Drama

  • Comédia,  Drama,  Salgados

    A Grande Beleza & Risoto ao funghi na panela de pressão

    A Grande Beleza, de Paolo Sorrentino é uma grande história sobre e a vida e arte. Os amantes do cinema italiano já estão acostumados com essa temática, e quase nos soa como uma homenagem a Fellini (La Dolce Vita), Rosselini (Roma, cidade aberta) ou ainda a Antonionni (A noite). O sétimo filme de Sorrentino é uma aula de direção, não é por acaso levou o prêmio como melhor filme no Oscar, Bafta e Globo de Ouro, entre outros. Só perdoo não ter ganho a Palma de Ouro em Cannes, porque nesse ano ficou com La Vie d’Adèle. Aquele momento que você queria que os dois filmes não tivessem sido feitos no mesmo ano, pois ama ambos.

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    Eu amo esse cara, sério. Consegui assistir todos os filmes dele e, aos poucos, vou colocando aqui para vocês. Sorrentino é genial, consegue mostrar uma Roma epicamente vulgar nesse filme. Fazendo com que toda a ”vida de plástico”, hipocrisias e faniquitos, que existem na sociedade sejam expostas de uma forma astuta e bem resolvida. Duro, seco, e por isso, tão real.

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    Não há nada mais realmente glamouroso do que detonar o próprio ser social (do estilo: todo mundo é feliz no Facebook, sacam?), demonstrando todos os macetes que as pessoas usam para se manterem no topo. E o que realmente é estar lá em cima? É ter uma vida cheia de festas, convites, roupas caras, maquiagens ricas e amigos descolados, ou é poder fazer o que se quer da vida e ser feliz dentro da simplicidade de si mesmo? E Jep, personagem principal, vivido intensamente pelo ator GENIAL Toni Servillo é um dos seres mais elegantes já visto na tela. Ele praticamente é o que seria, mais velho, Marcello Mastroiani, nos personagens de Fellini.

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    “Viajar é muito útil e estimula a imaginação. Tudo o mais é desilusão e dor. Nossa própria viagem é inteiramente imaginária. Essa é sua força. Ela vai da vida à morte. Pessoas, animais, cidades, coisas, tudo é imaginação. É um romance, simplesmente uma ficção narrativa”
    (Viagem ao fim da noite – Louis-Ferdinand Céline)

    O filme conta a vida de Jep Gambardella, um jornalista que está comemorando seus 65 anos e reflete sobre toda a sua história. Circulando pela agitada vida social romana, ele que publicou o seu único (e elogiadíssimo) livro aos 20 anos não conseguiu mais escrever desde então. Dedica-se ao jornalismo cultural e às colunas sociais. Festas, sociedade e aparências. Porém, quando se dá conta do estágio da vida em que está, ele começa a se indagar sobre o porque desse bloqueio com a escrita ( como em Oito e Meio, de Fellini, e o personagem Guido, mais uma vez Mastroianni) .

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    Nesse nosso mundo de hoje, de altas exposições gratuitas, que estão por todos os lados, das redes sociais, até as noites das boates e bares, das festas que só entram os VIPS, onde está a verdadeira beleza se é tudo tão glamouroso, porém vazio?

    “Como posso escrever sobre isso?” – indaga a si mesmo Jep ao olhar os amigos em uma festa em sua casa.

    Isso é o nada. E como eu posso escrever sobre o nada se nem Flaubert conseguiu?

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    E onde está a grande beleza? Está na vida, na arte, na morte? Em uma das falas finais, Jep faz você ficar com vontade de rever o filme 30 vezes, pois se dá conta de muitas coisas da sua própria vida e fica pensando em buscá-las ou não mais, apenas deixar com que sua vida seja plena e tranquila, respeitando o que você acha sincero pra si mesmo, pois é apenas um truque.

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    No fundo, é só um truque. Sim, é só um truque.

    Funghi, o tal do funghi, quer coisa mais italiana que isso? Por isso ele que acompanha a receita de hoje, vamos lá?

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    Risoto ao funghi

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 20 min
    Serve: 4 pessoas

    Ingredientes

    • 2 xícaras de arroz arbóreo
    • 3 xícaras de caldo de legumes
    • 1 cebola picada
    • 2 dentes de alho picados
    • 2 colheres de sopa de azeite de oliva
    • 1 colher de sopa de shoyo
    • 50 g de funghi
    • 200 ml de agua quente
    • 2 colheres de sopa de manteiga’
    • 100 g de queijo parmesão ralado

    Modo de fazer:

    1. Coloque o funghi pra hidratar na agua quente.
    2. Em uma panela de pressão aqueça o azeite de oliva e refogue a cebola até ficar corada. Adicione o alho.
    3. Jogue o arroz e deixe refogar. Jogue o caldo, todos os temperos e feche a panela. Quando começar a pressão conte 6 minutos e desligue.
    4. Deixe a pressão sair e abra a panela.
    5. Acrescente o funghi com o caldo e mexa por mais uns minutos,
    6. Desligue o fogo, jogue a manteiga e o parmesão e mexa bem. Sirva em seguida.
  • Ação,  Drama,  Policial,  Romance,  Salgados,  Séries & TV,  Suspense

    The Night Manager & Chancliche

    O que pensar de uma série onde estão Loki e House juntos, sendo amigos e tal?

