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    Master of None & Macarrão ao Molho Pesto

    Master of None é daquelas séries gostosas que você não consegue parar de assistir até o último episódio que estiver disponível na Netflix. Quando termina a primeira temporada você pensa: cadê, quero mais!

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    A série é criada e protagonizada por Aziz Ansari. Ele é bem conhecido nos Estados Unidos pelos seus stand ups (tem alguns disponíveis na Netflix) e pela série Parks & Recreation (que ainda não assisti).

    Na série ele é um ator americano, de origem indiana que procura colocação no mercado, a principio ele só consegue papéis secundários em comerciais de tv, mas o que ele quer mesmo é ser astro de um bom filme. Nessas idas e vindas a gente morre de rir com a exposição que ele dá ao preconceito que existe sobre atores indianos, que sempre fazem papeis do ”cara indiano”.

    Você tem que aprender a tomar decisões, cara…

    E quem não tem alguns melhores amigos que estão sempre junto com a gente, que são excêntricos e absolutamente necessários em nossas vidas? Pois Dev tem Denise, uma lésbica muito doida, Brian o chines e o melhor, ao meu ver, que é o amigo nerd-bobalhão-sensível Arnold.

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    Os amigos em casa assistindo a Sherlock

    Arnold se apega a um bicho de pelúcia ou a um sofá. Pensa na queridice insana do personagem. ARNOLD TCHAMAMUS. Surtos a parte, seguiremos com o post.

    Voltando ao Dev, além de todos os problemas no trabalho, amigos doidos, ele tem mais uma questão na vida: achar um amor. Quem nunca? Porém, ele tem algumas restrições engraçadas: não pode falar como Cartman e nem pode ser vegetariana (desculpa aí, Dev!). Nessas idas e vindas, ele conhece uma menina no Tinder e eles tem, digamos assim, uma noite meio que desnecessária: acabam indo pra casa dele, a camisinha estoura e eles vão a uma farmácia comprar a pílula do dia seguinte. Depois desse dia não se encontram mais por um tempo, e acabem se achando por acaso em uma festa tempos depois. E agora? Ela está namorando um outro cara. Pois é, segue o baile.

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    Os pais dele são um caso a parte. E o pior vocês não sabem: os pais dele na série são os pais dele DA VIDA real. E aí eu digo que eu adorei tanto aquele pai dele com suas verdades tão simples e objetivas, que penso: baita sacada ter colocado os próprios pais na série, pq deu uma coisa muito realista, que tu acabas querendo ser amiga de toda aquela gente.

    Além de tudo isso, Master of None fala sobre assuntos como feminismo, diversidade e preconceitos em geral, de uma forma bem humorada, mas não deixando de criticar alguns absurdos que acontecem na sociedade que vivemos.

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    A série tem direção de fotografia de Mark Schwartzbard (8/10 eps), que escolheu utilizar apenas uma câmera durante as filmagens (mesma técnica usada em Breaking Bad e Six Feet Under) dando ênfase a relação entre os personagens dentro de cada cena. O amarelo e vermelho se destacam nas cenas gravadas na luz do dia e a noite temos sempre tons terrosos, fazendo com que a série toda tenha uma mesma linha de identidade visual, o que transmite um certo conforto para nossos olhos atentos aos detalhes.

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    A série é toda cheia de pitadas gastronômicas, já que, na maioria das vezes, os personagens saem pra jantar ou estão em busca do taco perfeito em NY. Além disso, Dev ganha uma máquina de fazer massas caseiras, pensa, e foi daí que saiu a ideia do post de hoje. Porque minha gente, é tão bom produzir a própria massa! Tem outro sabor, tem amor.

