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    Minhas Cervejas Preferidas

    Inspirada pelo post do meuqueridoedivertidíssimo amigo Davi, do Blog Adoro Comer, resolvi fazer um post sobre as minhas cervejas favoritas.

    Como muitos sabem, eu sou uma amante das cervejas, tenho minhas prediletas, então resolvi nesse post falar um pouco mais sobre isso. Eu não sou ‘mestre cervejeira’, nem sei analisar detalhes técnicos, então eu vou contar para vocês o porque gosto e do que eu gosto em cada uma. Abaixo de cada cerveja terá os dados técnicos que retirei de sites especializados ou ainda do site oficial delas. Senta lá, pega um copo e vem beber comigo.

    A Pri, do Culinarístico, aquela que toma cerveja comigo 3am,  também fez um post com as cervejas prediletas dela, corre lá.

    1ª) Baldhead – English Bitter Pale Ale

    Essa, sem sombra de dúvidas, é minha cerveja favorita de toda a vida. Eu tomei ela pela primeira vez, em versão chopp, no bar Dirty Old Man (que também é meu bar preferido na cidade). A gente não acha ela facilmente, apenas em algumas distribuidoras e lojas. De fabricação da cervejaria Baldhead – aqui de Porto Alegre, com muito orgulho – é uma das mais gostosas que já provei na vida. Ela é amarga na medida certa, tem um sabor especial, que te remete a um leve frutado, mas nada, nada doce e sim bem amarguenta como gosto! Poderia passar o resto da vida tomando só ela.

    baldhead
    Cerveja Ale originária da Inglaterra, onde o termo Bitter é usado para cervejas mais amargas. Produzida com maltes selecionados, tem aroma levemente frutado, corpo moderado, coloração âmbar e amargor médio. Harmoniza bem com bacalhau, paella e salsichas.
    Temperatura ideal: 5 a 7°C
    Graduação alcoólica: 4,6%

    Dados retirados do site da Baldhead.

    2ª) Heineken

    Heineken é praticamente minha melhor amiga. Para todo e qualquer momento tem que ter uma em casa. Fácil de encontrar em qualquer rede de supermercados, a Heineken é uma cerveja de sabor amargo e uma das únicas estilo lager que é feita de puro malte produzida no Brasil. Tem muita gente que conheço que torce o nariz quando falo que tomo (e amo) essa verdinha, pois as pessoas a acham amarga demais, gostam mais de cervejas mais leves e, como eu digo, mais ”aguadas”, porém, para mim ela tem o sabor ideal para um final de dia estressante. Heineken conforta.

    heineken

    Cervejaria Heineken
    Estilo Premium American Lager
    Álcool (%) 5% ABV
    Temperatura 5-7 °C
    Copo ideal Lager (Chope)

    (Dados retirados do site Brejas)

    3ª) Brooklyn East India Pale Ale

    A Brooklyn tem o típico sabor que eu gosto. Porém, ela tem um diferencial, que é um leve toque que me remete ao mel.  É bem encorpada e tem a mesma história da Colorado (leia mais abaixo), sobre as viagens a Índia, quando era preciso que ela permanecesse boa durante a jornada, por isso é usado mais malte e lúpulo em sua composição.  É um espetáculo!

    Brooklyn

     

    Cervejaria Brooklyn Brewery
    Estilo India Pale Ale (IPA)
    Álcool (%) 6.8% ABV
    Temperatura 5-7 °C
    Copo ideal Caldereta

    (Dados retirados do site Brejas)

    4ª) Way Beer Irish Red Ale

    Eu estou aqui a divagar e lembrando de cada uma dessas cervejas que estou falando no post, quando me deparo com uma das minhas queridinhas, mas todas são, então a pessoa SE EMOCIONA, ao rememorar o sabor único da Irish Red Ale da Way. Eu não sei bem como explicar para vocês o que é o primeiro gole que se dá nessa coisa vermelha e preciosa. Ela é uma cerveja forte, você sente bem acentuado o malte e um sabor quase que caramelizado.  É uma coisa divina, minha gente, vocês precisam provar. E Irish, Irish é amor eterno e absoluto!

