• Drama,  Salgados

    Fallen Angels & Noodles de Legumes

    Eu lembro quando vi o primeiro filme de Wong Kar-Wai. Por incrível que pareça, eu não assisti eles na cronologia certa da obra do diretor. O mais interessante foi que mesmo tendo visto a trilogia que termina em 2046 ao contrário, os filmes dele são únicos, apesar de terem links um com os outros. Muitas vezes você acha que facilmente um personagem poderia habitar outro filme dele. É aquela coisa mágica de sem saber de quem era o filme, você pode dizer: isso é um filme de Kar-Wai.

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    Fallen Angels é um filme de 1995, como uma câmera que clama por urgências, assim como os seus personagens, Kar-Wai vai nos levando a conhecer algumas pessoas, suas solidões e seus devaneios. Com uma direção de fotografia genial de Chris Doyle, o filme consegue passar sensações incríveis, com cenas por vezes até silenciosas. Ambientado em Hong Kong, Fallen Angels tem como história principal a vida de uma dupla de assassinos profissionais. Ele, Wong Chi-Ming (Leon Lai), mata, ela (Michele Reis) limpa. Ela prepara, ele executa. Ambos são como sócios, mas mal sabia ele, aquele homem solitário e soturno que ela era apaixonada por ele.

    Ainda somos parceiros?
    Somos parceiros há 155 dias.
    Hoje é a primeira vez que nos sentamos lado a lado.
    Quase nunca nos vimos.
    Eu sei bem que os homens não conseguem controlar a sua paixão.
    Talvez nunca nos devêssemos ter envolvido emocionalmente…

    Kar-Wai é o rei em criar personagens solitários. A solidão abraça cada um de seus personagens, enquanto ele os coloca formatados de algum dos lados da tela. A sensação de estar só é muito muito visível no modo de filmar desse genial diretor. Realmente nos leva a ter aquela impressão de que não se tem nada mais além da própria companhia.

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    Em outra história, que temos dentro do filme, temos o personagem de Takeshi Kaneshiro, Ho Chi Moo, um cara meio doido, que escapou da prisão e ficou mudo depois de comer uma lata de abacaxis em calda, que estavam fora da data de validade. Fazendo aqui uma menção aos abacaxis de Chungking Express, já que Fallen Angels era para ser mais uma história dentro de Chungking, porém, o diretor resolveu fazer outro filme dele. Ainda bem. Ho Chi Moo é um cara excêntrico, ele entra a noite em lojas e restaurantes e as abre, para que as pessoas possam consumir coisas. Além disso ele dirige um divertido caminhão de sorvete, onde temos as mais insanas cenas. Ele mora com o pai, com quem te uma relação de muita admiração e amor. As cenas dos dois são realmente de chorar no canto da tela. O que vem para provar que ele era um cara de um coração enorme que só queria fazer o bem, fazendo os outros se sentirem bem e, muitas vezes, ele se machuca muito por conta disso. Como quando ele conhece uma maluca nas suas andanças noturnas e se apaixona por ela. Uma das melhores e mais verdadeiras cenas de como a pessoa se sente quando se enamora por alguém. Até cheirar o cabelo da pessoa já é um bálsamo.

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    Quem me conhece sabe que eu sou muito musical, que a minha vida é embalada por uma trilha sonora enorme e em Fallen Angels há momentos incríveis nesse âmbito. Um épico passeio de moto com fundo de “Only You” dos Flying Pickets é uma das coisas mais bonitas da história do cinema e essa imagem não vai sair nunca mais da sua cabeça.
    Wong Kar-Wai mostra mais uma vez sua maestria em fazer com que a gente acumule sensações e esperanças sobre a vida e o amor. Ele nos leva pela mão e as vezes a solta, mas a gente sabe muito bem que quer pra sempre ver outro e mais outro filme desse diretor chines primoroso.

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    Por todos os lados, se bem olharmos, veremos os anjos caídos tentando se encontrar. Assistam. =)

    Hoje teremos Noodles de Legumes para acompanhar o filme. Porque Michele Reis come enigmaticamente uma cumbuca deles em uma cena muito boa do filme, dá vontade de comer, então, vamos comer!

