• Drama,  Salgados,  Séries & TV

    Chicago Med & Sanduíche de Cogumelos Frescos

    Eu sou aquela velha órfã de E.R (Plantão Médico, aqui no Brasil) acompanhei loucamente todas as 15 temporadas e quando terminou eu chorei. Fiquei mal por alguns meses, sempre me lembro de todos os personagens, somos como velhos e eternos amigos. Exageros a parte, eu amo muito séries médicas, porém, nunca me apeguei a Grey’s Anatomy, por exemplo. Sei que deveria tentar assistir, talvez eu vire uma viciada, como muitos amigos que conheço. Resolvi então assistir Chicago Med, como uma forma de suprir a minha eterna falta de E.R., que foi uma série de grande importância para evolução das séries televisivas, com seus personagens carismáticos e roteiro perfeitos.

    A solidão coloca você em risco. Acho que todos nós sabemos que o amor pode machucar, certo? Mas solidão, isso vai te matar.
    (Dr. Rhodes)

    Chicago Med vem da mesma franquia de Chicago Fire e Chicago PD. Alguns personagens das outras séries aparecem em episódios, interagindo com a vida no Pronto Socorro. Bombeiros trazendo vítimas ou policiais fazendo alguma investigação sobre algum ferido que esteja envolvido em algum assunto de risco.

    A primeira temporada conta com 18 episódios e a série mostra a rotina da emergência de um dos maiores hospitais da cidade. Controlando tudo na recepção está Maggie, que distribui os pacientes aos leitos, vê tudo o que acontece e ainda dá uma de super mãezona da galera. Amamos Maggie. Além dela, temos outra enfermeira, April, muito doce e atenciosa.
    Reese, a ainda tímida estudante de medicina, nos alegra com seu jeito ainda atrapalhado, mas gentil. Sempre prestando atenção e fazendo jus ao diploma que um dia irá carregar.

    Vamos falar dos médicos? Dr. Halstead e Dr. Rhodes sempre com opiniões divergentes, acabam voando faíscas quando ambos analisam os pacientes. Na segunda temporada a coisa melhora e eles começam a ter uma convivência mais harmoniosa. Drª Manning é uma médica que está grávida, seu marido morreu na guerra e ela é uma chatinha, resumindo.

    Meu favorito é Dr. Choi, um ex-militar da marinha, que faz com que tudo siga as normas e leis corretas, além de muito capaz e preocupado com seus pacientes e colegas. Dr. Choi se preocupa com todos os seres vivos, seja um panda, um papagaio ou uma pessoa. Dr. Choi é amor. #teamDRCHOI

    Ainda temos Dr. Charles, responsável pela Psiquiatria, que está sempre pronto para uma análise geral de qualquer paciente. Acho que ele é o maior coração do hospital. Fazendo dupla com Reese, os dois são as melhores pessoas EVER.

    Responsável por tudo e todos temos a diretora, Sharon Goodwin, que é uma mulher forte e incansável.

    Cada episódio foca na história dos pacientes que chegam ao PS, ao mesmo tempo que mescla com a história de vida de cada médico, enfermeiro e atendente. Aos poucos vamos nos apegando a eles, torcendo por eles, vivendo ao lado deles. GO APRIL! (sim eu grito com a TV)

    Já que a vida em Chicago é super agitada, resolvi fazer para acompanhar um sanduíche bem legal de cogumelos frescos. Uma refeição que pode ser feita rapidamente e deixa todo mundo com a barriguinha cheia e feliz. Vamos la?

    Sanduíche de Cogumelos Frescos

    Preparo: 15 min
    Cook Time: 5 min
    Serve : 2

    Ingredientes

    • 2 pães de sua preferência – tamanho de meio baguete +/- (eu usei um pão tipo português)
    • 4 pepinos em conserva cortados em rodelas
    • 1 cebola roxa fatiada fininha
    • 12 tomates cereja partidos ao meio
    • 4 folhas de alface americana
    • 150 g de cogumelos paris frescos fatiados
    • 1 colher de sopa de manteiga
    • 2 colheres de sopa de molho de soja
    • 2 colheres de sopa de creme de ricota (podes usar maionese, requeijão ou qualquer outro tipo de condimento para passar no pão)

    Modo de Fazer

    1. Em uma frigideira derreta a manteiga e sele os cogumelos. Reserve. Refogue a cebola na mesma frigideira em fogo baixo. Se necessário acrescente um pouco mais de manteiga. Quando ela estiver macia, volte com os cogumelos a frigideira, acrescente o molho de soja e deixe refogar em fogo baixo até reduzir um pouco.
    2. Abra o pão, passe o creme de ricota e vá enfileirando os cogumelos acebolados. Coloque os pepinos e os tomates, por último a alface.
    3. Agora é só abrir uma boa cerveja e comer! =)
  • Drama,  Salgados

    Moonlight & PF Vegetariano

    Moonlight, sob a luz do luar, é um filme, acima de tudo, elegante. Ele consegue abordar os mais diversos assuntos polêmicos com uma sensibilidade e delicadeza incríveis.

