, leite e azeite. Bata por alguns minutos. Acrescente o sal e a farinha. Bata por mais alguns minutos, deixe descansando enquanto faz o recheio.
    2. Agora faça o recheio: doure bem a carne no azeite, junte a cebola, alho, deixe dourar e adicione os demais ingredientes. Deixe ferver por mais alguns minutos até que se forme um recheio denso.
    3. Frite as panquecas em uma frigideira antiaderente untada com um fio de azeite. Virando dos dois lados até que fiquem douradas.
    4. Coloque o recheio na extremidade de cima da panqueca e enrole.
    5. Coloque em um refratário, salpique com o queijo e leve ao forno pré-aquecido a 180 graus pro 15 minutinhos.
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    O Impossível & Frango Tailandês

    Henry, Maria e seus 3 filhos partem para uma viagem paradisíaca pelas praias da Tailândia, em férias. O que eles não sabiam é que aquela região seria atingida pelo pior Tsunami já visto nos últimos tempos. Em 26 de dezembro de 2004 uma enorme onda surgiu e foi levando tudo que encontrou pela frente. O filme é baseado em fatos reais, o que o deixa ainda mais tenso e arrebatador.

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    Os efeitos especiais superam todas as expectativas, são muito bem feitos e realistas. Por vezes chegamos a desviar os olhos da tela, tamanho horror que é visto. Não dá para imaginar o enorme sofrimento e pavor sentidos por aquela família (e tantas outras pessoas) no desastre.

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    Voltando a história do filme, Maria, Naomi Watts em uma atuação digna de um Oscar, acaba achando o filho mais velho, ainda muito feridos, temos uma sequência incrível em uma cena que beira o desespero, quando os dois são arrastados pelas águas e tentam ficar juntos de qualquer forma.

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    Entre galhos e milhares de objetos que se chocam contra os corpos deles, conseguem abrigo segurando em um tronco e logo saem da água. De cima de uma árvore observam todo o caos que o Tsunami causou.

    A força do filho é que leva Maria a prosseguir, o menino dá um show de atuação e o pequeno garoto consegue levar a mãe até um hospital, onde milhares de pessoas estão internadas e outras buscam notícias dos familiares.

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    Do outro lado temos um pai desesperado com seus dois outros filhos. Henry, vivido pelo nosso querido Ewan McGregor, está em uma busca incansável pela mulher e o filho. Entre hospitais e centros montados que estão cuidando dos feridos, ele vai perseguindo seu ideal que é juntar sua família novamente.

    Uma história real, de perseverança e amor que certamente vai te emocionar.

    Trailer:

    Para acompanhar o filme resolvi fazer uma receita de Frango Tailandês. Vamos a receita?

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    Frango Tailandês

    Preparo: 40 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • 500 g de peito de frango em cubos
    • 1 cebola em rodelas
    • 2 dentes de alho
    • 1 colher de sopa de curry
    • 1 vidro de leite de coco
    • 1 colher de gengibre fresco ralado
    • 1 pimentão vernelho em finas tiras
    • Pimenta a gosto (pode ser dedo de moça bem picadinha)
    • Sal a gosto
    • 2 colheres de sopa de azeite de oliva
    • Cebolinha

    Modo de Fazer

    1. Aqueça uma panela com o azeite e refogue o frango. Acrescente a cebola e o alho. Deixe dourar. Em seguida, coloque o curry, gengibre e o pimentão. Adicione o sal, a pimenta e mexa bem até que fique tudo incorporado. Deixe por mais uns 2 minutos no fogo baixo e adicione o leite de coco. Depois de alguns minutos o caldo se tornará mais denso, então apague o fogo e deixe descansar por alguns minutos. Na hora de servir, salpique com cebolinhas.
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    Tampopo & Lámen

    Hoje tem participação ilustre e especial no blog, minha amiga Daiany Dantas, que fazia comigo o antigo blog “Quarto 2046″…E não é que ela fez uma introdução linda contando um pouco de como ficamos amigas?