    Brincadeiras à parte, a nova produção da AMC com a BBC veio para revolucionar as mini-séries de suspense/investigação/policial/drama/emoção *RESPIRASARA*. Ela tem 6 episódios (incríveis!) e foi baseada no livro de John le Carré.

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    Tom Hiddleston é Jonathan Pine, um gerente de um hotel na cidade do Cairo, no Egito, sempre no turno da noite (por isso The Night Manager, néam?). Ele é um ex-soldado que esteve no Iraque e agora vive uma vida mais pacata, até o dia que uma hóspede lhe pede ajuda e ele acaba conhecendo o mundo bizarro e violento de Richard Roper (Hugh Laurie), um empresário e filantropo, que esconde por detrás dessa vida comum e solidária um traficante de armas de nível mundial.

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    Pine é corajoso e destemido, porque não há nada que o prenda em qualquer lugar ou a alguém, então ele começa uma caçada ao homem que fez mal a pessoa que ele se apaixonou e acabou por ser tirada dele. Ele é contratado por Angela Burr (Olivia Colman), uma agente da inteligência britânica, para se infiltrar no mundo de Roper e conseguir todas as provas e informações que eles precisam para desmascarar o empresário e prendê-lo.

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    Durante os episódios ficamos sabendo porque Angela tem uma obsessão pessoal pela cabeça de Roper. Aos poucos vamos descobrindo quem realmente ele é, que por vezes quase achamos ele um cara legal, amigo, familiar, mas contra os fatos não há argumentos, então a gente vai vivendo junto com eles e torcendo pela caça desse maldito hipócrita que é o personagem de Laurie.

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    Só digo uma coisa, minha gente, o negócio é empolgante. Eu assisti dois episódios seguidos, depois os outros 4 em um dia só. Do tipo de história que você não consegue se desgrudar da tela até saber o final e sem nenhum tipo de enrolação para prender o espectador.

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    Asminapira no sorriso do Hiddleston

    O roteiro muito bem adaptado por David Farr e dirigido pela já conhecida e excelente Susanne Bier (de Depois do Casamento e Brothers), faz dessa mini-série uma das melhores que eu vi, desse estilo, nos últimos tempos. Algumas vezes me lembrou os áureos tempos de Homeland, que a gente se empolgava pelo próximo episódio e ficava eufórico. Assistam e depois me contem se gostaram tanto quanto eu. 😉

    Trailer:

    Poderia eu fazer um sorvete de pistache (AMO, meu preferido, assim como eu amo o filho de Roper, que também acha o pistache seu sabor predileto) ou ainda uma salada de lagosta – que foi servida em uma cena pra lá de polêmica – (mas, oi, não comemos carne aqui) então resolvi colocar aqui uma receita de Chancliche. Na verdade é como é servida essa entrada, com queijo tipo chancliche, nos restaurantes árabes, que tem tudo a ver com o mundo que era vivido na série. Vamos a receitinha?

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    Chancliche

    Preparo: 15 mis
    Cozimento:
    Serve: 2 pessoas

    Ingredientes

    • 1 pacote de 135 g de Chancliche
    • 1 cebola bem picadinha
    • 1 tomate picadinho
    • Salsinha a gosto, picada
    • Pimenta síria
    • Sal a gosto
    • Azeite de oliva
    • Pão sírio para acompanhar

    Modo de preparo

    1. Junte todos os ingredientes com o Chancliche e misture bem. Tempere com o sal, pimenta e azeite. Abra o pão sirio no meio e coloque a mistura. Coma e fique feliz, porque não tem como não ficar feliz comendo isso.

    Obs:

    Oliviah Divah sempre fazendo uma participação especial, porque se tem comida, minha gente, ela sempre aparece, nem que seja se espremendo atrás da mesa. O Chancliche você acha nas grandes redes de supermercado perto dos queijos tipo ricota, minas, requeijão.
  • Drama,  Salgados

    Cisne Negro & Pão Pita

    Darren Aronofsky consegue sintetizar toda sua obra nesse filme. Ele mostra a que veio e qual seu estilo de filmar. Cisne Negro trata da busca pela perfeição, tenha ela o preço que tiver. O já conhecido diretor pelo dolorido, mas ao mesmo tempo tão genial, Réquiem para um sonho, nos trás dessa vez a história da bailarina Nina, vivida por Natalie Portman.

