Comédia

  • Comédia,  Drama,  Séries & TV

    O Urso & Chicago-style Italian beef sandwich

    A trama de O Urso parece simples: Carmem Berzatto, um renomado chef de cozinha, volta de NY para sua cidade Natal (Chicago) para comandar o restaurante de sua família. Seu irmão – Mike – (que anteriormente fazia isso) faleceu, então ele resolve tomar as rédeas do negócio, que foi lhe deixado no testamento, e fazer com que aquilo funcione. Porém, a realidade é outra: um restaurante aos pedaços (literalmente), com um equipe caótica e cheia de vícios ruins, sem dinheiro para investir ou melhorar e muitas dívidas a serem pagas.
    O clima da série é pesado. Dentro daquele lugar temos a impressão de que é como uma panela de pressão mal regulada: está tudo prestes a explodir. Isso, eu acho, é um dos grandes lances do começo da temporada: ela te prende de uma forma absurda e tensa, pois você quer saber o que vai acontecer.
    Com o passar dos curtos e intensos episódios (cada um tem cerca de 30 minutos), as coisas começam a se ajeitar, não tudo, mas aos poucos cada uma toma seu lugar certo, assim como na vida. Quem dera tivéssemos uma varinha de fada para dar um plim e tudo ficar perfeito de uma vez só, né?
    A complexidade de uma cozinha, onde você tem que comandar pessoas, estabelecer limites e ao mesmo tempo, criar novos menus e entender a aceitação local, é algo que a gente sente ao ir acompanhando a saga de Carmy, como é chamado no dia a dia. Além de toda a coisa familiar que envolve isso, devido a ser um negócio com tantos parentes envolvidos.
    O elenco é simplesmente sensacional, o primo Richie (Ebon Moss-Bachrach), que administra o lugar, dá vontade de pegar pela gola da camisa e jogar no meio da rua, pois ele mais atrapalha do que ajuda, além de ser um ser com uma bad vibe imensa, mas vamos entendendo ele com o passar dos eps. Sydney (Ayo Edebiri) é uma jovem chef, que entra ali pedindo um estágio, pois gostaria de aprender mais com Carmy – ela é genial, sem sombra de dúvidas, minha personagem favorita. Atenta, engajada, coloca a mão na massa para ajudar a melhorar todo aquele caos. Marcus (Lionel Boyce) um jovem confeiteiro, que começa a poder desenvolver seu interesse pelos doces e sempre está estudando para dar o melhor, e Tina (Liza Colón-Zayas) uma cozinheira veterana, que reluta em receber ordens e mudar os hábitos da antiga cozinha, aos poucos também vamos simpatizando com os olhos sempre marejados dela, muitas vezes de raiva, noutras de entendimento.
    Apesar de todos os atritos ali presentes, a relação entre os personagens começa a se intensificar, criando um afeto, depois de tanto conflito. É aquela velha história, a gente só entende a guerra do outro, quando compreende a sua dor. O que levou ele a ser assim? O que faz dele tão reativo? E assim é na vida, né?
    O urso vai além do chão da cozinha e entra em assuntos muito complexos, como família, luto, esgotamento, companheirismo, compaixão, o que a torna tão real e visceral.
    Vale cada meia hora da tua vida.
    Disponível no Star+.
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    Trailer:

    Para o post de hoje teremos o famoso Chicago-style Italian beef sandwich, que é um sanduíche de carne com uma giardineira de legumes feito na série por Carmy e um dos carros chefes do restaurante.
    A receita leva uns 3 dias para ficar pronto, são vários processos que devem ser feitos, eu escolhi fazer todos.
    Se quiser minimizar o tempo de trabalho, podes comprar o pão pronto, por exemplo, e também usar um caldo de carne industrializado. Porém, te prometo, que se você fizer tudo em casa, vai ser muito mais saboroso 😉
    Vou listar todos os ingredientes e o modo de fazer de cada etapa. Também vou colocar na sequencia, assim você não perde tempo, fazendo tudo do jeito que deve ser e terás tudo pronto sem grandes atrasos.