    – Estou aqui há muito tempo. Fora de Cuba. Há muitos negros em Cuba. Você não sabe o que eu passei para estar aqui agora. Eu era um pequeno menino selvagem. Igual a você. Corria sem sapatos até a lua.

    Uma vez, me deparei com essa … essa mulher idosa que estava me rodeando, não tinha comida, garoto. Estava correndo, gritando. Um pouco bobo, menino. Esta velha mulher me parou. E me disse:

    “Correndo por aí, à luz do luar. À luz da lua, crianças negras parecem azuis.

    – Você é azul(Blue). É assim que você vai chamar: Azul ”

    – Esse é o seu nome, “Blue”?

    – Não … Em algum momento, você tem que decidir por si mesmo quem você é. Você não pode deixar ninguém tomar essa decisão para você.

    Para fãs de Wong Kar-Wai é impossível não ver a inspiração de Barry Jenkins em toda a filmografia do chinês. Desde as tomadas de lado da tela até as músicas que compoem a trilha sonora. Jenkins mesmo conta que é grande fã do diretor.

    Segura aqui na minha mão e assista esse comparativo:

    Voltando a Moonlight, ele se passa em 3 tempos da vida de Chiron, o personagem principal do drama: desde sua infância até se tornar um adulto. Desde os momentos que sofreu bullying e preconceito, até a descoberta da sexualidade, a guerra da etnia, do status social, o mundo das drogas e , por fim, a resposta da coisa mais importante que levou consigo nessa vida toda.

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    Choro tanto que, às vezes, acho que vou virar lágrimas.

    O filme vai te levando a questionar as tuas próprias escolhas na vida. Em que momento deveria ter sido mais o que tu querias do que o que a sociedade esperava de ti? Jenkins consegue não confundir o espectador, mesmo com os pulos no tempo e troca de atores, conforme Chiron vai crescendo. É poético, bonito e, ao mesmo tempo, triste. Porém, a vida não é um morango e todos nós sabemos disso. O que mais impressiona é a força tímida daquele garoto, que desde pequeno é ”adotado” por um traficante (Mahershala Ali excepcional no papel, ainda que curto, mas que lhe rendeu diversas indicações como ator coadjuvante), que se indigna com a conduta da mãe do menino.

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    Nesse momento… você está no meio do mundo, cara.

    Não há flashbacks, que nos deixam com aquela nostalgia do passado, não há escolhas para o que já se foi. Em passadas largas, o roteiro vai encaixando a passagem do tempo de forma incrível, nos deixando com aquela suave alegria de estar vislumbrando uma bela película. Chiron se defronta com sua vida e suas verdades. Com quem ele foi, quem é no momento e quem será. Ele é um otimista, apesar de tudo. Ele não perde a esperança. Ele vive o que é preciso viver, no momento que lhe é dado pela vida.

    De Little, na infância (vivido pelo fofo e incrível ator mirim Alex Hibbert), vamos a Chiron, em sua fase adolescente, e terminamos em Black, já homem formado que ainda está em busca de sua verdade. Já calejado da vida e transformado em alguém menos doce (pelo menos aparentemente), vai nos levando por um roteiro que poderia ter sido cansativo se tivesse nas mãos erradas, mas isso jamais acontece. Moonlight flui e a gente vai se sentindo parte de tudo aquilo, como faz com maestria o tão inspirador Kar-Wai em seus filmes.

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    James Laxton dá uma aula de direção de fotografia, onde mantem o filme objetivo, mas com a atmosfera perfeita de cada momento. Com lentes azuladas e tomadas noturnas incríveis (banhadas pela luz do luar – como o título do filme), ele nos faz sentir coisas que acabam como que num suspiro. A trilha sonora segue na mesma vibração, que você volta o filme para poder ouvir de novo aquela música que te deixa com o peito apertado (ou aberto) com lágrimas nos olhos (eu tenho muito disso com a música, acho que ela é sempre um personagem em alguns filmes – quando bons, sempre é).

    – Não te vejo há uma década. Não é o que eu esperava…

    – Esperava o que?