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    O filme versa sobre a obsessão por ser perfeito, mesmo que isso resulte em algo destrutivo. Nina tem uma mãe muito má e rígida (me lembrou muito a mãe perversa criada por Haneke em A professora de piano – a pior mãe do cinema – na minha humilde opinião), que coloca em cima da filha todas as suas frustrações, por não ter conseguido ser uma bailarina de sucesso. Porém, ela é aquele tipo de mãe que abraça e por trás aperta um pouco mais a fita da sapatilha.

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    Ela exige muito da garota, que é tratada como se fosse ainda uma criança. Um quarto rosa, cheio de bichinhos de pelúcia e um cuidado demasiadamente irritante é o que resume a vida na casa da bailarina. Tudo ambicionando seu sucesso total.

    A única coisa que está em seu caminho para a perfeição: é você mesma.

    Então surge uma nova adaptação de O lago dos cisnes e o diretor do ballet Thomas Leroy, vivido pelo exuberante-significativo-must-muso Vicent Cassell, escala Nina para viver não apenas o Cisne Branco, mas em uma audaciosa inovação da peça, ela terá que ser também a irmã má, Cisne Negro, que intitula o filme.

    Nina é engajada, profissional, esforçada e uma ótima bailarina, mas começamos a ter um grande problema aí: como ela conseguirá encarnar a irmã má, sendo ela tão sensível, frágil e boazinha. Sabe aquela coisa de achar o diabinho que está no ombro esquerdo e não ouvir o anjinho que está no direito? É isso que ela tem que fazer. Mas como? Ainda por cima temos o adendo de ela ter uma rival e forte candidata a lhe tirar o papel, caso ela não consiga atingir as expectativas que foram projetadas nela pelo diretor. Mila Kunis faz Lily, a tal rival, que por muitas vezes não sabemos se é amiga ou apenas quer lhe puxar o tapete.

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    Em cenas muito bem construídas, visualmente espetaculares, vamos sendo absorvidos por toda aquela loucura metafórica. Devemos levantar e aplaudir de pé as ideias de Aronofsky, que consegue transmitir a angústia, a inveja, a frustração e a dor, de forma incrível e única. Isso faz com que o cinema dele seja um dos melhores já vistos nos últimos tempos.

    Sabe quando você se sente tão destruído que poderia alguém juntar seus caquinhos no chão? Ele consegue transmitir essa sensação. Quem está assistindo o filme já não sabe o que está acontecendo de fato e o que é fruto da imaginação da personagem.

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    O real e o imaginário se juntam de uma forma muito realista. Coisa pra poucos, diria que, ao que me lembre, só Polanski conseguiu fazer isso, com suas personagens altamente psicológicas e atordoadas por si mesmas.

    – O que houve com a minha garota doce?
    – Ela se foi!

    Com uma direção de fotografia incrível de Matthew Libatique (ele trabalhou com Aranofsky nos seus outros filmes) que nos provoca com cenas soturnas mescladas entre o branco e o preto, fazendo jus a disputa dos cisnes, unindo tudo isso a trilha sonora que faz variações da música de Tchaikovsky, nos leva a um final épico, de uma entrega incrível da atriz Natalie Portamn, que acabou premiada com o Oscar naquele ano.

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    Um filme extasiante que deve ser visto e revisto inúmeras vezes, nos levando a pensar que já somos suficientemente bons no que fazemos. Essa busca exacerbada pela perfeição pode levar a caminhos muito difíceis e, muitas vezes, inalcançáveis, o que torna a maioria das pessoas frustradas.

    Como diria Hemingway: pense sobre isso.

    Trailer:

    Hoje a receita que acompanha o post é de Pão Pita. Poucos sabem, mas Natalie Portman nasceu em Israel e essa receita é uma homenagem que faço a ela. Aposto que ela cresceu comendo muitos pãezinhos desses com Falafel. 😉

    Mais uma vez a receita veio do site Sabores de Israel, se não conhecem ainda, vale muito a pena fazer uma visita por lá!

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    Pão Pita

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 15 min
    Serve: 8-10 pães

    Ingredientes

    • 500 g de farinha de trigo tipo 1 ou 2
    • 300 ml de água morninha + 25 ml para a preparação do fermento
    • 2 un de 15g de fermento biológico fresco
    • 1 colher de chá de sal refinado
    • 1 colher de mesa de açúcar orgânico ou demerara ou mascavo
    • 2 colheres de mesa de azeite