    Noodles de Legumes

    Tempo de Preparação: 20 mins
    Tempo de Cozimento: 30 mins
    Serve: 2 pessoas

    Ingredientes

    • 250 g de macarrão (usei udon)
    • 100 g de brócolis
    • 100 g de cogumelos fatiados
    • 100 g de vagem fatiada
    • 100 g de pimentão amarelo picado
    • 100 g de cebola cortada em cubos
    • 100 g de cebola cortada em cubos
    • 2 dentes de alho pequenos amassados
    • 100 g de cenoura em fatias finas
    • 100 g de repolho fatiado
    • 50 ml de shoyu
    • 1 xíc. de chá de água
    • 1 colher de sopa de amido de milho
    • Sal
    • Pimenta do reino
    • Azeite de oliva
    • 2 litros de água para o cozimento da massa

    Como fazer?

    1. Coloque a água em uma panela para ferver
    2. Cozinhe a massa conforme indicação da embalagem. Escorra.
    3. Em uma panela wok (ou qualquer outra que tenhas) coloque um fio de azeite.
    4. Refogue a cebola e o alho rapidamente. Adicione a cenoura, a vagem e o brócolis e tampe por alguns minutos em fogo baixo. Tempere com o shoyu, sal e pimenta.
    5. Em seguida coloque o pimentão, o repolho e os cogumelos. Adicione 1/2 xícara de água. Mais uma vez abafe com a tampa e deixe cozinhar por uns 4 minutos.
    6. No restante da água adicione a colher de amido de milho e mexa bem.
    7. Acrescente aos legumes esse liquido e mexa por alguns minutos até obter um caldo brilhante e bonito.
    8. Misture a massa já cozida aos legumes, mexa bem e sirva em seguida.
  • Menu Varietà

    Wong Kar-Wai – uma ode à comida.

    Os filmes do diretor chines Wong Kar-Wai têm sempre algum envolvimento com a comida. Seja em cenas passadas em restaurantes ou em um quarto de hotel, até o próprio título de algum filme que tem o ingrediente de uma torta que é mais que protagonista no longa.

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    In the mood for love

    Em uma entrevista, Kar-Wai conta que o filme “In the mood for love” iria se chamar incialmente: “Story about food” – seriam 3 histórias em um filme só, no fim acabou optando por falar só de uma, e ela trataria de duas pessoas comprando noodles em um restaurante, sendo vizinhos em uma pensão.

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    Maggie Cheung e Tony Leung jantando enquanto conversam em In the mood for love.

    O modo como comem, como se comportam durante as refeições, também é uma característica nos filmes. Sempre quer dizer algo.

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    Maggie Cheung

    Em Fallen Angels há uma relação muito clara com a comida. Em todos os momentos de reflexão ou solidão, no canto da tela, os personagens estão envolvidos com algum tipo de comida. Talvez ele quisesse passar uma ideia de conforto. Ele já falou em outras entrevistas que esse estilo de filmar e focar os atores nos cantos da imagem são exatamente para dar aquela impressão de solidão (e que dá).

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    Fallen angels e o macarrão solitário

    Jantar fora no meio de um restaurante tumultuado era motivo para não ver mais nada além daquela pessoa pela qual você se apaixonou. E não é?

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    Takeshi Kaneshiro e muitas guloseimas

    Chungking Express é um elogio à comida. A atendente de lanchonete que se apaixona pelo cliente, um policial que vem todos os dias comprar comida. Como não pensar que a comida aproxima as pessoas?

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    A ajuda que significa muita coisa.

    Nesse mesmo filme, ele retoma a solidão, enquadrando as personagens no canto da tela, mostrando-se pensativos, como nosso querido Takeshi Kaneshiro, enquanto come um hambúrguer do MC Donalds. Não sei se isso foi uma crítica aos fast-foods, mas tudo com a personagem era rápido, fast, efêmero. Pegaram?

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    O suposto Big Mac

    Ao mesmo tempo, temos uma moça muito apaixonada, que confunde pedidos, que conversa com as comidas, enquanto pensa e fala sobre seu amor platônico.