    Moonlight é um filme para ser visto com o peito aberto. Pode doer, pode te fazer sorrir e chorar. Como um momento de descobertas, escolhas, desafetos, desavenças familiares, estilo de vida, e amor. Amor, sempre amor.

    Trailer:

    A cena que me inspirou sobre a receita de hoje foi essa, não vou contar detalhes sobre ela para não estragar o filme, apenas contemplem e sorriam.

    Tem algo melhor do que se cozinhar com amor?

    Fiz um PF vegetariano, para que todos possam ver que existe vida além do bife ahueshua. Usei um bife vegetariano da Superbom, que eu particularmente gosto bastante. Vou passar o resto dos detalhes na receita abaixo, também pode acompanhar um ovo frito e batatas fritas. Vai do gosto do cliente (ou do amor). O feijão já contei pra vocês como eu faço nesse post (só troquei pelo feijão preto dessa vez). Vou falar na receita como fazer o arro, a couve e o bife vegetal (que muita gente vira a cara, mas é que não tempera direitinho para que fique bem gostoso!). Vamos lá?

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    PF Vegetariano

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 40 min
    Serve: 2 pessoas

    Ingredientes

    • 1 xic. de arroz
    • 2 xic. de água
    • 4 dentes de alho picado
    • 8 colher sopa de azeite de oliva
    • 1 maço de couve
    • 1 cebola em rodelas
    • 1 colher de chá de açúcar mascavo
    • 2 colheres de sopa de shoyu
    • Sal, orégano e pimenta do reino a gosto
    • 1 lata de bife vegetal (contem mais ou menos 6 unidades)

    Modo de fazer:

    1. Vamos começar pelo arroz: refogue o alho uma colher de azeite, junte o arroz, frite por alguns minutos, junte a agua e deixe ferver em fogo médio. Quando a água começar a secar, tampe a panela, baixe o fogo e deixe por mais 1 minuto, desligue a panela e deixe tampada descansando.
    2. Aproveite enquanto o arroz está sendo feito e tempere os bifes: em uma travessa coloque os bifinhos, sal, pimenta, 1 dente de alho, 2 colheres de azeite, o shoyu e o orégano. Deixe descansar por uns 5 minutos para tomar gosto. Frite em uma frigideira anti-aderente, depois de dourados de ambos os lados, reserve.
    3. Para o acebolado, coloque 2 colheres de azeite e as cebolas em rodela, quando começarem a dourar, coloque o açúcar mascavo. Em fogo baixíssimo deixe com que elas caramelizem.
    4. Para a couve, aqueça 2 colheres de azeite, junte o alho, doure, cuidado para não queimar, junte a couve e o sal. Mexa e abafe com a tampa, em fogo baixo, mexa algumas vezes. Fica pronto em coisa de 3 minutos.
    5. Para a montagem: acomode o arroz, sirva o feijão, os bifes com o acebolado em cima e a couve. Bom proveito! =0)
  • Drama,  Romance,  Salgados

    Before we go & Polenta com legumes

    Em Before we go dois estranhos se conhecem por acaso e acabam passando o dia juntos. Ok, isso já foi feito muitas vezes, como no clássico (e lindo!) Antes do Amanhecer, de Linklater. Porém, o filme de estreia de Chris Evans (Capitão América) como diretor nos deixa com uma impressão gostosa, para um primeiro longa, com uma base bem legal de profundidade. Acho que ele deve continuar nesse caminho.

    Com uma equipe bem robusta, Chris Evans conta com o roteirista Ronald Bass (melhor roteiro por Rain Man), o diretor de fotografia John Guleserian ( Song One e Questão de Tempo), e o editor John Axelrad (Coração Louco e Os donos da noite).

    Nick, não existe perfeição.
    Sempre haverá dificuldades.
    Você tem só que escolher com quem quer enfrentá-las.

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    Chris Evans é o trompetista Nick Vaughan, um homem que está em Nova York para fazer uma audição com um artista que pode dar um up em sua carreira. Ele ainda está passando por dores de um amor perdido há seis anos. Coincidentemente, ele iria encontrar com a ex em um evento nesse mesmo dia.

    O dia está terminando e Nick está na estação de trem tocando seu trompete. Passa então uma moça correndo que deixa o celular cair. Ela estava preste a perder o trem. De fato perde, volta para a parte de cima da estação, onde encontra-o com seu celular na mão. Altamente angustiada ela conta que foi assaltada, roubaram sua bolsa e a única coisa que ela tem é aquela passagem de trem e um celular, agora, quebrado.

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    Ela é Brooke Dalton (Alice Eve), uma curadora de arte que está na cidade só de passagem. Ela precisaria voltar para casa naquela noite e então começa aí uma aventura pela cidade, onde os dois tentam se ajudar de todas as formas possíveis, como costumamos fazer com amigos.