    Modo de Preparo

    1. Em uma tigela média, misture o fermento com o açúcar (melhor com batedor de claras). Misture bem e, aos poucos, você vai ver que se transformam em um caldo, bem líquido. Sério mesmo! O açúcar acorda o fermento e dá para ele um Bom dia 🙂 Adicione a este caldo os 25 ml de água morna com um pouco (cerca de 25 g) de farinha. Deixe descansar. Coloque todo o restante da farinha e o sal na tigela da planetária e misture (se não tiver batedeira, pode fazer tudo na mão). Ligue o forno na potência máxima. Se tiver Pedra Refratária, já coloque-a dentro. Misture os 250 ml de água com o azeite, adicione metade na tigela com farinha e comece a bater. Use velocidade baixa. Coloque a outra metade da água com azeite e todo o caldo do fermento. O tempo total do batimento da massa é de 10 minutos. Se a massa ficar muito grudenta ou pesada, corrija com mais água ou farinha. O resultado final será uma massa um pouquinho aguada (não fica como uma massa para pão), mas que você consegue mexer e trabalhar com ela nas suas mãos. Coloque azeite nas suas mãos, tire a massa da tigela, molde a massa em formato de bola e deixe descansar (dentro uma tigela untada com azeite, coberta com pano umido) por 1 h-1,5 h, ou até que a massa dobre de tamanho.
    2. Divida a massa em 8-10 partes, com as mãos úmidas. Deixe ao seu lado um recipiente com água e umedeça suas mãos para ajudar a separar as partes da massa. Molde essas partes em bolinhos lisos, deixe-as sobre uma área enfarinhada, e em cima, pulverize azeite, para prevenir 2 coisas – 1. secagem. 2. que o filme de pvc grude nos bolinhos. Cubra os bolinhos com filme de pvc e deixe descansar por 10-15 min, até parecer que dobraram de tamanho. Abra cada bolinho como um disco. A altura de cada disco (de 3 mm até 2 cm) depende do tipo de pão que você deseja. Coloque, rapidamente, os pães dentro do forno. Cada lado vai demorar de 1 a 3 minutos para crescer e assar. Não deixe os pães sozinhos. Fique de olho neles e quando parecer que eles ficaram bons, vire-os e continue olhando.
    3. Tire os pães e coloque-os em um recipiente grande, já forrado com pano. As laterais do pano servirão para cobrir os pães, para eles não ressecarem.
  • Drama,  Salgados

    Song One & Falafel

    Para quem gosta de filmes com uma trilha sonora linda, Song One é um prato cheio. Eu amo filmes que tenham músicas, sejam tocadas, cantadas, tipo Once e Begin Again. Tem um momento do filme que começa a tocar “My baby just cares for me” da Nina Simone e quero ver quem que não se atira no chão gritando e cantando junto. Sim, eu sou dessas. Porém sou do team que detesta musicais, onde as pessoas ficam conversando-cantanto-vivendoavida-indonomercado. Me irrita profundamente, shame on me.

    Vamos começar ouvindo essa para ir lendo o post?

    Franny (Anne Hathaway – gente, eu amo Anne, me deixa) é uma antropologa que está no Marrocos no meio de uma pesquisa e recebe uma ligação de sua mãe informando que seu irmão mais novo sofreu um acidente e está hospitalizado em coma. Ela volta para os Estados Unidos onde começa uma outra viagem: para dentro da vida do irmão.

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    Recorrendo a todas as coisas que tem acesso sobre ele (e dele), como seu quarto, seu diário e suas gravações, ela começa a investigar e conhecer melhor quem era o próprio irmão, para que, de alguma forma, consiga fazer com que ele desperte do coma.

    Com um roteiro bem conduzido e de uma sensibilidade incrível, ela vai nos levando junto a todas suas descobertas. Que música ele gostava, o que ele tocava, onde ele se refugiava, para quem ele escrevia, o que ele sentia, o quanto ele falou com ela através de algumas músicas e cds gravados, e, principalmente, quem era seu grande ídolo: James Forester.

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    Então ela acha um ingresso para um show do moço, marcado no diário do irmão. Vai até lá, com o cd demo nas mãos, acaba por ver a apresentação e no final, entrega para ele o cd, contando o que houve com o irmão. No dia seguinte, James aparece no hospital. E a cena mais fofa da terra é que ele começa a tocar uma música para o garoto em coma. E você fica pedindo peloamordedeus para que ele acorde. Seria tipo Damien Rice cantando para mim num quarto de hospital e eu não sabendo de tudo aquilo. Pensa.

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    Surtos a parte, a partir daí começa uma interessante relação de Franny e James. Eles compartilham histórias, jantares, idas a casa da mãe, shows, esperanças e, até, alguns beijos. Pois é. Nunca se sabe de qual cartola vai sair o coelho.

    O filme é de uma poesia musical absurda, sentimentos a flor da pele e diálogos emocionantes.

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    Curiosidade:
    Johnny Flynn, que faz o papel de James Forester, é realmente músico. É o vocalista da banda de folk-rock inglesa Johnny Flynn & The Sussex Wit. Johnny canta no nosso coração desde que conhecemos ele no filme. <3

    Trailer:

    A primeira vez que fiz falafel deu tudo errado, receita errada, eu errada, ansiedade e tudo aquilo que a gente faz quando algo na cozinha não sai bem. Dessa vez a coisa deu tão certo que já repeti a receita algumas vezes. Ela veio do site Sabores de Israel e é simplesmente incrível. Também fiz os pães pita ensinados lá e logo logo eu posto aqui para vocês.