    “As pessoas mais duras (ia usar empedernidas, mas imagina, nem tenho 124 anos) são meio avessas ao que elas chamam de “amizades virtuais”, imaginam logo uma rede de intrigas, sequestros, chantagem, todo um filme noir dos anos 50. Na verdade, uma amizade virtual é uma conquista posta à prova todos os dias, pela sinceridade, presença (ainda que não seja a física), constância e lealdade das partes envolvidas. Como qualquer outra amizade. A única diferença é que há um computador no meio de campo, mediando tudo. Pois bem, desde 2005 eu e a Sara demos algum trabalho aos nossos computadores. Foram muitas e muitas conversas, jantares, idéias e vinhos divididos entre uma teclada e outra. Se a presença é feita de afeto e de verdade, posso garantir que ela é uma das amigas mais presentes em minha vida. E, com o perdão do trocadilho barato, um verdadeiro presente. Com quem posso contar em dia de chuva, sol, tempestade ou tsunami. Ela está sempre ali, dando força. Durante algum tempo, mantive, junto com a Sara, o blog Quarto 2046, quer dizer, ‘mantive’ é pretensão minha mesmo. Pois no final das contas era bem mais ela quem tocava o barco e não deixava a peteca cair. A idéia surgiu de nossos inúmeros diálogos (insensatos) sobre filmes que víamos e nos apaixonavam perdidamente. Discutíamos desde as questões mais sérias, como direção, narrativa, fotografia, etc, às mais destrambelhadas, sobrando sempre algum espaço para exaltar a beleza dos incríveis atores asiáticos que tanto amamos. E, creiam-me, discutir filmes com a Sara é um prazer à parte. Uma atividade amplamente auto-reflexiva, na qual tomamos parte da história e nos deixamos revelar pelo enredo. Terapia perde. O texto a seguir foi publicado originalmente em nosso antigo blog. Como fã do Cozinha em Cena, agradeço pelo convite super fofo e generoso. Super contente por estar presente neste espaço tão bonito, saboroso e bem cuidado, como tudo o que essa moça faz.”