    Trailer:

    Eu sempre que como massa ao pesto nos restaurantes acho muito forte. Tem um lance que eu acho exagerado, não sei se é a demasia do manjericão ou o excesso de azeite. Então eu nunca tinha feito meu próprio pesto. Inspirada no nosso amigo Aziz eu resolvi fazer o pesto do modo que eu acho que ele deve ser, para o meu paladar. Bem suave, você conseguindo sentir os sabores separados, mesmo juntos. Foi então que eu colhi uns dois galho de manjericão do pé que tem no meu condomínio e comprei um pouco de nozes (porque o pinole tá pela hora da morte $$$ no money, kids) e peguei meu azeite preferido e coloquei tudo para bater com uma boa dose de alho. Foi aí que eu cheguei ao meu pesto suave, com um pouco de queijo parmesão ralado na hora. A receita do macarrão tem no post que fiz do Chef’s table e também em uma versão integral lá no Culinarístico. Vamos ao pesto?

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    Molho Pesto

    Tempo Prep: 15 mins
    Tempo Coz: 10 mins
    Serve: 2 porções

    Ingredientes

    • 100 g de manjericão fresco
    • 2 dentes de alho
    • 100 ml de azeite de oliva
    • 6 colheres de queijo parmesão ralado
    • 6 colheres de queijo parmesão ralado
    • 50 g de nozes

    Modo de Preparo

    1. Coloque todos os ingredientes no processador de alimentos (ou no liquidificador – bata no pulsar) e bata por alguns minutos até ficar na consistência da foto.
    2. Com o macarrão já cozido, escorra a agua e misture o molho pesto, com o fogo ligado no mínimo e mexa para incorporar todo o molho.
    3. Rale um bom parmesão em cima e é só comer =0)
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    Sense8 & Panquecas Islandesas

    Sensates são pessoas capazes de compartilhar sensações dentro do seu grupo ao ponto de até tomar o controle do corpo do outro e de se comunicar telepaticamente. Eles revivem lembranças de um jeito muito intenso e, assistindo as vidas do grupo protagonista da série, nós também:

    • uma ativista trans;
    • um criminoso;
    • uma farmacêutica indiana;
    • um policial;
    • uma executiva sul-coreana;
    • um ator mexicano;
    • uma DJ islandesa vivendo em Londres;
    • um motorista queniano.

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    Com uma proposta parecida mas menos arrogante do que a de Cloud Atlas, também dos Wachowski, e talvez por isso mais bem sucedida, Sense8 consegue mostrar seus 8 núcleos e nos deixar interessados por todos: do mais tenso, em que se planeja um assalto, ao mais trivial, com os preparativos de um casamento. Ainda que a mão dos roteiristas pese nos diálogos, que soam forçados e, às vezes, até irritantes; e em algumas situações, como quando não basta um monte de enfermeiros para segurar uma mulher indefesa, o maior deles ainda precisa estalar o pescoço; os protagonistas são tratados com um respeito quase solene.

    Um personagem gay não é alívio cômico; a personagem trans não está lá só por estar… Todos tem diversos momentos para explorar: ação, drama, sexo, dúvidas, alegria. E todos têm personalidades distintas, apesar de serem, de uma forma ou outra, donos de uma nobreza, certa bondade. E o respeito com que seus mundos são mostrados é ainda mais cativante. A cultura mexicana é mostrada com sua devoção à tevê cheia de over acting e drama. A cultura indiana, com seu amor por cores e dança. Se não fosse por todos os diferentes idiomas falados pelos personagens serem ouvidos em inglês, pareceria mais um produção terráquea do que estadunidense.

    Aproveitando que a Netflix não depende dos humores dos anunciantes nem está (ainda) sob o escrutínio dos puritanos, a série não só ri dos pudores da tevê, mostrando uma bolsa de colonoscopia e um absorvente interno sujo ou os detalhes melequentos e “expansivos” de um parto, como aborda morte, preconceito, sexismo, pobreza, amizade, sexo e família de maneira explícita porém respeitosa.

    A ousadia no conteúdo supera qualquer falta de ousadia na forma. Há várias possibilidades para raccords que poderiam ter sido mais elaborados e a quebra o conceito de cena, por aconteceram em mais de um lugar ao mesmo tempo, é interessante, mas obrigatória. Só que Sense8 é uma ficção científica sobre emoções e, do jeito mais Star Trek possível, cheia de um otimismo tão escasso nos últimos tempos, em que o mal é o destaque em quase toda obra. Aqui, quase sempre o mal é mau e o bem é bom, como acontecia em filmes dos anos oitenta. Cheia de mensagens, que podem ser mais sutis, como o valor da colaboração acima da competição, ou mais descaradas, como o aprimoramento proporcionado pela variedade, que chega a sair da boca de uma personagem, ela nos convence de não importa quão ruim está a situação, se deixamos o egoísmo de lado prevaleceremos.