    way
    Cervejaria Way
    Estilo Irish Red Ale
    Álcool (%) 5% ABV
    Temperatura 5-7 °C
    Copo ideal Pint

    (Dados retirados do site Brejas)

    5ª) Colorado Indica India Pale Ale

    A Colorado foi uma das primeiras cervejas do estilo IPA que eu tomei. Depois disso o meu amor pelo mundo das “Ales” só foi crescendo. Hoje em dia é meu tipo predileto. Quando estou deprimida vou para o supermercado e pego umas duas garrafas e fico mais feliz instantaneamente. A Colorado tem um grau alcóolico de 7%, por isso, meu querido, se você não está acostumado a beber, vá com calma. Ela é uma cerveja encorpada, com notas de rapadura (se achou a sommelier de beers agora). Baseada em uma receita inglesa que era enviada a Índia para deleite dos soldados e pessoas, o grande amargor dela e alto grau alcoólico era para que ela se mantivesse intacta durante as viagens. Coisa mais linda, não? Adoro saber as histórias. Amargor = amor.

    colorado_indica
    Cervejaria Colorado
    Estilo India Pale Ale (IPA)
    Álcool (%) 7% ABV
    Temperatura 5-7 °C
    Copo ideal Caldereta

    (Dados retirados do site Brejas)

    6ª) Guinness Draught

    A Guinness foi a primeira cerveja fora das do circulo comercial que tomei na vida. Sim, faz tempo. Por que? Porque eu amo a Irlanda, mas isso acho que vocês já sabiam. Parecia-me que cada vez que eu tomava um pint de Guinness eu me sentia lá naquele belo país. Mais uma vez a conquista se fez pelo amargor. Eu não gosto de coisas doces. De vez em quando eu tenho um ataque da lombriga do doce e preciso comer, sei lá, um quindim. Geralmente sou uma pessoa que gosto de coisas amargas, secas e puras. A Guinness é uma das cervejas mais famosas do mundo. Impossível ir a Irlanda e não visitar a fábrica deles (tá na agenda). Ela é do tipo Stout, feita com malte torrado ela tem uma espuma que confere uma certa magia quando a gente prova ela todas as vezes. É uma coisa macia, sabe? Mas ao mesmo tempo, quando corre pela boca, você sente um amargor interessante, quase mesma sensação que tenho quando tomo café.  Café = amor.

    guinness

    Cervejaria St. James’s Gate
    Estilo Dry Stout
    Álcool (%) 4.1%
    Temperatura 8-12 °C
    Copo ideal Pint

  • Doces,  Drama

    Philomena & Bolinhos Cerveja Stout

    Meados dos anos 50, em uma Irlanda muito católica Philomena fica grávida de seu primeiro filho, depois de uma aventura ingênua e amorosa com um menino por quem se apaixonou.

    Como “castigo” ela é enviada pela família a um Convento, onde começa a viver com as freiras e tem seu filho tomado dela (através de uma ”adoção” forçada) e é levado por um casal de americanos.

    Isso era uma prática comum na época, onde as freiras acolhiam os bebês e a mãe teria que pagar 100 libras ou passar 4 anos trabalhando para o convento (em um regime de escravidão, praticamente) para pagar o que foi feito por ela e seu filho.

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    Poderia ser um enredo piegas, cristão (ou anti-cristão) e já visto em tantos outros filmes, mas não é. A história verídica de Philomena Lee foi roteirizada e filmada com toques de humor e drama, que se misturam ao decorrer do filme que foi levado de forma incrível pelos dois atores que o protagonizam, Julie Dench (como Philomena) e Steeve Coogan (o jornalista Martin).