    Chicago-style Italian beef sandwich

    1. Giardineira

    • 1 cenoura de cenoura picada
    • 150 gramas de couve-flor picada
    • 1 cebola grande picada
    • 1 pimentão vermelho picado
    • 1 pimentão amarelo picado
    • 100 g de vagem picada (já aferventada)
    • 400 ml de vinagre branco
    • 200 ml de agua
    • 1 + 1/2 colher chá de sal
    • 1 + 1/3 xic de azeite de oliva (pode usar algum outro óleo vegetal também, tipo milho – que acho que é o que tem menos sabor)
    • 3/4 xic de azeite extra virgem

    (Na receita original leva aipo (150 g) e pimenta jalapenho ( 75 g) – não usei pq não achei aipo na minha cidade e não usei a pimenta, pois não gosto de coisas muito apimentadas, mas se você gosta, coloque).

    Modo de fazer:

    Em uma panela coloque a agua, o vinagre e o sal. Deixe ferver, desligue o fogo e adicione os legumes. Tampe a panela e deixe lá até que atinja a temperatura ambiente. Depois disso coloque em um pote ou vidro fechado e leve a geladeira por pelo menos 48 horas.

    Após as 48 horas, escorra os legumes em uma peneira, coloque em um vidro e adicione os óleos. Mexa e reserve, ele será usado na finalização do sanduiche.

    2. Caldo de Carne

    • 1,5 kg de músculo com osso
    • 2 litros de água

    Modo de Fazer:

    Em uma forma disponha todos os pedaços da carne (melhor se conseguir no açougue em pedaços redondos), leve ao forno por 30 minutos a 230 graus até ficarem bem dourados.

    Transfira a carne para uma panela de pressão, adicione a água e deixe em fogo baixo por 1 hora – se a sua panela for elétrica pode deixar por 1:30 horas.

    Dica: coloque um pouco de agua na forma usada e raspe toda a carne e líquidos que ficaram grudados lá e coloque junto para ferver no caldo, isso agrega um enorme sabor e coloração.

    Depois do tempo de cozimento passado, coloque em um pote grande de vidro, ou em vários pequenos, leve a geladeira. Você vai ver que a gordura ira subir e se solidificar. Tire ela com uma colher e descarte.

    3. Pão

    Se você tem uma balança, aconselho pesar tudo, para que seu pão fique perfeito

    • 225 g  (ou 1 xicara) de agua morna (+/- 30 graus)
    • 9 g de fermento biológico seco
    • 20 g de azeite de oliva
    • 15 g de açúcar
    • 350 g de farinha de trigo
    • 9 g de sal

    Se tiver uma batedeira com gancho para massas pesadas, use, vai facilitar a sua vida.

    Coloque no bowl da batedeira a agua, fermento e açúcar. Deixe descansar por alguns minutos até que fique espumoso. Adicione todos os outros ingredientes e coloque a misturar na velocidade mais baixa, com o gancho, por 3 minutos. Depois disso aumente um pouco a velocidade e deixe bater por mais 6 minutos. Caso vá fazer a mão, basta misturar com a mão e depois ir sovando por uns 15 minutos.

    Leve a massa para uma tigela, cubra com um pano de prato e deixe descansar por 90 minutos em um lugar quentinho.

    Depois disso, divida a massa em duas partes (300 g cada, aproximadamente). Forme duas bolas, fazendo um boleamento com as duas mãos. Cubra novamente com um pano e deixe descansar por mais 15 minutos.

    Na sequencia, abra com as pontas dos dedos a bolinha em um retângulo. De uma das extremidades, vá enrolando até ter o formato de uma mini baguete. Do centro para fora, com as duas mãos, vá rolando e esticando mais um pouco, até ficar com mais ou menos 35 cm.

    Coloque em uma forma, forrada com papel manteiga e polvilhada com fubá. Coloque os dois pães lado a lado e aperte levemente a superfície deles para que cresçam uniformes. Cubra com um pano de prato.

    Deixe descansar por mais 45 minutos. Quando estiver em 30 minutos de descanso ligue seu forno a 190 graus. Após o descanso total coloque seu pão no forno. Depois de 15 minutos, vire a forma de lado e deixe mais 15 minutos. Retire do forno e deixe esfriar em cima de uma grade, de preferência.