    Ainda que não a produção mais redonda da Netflix, Sense8 é, pelos limites expandidos, marcante. E um dos mais belos manifestos pela união da diversidade.

    (Robson Sobral)

    Trailer:

    A receita que acompanha o post de hoje é feita pela Priscila, do Culinarístico! Ela juntou o post do Robson, que nada mais é que a pessoa que divide a diversão de assistir as séries com ela, com uma das lembranças gustativas de infância da personagem Riley.

    Pönnukökur ou Panquecas Islandesas

    Prep Time: 15 mins
    Cook Time: 30 mins
    Yields: 18

    Ingredientes

    • 1 xícara de chá de farinha de trigo
    • 2 colheres de sopa de açúcar
    • 1 colher de chá de sal
    • 1 colher de chá de fermento em pó
    • 2 ovos
    • 1/2 colher de chá baunilha
    • 1/2 xícara de iogurte natural sem açúcar
    • 1 3/4 xícaras de chá de leite
    • 1/2 colher de chá de canela (opcional)

    Como fazer?

    1. Misture os ingredientes secos em uma tigela. Em outra tigela bata bem os ovos até que fiquem cremosos, adicione o leite, o iogurte, a baunilha e misture bem. Adicione aos poucos os ingredientes líquidos nos secos misturando até formar uma massa fina. Deixe a massa descansar por 30 minutos. Unte uma frigideira com um pouquinho de manteiga e aqueça-a. Coloque a porção de uma concha de feijão pequena de massa na frigideira e deixe dourar dos dois lados. faça uma massa bem fina, como crepe.
    2. Sirva com geleia e chantili eu servi com creme de leite.
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    Bates Motel & Panquecas Americanas

    Norma Bates, depois da morte de seu marido, resolve ir embora para uma cidadezinha do interior com o filho mais novo, Norman. Lá eles compram um antigo hotel de beira de estrada e então está feito o começo da primeira temporada de Bates Motel.

    Todos parecem felizes nos filmes em preto e branco. Até os vilões são mais felizes.

    Agora estamos na segunda temporada, com terceira já confirmada, então se você ainda não assistiu se jogue e comece agora!

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    Bates Motel é inspirado no clássico filme Psicose de Alfred Hitchcock. Diante disso, temos Norman, vivido pelo genial jovem ator Freddie Highmore (lembram dele em Toast?) – que deve estar fazendo Anthony Perkins aplaudir lá de cima a atuação – é um menino que apresenta certos comportamentos psicóticos e problemáticos, sempre muito apegado a mãe (Norma – aqui protagonizada pela excelente Vera Farmiga), entre um surto e outro de esquizofrenia os episódios vão contando cada vez mais os mistérios que rondam aquela família.

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    Com um ar soturno e o velho gostinho de uma trama policial, aliados com doses de suspense o idealizador da série Anthony Cipriano vai nos conduzindo pelos quartos do velho hotel, surgindo a cada episódio novos personagens e tramas.

    Assassinatos, corpos enrolados em carpetes, no porta-malas, um xerife enigmático (nosso pra sempreforevahquerido Ricarduuusss de Lost – Nestor Carbonell), amores adolescentes, entre outras dezenas de coisas fazem de Bates Motel uma série que você espera o próximo episódio ansiosamente a cada semana.

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    Para acompanhar a série eu recomendo Panquecas Americanas. Porque a cozinha de Norma é um local onde sempre rola um café da manhã bacana para seu querido filho e, onde também, temos algumas cenas bem chocantes. A cozinha é parte importante em Bates Motel.