    E o que isso tudo tem a ver com o filme? Porque o Falafel é uma comida originária do oriente médio e, como no filme aparecem panquecas americanas ( já temos isso aqui no blog), resolvi dar uma linkada na viagem de Franny ao Marrocos.

    Judeus e árabes discutem a origem do falafel.

    Há quem diga que Israel “roubou” o falafel dos árabes. Outros dizem que grupo algum tem o direito de ser proprietário de um bolinho de legumes frito. Dizem que o falafel é uma comida do Oriente Médio, originária do Egito e que se espalhou por Marrocos e Arábia Saudita.

    (Informação do site Demodelando)

    Vamos a receita?

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    Falafel

    Prep Time: 15 mins
    Cook Time: 30 mins
    Yields: 18

    Ingredients

    • 2 copos de Grão de Bico (cru. não cozido)
    • 6 dentes de Alho amassados
    • 2 colheres de chá de Bicarbonato de Sódio
    • 1 copo de coentro picado (não coloquei porque eu ODEIO coentro, beijos Jê!)
    • 1 copo de Salsa picada
    • 1/2 cebola média bem picada
    • 1 colher de sobremesa de Cominho
    • 1 colher de chá de Páprica
    • 1 colher de Sopa de Pimenta síria
    • Sal a gosto
    • 4 colheres de sopa de farinha de trigo (para dar liga à massa)
    • Óleo para fritar

    Modo de Prepato

    1. Lave bem os grãos para que fiquem bem higienizados e coloque de molho, no mínimo, por 12 horas.
    2. Depois do descanso, lave bem os grãos novamente.
    3. Em seguida bata todos os ingredientes no processador de alimentos. Caso ache que não está dando liga, adicione um pouco mais de farinha.
    4. Deixe na geladeira a mistura por 1 hora (muito importante!)
    5. Molhe as mãos com água e modele as bolinhas.
    6. Frite em óleo médio, nem quente, nem frio, por alguns minutos, virando os bolinhos até que fiquem com a cor que vemos na foto.
    7. Escorra no papel toalha e sirva.
  • Drama,  Salgados

    Fallen Angels & Noodles de Legumes

    Eu lembro quando vi o primeiro filme de Wong Kar-Wai. Por incrível que pareça, eu não assisti eles na cronologia certa da obra do diretor. O mais interessante foi que mesmo tendo visto a trilogia que termina em 2046 ao contrário, os filmes dele são únicos, apesar de terem links um com os outros. Muitas vezes você acha que facilmente um personagem poderia habitar outro filme dele. É aquela coisa mágica de sem saber de quem era o filme, você pode dizer: isso é um filme de Kar-Wai.

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    Fallen Angels é um filme de 1995, como uma câmera que clama por urgências, assim como os seus personagens, Kar-Wai vai nos levando a conhecer algumas pessoas, suas solidões e seus devaneios. Com uma direção de fotografia genial de Chris Doyle, o filme consegue passar sensações incríveis, com cenas por vezes até silenciosas. Ambientado em Hong Kong, Fallen Angels tem como história principal a vida de uma dupla de assassinos profissionais. Ele, Wong Chi-Ming (Leon Lai), mata, ela (Michele Reis) limpa. Ela prepara, ele executa. Ambos são como sócios, mas mal sabia ele, aquele homem solitário e soturno que ela era apaixonada por ele.

    Ainda somos parceiros?
    Somos parceiros há 155 dias.
    Hoje é a primeira vez que nos sentamos lado a lado.
    Quase nunca nos vimos.
    Eu sei bem que os homens não conseguem controlar a sua paixão.
    Talvez nunca nos devêssemos ter envolvido emocionalmente…

    Kar-Wai é o rei em criar personagens solitários. A solidão abraça cada um de seus personagens, enquanto ele os coloca formatados de algum dos lados da tela. A sensação de estar só é muito muito visível no modo de filmar desse genial diretor. Realmente nos leva a ter aquela impressão de que não se tem nada mais além da própria companhia.

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    Em outra história, que temos dentro do filme, temos o personagem de Takeshi Kaneshiro, Ho Chi Moo, um cara meio doido, que escapou da prisão e ficou mudo depois de comer uma lata de abacaxis em calda, que estavam fora da data de validade. Fazendo aqui uma menção aos abacaxis de Chungking Express, já que Fallen Angels era para ser mais uma história dentro de Chungking, porém, o diretor resolveu fazer outro filme dele. Ainda bem. Ho Chi Moo é um cara excêntrico, ele entra a noite em lojas e restaurantes e as abre, para que as pessoas possam consumir coisas. Além disso ele dirige um divertido caminhão de sorvete, onde temos as mais insanas cenas. Ele mora com o pai, com quem te uma relação de muita admiração e amor. As cenas dos dois são realmente de chorar no canto da tela. O que vem para provar que ele era um cara de um coração enorme que só queria fazer o bem, fazendo os outros se sentirem bem e, muitas vezes, ele se machuca muito por conta disso. Como quando ele conhece uma maluca nas suas andanças noturnas e se apaixona por ela. Uma das melhores e mais verdadeiras cenas de como a pessoa se sente quando se enamora por alguém. Até cheirar o cabelo da pessoa já é um bálsamo.