    4. Carne – recheio do sanduiche

    • 1 kg de carne (usei coxão mole)
    • 1 colher de sopa de óleo vegetal
    • 1 litro de caldo de carne
    • Sal a gosto
    • Especiarias – 5 gramas de cada (ou 1 colher de chá cheia) – orégano, páprica defumada, alho em pó, cebola em pó, semente de coentro, pimenta do reino, pimenta calabresa (opcional)

    Modo de fazer:

    Aqueça uma panela com óleo vegetal. Sele a carne de todos os lados (use uma panela que possa levar ao forno, caso não tenha, tudo bem, podes colocar numa forma mais funda para levar ao forno).

    Adicione o caldo de carne e as especiarias. Deixe ferver por uns 2 minutos. Leve ao forno a 120 graus por 30 minutos.

    Retire a carne do caldo e deixe esfriar um pouco. Envolva ela em plástico filme e leve a geladeira por mais ou menos uma hora, isso vai facilitar na hora de fatiá-la.

    Coe o caldo que ficou na panela e devolva a panela já coado.

    Fatie a carne em tiras bem finas e devolva ao caldo, deixe aquecer e finalmente está pronto!

    Para montar o sanduiche:

    Corte o pão ao meio e tire as duas pontinhas, abra (mas deixe um lado fixo) adicione a carne e bastante caldo, coloque a giardineira, feche o pão e enrole em um papel manteiga, fechando dos dois lados das extremidades, tipo um pacotinho.  Corte ao meio e sirva.

    Depois de todo esse trabalho, é um prazer enorme degustar isso, é maravilhoso.

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    Depois de muita pesquisa, foi esse vídeo que me inspirou e guiou para a receita:

  • Comédia,  Drama,  Romance

    Maggie tem um plano

    – Se ela realmente ama você, ela irá te amar não importa se você é um escritor ou um lixeiro.
    – Você me amava desse jeito, não é?

    Faz tempo que não posto filmes aqui, né minha gente? Pois ando falando muito de algumas coisas que estou assistindo  no Instagram, já me seguem por lá? Além de comidas do dia a dia eu posto coisas que assisto e muito muito dos meus cães também. ;P

    Minha amiga Dai Dantas ontem me recomendou o filme Maggie tem um plano. Somos fãs de Greta Gerwig (aqui no blog tem outros filmes dela/com ela: Frances Ha e Lola Versus), ela sempre faz personagens que nos identificamos de alguma forma.

    Dessa vez Greta é Maggie, uma professora que não consegue muito sucesso em sua vida amorosa, já que seus relacionamentos não duram mais que seis meses. Ela quer muito ter um filho, por isso, opta por fazer uma inseminação artificial. Ela resolve ter uma produção independente pois já está com 30 anos e sem nenhum possível relacionamento duradouro a vista para executar seu plano de ser mãe. Como ela é chegada a um estilo de vida menos convencional, ela resolve não usar um banco de espermas de desconhecidos, opta por pedir que um conhecido da época da faculdade seja o doador. O tal conhecido é nada mais, nada menos que Travis Fimmel (Nosso eterno RAGNAR, de Vikings – juro que dei um grito quando ele apareceu na tela), vivendo Guy, um cara que faz o estilo despojadão, meio hippie, que tem uma fabrica artesanal de pepinos em conserva e era um gênio da matemática na faculdade.

    Um belo dia ao ir a tesouraria da faculdade que dava aula, para reclamar que recebeu dois cheques de pagamento ao invés de um só, Maggie conhece John Harding (Ethan Hawke), que é um professor de Antropologia. Ao sair dali, eles começam uma conversa irreverente, comentando sobre a “megerice” da mulher da tesouraria. A partir daí começam a se falar todos os dias, e a sintonia entre eles é algo incrível. John está escrevendo um livro e pede para Maggie ler os manuscritos, ela começa a ler, adorar e opinar. Isso gera uma intimidade entre eles absolutamente bela.