    Então aproveitando o dia das mães que se aproxima, deixo aqui essa receita para vocês fazerem para suas mães no domingo. E gritem MOTHERRRRRR no maior estilo Norman, só pra dar umas risadas. Sabe como é, é preciso manter o bom humor e alegria aos domingos. A todas as mães desejamos um Feliz dia das Mães!

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    Dica:

    Lá no Culinarístico tem uma outra receita para vocês se inspirarem para o dia das mães: Mini Bolo de Cenoura com Óleo de Coco!

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    Panquecas Americanas

    Preparo: 30 min
    Cozimento: 15 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • 1 xícara de leite
    • 1 ovo
    • 1 xícara de farinha de trigo
    • 1 colher das de sopa de manteiga derretida
    • 1 colher das de sobremesa de açúcar
    • 1 pitada de sal
    • 1 colher das de sopa cheia de fermento em pó

    Modo de Fazer

    1. Bata o ovo, adicione a manteiga derretida, o açúcar e o leite. Vá adicionando a farinha aos poucos e mexendo. Por fim coloque o fermento. Aqueça uma frigideira com um bom anti-aderente e coloque um pouquinho de manteiga, deixe derreter e coloque uma porção de massa. Quando começar a formar pequenas bolhas na superfície vire. Deixe por mais um minuto e coloque em um prato. Faça isso até o final da massa.

    Obs:

    Sirva com Maple Syrup ou mel. Frutas também serão bem vindas para combinar.
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    Girls & Pudim de Baunilha

    Girls é mais uma série da HBO, que conta a história de Hannah e suas 3 amigas, garotas de seus 20 e poucos anos que vivem em Nova York.

    Sabe qual é a parte mais estranha de ter um trabalho? Você tem que estar lá todo dia, mesmo nos dias em que você não está a fim. – Jessa

    Protagonizada por Lena Dunham (que também é a criadora da série), Hannah é uma garota desajeitada, egocêntrica, mas ao mesmo tempo sonhadora, junto dela temos Jessa é vivida por Jemima Kirke aquela amiga louca, meio hippie, que faz a doida no meio de eventos familiares e tem um certo descontrole emocional (quem não?). Allison Williams é Marnie, que na primeira temporada divide ap com Hannah e são tipo BFF (bestfriendsforever) e Zosia Mamet é Shoshanna, a mais estudiosa, tem uma obsessão por livros e conceitos de auto-ajuda e é prima de Jessa, com quem divide um ap.

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    Você deve estar pensando: mas deve ser uma coisa meio bobinha, só girando em torno de meninas moradoras da Big Apple em suas vidas pós-faculdade. Não. Minha gente, estamos falando em dar gritos histéricos quando várias situações lembram algumas que você já passou. Ou está passando. Girls é aquela coisa que tens com suas melhores amigas. Girls é a busca do emprego, ir morar sozinho, as responsabilidades da vida adulta.

    Girls é terminar e recomeçar relacionamentos, é descobrir que o ex-namorado é gay, é cheia de papos e frases que te fazem pensar. Girls é aquela amiga egoísta que tem e que mesmo assim você ama. Girls é dor de algum trauma de infância, é ter um TOC, é viver longe da família ou descobrir que seus pais ainda transam.

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    Além de todo esse elenco feminino ainda temos Adam Driver que vive: Adam o namorado de Hannah. No começo vamos implicar com ele, sim, ele é o tipo de cara fanfarrão, que pega mas não se apega e vive em um mundinho só dele, em um apartamento bagunçado pra caramba, onde além de fazer marcenarias, ainda se exercita nas horas vagas. Porém, avisarei: a mudança de Adam a partir da segunda temporada faz com que você queira namorar com ele. Eu <3 Adam, para mim é o melhor personagem da série.

    Nessas idas e vindas da vida, ainda temos Charlie (Christopher Abbott), namorado de Marnie. Ray (Alex Karpovsky), amigo dos guris e que depois namora uma das amigas e vira e mexe aparecem novos personagens, para alguns episódios e novas histórias.

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    Tem pais, tem mães doidas, namorados malucos, queridos, vizinhos totalmente nonsense, cafés, bares, NY, amores e desamores. Girls te diverte e te faz chorar.

