Os agentes do destino, filme de 2011 dirigido por George Nolfi (que foi corroteirista em O Ultimato Bourne) é uma adaptação ao conto The Adjustment Team (1954), de Philip K. Dick (mesmo rapazinho que escreveu obras que acabaram resultando em “Blade Runner – O Caçador de Andróides”, “Minority Report – A Nova Lei” e “O Vingador do Futuro”).
Eu gosto muito da saga Bourne, é um dos poucos filmes de ação que apetecem o meu ser. Sou uma pessoa drama, mas isso vocês já sabiam. Porém, como esse filme foi indicação de uma pessoa que prezo muito, considerei assistir, já que tinha nosso querido Matt Damon, aqui sendo um político americano e a história de um encontro (ou ainda reencontro – ou muitos desencontros) me apetece o lado sentimental da coisa toda.
“A maioria vive a vida no caminho que traçamos, com medo de explorar outro. Mas, de vez em quando, surgem pessoas como você, que superam todos os obstáculos que colocamos no caminho. Quem encara o livre arbítrio como dom, nunca saberá usá-lo até lutar por ele. Creio que esse é o verdadeiro plano do Presidente. E, talvez, um dia, nós não escreveremos o plano. Vocês o farão.”
Quando eu digo que Deus joga The Sims com a gente, esse filme prova muito isso. Os destinos estão pré-determinados e você não pode usar seu livre-arbítrio para mudá-lo. Então porque tê-lo? Pois é. Daí começa uma divagação filosófica também.
O filme é classificado como uma ficção científica, mas achei bem longe disso. Acho que ele me lembrou algumas vezes, sei que isso pode parecer estranho ou não, a Asas do Desejo, o maravilhoso filme de Wim Wenders. Que é inclusive um dos meus filmes TOP10, até tenho que falar dele por aqui. Shame on me que ainda não tem post sobre.
Com pinceladas de ação, como uma emocionante corrida na chuva, pois quando chove você não pode ser visto pelos agentes e pode fazer o que quiser (oba!), cenas românticas fofas (que você diz oimmmm em looping infinito e lembra daquele cara/garota que conheceu um dia, reencontrou anos depois e que parece que aquela historia foi escrita pra vocês), passando esse momento amor eterno, que por sinal leva muito bem o filme, temos a parte da religião, e nos indagamos: quem está no comando afinal disso tudo que vivemos?
Bom, o filme é focado na vida de David Norris (Damon) e inicia com a derrota dele a um cargo ao senado americano. Por um acaso do destino ele se envolve em um escândalo e acaba perdendo a eleição. Na preparação de seu discurso de derrota e agradecimento aos eleitores, ele conhece Elise (a lindíssima Emily Blunt) e um único beijo faz com que os Agentes do Destino entrem em ação. Pode ser perigoso para os planos que estão traçados para a vida dele e da simpática bailarina.
No filme, os agentes tem total poder sobre a vida das pessoas. Como, por exemplo, fazer com que todos os telefones ao seu alcance parem de funcionar e nenhum taxista do mundo pare para você. Confesso que nessa parte me deu uma baita raiva e acho que sairia como Norris, correndo, um dia eu chego lá. Do tipo, ah é? Terão que me atropelar. Algumas vezes até achei que isso iria acontecer. É um filme que é tenso, empolgante e tu ficar torcendo para ele conseguir chegar onde quer.
O personagem de Matt é tipo o homem que não desiste. Ele quer reencontrá-la, nunca a esqueceu e vai atrás disso sem se preocupar com nada. Ele apenas sabe que ela é a pessoa certa para ele. Eles passam anos sem se ver, porém, quando se reencontram, mesmo com todos os macetes utilizados pelos Agentes para que isso não aconteça, a sintonia é igual a do primeiro encontro.
Além de toda a ação, religião, ficção cientifica, temos uma coisa muito bonita ali: a ideia (ou ideal) que o destino da gente, é a gente mesmo quem faz, indo em busca do que quer, independentemente do que aquilo vá causar, a gente escreve o modo que quer se feliz e investe nessa premissa para reescrever o que algo, ou alguma coisa, a gente achou que deveria ser o certo. Por isso o livre-arbítrio e nossa capacidade insana de mudar coisas, que jamais poderiam se imaginar mudar, por aquela velha (e boa) sensação de se sentir pleno e ”em casa” ao lado de alguém.
Trailer:
Hoje trago junto a esse filme uma receita de panqueca. Aí todos se perguntam, por que panquecas, Sara? Porque meus caros, quando se trata da vida, o que se faz com ela e do amor, é enrolado pra caramba, tipo uma panqueca. Porém, acredito que um dia, sim mesmo, a gente desenrola essa panqueca e come o recheio primeiro. E é isso que temos para hoje. Vamos lá?
Panqueca
Ingredientes
- 1 xícara de leite
- 2 ovos
- 2 colheres de azeite de oliva
- 1 xícara de farinha de trigo
- 1 pitada de sal
- 500 g de carne moída
- 1 cebola picada
- 2 dentes de alho esmagados
- 4 tomates picados sem semente
- 1 xícara de água
- Sal
- Pimenta do reino
- Salsinha picada
- Queijo parmesão ralado
Modo de Fazer
- Comece pelas panquecas: coloque no liquidificador primeiros os ingredientes líquidos: ovos, leite e azeite. Bata por alguns minutos. Acrescente o sal e a farinha. Bata por mais alguns minutos, deixe descansando enquanto faz o recheio.
- Agora faça o recheio: doure bem a carne no azeite, junte a cebola, alho, deixe dourar e adicione os demais ingredientes. Deixe ferver por mais alguns minutos até que se forme um recheio denso.
- Frite as panquecas em uma frigideira antiaderente untada com um fio de azeite. Virando dos dois lados até que fiquem douradas.
- Coloque o recheio na extremidade de cima da panqueca e enrole.
- Coloque em um refratário, salpique com o queijo e leve ao forno pré-aquecido a 180 graus pro 15 minutinhos.