    Do livro pulam para a vida, começam a falar sobre suas experiências, amores, desamores, família, e ele conta sobre a mulher dele, que não o apoia, é fria, dominadora e praticamente um demônio (visão dele). A esposa dele é vivida por Julianne Moore. Fabulosa, fazendo um sotaque holandês incrível no papel. Georgette é uma mulher plena, absoluta, uma profissional muito conhecida na área da Antropologia e consagrada em sua carreira. Porém, como podemos ver na cena de um jantar familiar, ela não dá a mínima bola para os dois filhos, Justine (Mina Sundwall) uma adolescente de uns 15 anos e Paul (Jackson Frazer), que deve ter em torno de 8 anos. Enquanto isso, John serve todo mundo, tenta uma conversa amigável, onde a gente vê que ali algo não vai muito bem.

    O óbvio acontece: John e Maggie se apaixonam. O que será que vem depois? Não vou contar para não dar spoilers, pois eu acho que cabe aqui a surpresa.

    Eu amei Maggie, apesar de ser controladora ( quem nunca?), ela é um tipo de controladora sensível. Que quer fazer tudo para ajudar a todo mundo. O que achei mais interessante é que ela não deixa também de ajudar a si mesma. Ela tem muito claro na cabeça o que quer na vida dela, e faz tudo para conseguir, sem trapaças. Uma personagem real, acolhedora, por vezes, mal entendida, com um coração enorme e uma sensatez absurda.

    Não posso deixar de citar o casal de amigos Tony (Bill Hader) e Felicia (a maravilhosa Maya Rudolph – que faz a juíza em The Good Place), com os quais ela tem diálogos incríveis.

    Maggie tem um plano é um filme sensível e que encara todas as coisas normais de pessoas normais. Maternidade/paternidade, relacionamentos, traições, amizades, sinceridades, vida real mesmo. Por isso acho que ele agrada tanto e é tão “fácil” de assistir. O filme é dirigido por Rebecca Miller (filha de Arthur Miller), que também assina o roteiro.

     

     

  • Comédia,  Drama,  Filmes

    Juliet, nua e crua

    Juliet, nua e crua é um filme baseado em um livro de Nick Hornby ( o mesmo autor de Alta Fidelidade e Um grande garoto).

    Uma grande amiga, que é fã do autor, me indicou esse filme gostoso para assistir. Obrigada @jeanete_martins 😉

    O filme conta a história de Duncan Thomson (Chris O’Dowd), um fã obcecado pela obra e pessoa de Tucker Crowe (Ethan Hawke), um roqueiro que parou de tocar e sumiu nos meados dos anos 90. Ele namora Annie (Rose Byrne) há 15 anos, moram juntos, em uma simpática casa, onde ele tem um quarto todinho dedicado a Crowe.

    Um belo dia ele recebe pelo correio uma demo de um antigo disco de Crowe, chamado Juliet Naked (titulo original do filme, inclusive) e fica ainda mais fã. Antes dele ouvir, Annie ouviu o cd também. Quando ele posta uma critica em seu fansite sobre aquele disco, Annie faz um perfil fake e comenta lá contrariando a resenha de Duncan.

    É nesse momento que o jogo vira, pois o autor da obra, o tão idolatrado por Duncan, Crowe, envia um email a Annie concordando com ela.

    Assim começa uma amizade interessante, eles contando um a vida do outro, seus anseios, dores, dia a dia.

    Muito engraçada a vida, já que, o que Duncan mais queria era saber de seu ídolo, e quem estava amiga dele agora, é quem não aguentava mais aquela obsessão do namorado em volta do ‘ídolo’.

    O filme é bem leve e interessante, não vou contar mais para que não perca a graça para vocês.

    Está disponível na HBO .

  • Comédia,  Drama,  Filmes,  Suspense

    A odisseia dos Tontos

    A odisseia dos Tontos (La odisea de los giles) conta a história de um grupo que se junta para comprar uma propriedade e nela abrir uma cooperativa. O filme vai mostrando a ideia se formando e a história de cada um dos sócios, enquanto o Fermín (Ricardo Darin), a esposa Lidia (Verónica Llinás) e o outro amigo, percorrem a cidade recolhendo as economias que cada um poderia dar para contribuir para a compra.O que acontece a partir daí, é que eles conseguem juntar parte do dinheiro, mas precisam ainda de um empréstimo bancário para completar o montante.
    Assim, Fermín é convencido pelo gerente do banco que deve depositar os dólares em sua conta, e solicitar o empréstimo, que logo seria aprovado. Ledo engano.