    Encerrada agora no final de Março a 3ª temporada, ela tem em média 10 episódio de meia hora cada por temporada. Ou seja, é bem dinâmico e não enjoa. Na verdade, você fica ansiosa pelos próximos eps, já que é uma história contínua e não uma por capítulo. Pegue esse feriadão sem nada pra fazer, se joga na cama com pipocas e bolinhos de chuva e assista Girls, depois me conta o que achou.

    Eu não tenho grandes conexões entre a receita de hoje e a série. Na verdade eu queria mesmo era combinar Girls com uma outra coisa que gosto muito: Pudim! Esse pudim eu fiz no dia do meu aniversário (6 de abril), troquei a ideia normal de tal data onde se costuma comer bolo, por alguns mini-pudins. A receita eu vi no blog Cozinhando para 2 ou 1 e como eu adoro pudim SEM furinhos, resolvi fazer. Vamos a receita? Ele rendeu 4 ramequins pequenos, se quiser fazer em uma forma grande, dobre a receita. Ou triplique, dependendo do tamanho da sua fome (ou família).

    Pudim de Baunilha

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 40 min
    Serve : 4 porções

    Ingredientes

    • 1/2 xícara de açúcar
    • 1/4 xícara de água bem quente
    • 1 1/2 xícara de leite
    • 3/4 xícara de leite condensado
    • 1 ovo + 1 gema
    • 1 fava de baunilha

    Modo de Fazer

    1. Coloque o açúcar em uma panela com fundo grosso e espere caramelizar. Não mexa com nenhum tipo de utensílio até que ele esteja completamente ”derretido”. Quando estiver de uma cor ambar linda, você adiciona a agua. Agora sim pode mexer com uma colher. Espere todo o caramelo se incorporar a água e se transformar em uma bela calda. Coloque ainda quente nas forminhas (ou na formona) espalhe e leve a geladeira por alguns minutos para endurecer um pouco, evitando assim que o caramelo se misture com o pudim. Nesse momento ligue o forno a 180º para que ele vá aquecendo.
    2. Vamos ao pudim agora: dissolva o leite condensado no leite. Sem bater, apenas envolvendo uma coisa na outra (lá no Cozinhando para 2 ou 1, a Luciana explicou que esse é o segredo para não termos furinhos. Achei lindo. Junte a mistura o ovo e a gema (eu peneirei as duas gemas para evitar o cheiro de ovo). Misture delicadamente mais uma vez. Adicione as raspas de uma fava de baunilha.
    3. Coloque então esse creme nas forminhas e cubra cada uma com papel alumínio. Em uma outra forma acomode as forminhas e adicione agua quente para o banho-maria. Leve ao forno por 45 minutos a 180º. Deixe esfriar e gelar completamente antes de desenformar. Por uma vida mais doce <3
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    True Detective & Banh Mi

    True Detective é uma daquelas séries que veio para mudar todo o conceito de séries que já existiram na face da Terra. Com uma roteiro que te faz esperar cada novo episódio, de uma forma inteligente e sagaz em sua primeira temporada ela conta a história de Cohle e Marty, dois detetives que são chamados para resolver um caso de um assassinado, com ares maquiavélicos e misteriosos na Lousiana.

    Se a única coisa que mantém uma pessoa decente é a expectativa de uma recompensa divina, então, meu amigo, essa pessoa não vale merda nenhuma.

    Antes de continuar, abra uma cerveja e dê play na música tema, então prossiga lendo:

    Matthew McConaughey encarna o genial detetive Rust Cohle, um sujeito misterioso e extremamente inteligente que não fala muito de si, mas analisa muito tudo ao seu redor. Profissional obstinado, não mede esforços para tentar desvendar o caso que estão envolvidos, sem muitas aparentes ligações afetivas ou familiares, ele faz com que você muitas vezes o ache frio, mas eu achava ele apenas muito objetivo e um ser que cospe na sociedade toda a hipocrisia que muitos tem medo de encarar.