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    Faye Wong em Chungking Express

    “Se o amor tem um prazo de validade, então que dure dez mil anos. …”

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    Tudo tem um prazo de validade…

    Em 2046 (que seria a continuação de In the mood for love) temos muitas cenas envolvendo comidas e restaurantes. A comida simboliza desde a união e descontração com os amigos em um local, ou a solidão de comer um pote de macarrão sozinho em casa.

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    Tony Leung em 2046

    Quem sabe a conquista de um novo amor levando para jantar…

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    2046

    Em My Blueberry Nights o título já faz uma menção à comida. Blueberry. A torta com tais frutinhas era a única que seguia intacta todos os dias até o final do expediente. E será que isso simbolizava o quê? Vejam o filme. 🙂

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    A torta de blueberry

    Todo mundo queria chegar em um café e papear com Norah Jones e Jude Law, né não?

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    Croissants de fundo e um recinto aconchegante. O café de Jeremy, onde ele colecionava chaves de pessoas que tinham terminado relações e estavam ali, em uma espera sem fim, que alguém se arrependesse e viesse buscá-las.

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    Jude Law e Norah Jones no café

    Focos na comida, como se fosse uma personagem a mais na trama. E é.

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    Comida que conforta.

    Happy Together. Os dois namorados que vão embora pra Buenos Aires em busca de emprego, trabalham em bares e restaurantes.

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    Cerveja e mesa de bar. Um gravador para dizer tudo que gostaria.

    A comida tem uma laço muito forte com as relações.  Um se preocupa o que o outro vai comer  – leva o jantar pra casa – ou ainda conhece um grande amigo no ambiente da cozinha.

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    Tony Leung e Leslie Cheung em uma das cenas mais bonitas e poéticas que o cinema já viu.

    A cena de dança mais linda que alguém já pôde filmar dentro de uma cozinha feia (apesar que achei o chão lindo). Você só olha aqueles dois amores dançando e o tango tocando. A cozinha é algo íntimo, é onde a gente deixa entrar os que a gente mais gosta. Não há falsidades na cozinha de casa.

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    The Grandmaster

    Em The Grandmaster temos várias cenas envolvendo a comida. Momentos até decisivos que as refeições servem de coadjuvantes. Assim é Kar-Wai, envolvente e absoluto.The-Grandmasters2

    Bora comer noodles e dançar no meio da cozinha?

    Mais pra frente irei postar os filmes que ainda não estão por aqui, desse mestre da direção e sensibilidade que é Wong Kar-Wai. E foi um filme dele que fez com que eu tivesse a ideia do blog. Nem digo mais nada. <3

  • Drama,  Salgados

    Flores do Oriente & Frango Xadrez

    Já é público e notório que eu sou apaixonada pelo Cinema Asiático. Acho interessante como eles conseguem mostrar os sentimentos de maneira tão absolutamente incrível.

    E assim se fez no filme que falaremos hoje, do querido diretor chines Zhang Yimou, já conhecido por seus dois filmes mais famosos “O clã das adagas voadoras” e “Herói”. Flores do Oriente contou com a participação do incrível Christian Bale no elenco, acredito que para ter maior alcance mundial, pois geralmente não temos atores de outras nacionalidades em produções chinesas. O filme, baseado no livro de mesmo título da escritora Yan Gelling (que foi também a roteirista do filme), teve o maior custo de produção do cinema chines. Cerca de um milhão de dólares.

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    “No outono de 1937, tendo conquistado Xangai…
    os japoneses voltaram os olhos para a capital chinesa, Nanquim.
    Estabelecendo um capítulo negro na história da humanidade…
    mais de 200 mil pessoas perderam a vida…
    em uma impiedosa batalha pelo controle da cidade.
    Sob terríveis condições, pessoas comuns lutaram pela sobrevivência.”