    No dia seguinte a tv anuncia o “Corralito” – plano do governo que foi estabelecido na Argentina, em 2011, que congelava as contas e poupanças e deixava apenas retirar 250 pesos por semana.
    Depois desse susto, eles ficam sabendo que havia um advogado e o gerente do banco envolvidos em um grande golpe, antes da medida. O dinheiro deles precisava ser recuperado.
    Começa então uma odisseia para recuperar essa grana. O mais interessante do filme é como os personagens se encaixam de forma incrível em uma jornada de confiança e luta pelo que é deles de direito.

    Dá aquela sensação de revolta e vontade de revolução.
    Deveríamos ser mais ‘tontos’ e nos juntarmos contra os golpes do nosso atual governo. Foi só o que me veio a cabeça quando terminei o filme.
    Fica a dica de entretenimento e reflexão.
    Dirigido por Sebastián Borensztein , mesmo de Um conto chines.
    Disponível no Google Play.

  • Comédia,  Drama,  Séries & TV

    Fleabag & Batata Toscana

    Falar de Fleabag é tão maravilhoso, porque foi uma das melhores comédias sarcásticas e, ao mesmo tempo, super dramáticas e emocionais que vi nos últimos tempos. É o tipo de humor que me agrada.

    A personagem principal é vivida pela atriz Phoebe Waller-Bridge que, além de atuar, escreveu, roteirizou e deu vida a protagonista da série. Uma mulher intrigante, com um humor tão excêntrico, que nos conquista no primeiro episódio.

    Harry, o ex

    A história foi escrita como um monólogo para o teatro, onde ela quebra a quarta parede (A “quarta parede” é uma parede imaginária situada na frente do palco do teatro, através da qual a plateia assiste passiva à ação do mundo encenado), sendo assim, Fleabag se comunica diretamente com o telespectador.

    Lembram que isso era feito pelo personagem Francis Underwood, em House of Cards? Acho sensacional, porque te faz mais parte ainda da história. Mentalmente eu conversava com ela. #aloka

    Fleabag e a irmã

    Fleabag conta a vida dessa mulher, de seus 30 e poucos anos, que vive em Londres. Ela tem relacionamentos amorosos vazios e superficiais, um ex-namorado que foi embora (acho que até foi bom, porque era mais um problema do que uma solução), uma família totalmente disfuncional, um negócio que beira a falência e o luto pela morte recente da melhor amiga.

    A série manda para o espaço toda e qualquer concessão a alguém ou qualquer coisa. Atingindo certeiramente ao tão afamado ultimamente politicamente correto.

    Em uma das hilárias cenas em que ela e a irmã, na primeira temporada, estão em um retiro espiritual pago pelo pai delas, são questionadas pela palestrante: “Quem aqui trocaria 5 anos inteiros de vida pelo chamado corpo ideal?”, ambas levantam a mão e são olhadas com desprezo pelas demais participantes, nesse momento Fleabag solta a pérola: “será que eu não sirvo nem para ser uma feminista decente?”.

    Poderíamos achar que o que resta seria ela ser romântica e estar atrás do amor de sua vida,  mas não. Ela satiriza o amor romântico, quando se irrita com Harry (o ex) sendo mimizento e pegajoso.

    Ela é dona de um cafe temático de porquinho da índia. Pasmem. A melhor amiga e sócia dela idealizou o local baseada em seu pet. O que acaba sendo uma grande ironia sobre essa geração hipster que temos hoje em dia. Fleabag nada perdoa.

    O fato dela ser atrapalhada e falha quase todo o tempo, nos faz querer confortá-la de alguma forma. Ou segurar ela pelos ombros e dar aquele chacoalhão que daríamos em alguma amiga, do tipo: “ei, garota, pare de fazer isso!”. Sabemos como o mundo lá fora é cruel com as mulheres, ainda mais mulheres como ela, que são livres de qualquer apego sentimental aparente.

    Na segunda temporada vemos uma Fleabag mudada. Ela resolve parar com os encontros amorosos e acaba por conhecer um padre que celebrará o casamento do pai com madrasta.