    HBO's "True Detective" Season 1

    Cohle é um personagem que não tem explicação. Acredito que foi o melhor papel de todos os tempos de Matt. Inclusive, esse foi o ano dele, depois de Clube de Compras Dallas, não há muito o que dizer sobre o quanto esse cara se encontrou como ator. Ele desfila filosofia e ideologia, além de agradecer pelas cervejas. Além de tudo, True Detective ainda consegue ter cenas que você dá risada.

    Do outro lado está Woody Harrelson, vivendo Marty, o típico cidadão politicamente correto, que tem uma esposa, família, filhas amadas, um bom emprego e é ‘feliz’. Com o passar dos episódios vamos vendo que as coisas não são bem assim. A hipocrisia de tentar sempre levar uma vida de plástico, o ideal da sociedade, como se fossem perfeitos. Os destruídos e derrotados são os que não tem essas coisas básicas. Será?

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    A história em si é sobre um assassinato que depois de acontecer em 1995, vem a tona novamente em 2012 e os dois são chamados para depor sobre. Temos então duas pessoas nem tão diferentes do que eram, mas com algumas marcas que a vida fez nesse meio tempo.

    O roteiro brilhante de Nic Pizzolatto (mesmo de The Killing) e a direção impecável de Cary Fukunaga nos mostra muito mais os choques das personalidades e o quanto isso vai influenciar (ou influenciou) na resolução do caso, que o mistério em si passa a ser coadjuvante. Claro que queremos saber o que aconteceu, mas os diálogos, as conclusões, dores, relações destruídas, pais, filhos, traumas dos personagens principais é que nos envolvem mais e mais.

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    Não vou contar mais nada, só que não é aquele tipo de série que acaba com um gancho fenomenal para a próxima temporada. Em True Detective, cada temporada terá uma história, personagens distintos e a temporada acaba com um final. Não precisa esperar 12 meses arrancando os cabelos, nem com episódio enchendo linguiça para prender o expectador. Os 8 episódios já te prendem e no final, você fica com um ar nostálgico, mas muito satisfeito, de ter visto tamanha obra de arte com começo – meio – fim.

    True Detective

    Um agradecimento especial ao meu casal preferido que é o Casal Culinarístico que me indicou a série e sempre dividem comigo o melhor das séries e cinema.

    Trailer:

    Vamos a receita? No episódio 3 de True Detective eles param em um restaurante de beira de estrada e comem um sanduíche. Um “Bahn Mi” que nada mais é que um sanduíche vietnamita. Sim, eu também não sabia disso, porém, fui atrás a pesquisar sobre e descobri que é um tipo de comida rápida muito utilizada no Vietnã.

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    Correndo atrás das histórias sobre o sanduíche, descobri que ele pode ser feito com carne de porco, frango, ou ainda, em uma versão vegetariana, trocam a carne animal por tofu. Que eu imagino que também deva ficar excelente. Eu usei na minha receita o frango, pois estava afim de uma coisa mais leve e realmente me impressionou o sabor que a junção de todos os ingredientes deu.

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    Banh Mi

    Preparo: 15 min
    Cozimento: 5 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • 2 baguetes (usei pão australiano porque a pessoa aqui gosta muito e achei que seria um encontro ideal de sabores – e foi)
    • 1 cenoura em fatias bem finas
    • 1 cebola em fatias bem finas
    • 1 pepino em fatias bem finas
    • 1 maço de coentro (usei salsinha, pq não gosto de coentro)
    • 1 pimenta vermelha, sem as sementes em fatias bem finas
    • 1/2 pimentão em fatias bem finas
    • 2 colheres de sopa de maionese
    • 2 colheres de vinagre de arroz
    • 1/2 xíc. de água morna
    • 1 peito de frango temperado, cortado em tiras, com sal e pimenta e um pouco de shoyu

    Modo de Fazer

    1. Em um recipiente coloque a cebola, a pimenta, o pimentão e a cenoura de molho na água morna com o vinagre de arroz. Deixe descansar por 30 minutos, escorra a água morna e passe ligeiramente pela água fria. Reserve.
    2. Em uma frigideira aquecida, grelhe os peitos de frango em um fio de azeite de oliva. Corte em fatias.
    3. Vamos então montar o sanduíche: passe maionese nos dois lados do pão. Adicione a cebola, cenoura, pimenta, pimentão e o pepino em camadas. Acomode o frango. Adicione o coentro (ou salsinha) também. Pronto! Agora deleite-se com uma coisa diferente e saborosa. Me surpreendi com a crocância, ao mesmo tempo maciez, que os legumes que ficaram de molho no vinagre tomaram. Realmente excelente!