    O roteiro bem amarrado de Bass nos faz embarcar em uma série de questionamentos maduros sobre a vida e seus relacionamentos. Aquela coisa de 30 e poucos anos e vida real, saca? Pois é.

    Será que fui certo ao terminar um relacionamento? Será que estou certo em permanecer nesse que estou? O que estou fazendo de minha vida profissional? Devo fugir, como sempre, ou seguir?

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    A fotografia é bem construída, que dá aquela sensação de cumplicidade, como tivemos em Song One, onde praticamente nos sentimos MIGOS dos personagens, que são muito cativantes. Achei que a química entre eles funcionou muito bem.

    É um filme de diálogos adultos, de decisões difíceis, mas que tem que ser tomadas. Coisas que a gente vive na vida, não é mesmo?

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    Chris conseguiu demonstrar que pode ser diferente em sua atuação – em uma película completamente experimental – indo para o lado do cinema mais alternativo e, como eu interpretaria, mais profundo. Desfazendo assim a impressão de que é um eterno Capitão America.

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    Para acompanhar o filme a receita não tem nada a ver com NY ou qualquer um de suas personagens. Foi uma ligação extra-filme que me veio à mente. Eles passam o tempo inteiro sem comer nada, apenas quando chegam a um hotel para descansar, eles pedem um jantar que não é revelado o teor.

    Eu pensei que uma polenta quentinha com legumes salteados seria ideal para aquela noite depois de tudo que passaram. Uma comida que te abraça, acalenta sua alma e te deixa mais feliz depois de dias difíceis.

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    Polenta com Legumes

    Prep: 60 min
    Coz: 40 min
    Serve : 4 porções

    Ingredientes

    • 2 litros de água
    • 2 dentes de alho picadinhos
    • 1 cebola pequena picada
    • 1 colher chá de sal
    • 300 g de fubá mimoso
    • 1 colher sopa de manteiga
    • 1/2 cebola em tiras finas
    • 1 cenoura grande cortada em tiras finas
    • 200 g de cogumelos shitake fatiado
    • 1 molho de brocolis
    • 1 tomate picado
    • 4 colheres de azeite
    • 1/2 xic. de shoyu
    • 1 colher café de sal (prove o sal depois que adicionar o shoyu e corrija se necessário)
    • Castanha de caju a gosto (opcional)
    • Queijo parmesão ralado a gosto

    Modo de fazer

    1. Começando pela polenta, em uma panela de pressão e refogue a cebola e o alho no azeite até ficarem dourados.
    2. Adicione 1 litro e 1/2 de água e deixe ferver.
    3. Em um recipiente dissolva o fubá em mais ou menos 1/2 litro de água fria.
    4. Vá juntando o fubá diluído a água fervente mexendo sempre.
    5. Coloque o sal e tampe a panela. Quando começar a chiar, baixe o fogo e deixe cozinhar por 15 minutos.
    6. Deixe sair completamente a pressão da panela, de uma boa mexida e acrescente a manteiga.
    7. Agora vamos aos legumes: em uma panela coloque o azeite e refogue a cebola, em seguida acrescente os legumes (na sequencia que está na lista de ingredientes) e deixe refogar por alguns instantes.
    8. Quando estiverem macios, adicione o shoyu, corrija o sal e adicione as castanhas de caju.
    9. Sirva a polenta, salpique queijo parmesão e adicione os legumes em cima. Bom apetite!
  • Drama,  Salgados

    Song One & Falafel

    Para quem gosta de filmes com uma trilha sonora linda, Song One é um prato cheio. Eu amo filmes que tenham músicas, sejam tocadas, cantadas, tipo Once e Begin Again. Tem um momento do filme que começa a tocar “My baby just cares for me” da Nina Simone e quero ver quem que não se atira no chão gritando e cantando junto. Sim, eu sou dessas. Porém sou do team que detesta musicais, onde as pessoas ficam conversando-cantanto-vivendoavida-indonomercado. Me irrita profundamente, shame on me.

    Vamos começar ouvindo essa para ir lendo o post?

    Franny (Anne Hathaway – gente, eu amo Anne, me deixa) é uma antropologa que está no Marrocos no meio de uma pesquisa e recebe uma ligação de sua mãe informando que seu irmão mais novo sofreu um acidente e está hospitalizado em coma. Ela volta para os Estados Unidos onde começa uma outra viagem: para dentro da vida do irmão.