    The “Hot Priest” 😀

    E o que acontece? Ela se apaixona pelo padre. Nada mais Fleabag do que isso.

    via GIPHY

    Entre desconfortos de encontros mal sucedidos, até a evolução de saber o que ela realmente queria da vida, vamos até o final da segunda temporada tendo a certeza absoluta que estaríamos sentadas naquela parada de ônibus para abraçá-la.

    Fleabag tem suas duas temporadas disponíveis no Prime Vídeo.

    Trailer:

    Sabe aquelas batatas que quando você morde ela tem uma casquinha crocante e por dentro é super macia? Achei toda uma conexão nesse conceito com a personagem de Fleabag. Além de que, os ingleses gostam muito de batatas.

    Essa é a receita que eu vou passar hoje aqui para vocês.

    Um dia estava com uma amiga em casa e ela me disse: você precisa comer aquelas batatas toscanas que a Nigella fez em um programa que estava na Itália. Foi então que saímos para comprar batatas para realizar tal prato.

    A primeira vista você vai ler o modo de preparo e pensar: mas gente, o óleo frio? Sim, tem que estar na mesma temperatura das batatas, pois ao mesmo tempo que ele vai esquentando, vai cozinhando as batatas por dentro, depois doura elas por fora.

    Batatas Toscanas

    Batatas Toscanas

    Ingredientes:

    • 600 g de batata com casca
    • 1 litro de óleo – usei de girassol
    • ramos de alecrim
    • 6 dentes de alho

    Modo de Fazer:

    Lave bem as batatas, seque elas com um pano de prato. Corte em pedaços médios. Nem grosso, nem tao palito. Coloca o óleo em uma panela funda. Coloque as batatas dentro da panela com o óleo frio e fogo desligado. Adicione alecrim e dentes de alho.

    Ligue o fogo médio e a magia acontecerá. Enquanto o óleo esquenta, ele cozinha as batatas. Depois ele doura elas. Genial, né? Depois é só retirar do óleo e colocar em um prato com papel toalha e salgar a gosto.

  • Comédia,  Doces,  Romance,  Séries & TV

    Amor Ocasional & Bolo de Coco

    A série francesa Amor Ocasional (Plan Coeur) é uma daquelas que você maratona em uma dia. Com episódios de um pouco menos de meia hora, ela vai ter levando facilmente ao próximo episódio de uma maneira leve e interessante.

    Elsa (Zita Hanrot) é uma mulher de 30 anos que está completamente devastada com o final do seu último relacionamento. Ela tem duas melhores amigas – Charlotte (Sabrina Ouazani) e Emilie (Joséphine Draï) -, que ao verem ela beirando a completa insanidade, resolvem armar um plano um tanto quanto ousado para ajudá-la a sair dessa barra.

    Charlotte tem a ideia muito doida de contratar um garoto de programa para dar em cima e conquistar Elsa, fazendo com que ela desse um up no seu ego e confiança. Emilie de início não gosta da loucura da amiga, mas acaba concordando.

    O que elas não imaginavam é que Jules (Marc Ruchmann), o moço contratado, iria se apaixonar por Elsa. A desgraça está feita. E quem vai ter coragem de contar a Elsa sobre de onde veio o rapaz e com que propósito, sendo que ela também está apaixonada por ele e conseguindo esquecer Maxime (o ex)?

    Além do drama de Elsa, a série nos mostra as histórias dos outros personagens e seus romances. Charlotte não consegue se manter em nenhum emprego, mora com irmão Antonie e a amiga Emilie (que namora Antonie e está grávida dele), tem um romance secreto com o melhor amigo do irmão, Matthieu, sente que está apaixonada, mas logo ela, que não é adepta a relacionamentos sérios…

    Elsa mora com o pai (pessoa foférrima ele), trabalha em um emprego burocrático na prefeitura, ela é um pouco atrapalhas, mas muito inteligente, acho que a série é fácil de se apegar porque nos vemos em muitas situações comumente vividas por gente normal. Não tem glamour, é vida real, dor real, inseguranças reais. É isso que faz da série carismática e incrível.