    Bale é John Miller, um agente funerário que foi enviado a China para enterrar um padre em plena tomada do país pelo Japão. Ao chegar ao convento, encontra 13 meninas que ali estudavam. Adolescentes chinesas que estão agora a mercê do exército japonês. No início desse encontro John se monstra amistoso com as regalias, bebidas e conforto que o convento oferece. As coisas começam a se abalar quando um grupo de prostitutas, fugidas do prostíbulo da cidade, invadem o convento em busca de abrigo. As 12 belas mulheres e as meninas entram em alguns conflitos durante o período inicial do filme, pois temos meninas criadas sob uma religião e mulheres ‘da vida’ convivendo no mesmo espaço.

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    A guerra em si é mostrada com muita veracidade por Yimou. As sangrentas batalhas, onde os japoneses são mostrados na sua máxima crueldade são constantes. Até hoje há uma rixa entre os dois países por conta dessa guerra. O exército japonês não poupava ninguém, seja uma doce menina, uma mulher na rua ou qualquer passante. Todos eram eliminados, muitas vezes, com requintes de crueldade.

    A cada minuto passado, vamos nos emocionando com aquelas meninas tão frágeis e a saga desse homem, que estava ali apenas por acaso e que toma pra si a vida de todas essas pessoas em busca de uma fuga ou libertação. É interessantíssimo como é possível retratar a doação do ser humano em prol dos outros em um momento de tamanha tensão, como a guerra.

    Bale surpreende o expectador com uma atuação digna de um mestre, ao defender o convento e todos que ali estavam, tentando ser mais forte que toda a explosão da guerra e os traumas que isso iria deixar.

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    Confesso que fiquei com o coração na mão e muitas lágrimas nos olhos. Os filmes orientais tem esse dom, de nos emocionar, ensinar e fazer com que compreendamos melhor que a vida é muito mais que apenas uma porção de dinheiro ou pensar só em si mesmo. Se doar pelos outros, abraçar uma causa, defender-se de uma guerra (mesmo que metaforicamente) não é algo para qualquer um. Mas deveria ser.

    Frango Xadrez

    Preparo: 60 min
    Serve: 4

    Ingredientes

    • 500 g de peito de frango cortado em cubos
    • 2 cebolas em cubos
    • 1 pimentão verde em cubos 1 pimentão vermelho em cubos 1 pimentão amarelo em cubos
    • 200 g de champignon
    • 2 dentes de alho
    • 1/2 xic. de shoyu
    • Azeite de oliva (cerca de 2 colheres)
    • Sal a gosto
    • Pimentas pretas moídas 1 colher de sopa de maizena diluída em 1/2 xíc. de água
    • 1 colher de sopa de maizena diluída em 1/2 xíc. de água

    Modo de Fazer

    1. Em um panela aqueça o azeite de oliva e refogue o frango até ficar bem corado. Em seguida adicione o alho e a cebola. Deixe dar uma corada de leve, pois tudo tem que ficar crocante. Coloque os pimentões e por último os champignons. Tempere com o sal, a pimenta do reino e por fim regue com o shoyu. Deixe cozinhar por uns 5 minutos, mexendo no meio do tempo. Quando os vegetais estiverem cozidos, mas ainda al dente, coloque a maizena que foi diluída na água e mexa bem por mais 1 minuto. Terás então um caldo mais grosso e brilhante. Está pronto. Sirva com arroz branco ou com o acompanhamento que preferir.
  • Drama,  Salgados

    2046 & Yakissoba de Carne

    Todos que me conhecem sabem do meu amor incondicional pelo diretor chines Wong Kar-Wai. Já falei de filmes dele algumas vezes aqui no Cozinha, sobre os filmes Blueberry Nights e In the mood for love. Não é por acaso que uma imagem do filme estampa o layout do blog. Considero 2046 um dos meus TOP5 filmes de ‘cabeceira’.

    2046 faz parte de uma trilogia. O primeiro filme é “Days of being wild” (no Brasil, Dias Selvagens), seguido de In the Mood for love e por fim 2046.

    Todas as lembranças são rastros de lágrimas.

    Ainda não era grande conhecedora da obra de Kar-wai quando assisti a 2046. Acabei por vê-lo antes dos dois outros filmes, por não saber que se tratava de uma sequência. Confesso que não fez diferença no entendimento do drama e trama. Até acredito que foi melhor ter visto o último antes dos outros.