    Pra comer fazendo barulhinho…

    Apelidado de Lámen western pelo seu diretor – numa época em que a versão italiana para os westerns americanos (o spaghetti western) lotava cinemas – Tampopo é uma divertida história sobre a importância social da comida no Japão, revelando o quanto da honra, amor, luxúria e verdade podem estar contidos numa porção de comida. Um filme sobre comida à altura de grandes como “Festa de Babette” e “Como água para chocolate“, que merece ser visto por cinéfilos e gourmets. Sobretudo por trazer à tona as idiossincrasias da mesa japonesa. Nunca fui grande espectadora dos Westerns, mas acho que Tampopo tangencia o gênero, sobretudo na figura de Goro (Tsumotu Yamazaki, o ‘melancolicamente saboroso’ chefe de “A partida“), um cowboy nipônico do asfalto, que cruza cidades pequenas em seu caminhão, em companhia de seu escudeiro (um jovem e irreconhecível Ken Watanabe), vestindo um ostensivo e raro chapéu de vaqueiro americano.
    É num desses bares da vida que Goro se solidariza com o drama da Sra. Tampopo (Nobuku Myiamoto) – que quer dizer ‘dente de leão’ -, uma mãe solteira que prepara sopas de noodles (o já assimilado em nossa dieta miojão – macarrão japonês) para criar o único filho – um garotinho vítima de bullying, adivinhem por quê? Não deve ser fácil ser filho de mãe solteira no Japão. Menos ainda ser uma mulher que toca o próprio negócio. Encantado pela cozinheira – muito mais por sua simpatia e charme que pelos dotes culinários, que não ganham os elogios do gourmet Goro – o caminhoneiro embrenha-se numa missão de vida: ajudar Tampopo a preparar o melhor Lámen da região. Uma jornada que ganha o curso de todo o filme e revela-se bem mais difícil que parece, ela precisa visitar as pequenas e grandes casas de Lámen, encobrir-se, descobrir os segredos do preparo e no atendimento, saber o ponto certo da água, memorizar o pedido de cada freguês, o tempero adequado e a dose exata de cada ingrediente, e se dedica a isso com uma devoção oriental – como era de se esperar.
    Encantado pela cozinheira – muito mais por sua simpatia e charme que pelos dotes culinários, que não ganham os elogios do gourmet Goro – o caminhoneiro embrenha-se numa missão de vida: ajudar Tampopo a preparar o melhor Lámen da região. Uma jornada que ganha o curso de todo o filme e revela-se bem mais difícil que parece, ela precisa visitar as pequenas e grandes casas de Lámen, encobrir-se, descobrir os segredos do preparo e no atendimento, saber o ponto certo da água, memorizar o pedido de cada freguês, o tempero adequado e a dose exata de cada ingrediente, e se dedica a isso com uma devoção oriental – como era de se esperar. É divertido ver Goro amealhando ajudantes para apoiar Tampopo em sua batalha pelo Lámen perfeito – experts inusitados em Lámen, como o chofer de um velho chefão Yakuza e um professor aposentado. O filme traz um humor bem peculiar, o Lámen western não usa dos artifícios das tortas na cara, em vez disso, questiona relações sociais estabelecidas em sociedades de tradições rígidas como o Japão. Há espaço para o debate de questões de gênero e a lógica oriental da subserviência entre discípulo e aprendiz. Também deixa claro que a comida é algo central na vida dos japoneses e japonesas – algo tão valioso como um membro da família ou um parceiro de cama, pelo qual vale a pena correr riscos, matar ou morrer… Outra coisa que me agradou bastante em Tampopo foi a montagem non sequitur*. O diretor conduz perfeitamente a história central em meio a esquetes curtos e tão ricos em ironia. Como a da velhinha que sente prazer em amassar a comida do mercado ou as participações pra lá de sensuais do misterioso homem do terno branco (Koshi Yakusho, de Shall we dance, jovem e muito gato). Um filme pra sorver sem pejo, fazendo barulhinho, e assistir, de preferência, com um bom prato de lámen nas mãos.

    (Daiany Dantas)

    *Non sequitur (expressão latina para “não se segue”) é uma falácia lógica que acontece quando uma conclusão não segue as suas premissas.

    Lámen de Legumes

    Prep Time: 15 mins
    Cook Time: 30 mins
    Yields: 18

    O que você vai precisar?

    • 250 g de macarrão para lámen
    • 200 g de shimeji
    • 1 folha de nori (em pequenos quadrados)
    • 100 g de brócolis
    • Cebolinha em rodelas
    • 1/2 cebola picada
    • 1 dente de alho
    • 1/2 talo de alho-poró em rodelinhas
    • 4 gotas Óleo de gergelim
    • Manteiga
    • Óleo de girassol
    • Shoyu a gosto
    • 1/2 cubo de caldo de legumes
    • 1 ovo cozido
    • 2 xic. de água (para o caldo)
    • 1 litro de água (para cozinhar o macarrão)

    Como fazer?

    1. Coloque 1 litro de água para aquecer.
    2. Refogue a cebola e o alho no óleo de girassol. Junte a água, o caldo de legumes, nori, brócolis, shoyu, óleo de gergelim e a água. Deixe ferver por uns 10-15 minutos, até que o brócolis esteja cozido (não pode ficar molenga).
    3. Em uma frigideira coloque a manteiga e o shimeji, refogue por alguns minutos, reserve. Ali mesmo coloque o alho-poró para refogar.
    4. Agora que a água já deve estar fervendo, cozinhe o macarrão conforme instrução da embalagem. O que usei leva apenas 1 minuto para ficar pronto. Escorra o macarrão.
    5. Em um bowl coloque o macarrão, junte o caldo de legumes, arrume os legumes em cima, o ovo partido ao meio e por fim coloque as cebolinha em rodelas. Pronto, agora é só comer.