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    Quem me conhece sabe que eu sou muito musical, que a minha vida é embalada por uma trilha sonora enorme e em Fallen Angels há momentos incríveis nesse âmbito. Um épico passeio de moto com fundo de “Only You” dos Flying Pickets é uma das coisas mais bonitas da história do cinema e essa imagem não vai sair nunca mais da sua cabeça.
    Wong Kar-Wai mostra mais uma vez sua maestria em fazer com que a gente acumule sensações e esperanças sobre a vida e o amor. Ele nos leva pela mão e as vezes a solta, mas a gente sabe muito bem que quer pra sempre ver outro e mais outro filme desse diretor chines primoroso.

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    Por todos os lados, se bem olharmos, veremos os anjos caídos tentando se encontrar. Assistam. =)

    Hoje teremos Noodles de Legumes para acompanhar o filme. Porque Michele Reis come enigmaticamente uma cumbuca deles em uma cena muito boa do filme, dá vontade de comer, então, vamos comer!

    Noodles de Legumes

    Tempo de Preparação: 20 mins
    Tempo de Cozimento: 30 mins
    Serve: 2 pessoas

    Ingredientes

    • 250 g de macarrão (usei udon)
    • 100 g de brócolis
    • 100 g de cogumelos fatiados
    • 100 g de vagem fatiada
    • 100 g de pimentão amarelo picado
    • 100 g de cebola cortada em cubos
    • 100 g de cebola cortada em cubos
    • 2 dentes de alho pequenos amassados
    • 100 g de cenoura em fatias finas
    • 100 g de repolho fatiado
    • 50 ml de shoyu
    • 1 xíc. de chá de água
    • 1 colher de sopa de amido de milho
    • Sal
    • Pimenta do reino
    • Azeite de oliva
    • 2 litros de água para o cozimento da massa

    Como fazer?

    1. Coloque a água em uma panela para ferver
    2. Cozinhe a massa conforme indicação da embalagem. Escorra.
    3. Em uma panela wok (ou qualquer outra que tenhas) coloque um fio de azeite.
    4. Refogue a cebola e o alho rapidamente. Adicione a cenoura, a vagem e o brócolis e tampe por alguns minutos em fogo baixo. Tempere com o shoyu, sal e pimenta.
    5. Em seguida coloque o pimentão, o repolho e os cogumelos. Adicione 1/2 xícara de água. Mais uma vez abafe com a tampa e deixe cozinhar por uns 4 minutos.
    6. No restante da água adicione a colher de amido de milho e mexa bem.
    7. Acrescente aos legumes esse liquido e mexa por alguns minutos até obter um caldo brilhante e bonito.
    8. Misture a massa já cozida aos legumes, mexa bem e sirva em seguida.
  • Comédia,  Drama,  Romance,  Salgados

    Amores Expressos & Panqueca de Cenoura

    O diretor Wong Kar-Wai tem uma coisa com números. Temos as datas de validade nas latas de abacaxi, temos o quarto 2046, temos amigos daquela exata hora em Days of being wild, temos enfim o policial 633 (beijos Dai!) e o 233 em Chungking Express. Talvez porque os números marquem exatos momentos que a gente tem com alguém. Números de telefone, aquele endereço, o dia do aniversário daquela pessoa, uma matrícula da faculdade, um ano que vivemos juntos. Se formos pensar, em tudo temos números e lembrar deles traz uma certa nostalgia. É, isso é Wong Kar-Wai, como as chaves deixadas no café em Blueberry Nights. São as pequenas coisas que significam muito.

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    Em Chungking Express (no Brasil “Amores Expressos”) temos duas histórias. Uma do policial 233 chamado He Qiwu (Takeshi Kaneshiro) que frequenta diariamente a lancheria Midnight Express e acaba ficando amigo do dono do lugar.

    He Qiwu está visivelmente machucado pelo final de sua relação de 5 anos com sua ex-namorada May. Tentando superar tal fato ele começa a comprar 1 lata de abacaxi em conserva por dia, durante 1 mês, todas com data de vencimento em 1 de maio de 1994. Ele dá um prazo a si mesmo, caso ela não volte até essa data, ele vai tratar de desistir da relação com a ex e esquecê-la.

    [blockquote size=”third” align=”right”] Se o amor tem um prazo de validade, então que dure dez mil anos.[/blockquote]

    Paralelamente ele acaba conhecendo uma loira misteriosa em uma boate e com ela troca as mais diversas confidências sobre a sua sofrência pela ex-namorada. A loira é vivida pela atriz Brigitte Lin, e em nenhum momento ela revela algo sobre a sua vida.