    2046 é um filme complexo, com fotografia incrível e impecável (temos aqui o último filme com a parceria com Chris Doyle, o melhor diretor de fotografia já visto no mundo, na minha singela opinião), uma trilha sonora que vai desde Nat King Cole a Casta Diva e temos então a sequência da história de vida do Sr. Chow, vivido pelo ator chines Tony Leung Chiu Wai.

    2046 não começa de onde In the mood for love parou. Kar-wai conseguiu em 5 anos de filmagem mudar o filme diversas vezes.

    Década de 60, Sr. Chow está de volta a Hong Kong, onde começa a morar em um hotel. Ele está em frente ao quarto 2046. Está mudado, a vida o transformou em um tipo conquistador quee começa a se relacionar com mulheres que passam em sua vida.

    Ao mesmo tempo que vai a jantas e noitadas de bebedeiras, ele começa a escrever uma história de ficção científica, passado em um trem, com andróides que tem emoções retardadas, onde todos tentam encontrar suas memórias perdidas…a história chama “2046”.

    Temos em metáforas toda a vida dele, seu amor perdido, seus romances do presente, as dores, saudades, esperanças retratados nessa história que se mistura com o filme em si.

    Kar-wai, mais uma vez genial, mistura a ficção com a realidade fazendo com que o filme seja um transbordar de sentimentos e conclusões nem sempre felizes.

    Imagens em preto e branco se mesclam com coloridos intensos das cabines do trem. Sensações de perda e um vazio que só se vai sentir depois de algum tempo, como acontece com as atendentes andróides.

    Por outro lado temos um homem que foi machucado pela vida e resolveu seguir a linha oposta do que sempre foi. Mas não consegue viver assim.

    Lembra que lhe falei que havia uma coisa que nunca poderia emprestar?

    Não é possível se emprestar o amor. O amor não é algo que se possa deixar por alguns instantes com alguém, nem que seja para confortá-la um pouco. 2046 teoriza com o amor. Discute com a gente mesmo sobre o que realmente achamos que ele é. 2046 é dolorido, lindo, marcante e exuberantemente perfeito.

    Desejo, espaço, tempo e memória. Isso é 2046.

    Para comer assistindo o filme eu resolvi que poderíamos ter um prato típico da China, óbvio, pois “nada muda em 2046” e nada mais chinês e amor que Yakissoba. Então vamos lá!

    Yakissoba de Carne

    Prep Time: 60 mins
    Cook Time: 30 mins
    Serve: 4

    Ingredientes

    • 500g de macarrão para Yakissoba
    • 400g de carne vermelha de sua preferência (usei coxão de dentro)
    • 1 dente de alho picado
    • 150g de brócolis cortado em buquês pequenos
    • 100g de couve-flor cortado em buquês pequenos
    • 1 cebola cortada cubos grandes
    • 1 cenoura cortada em tiras
    • 100g de repolho cortada em cubos
    • 150g de champignon
    • 1 xícara de chá Shoyu
    • 1/2 colher de sopa de açúcar
    • 1/2 xícara de chá de água
    • 1 colher de sopa de amido de milho
    • 1/2 colher de sopa de óleo de gergelim torrado
    • 4 colheres de óleo de girassol (ou de sua preferência para refogar)

    Modo de fazer

    1. Cozinhe o macarrão em mais ou menos 2 litros de água fervente. Escorra.
    2. Aqueça uma panela Wok (de preferência) e adicione um 2 colheres de óleo de girassol, jogue o macarrão para fritar por alguns segundos. Reserve. Agora na mesma panela, que já está quente, coloque mais um pouco do óleo e frite a carne. Reserve. Nesse momento você vai fritar os legumes: coloque o alho a cebola, o brócolis, a cenoura, couve-flor e o repolho e os cogumelos. Deixe refogar por uns 2 minutos. Depois disso volte as carnes a panela, junte o shoyu, o açúcar, a água e o óleo de gergelim. Deixe refogar por alguns minutos.
    3. Dissolva o amido de milho em um pouco de água e adicione, mexendo até que engrosse um pouco o molho. Junte o macarrão a panela e sirva em seguida.