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    Recorrendo a todas as coisas que tem acesso sobre ele (e dele), como seu quarto, seu diário e suas gravações, ela começa a investigar e conhecer melhor quem era o próprio irmão, para que, de alguma forma, consiga fazer com que ele desperte do coma.

    Com um roteiro bem conduzido e de uma sensibilidade incrível, ela vai nos levando junto a todas suas descobertas. Que música ele gostava, o que ele tocava, onde ele se refugiava, para quem ele escrevia, o que ele sentia, o quanto ele falou com ela através de algumas músicas e cds gravados, e, principalmente, quem era seu grande ídolo: James Forester.

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    Então ela acha um ingresso para um show do moço, marcado no diário do irmão. Vai até lá, com o cd demo nas mãos, acaba por ver a apresentação e no final, entrega para ele o cd, contando o que houve com o irmão. No dia seguinte, James aparece no hospital. E a cena mais fofa da terra é que ele começa a tocar uma música para o garoto em coma. E você fica pedindo peloamordedeus para que ele acorde. Seria tipo Damien Rice cantando para mim num quarto de hospital e eu não sabendo de tudo aquilo. Pensa.

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    Surtos a parte, a partir daí começa uma interessante relação de Franny e James. Eles compartilham histórias, jantares, idas a casa da mãe, shows, esperanças e, até, alguns beijos. Pois é. Nunca se sabe de qual cartola vai sair o coelho.

    O filme é de uma poesia musical absurda, sentimentos a flor da pele e diálogos emocionantes.

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    Curiosidade:
    Johnny Flynn, que faz o papel de James Forester, é realmente músico. É o vocalista da banda de folk-rock inglesa Johnny Flynn & The Sussex Wit. Johnny canta no nosso coração desde que conhecemos ele no filme. <3

    Trailer:

    A primeira vez que fiz falafel deu tudo errado, receita errada, eu errada, ansiedade e tudo aquilo que a gente faz quando algo na cozinha não sai bem. Dessa vez a coisa deu tão certo que já repeti a receita algumas vezes. Ela veio do site Sabores de Israel e é simplesmente incrível. Também fiz os pães pita ensinados lá e logo logo eu posto aqui para vocês.

    E o que isso tudo tem a ver com o filme? Porque o Falafel é uma comida originária do oriente médio e, como no filme aparecem panquecas americanas ( já temos isso aqui no blog), resolvi dar uma linkada na viagem de Franny ao Marrocos.

    Judeus e árabes discutem a origem do falafel.

    Há quem diga que Israel “roubou” o falafel dos árabes. Outros dizem que grupo algum tem o direito de ser proprietário de um bolinho de legumes frito. Dizem que o falafel é uma comida do Oriente Médio, originária do Egito e que se espalhou por Marrocos e Arábia Saudita.

    (Informação do site Demodelando)

    Vamos a receita?

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    Falafel

    Prep Time: 15 mins
    Cook Time: 30 mins
    Yields: 18

    Ingredients

    • 2 copos de Grão de Bico (cru. não cozido)
    • 6 dentes de Alho amassados
    • 2 colheres de chá de Bicarbonato de Sódio
    • 1 copo de coentro picado (não coloquei porque eu ODEIO coentro, beijos Jê!)
    • 1 copo de Salsa picada
    • 1/2 cebola média bem picada
    • 1 colher de sobremesa de Cominho
    • 1 colher de chá de Páprica
    • 1 colher de Sopa de Pimenta síria
    • Sal a gosto
    • 4 colheres de sopa de farinha de trigo (para dar liga à massa)
    • Óleo para fritar

    Modo de Prepato

    1. Lave bem os grãos para que fiquem bem higienizados e coloque de molho, no mínimo, por 12 horas.
    2. Depois do descanso, lave bem os grãos novamente.
    3. Em seguida bata todos os ingredientes no processador de alimentos. Caso ache que não está dando liga, adicione um pouco mais de farinha.
    4. Deixe na geladeira a mistura por 1 hora (muito importante!)
    5. Molhe as mãos com água e modele as bolinhas.
    6. Frite em óleo médio, nem quente, nem frio, por alguns minutos, virando os bolinhos até que fiquem com a cor que vemos na foto.
    7. Escorra no papel toalha e sirva.
  • julie e julia movie
    Biografia,  Drama,  Romance,  Salgados

    Julie e Julia & Quiche au Camembert

    Julie e Julia conta a história de duas mulheres: Julia Child (belissimamente interpretada pela Meryl Streep) uma mulher americana que mudou para a Paris no final dos anos 40, por conta do trabalho de seu marido e Julie Powell (Amy Adams) moradora de Nova York dos dias de hoje.