    Porém, as cenas que seguem nos mostram que ela é uma criminosa que trafica drogas, mata pessoas, rapta crianças, envolta em toda uma atmosfera misteriosa, com seu trend-coach muito bem amarrado. Essa relação dos dois acredito que tenha sido colocada ali só para demonstrar a solidão das pessoas, já tão desiludidas com a vida e com o amor.

    Aquele momento que parece que não há nada mais a temer, nada tem mais graça, se não se tem o amor.

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    Kar-Wai nos coloca dentro de uma Hong Kong pra lá de cosmopolita e ao mesmo tempo, coloca em xeque toda a solidão de seus personagens, mesmo estando em um lugar sempre cheio de muita gente.

    As corridas de He Qiwu, onde ele diz que precisa suar bastante para não sobrar água para lágrimas, a impaciência do cão com ele, que parece não aguentar mais ele reclamando de tamanha desilusão, a relação dele com a loira misteriosa que não leva a lugar nenhum, fazem do personagem de Takeshi Kaneshiro um dos mais envolventes (e muitas vezes engraçados) do filme.

    Kar-Wai corta dali essa história, pois ele não está afim de nos dizer o que tem que ser feito, nem dar discursos sobre como superar um amor perdido, ele quer mostrar como as coisas acontecem e como as pessoas reagem a elas.

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    Então surge uma outra história que começa também na lancheria Midnight Express. Conhecemos então o Policial 633 vivido pelo ator Tony Leung – nosso musoh master se tratando de filmes de Kar-Wai, Tony nunca decepciona.

    Policial 633 também está sofrendo por amor. Ele foi deixado pela namorada, uma aeromoça linda vivida pela Valerie Chow. Nas suas idas a lanchonete, acaba por se deparar com a nova atendente do local, Faye (Faye Wong). Ela é sobrinha do dono e tem um sonho muito engraçado (e que não esconde de ninguém): quer conhecer a Califórnia e por isso, ela vive a vida toda escutando a música Califórnia Dreaming, em alto e bom som, não importa se tem clientes ou não para atender.

    Faye nutre uma queda pelo Policial 633, que insiste em não querer ler a carta que a ex deixou pra ele na lanchonete. O momento que ele fica frente a frente com a carta é uma das cenas mais bem filmadas do cinema. Kar-Wai acelera o exterior e deixa o ator quase que em câmera lenta, tomando um café. Um momento pensativo, como se o mundo a sua volta não tivesse mais sentido e só o foco de sua dor fosse o necessário. Genial, genial!

    Faye, por sua vez, dá uma de Amelie Poulain, ou melhor, como o filme é anterior (1994) ao filme francês (2001), diria que Amelie que se inspirou em Faye. Ela fica com as chaves que a ex deixou junto com a carta e vai a casa do policial limpar, redecorar, dar uma alegria ao ambiente, sem que ele saiba de nada. Ela quer apenas que ele se sinta mais confortável e feliz.

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    Kar-Wai consegue fazer uma obra prima para o cinema, que reúne desde uma fotografia memorável, em parceria com Chris Doyle, uma trilha sonora interessante e coerente com cada momento, além das metáforas como as latas de abacaxi, que servem como um marco para resolver a vida, até com as conversas do Policial 633 com seu bicho de pelúcia em casa e também com o sabonete. De forma até engraçada, ele consegue nos passar a solidão das pessoas nas grandes cidades, que apesar de estarem na correria do dia-a-dia, tem uma vida toda pessoal que por vezes não é tão fácil assim quando parece ou, melhor dizendo, ninguém presta muita atenção no outro. Chungking Express é um bálsamo do início ao fim, um dos meus filmes prediletos desse diretor chinês.

    Trailer:

    No filme não tem panquecas, mas tem uma salada que o Policial 633 sempre vai comer lá. Como eu achei sem graça postar uma salada, resolvi postar uma receita com algo bem saudável que é panquecas recheadas com cenoura e ricota. E panqueca é amor, né, gente, então vamos lá! Adaptei dessa receita da Rita Lobo, e meus amigos, receitas dela sempre dão certo. Pode confiar.

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    Panqueca de Cenoura com Ricota

    Tempo de preparação: 60 min
    Tempo de Cozimento: 30 min
    Rendimento: 10 a 12 discos

    Ingredientes

    • 1 1/2 xíc. de leite
    • 1 xíc. de farinha de trigo (usei 1/2 integral, 1/2 branca)
    • 1 xíc. de farinha de trigo (usei 1/2 integral, 1/2 branca)
    • 2 ovos
    • 1 colh. (chá) de sal
    • Manteiga ou óleo de canola para untar
    • 2 cenouras médias raladas
    • 1/2 ricota esmagadinha
    • 1 bom punhado de salsinha picada
    • 1 colh. de sopa de manteiga
    • Sal, pimenta do reino a gosto
    • Para o bechamel: 1/2 litro de leite
    • 1 1/2 colher de farinha de trigo
    • 1 1/2 colher de manteiga
    • 1 pitada de sal
    • Noz-moscada e Pimenta do reino

    Como fazer?