    Passaram-se 50 anos desde que ela teve que entregar seu filho e ela tomada claramente pela Síndrome de Estolcomo, se sentia culpada por tudo e dava muitas desculpas (e razão) a atitude das freiras e dos costumes da época. Tentando achar o filho ela acaba por conhecer o jornalista Martin, que está desempregado, é ateu, cínico e está cansado da vida, mas sente ali que existe uma oportunidade financeira de lhe render uma boa história e um bom livro. Assim Martin começa a ajudá-la.

    philomena-5

    O longa é baseado no livro The Lost Child of Philomena Lee, que foi escrito próprio Martin Sixsmith. O diretor Stephen Frears conseguiu fazer dele uma verdadeira crítica em sua adaptação para o cinema, e também, uma denúncia a esse tipo de acontecimento que envolvia a Igreja Católica, onde ainda hoje existem milhares de mulheres irlandesas que procuram seus filhos perdidos naquela época.

    A primeira classe não te faz uma pessoa de primeira classe…acho que ele deveria tomar uma boa surra!

    Interessante é que mesmo Martin sendo tudo que citei acima, ele é um homem de um grande coração e que não mede esforços para ajudar Philomena a atingir seu objetivo. E por outro lado está Philomena toda crente, perdoando as atitudes das freiras e colocando toda a culpa em si mesma. Dessa mescla de valores e atitudes é que surgem grandes diálogos e alguns bem engraçados.

    Será que Philomena vai achar o filho?

    Gostaria muito de dizer que eu agiria como Martin com as freiras quando eles lá chegaram em busca de informações e respostas. Depois que virem o filme (e para os que já viram) venham me contar o que fariam também. – apenas um desabafo – pois essa foi a parte que mais me indignou no filme todo, como a crença e a religião podem cegar tanto alguém ao ponto dela levar a culpa do que nem tinha.

    Trailer:

    Em um momento bem importante e decisivo do filme, uma harpa irlandesa traz a resposta que precisavam. Essa harpa, que é simbolo da cerveja Guinness, a qual Martin tomava um Pint com maior gosto, foi que me fez ter a ideia do que poderia acompanhar esse filme: um bolo de cerveja stout. Como a Guinness anda em falta aqui nessa bela cidade de Porto Alegre, resolvi usar uma outra cerveja do mesmo estilo, só que de outra cervejaria. Foi então que a Murphy’s Irish Stout caiu dentro do meu carrinho no supermercado e foi com ela que fiz a receita a seguir.

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    Na minha procura por receitas, lembrei que já tinha visto esse bolo adaptado de receita da Nigella no Technicolor Kitchen, então resolvi fazer fiel a receita original, pois não tinha leite em casa, sim, podem rir, eu não tomo leite, compro sempre para ocasiões específicas, só quando vou usar, mas creme de leite eu tinha.

    A Priscila do Culinarístico também tem uns bolinhos feitos de Guinness que sempre me deixaram com vontade.

    Vamos a receita?

    bolinhos-dtout

    Bolinhos de Cerveja Stout

    Prep Time: 15 mins
    Cook Time: 30 mins
    Yields: 18

    Ingredientes

    • Bolo: 250 ml cerveja Murphy’s
    • 250 gramas de manteiga sem sal
    • 75 gramas de pó de cacau
    • 400 gramas de açúcar refinado
    • 142 ml de creme de leite
    • 2 ovos grandes
    • 1 colher de sopa de extrato de baunilha
    • 275 gramas de farinha de trigo
    • 2 ½ colheres de chá de bicarbonato de sódio
    • Cobertura: 300 gramas de cream cheese
    • 150 gramas de açúcar de confeiteiro
    • 125 ml de creme creme de leite fresco

    Modo de Fazer

    1. Em uma panela leve a cerveja e a manteiga ao fogo até que a manteiga derreta. Deixe esfriar um pouco.
    2. Em uma tigela misture o cacau em pó e o açúcar, leve isso a panela que está a cerveja e misture com fouet. Bata os ovos, a baunilha e o creme de leite e junte a mistura toda. Por fim adicione o bicarbonato e a farinha misture bem.
    3. Leve ao forno pre-aquecido a 180º por 45 a 60 minutos. Fique de olho. Deixe esfriar completamente antes de colocar a cobertura.
    4. – Na batedeira leve o cream cheese e o creme de leite e bata até que fique uma consistência homogênea. Junte o açúcar e bata mais alguns minutos.

    Observação importante:

    Fiz meia receita e rendeu 11 bolinhos, para uma forma de 23 cm redonda, faça uma receita inteira.