    Dica:

    Cabe muito bem acompanhar com uma Heineken dizendo: Thanks for the beer! No maior estilo Cohle de ser. =)
  • Salgados,  Séries & TV

    Breaking Bad & Huevos Rancheros

    Sabe aquele cozinheiro com talento, com experiência, mas ainda não tão bom? A comida é boa, mas ainda não saiu das mãos de um Ferrán Adrià (que só mencionei aqui porque é responsável por uma excelente cerveja). Está quase ainda.
    Tudo bem. Esse é só o começo de Breaking Bad.

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    Se eu te disser que Vince Gilligan, consultor de roteiros e produtor já experiente (lembra-se de Arquivo-X?), resolveu contar a história da crise de meia-idade de um professor de química, você esperará que te sirvam um… Pudim? Uma sopa, no máximo?
    Não apenas assistir essa jornada é um deleite, mas uma surpresa. Um banquete.

    Um cara abre a porta, leva um tiro e você acha que sou eu?
    Não, eu sou o cara que bate.
    Eu não estou em perigo Skyler.
    Eu sou o perigo.

    Obra cerebral, planejada, estudada das músicas às cores com extremo cuidado. Uma equipe toda comprometida em fazer algo bom. Não algo lucrativo, fácil ou, você pode estranhar, legal. Todos em busca de algo bom, bem feito, bem executado. E ,como próprio de todo virtuose, se afinam, ganham confiança e aprendem com seus próprios erros. De vez em quando, experimentam com um tempero novo: um vídeo de música mexicana, uma guerra contra uma mosca, um urso de pelúcia desfigurado; às vezes, um ou outro erro, mas milhares de acertos e de truques novos aprendidos com esses pequenos erros.

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    Dos protagonistas, Brian Craston deve ter quase caído morto quando recebeu elogios de Anthony Hopkins e Aaron Paul embasbaca a todos com seu Jesse perdido, largado, noiado e sem nenhum talento na cozinha. Entre os destaques não tão óbvios, a diretora de vários episódios Michelle MacLaren, cujo nome espero ver mais vezes, e a atriz Anna Gunn. Já teve a sensação de que alguma personagem é gostosa demais para o papel? Não com ela! Mesmo com a desvantagem de ser bonita e indisfarçavelmente voluptuosa, Gunn esconde suas características físicas dentro de camadas e camadas de gestos, trejeitos e expressões de um dona-de-casa das mais comuns vivendo o inferno mais do que comum de um casamento “com o perigo”. É incrível ver um senhorinha de longos um metro e setenta e oito de altura, mais do que boa parte do elenco com quem contracenava, carregando sua bolsa na frente do peito como a mais frágil das criaturas. Demorou, mas ela conseguiu pôr um Emmy na estante.

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    Tão perdidos quanto Jesse começamos querendo saber onde a história desse senhor com uma arma na mão e sem calças vai parar. Terminamos, creio eu, melhores do que ele. Podemos até comer huevos rancheros sem cascas e tão gostosos quanto Breaking Bad.
    A receita que vai acompanhar o post foi inspirada em um café da manhã do episódio 10 da segunda temporada da série, quando Jesse prepara um belo café da manhã para Jane.