    Jules, o gigolô, é o típico moço bonito, com sorriso impressionantemente bonito e um olhar conquistador. Ele que começou a carreira como garoto de programa para ajudar a mãe agora está disposto a largar tudo para ficar com Elsa.  Todos merecem uma segunda chance, não acham?

    Confesso que torci muito pra isso acontecer. E será que aconteceu? Assistam!

    Dona Netflix prometeu a próxima temporada para final de 2019, oremos.

    Trailer:

    Enquanto isso, eu aguardo a segunda temporada e como bolo de coco. Resolvi linkar esse bolo com a série, porque confeitaria é uma coisa maravilhosa, como nos ensinaram os migos franceses. Vamos fazer um bolo bem bonito?

    Eu relutei a fazer a cobertura do famoso “Chantininho” e confesso que ainda prefiro o chantilly fresco ou o buttercream, como opção de coberturas. Porém, não podemos saber o que gostamos mais sem provar tudo, não é mesmo? Vamos a receita então:

    Bolo de Coco

    Ingredientes:

    Massa:

    • 2 gemas
    • 2 claras
    • 150 g de açúcar refinado
    • 160 g de farinha
    • 150 ml de leite em temperatura ambiente
    • 1 colher de chá de extrato de baunilha (opcional)
    • 1 colher de chá de fermento em pó

    Recheio:

    • 1 lata de leite condensado
    • 1 caixinha de creme de leite
    • 1 vidro (200 ml) de leite de coco
    • 1 xíc. (240 ml) de leite
    • 1 + 1/2 xíc. de leite em pó
    • 2 colheres (sopa) de amido de milho
    • 1 colher (sopa) de manteiga

    Calda:

    • 1/2 xíc. de açúcar
    • 1/2 xíc. de água
    • 2 cravos da índia (opcional)
    • 1 dose de Jack Daniels Honey (opcional)

    Cobertura de Chantininho:

    • 200 ml de chantilly
    • 8 colheres de sopa de leite em pó (de preferência Ninho)
    • 1/2 lata de leite condensado
    • 1/ lata de creme de leite

    Decoração:

    • 100 g de coco ralado desidratado

    Modo de fazer:

    Pré-aqueça o forno a 180º.

    Forre o fundo de 3 formas de 15×5 cm (ou 1 de 15×10 cm) com papel manteiga. Não é necessário untar as laterais, assim evitamos que o bolo crie aquela “barriga”. Quando estiver morno, passe uma faquinha nas laterais e o bolo soltará facilmente.

    Massa:

    Bata as claras em neve, adicione o açúcar, logo que estiver um merengue, adicione as gemas, uma a uma. Junte o leite. Após isso, com um fouet, mistures a farinha e fermento peneirados a massa. Por fim o extrato de baunilha.

    Divida a massa nas formas e leve ao forno por 30-35 minutos, fique de olho, depende do forno pode levar menos ou mais tempo. Se usares a forma mais alta, de 10 cm, pode levar mais alguns minutos.

    Retire do forno e deixe amornar, caso tenha usado a forma alta, corte o bolo em 3 camadas.

    Recheio:

    Dissolva o amido de milho no leite. Misture todos os ingredientes e leve para o fogo baixo, quando começar a engrossar conte mais 3 minutos, mexendo sempre e desligue. Leve a geladeira para esfriar com um filme plástico em contato com o creme.

    Calda:

    Em uma panelinha leve os ingredientes para ferver, mexa, assim que começar a ferver e o açúcar estiver se desfeito, desligue. Leve para gelar.

    Montagem:

    Forre uma forma de 15×10 com plastico filme ou um saco plástico. O importante é que tenhas plastico o suficiente para envolver todo o bolo para levá-lo a geladeira depois de montado.

    Coloque a primeira camada de bolo no fundo da forma. Regue com a calda. Adicione metade do recheio. Coloque mais uma camada de bolo, regue, recheio, por fim a última camada de bolo.

    Feche bem com o plástico e leve a geladeira por, no mínimo 8 horas.

    Depois das horas de descanso para poder gelar e ficar bem firme, cubra todo o bolo com a cobertura, passando uma espátula para alisá-lo. Salpique o coco ralado em todas a volta dele. Agora é só comer \o/

    Conserve na geladeira.