    Sabe o que adoro sobre cozinhar? É que depois de um dia que nada dá certo (e quando eu digo nada é nada mesmo), eu venho pra casa e sei que juntando gemas de ovos com chocolate, açúcar e leite vai virar um creme. É tão reconfortante.
    (Julie Powell)

    JULIE & JULIA.

    Julia uma mulher super ativa que acompanhava o marido Paul (Stanley Tucci) diplomata a França, não aguentava mais ficar em casa sem nada fazer e, como amava a culinária, resolveu entrar em um curso de culinária do Le Cordon Bleu. Surgiu daí a ideia dela escrever um livro para as mulheres americanas com receitas de comidas francesas.

    O livro que acabou se tornando um best-sellers de 1963, chamado Mastering the Art of French Cooking (1961), foi o começo da explosão de Julia Child na história da culinária americana. Depois disso ela começou a apresentar um programa na tv, no maior estilo que conhecemos aqui no Brasil com Palmirinha, Ana Maria Braga e Ofélia.

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    Julie apaixonada pela história e vida da lendária Julia Child começa um desafio: fazer as 524 receitas do livro em apenas um ano. Para isso ela começa um blog para relatar tudo isso, chamado The Julie/Julia Project.

    O filme e leve e bem humorado, contando com a excelente atuação (como sempre) de Meryl Streep, que carrega no sotaque e esbanja bom humor até aprendendo a cortar cebolas. Amy Adams, por sua vez, consegue dar vida ao amor que as pessoas que adoram cozinhar tem. O encantamento dela ao fazer cada prato e relatá-los no blog é sensacional.

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    O filme é uma adaptação de 2 livros: “Julie & Julia” de Julie Powell e “My life in France” de Julia Child com roteiro e direção de Nora Ephron.

    Bom, uma das receitas do livro Mastering the Art of French Cooking é de uma Quiche com queijo Camembert. Como tínhamos uma manteiga Elle & Vire e um belo exemplar de Queijo Camembert Emborg, que nos foi presenteado pela AllFood Importadora, resolvemos usá-los nessa receita.

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    Quiche au Camembert

    Preparo: 90 min
    Cozimento: 60 min
    Serve : 4

    Ingredients

    • 250 gr de farinha de trigo
    • 125 g de manteiga
    • 50 ml de água gelada
    • 3 ovos
    • 200 ml de creme de leite fresco
    • 125 g de queijo camembert
    • Sal e Pimenta do reino
    • Noz-moscada moída na hora 1 pitada de orégano
    • 1 pitada de orégano

    Modo de Fazer

    1. Em uma tigela coloque a farinha de trigo, pique a manteiga em quadradinhos e adicione a farinha. Vá mexendo até formar uma farofinha. Vá adicionando a água aos poucos até chegar a uma consistência firme. Não manipule muito a massa. Leve a geladeira por 2 horas envolta em um filme plástico.
    2. Pré-aqueça o forno a 180º.
    3. Abra a massa e coloque em uma forma. Coloque um papel manteiga forrando o fundo e coloque alguns feijões crus em cima, para fazer peso, assim a massa não cresce e permanecerá do jeito que queremos para colocar o recheio. Leve ao forno por 8 minutos.
    4. Nesse meio tempo vá preparando o recheio: corte o queijo em cubos. Em um recipiente bata os ovos, adicione o creme de leite, a noz-moscada, orégano, pimenta e sal. Mexa bem.
    5. Retire a massa do forno, coloque os cubos de queijo e jogue o creme feito em cima. Leve ao forno por uns 30-40 minutos. Fique de olho, quando estiver dourado, está pronto. Bon apetit!
  • Comédia,  Drama,  Romance,  Salgados

    Lola Versus & Lasanha de Brócolis

    Lola Versus é um filme de 2012 dirigido por Daryl Wein. É uma comédia romântica, desastrosa (no bom sentido) e divertida, para aqueles dias sem nada pra fazer, que vale cada segundo. Você, meu amigo e minha amiga que já tomaram um pé na bunda quando menos esperavam irão se identificar. Sabe aqueles filmes tipo o “500 dias com ela” que você vê várias coisas que já passou ou que ainda irá passar (mas ainda não sabe)? Então.

    lola versus

    Greta Gerwig é Lola. Lola tem uma cara tão fofa que você ia querer ser amiga dela. Você entende Lola.