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    Huevos Rancheros

    Preparo: 50 min
    Cozimento: 20 min
    Serve: 6

    Ingredientes

    • 3 colheres de sopa de azeite
    • 2 cebolas picada
    • 1 pimenta vermelha grande sem sementes e picada
    • 2 dentes de alho amassados
    • 1 1/2 colher de chá de cominho em pó
    • 2 colher de chá de orégano ou ervas de provence
    • 600g de tomates pelados picados (aquele que vem em lata)
    • 300g de pimentões vermelhos e amarelos picados
    • 6 ovos 1 pitada de sal
    • 1 colher de chá de pimenta do reino moída na hora
    • 4 colheres de sopa de coentro fresco

    Modo de Fazer

    1. Em uma frigideira grande aqueça o azeite acrescente a cebola e o pimentão. Quando a cebola estiver soltando água acrescente o alho, o cominho, o orégano e a pimenta, misture bem e refogue por 5 minutos, até ficarem tenros.
    2. Adicione os tomates e refogue por mais 5 minutos, se o molho parecer seco, adicione um pouco de água. Coloque o sal, a pimenta e o coentro fresco, mexa bem. Coloque os ovos com cuidado no molho um por um, deixe uma distância entre eles para não grudarem um no outro.
    3. Cozinhe por 5 minutos, ou até que os ovos fiquem ao seu gosto.

    Dica:

    Sirva quente com arroz mexicano, arroz espanhol ou Tortilla.
  • Salgados,  Séries & TV

    Sons Of Anarchy – SOA & Pão de Alho

    Começando uma novidade aqui no blog: agora vamos falar também sobre séries. Para dar o pontapé inicial, vou falar um pouco sobre “Sons of Anarchy”, uma série americana que já está em sua 5ª temporada, prestes a iniciar a 6ª (em setembro).
    A série é passada em uma fictícia cidade no norte da Califórnia chamada Charming. Ela é protagonizada por Jackson Teller (Charlie Hunnam), mais conhecido como Jax, que é filho do fundador de um Clube de Motociclistas – o qual foi inspirado nos famoso Hells Angels. Tal clube é presidido por Clay, Clarence Morrow (Ron Perlman), que é então casado com a mãe de Jax, a sensacional atriz Katey Sagal, que aqui encarna o papel da matriarca do clube, Gemma. Você passa o seriado todo entre amá-la e odiá-la, para mim, é uma das personagens mais fortes e decisivas da trama.

    sons of anarchy
    Já se passaram 5 temporadas, então posso dizer a vocês que quando começarem a assistir, não vão conseguir parar até chegar ao último episódio da temporada disponível. Entre contrabando de armas, tráfico de drogas, viagens a Irlanda, filhos, mortes, amizades confirmadas ou confrontadas, relações familiares abaladas (ou não) e uma trilha sonora sensacional, você vai ficando tão envolvido pela história que começa a considerar seriamente comprar uma Harley e sair por aí vivendo a vida.

    Trailer:

    Pão de Alho

    Preparo: 30 min
    Cozimento: 15 min
    Serve: 4

    Ingredientes

    • 4 pães franceses (na receita original ela usa baguete, mas como eu tinha pães comuns em casa, fiz com eles mesmo)
    • 1/2 xícara de alho picado
    • 1/4 de xícara de azeite de oliva
    • 1 colher de sopa de manteiga
    • 1 pitada de sal
    • Pimenta do reino moída na hora
    • Salsinha picada (eu sou exagerada e amo salsinha, então coloco um montão!)

    Modo de Fazer

    1. Aqueça o forno a 180º. Em uma frigideira anti-aderente, coloque o azeite e o alho. Doure brevemente. Reserve e junte o sal, a pimenta e adicione a manteiga. Mexa até que incorpore bem. Adiicone a salsinha. Em uma forma, faça uma ‘caminha’ com papel alumínio e acomode os pães já partidos ao meio. Passe a mistura do alho nos dois lados dos pães. Sobreponha as metades como se fossem um sanduiche. Feche tudo com papel alumínio e leve ao forno por 10 minutos. Depois de passado o tempo, abra o papel alumínio, separe novamente as partes e deixe por mais 10 minutos. Retire do forno e deixe descansar por uns 3 minutos. Junte as partes novamente, fatie os pães e sirva ainda quente com uma bela cerveja. Bom apetite! =)

    Info:

    Receita original aqui.