  • Comédia,  Drama,  Filmes,  Salgados

    Okja & Salada de Batatas

    Okja, o novo longa-metragem do diretor coreano Joon-Ho Bong, versa sobre os absurdos da indústria alimentícia. Com produção da Netflix, o filme é divertido, mas não deixa de ser incômodo para o que se propõe.

    Okja fala sobre comida, consumismo e ganância. Temos a indústria Mirando, uma empresa produtora de carnes, que lançou uma competição mundial sobre quem criaria o super-porco. Um animal perfeito para o consumo e que seria usado para uma produção em super escala, produzindo assim, toneladas de carnes nobres e especiais.

    Uma das famílias a receberem o desafio foi a da pequena Mikha,uma garotinha coreana que vive com seu avô em uma fazenda no interior de seu país.

    De um lado temos o capitalismo e a sua falta de preocupação com os seres e as consequências de seus atos. De outro, temos a vida pura e simples, que preserva com naturalidade as espécies e as mantém vivas, enquanto não há interação com a outra parte cheia de cobiça.

    Tem Tildão e Gus. PENSA.

    Ainda temos um grupo de ”terroristas” que lutam contra as indústrias, que faz de tudo para libertar os animais condenados a virarem almoço na casa de alguém. Confesso que dei um grito animado quando chegaram os ativistas no filme. A pessoa sente uma certa alegria em fazer, de alguma forma, parte disso.

    MELHORES! <3

    Okja é um super-porco transgênico criado pela Mirando, mas que vive livremente com a menina Mikha no meio da natureza, ela é tão fofa e querida que a gente quer abraçar <3. Me lembrou muitas vezes aquele olhar que os cães tem. Acho que isso foi uma estratégia para derreter os corações (e alertar as mentes) daqueles que acham que os únicos animais, que não devem ser mortos para alimentar humanos, são os cães ou gatos. Todo animal é um ser vivo e merece a mesma chance que nossos pets domésticos.

    Nossos amigos ativistas contam com as ilustres presenças de Paul Dano (lembram dele como o deprimido sobrinho de Tio Frank em Little Miss Sunshine?), que está excelente no papel, fazendo aquele defensor árduo, mas também muito sentimental. Ainda temos Steven Yeun (Saudades do tempo que The Walking Dead era legal e eu amava Glenn), que traduz tudo o que a pequena Mikha diz q acaba se metendo em altas confusões. O filme é cheio de grandes atuações.

    Tem Dwayne (Little miss sunshine) e Glenn!

    O filme é cheio de ação e emoção, que faz com que a gente vibre a cada vitória dos protetores dos animais e chore em cada momento difícil enquanto isso não se dá. Eu confesso que tive momentos de sincopes de choro. Sou desse tipo.

    Como que não ama essa guria?

    Já tínhamos vido Bong dirigindo outros filmes como Expresso do Amanhã, Mother – A Busca Pela Verdade , O Hospedeiro, Memórias de um Assassino, onde ele sempre buscava uma inquietação dentro da história, defrontando a sociedade com assuntos polêmicos como a solidão, relacionamentos familiares e a exclusão. Ele consegue seguir nessa mesma linha em Okja, dosando com maestria os momentos de alegria e felicidade com os que fazem a gente pensar.

    Que timão dapohah néam? Jake Gyllenhaal tá impagável (e odioso).

    Trailer:

    Não teria como não associar esse filme a qualquer receita que não leve NADA de origem animal, por isso hoje eu resolvi passar para vocês uma saladinha de batatas, sem maionese, sem ovos, apenas com coisas gostosas que são possíveis de alimentar um ser humano, sem a crueldade animal.

    Salada de Batatas

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 30 min
    Serve: 4

    Ingredientes

    • 500 g de batatas em cubos
    • 2 cenouras em cubos
    • 2 tomates em cubos
    • 1 cebola roxa em rodelas finas
    • 4 colheres de azeitonas picadas
    • Azeite de Oliva
    • Suco de limão
    • Pimenta do reino
    • Sal
    • Salsinha picada

    Modo de Fazer

    1. Cozinhe a batata e cenoura em água fervente até que fiquem macios. Reserve.
    2. Coloque para gelar e sirva como acompanhamento.