    1. No liquidificador coloque o leite, os ovos, o sal e a farinha. Bata até que a mistura fique bem lisinha. Deixe descansar por 20 minutos.
    2. Prepare o recheio enquanto isso: rale a cenoura, doure a cebola e o alho picados no azeite, acrescente a cenoura e os demais temperos e por fim a ricota.
    3. Depois do tempo do descanso da massa (e com o recheio já pronto), aqueça uma frigideira antiaderente, de fundo grosso e espalhe um pouquinho de óleo ou de manteiga. 3. Dê uma boa mexida na massa. Levante a frigideira e com a outra, coloque a massa com uma concha média (que também serve de medida). Faça um movimento circular com a frigideira para cobrir todo o fundo. Coloque a frigideira sobre o fogo baixo e, quando as bolhas começarem a aparecer, vire a massa para dourar do outro lado com auxílio de uma espátula de borracha. O processo todo leva menos de 3 minutos por disco. Transfira para um prato, espalhe mais um pouquinho de manteiga ou óleo na frigideira e repita o procedimento, até terminar a massa.
    4. Para o molho Bechamel: Numa panela grande, derreta a manteiga. Junte a farinha e mexa vigorosamente com a colher de pau, por cerca de 2 minutos. Essa misturinha é chamada de roux e serve para engrossar molhos em geral. Coloque o leite gelado de uma vez e, com a ajuda de um batedor de arame, misture bem, até levantar fervura. Abaixe o fogo e deixe cozinhar por cerca de 10 minutos, mexendo de vez em quando. No fim, tempere generosamente com noz-moscada, sal e pimenta-do-reino moída na hora. Truque: se o molho empelotar, bata no liquidificador e volte à panela.
    5. Montagem: coloque umas 2 colheres de recheio na ponta da panqueca e enrole. Depois é só jogar o bechamel em cima e salsinha! Pronto, podemos comer =)
  • Drama

    A Girl Walks Home Alone at Night & Ovo Frito

    [blockquote size=”third” align=”right”] Você é triste.
    Não se recorda do que quer.
    Não se recorda de querer.
    Foi há tanto tempo.
    E nada muda nunca.
    Idiotas e ricos são os únicos a pensar que as coisas podem mudar.[/blockquote]

    Bad City é onde se passa o primeiro longa da diretora inglesa Ana Lily Amirpour. Com um ar super noir e referências claras ao cinema de Jarmush e Wenders, ela nos apresenta uma garota que anda pela noite, com uma capa preta, por vezes deslizando de skate pelas ruas dessa cidade soturna.

    Em um clima preto e branco, o filme vai nos levando pelos  passeios noturnos da garota, que acaba por morder pessoas que acha que são ruins.  Ela é uma vampira, sim, como em “Only lovers left alive”. Ela é uma justiceira, em um filme que tem alguns diálogos que defendem muito o feminismo e que demonstra uma vontade de proteger as mulheres que estão sozinhas na noite de toda e qualquer cidade.

    O filme é uma poesia total. Desde a fotografia até a trilha sonora. Com cenas lentas e lindas, até histórias de amor que nos fazem pensar em muitas coisas.

    Quando ela conhece um rapaz vestido de Drácula para uma festa a fantasia a vida dela muda. Não nas justiças que ela faz, mas sim na questão de não querer morder aquele ser que faz dela melhor, que faz bem pra ela, que é uma pessoa boa, acima de tudo.

    Em um mundo cheio de viciados, traficantes, cafetões e mendigos, se destaca a pureza de um amor que acontece por acaso. E qual não?

    Destaque para a gata que tem os olhos mais expressivos do filme todo. Toda uma conexão dos animais com as pessoas, onde eles dizem as coisas através de suas atitudes e olhares.

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    Ao contrário de Eve e Adam que já tinham seu amor desde o começo do filme em Only lovers left alive, aqui, temos o amor que surge e faz com que a pessoa comece a repensar o que fazer da vida. Ir ou ficar, ou apenas não ter dúvida de arrumar tudo e ir embora.

    Bad city talvez devesse ficar para trás para conseguir uma vida feliz junto de quem se ama.

    Assistam.

    Trailer:

    Em “A Girl Walks Home Alone at Night” temos apenas uma cena onde alguém come alguma coisa. E é  ovo frito, sendo assim resolvi trazer para vocês uma coisa que todo mundo que não sabe cozinhar se refere a ela: “Não sei nem fritar um ovo”. Quem nunca ouviu isso? Para quem sabe, parece a coisa mais fácil do mundo, porém, sabemos que tem muita gente que não sabe. Não é tão simples assim, basta aplicar algumas técnicas importantes.

    Para que seja mais fácil, escolhi um vídeo do Sotero para explicar exatamente como se faz.

    Ovo Frito