    Eu sei que está mudança é inevitável.
    Mas, eu se eu não quiser que as coisas mudem?
    E seu eu gosto da minha vida do jeito que ela é?
    (Lola)

    No início do filme vemos um relacionamento legal, cheio de risadas e planos de um casamento que se aproxima. Ela e o namorado (vivido por Joel Kinnaman – nosso querido Holder (The Killing) e atualíssimo Robocop) que é o namorado perfeito, estão prestes a se casar e no melhor momento do relacionamento. Até que há 3 semanas do casamento, aos 29 anos, Lola leva um pé na bunda do namorado, o qual foi seu primeiro amor, que conhece desde o ensino médio. Ele desiste de tudo sem muitas explicações. O que era um momento de alegria vira “o mundo contra Lola”.

    lola versus

    Nessa nova fase ela contará com o apoio da amiga Alice (Zoe Lister Jones – que além de atuar, assina o roteiro do filme) e Henry (Hamish Linklater – como não amar? Pra quem não lembra, ele é o excêntrico irmão de Christine em The new adventures of old Christine), de seus pais (que são ótimos!) e entre trancos e barrancos vai levando a vida, cometendo as mais diversas bobagens o que é super normal no estado que se encontra.

    Marc Webb consegue retratar com singeleza e sinceridade esse momento frágil da vida de uma pessoa, em que ela, machucada, se envolve com pessoas que não deve, toma porres homéricos e fala o que não deve.

    lola versus

    O filme tem uma levada muito interessante, que nos faz rir de uma forma natural, sem forçação de barra ou apelos. Muito bem montado, foi bem aceito pela crítica e público, mas circulou fora do circuito comercial, ele nos mostra, apesar de todos os problemas, que todo mundo já passou por isso e não é o fim do mundo.

    É um momento para se redescobrir e depois amanhecer cheio de vontade de viver novamente. Pega na mão de Lola e vá assistir o filme.

    Trailer:

    Hoje para acompanhar o filme temos uma lasanha de brócolis e isso tem a ver com o aconchego que uma lasanha dá. Lasanha tem cara de colo de mãe, de abraço de amigo e de superação dos problemas. Eu acho que um bom prato de lasanha faria Lola feliz. Além do mais hoje é segunda e segunda é dia de ‘Segunda sem carne”. Por isso aproveite o clima para fazer esse prato hoje para o jantar. Vamos a receita?

    Lasanha de Brócolis

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 45 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • Para o molho bechamel: 2 colheres de sopa de manteiga
    • 3 colheres de sopa de farinha de trigo
    • 2 xícarás de chá de leite
    • Noz-moscada
    • Sal
    • Pimenta-do-reino
    • 50 g de queijo gorgonzola
    • 1/2 cebola picada
    • 2 dentes de alho esmagados
    • 200 g de brócolis frescos
    • Azeite de oliva
    • Pimenta do reino branca
    • 250 g de massa de lasanha
    • 50 g Queijo parmesão ralado

    Modo de fazer

    1. Como eu usei a massa fresca, cozinhei ela por alguns minutos em água fervente com um fio de azeite. Pois achei que não deveria ficar muito tempo no forno, para o brócolis não perder o ponto, apenas para gratinar. Fui acertiva.
    2. Vamos ao bechamel: Em uma panela doure a manteiga e adicione a farinha de trigo. Mexa sem parar e vá adicionando o leite quente. Tempere com sal, noz-moscada e a pimenta do reino até engrossar um pouco. Adicione o gorgonzola esmagadinho e reserve.
    3. Brócolis: Em outra panela doure o alho e a cebola no azeite de oliva. Adicione o brócolis, sal e pimenta do reino e deixe cozinhar por uns 2 minutos abafando com uma tampa. Reserve.
    4. Montagem: Em um refratário coloque uma camada de molho bechamel, massa e brócolis. Sempre intercalando massa + molho + recheio. Finalize com o molho e uma generosa camada de parmesão ralado. Leve ao forno a 180º por uns 20 minutos, apenas para gratinar.
  • Drama,  Salgados

    Blue Jasmine & Risoto de Alho-poró e Brie

    Um dia desses uma grande amiga (beijos Jê!) esteve em minha casa para jantar e ela é uma das pessoas que sabem que eu não gosto do Woody Allen. Aliás, quase todo mundo sabe, mas com ela consigo ter altos papos sobre isso, pois apesar dela gostar dele, temos alguns ótimos diálogos. Fato é que disse a ela que tinha assistido Blue Jasmine, porque eu sou insistente, eu acabo assistindo os filmes do W.A nem que seja para falar mal, ou até para quem sabe um dia conseguir gostar de um. Pois não é que aconteceu? Gostei muito de Blue Jasmine. Eu já tinha dado um crédito para ele quando colocou meu querido Hemingway em “Meia-noite em Paris” de uma forma poética e com uma cena que sempre revisito e a culpa de eu ter assistido ao Meia-noite foi da Moni (beijos Moni!), uma outra amiga minha.

