Drama,  Salgados

Tal Pai, Tal Filho & Gyoza de Legumes

Existem alguns diretores que eu tenho um apego muito forte, um deles é Hirokazu Kore-eda, o qual chamo carinhosamente de “Koreedinha”. Quando esse japonês lança algum filme eu já fico ansiosa no level HARD para assistí-lo. Kore-eda consegue filmar mostrando o dia-a-dia de uma forma poética, as vezes dura, mas sempre muito bela e especial. Ele é um olhar supremo do cinema japonês, na minha humilde opinião. Já falamos de “O que eu mais desejo” dele, aqui no blog. Inclusive, preciso rever a filmografia toda dele e cozinhar para poder fazer posts pra vocês.

Tal pai, tal filho trata de um assunto bem polêmico: o que faríamos se descobríssemos que o filho que você cria há mais de 5 anos não é seu filho e foi trocado na maternidade?

guioza_likefather1

Temos como foco principal o workaholic e arquiteto Ryota. Ele é pai de Keyta, o menino que tem tudo para ser um super sucesso na vida. Tudo é planejado minuciosamente para que o menino tenha a melhor educação possível. Muita rigidez aplicada em uma rotina cansativa para uma pequena criança. O pai quer que o menino cresça já tendo muita ambição e alcance o ápice logo cedo. A família vive bem de grana, com muito conforto em um apartamento agradável. A esposa submissa, que tudo a Ryota reporta, demonstra a dominação do mesmo perante seus familiares.

guioza_likefather3

Kore-eda vai nos levando pela mão, contando o outro lado sutilmente: a outra família que teve o filho trocado, vive em um subúrbio, numa casa simples, com mais irmão, tendo uma vida bem mais livre (e um tanto quanto mais divertida). A diferença entre os dois clãs é muito muito clara.

A partir do momento que sabem sobre a troca dos filhos, as duas famílias começam a se questionar o que será o certo a se fazer. As respostas de alguns porquês são respondidas pela vida. Deve-se mesmo acreditar tão e somente em laços de sangue, por ter a sociedade imposto que isso é o mais forte que se pode ter?

guioza_likefather2

O diretor japonês nos faz viajar junto com essas famílias, em uma mescla de dores e descobertas, onde os próprios pais começam a se indagar sobre suas infâncias, passado e o futuro. Como em outros filmes, Kore-eda nos faz questionar a nossa existência, nos fazendo pensar sobre o modo como agimos e o que teremos como consequência disso.

É um drama bonito e arrebatador, com um final excepcionalmente lindo! Assistam e depois me contem o que acharam.

Trailer:

Hoje trarei junto com o filme uma comidinha bem conhecida na culinária asiática: Gyoza! Dessa vez fiz de brócolis com shimeji.

guioza_final

Gyoza de Legumes

Tempo Prep: 60 mins
Tempo Coz: 30 mins
Rende: 12 peças

Ingredientes

  • 1 xícara de farinha de trigo
  • 1/2 xícara de água fervendo
  • 1 colheres de chá de azeite
  • 1 pitada de sal
  • 150 g de shimeji picado
  • 150 g de brocolis picados
  • 50g de nirá (cebolinha japonesa) picado
  • 4 colheres de sopa de shoyu
  • 1 colher de sopa de óleo de gergelim torrado
  • 1 colher de sopa de caldo de gengibre ralado
  • 1 dente de alho ralado 1 colher de azeite
  • 1 colher de azeite
  • Óleo e água quente para a fritura/finalização

Modo de Preparo

  1. Comece preparando a massa, coloque a farinha, o sal e o azeite em um recipiente e em seguida vá colocando a água fervendo. Mexa com uma garfo para não queimar as mãos, até que esfrie um pouco e possa sovar. Sove bem por alguns minutos até obter uma massa bem lisinha e uniforme. Deixe descansar por 1 hora.
  2. Enquanto isso vamos fazendo o recheio: refogue o alho no azeite, adicione o shimeji e o brócolis picados. Tempere com o shoyu, o oleo de gergelim e acrescente o gengibre ralado. Refogue bem, até ficar tudo macio e reserve, deixando esfriar antes de rechear os pasteizinhos.
  3. Abra a massa em uma superfície enfarinhada, até que tenha uns 2 mm de espessura. Com a ajuda de um cortador redondo (usei um copo) vá cortando os círculos. Coloque um pouco de recheio no centro de cada círculo e vá fechando fazendo pequenas pregas.
  4. Aqueça uma frigideira com duas colheres de sopa de óleo e doure a base dos gyozas. Em seguida regue com água quente até cobrir 1/3 do pastel e tampe imediatamente, deixando até que seque toda a água.
  5. Arrume os pastéis no prato, colocando a base voltada para cima Muito amor envolvido <3 Sirva ainda quente acompanhado de shoyu.

Como podem notar tive uma ajudante no processo:

Aqui tem um post bem legal da Marisa Ono para aprender a fechar os gyozas.

A dona da cozinha.

2 Comentários

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Comente com o Facebook