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    Com quem eu tenho que dormir para conseguir um martini com toque de limão?

    Depois de todo esse blablablá inicial para elucidar meu desamor pelo senhor Allen, eu vou falar mais uma coisa: eu me sentia obrigada a assistir Blue Jasmine , pois lá estava uma das atrizes que mais admiro no mundo: Cate Blanchett. Se fosse de todo ruim, eu sabia que ela salvaria o filme de alguma forma. E salvou.

    cate oscar

    O filme começa de forma claustrofóbica, com Jasmine em um avião, contando a vida dela a uma senhora velhinha que faz questão de demonstrar que não está aguentando mais o papo e mesmo assim a egocêntrica protagonista segue falando sem parar.

    Jasmine perdeu tudo, está falida e pobre, porém, nunca perde a pose. Pede abrigo a irmã, a qual sempre teve um certo desprezo, por ser pobre e cafona. Achei muito interessante a personagem da irmã, vivida pela Sally Hawkins, Ginger é uma mulher alegre, esperançosa e divertida, mesmo levando uma vida difícil, tendo um namorado doido, dois filhos capetinhas e ter perdido o único grande dinheiro que conseguiu na vida, por confiar no cunhado ( ex-marido de Jasmine) que era um canalha enganador.

    Allen usa muito os flashbacks, como sempre, nesse filme e isso é uma das coisas que me cansam. A gente já entendeu e ele insiste em ficar explicando com cenas do passado. (tá eu precisava criticar em algum lugar, né? haha).

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    Interessante observar que nesse filme os personagens masculinos são os que mais são irritantes. Nem Jasmine com todos os seus chiliques pode irritar mais que o namorado de Ginger, com o amigo mala, que dá em cima da moça. Além do dentista tarado que assedia horrorosamente a nova funcionária e o ex-marido (vivido pelo Alec Baldwin) que é um sujeito da pior espécie.

    Enfim, para concluir, eu acho que valeram os momentos de risadas, apesar de não ser uma comédia, podemos dizer que é tragicômico.

    No mais, Cate tem uns surtos incríveis que demonstram o quanto ela entrou no papel e vestiu a pele de Jasmine, uma mulher que tenta a todo custo manter a vida que tinha, aquela vida de plástico, que faz que não vê as traições do marido porque lhe é vantajoso, que desconsidera a parte pobre da família, que mente para conseguir o que quer e que mesmo na miséria anda de malas Louis Vuitton e bolsa Hermès.

    Trailer:

    Como naquela noite espetacular, que contei no começo do post, eu fiz para jantar um risoto de alho-poró com queijo Brie é ele que acompanha o filme hoje. Além do mais, acho que Jasmine iria aprovar o menu. Com vinho branco e uma saladinha de tomates doces doces e alface americana. Vamos lá?

    risoto queijo brie

    Pudim de Baunilha

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 40 min
    Serve : 4 porções

    Ingredientes

    • 1/2 xícara de açúcar
    • 1/4 xícara de água bem quente
    • 1 1/2 xícara de leite
    • 3/4 xícara de leite condensado
    • 1 ovo + 1 gema
    • 1 fava de baunilha

    Modo de Fazer

    1. Coloque o açúcar em uma panela com fundo grosso e espere caramelizar. Não mexa com nenhum tipo de utensílio até que ele esteja completamente ”derretido”. Quando estiver de uma cor ambar linda, você adiciona a agua. Agora sim pode mexer com uma colher. Espere todo o caramelo se incorporar a água e se transformar em uma bela calda. Coloque ainda quente nas forminhas (ou na formona) espalhe e leve a geladeira por alguns minutos para endurecer um pouco, evitando assim que o caramelo se misture com o pudim. Nesse momento ligue o forno a 180º para que ele vá aquecendo.
    2. Vamos ao pudim agora: dissolva o leite condensado no leite. Sem bater, apenas envolvendo uma coisa na outra (lá no Cozinhando para 2 ou 1, a Luciana explicou que esse é o segredo para não termos furinhos. Achei lindo. Junte a mistura o ovo e a gema (eu peneirei as duas gemas para evitar o cheiro de ovo). Misture delicadamente mais uma vez. Adicione as raspas de uma fava de baunilha.
    3. Coloque então esse creme nas forminhas e cubra cada uma com papel alumínio. Em uma outra forma acomode as forminhas e adicione agua quente para o banho-maria. Leve ao forno por 45 minutos a 180º. Deixe esfriar e gelar completamente antes de desenformar. Por uma vida mais doce <3