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    Flores do Oriente & Frango Xadrez

    Já é público e notório que eu sou apaixonada pelo Cinema Asiático. Acho interessante como eles conseguem mostrar os sentimentos de maneira tão absolutamente incrível.

    E assim se fez no filme que falaremos hoje, do querido diretor chines Zhang Yimou, já conhecido por seus dois filmes mais famosos “O clã das adagas voadoras” e “Herói”. Flores do Oriente contou com a participação do incrível Christian Bale no elenco, acredito que para ter maior alcance mundial, pois geralmente não temos atores de outras nacionalidades em produções chinesas. O filme, baseado no livro de mesmo título da escritora Yan Gelling (que foi também a roteirista do filme), teve o maior custo de produção do cinema chines. Cerca de um milhão de dólares.

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    “No outono de 1937, tendo conquistado Xangai…
    os japoneses voltaram os olhos para a capital chinesa, Nanquim.
    Estabelecendo um capítulo negro na história da humanidade…
    mais de 200 mil pessoas perderam a vida…
    em uma impiedosa batalha pelo controle da cidade.
    Sob terríveis condições, pessoas comuns lutaram pela sobrevivência.”

    Bale é John Miller, um agente funerário que foi enviado a China para enterrar um padre em plena tomada do país pelo Japão. Ao chegar ao convento, encontra 13 meninas que ali estudavam. Adolescentes chinesas que estão agora a mercê do exército japonês. No início desse encontro John se monstra amistoso com as regalias, bebidas e conforto que o convento oferece. As coisas começam a se abalar quando um grupo de prostitutas, fugidas do prostíbulo da cidade, invadem o convento em busca de abrigo. As 12 belas mulheres e as meninas entram em alguns conflitos durante o período inicial do filme, pois temos meninas criadas sob uma religião e mulheres ‘da vida’ convivendo no mesmo espaço.

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    A guerra em si é mostrada com muita veracidade por Yimou. As sangrentas batalhas, onde os japoneses são mostrados na sua máxima crueldade são constantes. Até hoje há uma rixa entre os dois países por conta dessa guerra. O exército japonês não poupava ninguém, seja uma doce menina, uma mulher na rua ou qualquer passante. Todos eram eliminados, muitas vezes, com requintes de crueldade.

    A cada minuto passado, vamos nos emocionando com aquelas meninas tão frágeis e a saga desse homem, que estava ali apenas por acaso e que toma pra si a vida de todas essas pessoas em busca de uma fuga ou libertação. É interessantíssimo como é possível retratar a doação do ser humano em prol dos outros em um momento de tamanha tensão, como a guerra.

    Bale surpreende o expectador com uma atuação digna de um mestre, ao defender o convento e todos que ali estavam, tentando ser mais forte que toda a explosão da guerra e os traumas que isso iria deixar.

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    Confesso que fiquei com o coração na mão e muitas lágrimas nos olhos. Os filmes orientais tem esse dom, de nos emocionar, ensinar e fazer com que compreendamos melhor que a vida é muito mais que apenas uma porção de dinheiro ou pensar só em si mesmo. Se doar pelos outros, abraçar uma causa, defender-se de uma guerra (mesmo que metaforicamente) não é algo para qualquer um. Mas deveria ser.

    Frango Xadrez

    Preparo: 60 min
    Serve: 4

    Ingredientes

    • 500 g de peito de frango cortado em cubos
    • 2 cebolas em cubos
    • 1 pimentão verde em cubos 1 pimentão vermelho em cubos 1 pimentão amarelo em cubos
    • 200 g de champignon
    • 2 dentes de alho
    • 1/2 xic. de shoyu
    • Azeite de oliva (cerca de 2 colheres)
    • Sal a gosto
    • Pimentas pretas moídas 1 colher de sopa de maizena diluída em 1/2 xíc. de água
    • 1 colher de sopa de maizena diluída em 1/2 xíc. de água

    Modo de Fazer

    1. Em um panela aqueça o azeite de oliva e refogue o frango até ficar bem corado. Em seguida adicione o alho e a cebola. Deixe dar uma corada de leve, pois tudo tem que ficar crocante. Coloque os pimentões e por último os champignons. Tempere com o sal, a pimenta do reino e por fim regue com o shoyu. Deixe cozinhar por uns 5 minutos, mexendo no meio do tempo. Quando os vegetais estiverem cozidos, mas ainda al dente, coloque a maizena que foi diluída na água e mexa bem por mais 1 minuto. Terás então um caldo mais grosso e brilhante. Está pronto. Sirva com arroz branco ou com o acompanhamento que preferir.
  • Comédia,  Drama,  Salgados

    Medianeras & Frango com Shimeji

    As solidões do mundo moderno. Os encontros do acaso via internet. Duas pessoas solitárias que queriam amar.
    Mariana e Mártin.
    Ela, uma arquiteta que trabalha como vitrinista e acabou de sair de um relacionamento.

    Então me pergunto…
    Se, mesmo sabendo quem eu procuro, não consigo achar…
    como vou achar quem eu procuro se nem sei como é?

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    Medianeras é um daqueles filmes que te faz sorrir quando chega ao fim. Sério, fiquei uma meia hora revendo o trecho final e sorrindo para as paredes.
    Um filme leve e ao mesmo tempo cheio de profundidade.

    Ele um webdesigner que mora com o cachorro que a ex-namorada nunca voltou pra buscar. Interessante como com o passar do filme vamos nos vendo em alguns trechos. Aquela coisa de escutar uma música linda e ficar suspirando pelo que se queria ter. A esperança é uma coisa que vive dentro de nós, mesmo que nem mesmo percebamos, ela existe.

    Como é possível ser próximo
    de alguém tão diferente?
    É a conclusão estúpida que fica
    de uma relação de quatro anos.
    Quatro anos são 48 meses…
    são 1.460 dias…
    são 35.040 horas
    com a pessoa errada.

    O filme tem cenas hilárias, como quando Mártin vai conhecer uma garota que achou em um site de encontros e a maluca fica falando em francês querendo demonstrar tudo o que sabe. Concluí-se então que: nem sempre a primeira pessoa que se encontra – e tem todas as característica para ser ”a pessoa” – é o que a gente procura em alguém.

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    Concluí que esses encontros são como combos do McDonald’s.
    Nas fotos, é tudo melhor, maior e mais apetitoso.
    Cada vez que vou a um encontro…
    tenho a mesma decepção que vem diante de um Big Mac.

    Mariana também tem suas experiências ao conhecer um cara na natação. Todo um romance no ar…que no fim não dá em nada.

    Seria a hora de desistir? Onde está Wally afinal?

    – ESTOU MUITO TRISTE.
    – Tenho um método totalmente involuntário.
    – Um gene budista que faz meus dias felizes não tão felizes…
    e meus dias tristes não tão tristes.Um termostato da alma.
    – E se o termostato não funciona?
    – Tomo um Rivotril.
    – Não achei que eu fosse rir hoje.
    – Em troca, me faça um favor. A que horas você acorda?
    – Às nove.
    – Passo o meu telefone, você me liga e me anima para ir nadar.
    – E se eu fizer isso agora?
    – Agora não vale. É um trato.
    – Me dê o seu telefone.

    Além de tudo isso, temos uma amostra de Buenos Aires arquitetonicamente falando por si só e uma crítica ao crescimento da cidade. Cidades crescem, pessoas se afastam. Mais ou menos por aí.

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    Esses prédios, que se sucedem sem lógica…
    demonstram total falta de planejamento.
    Exatamente assim é a nossa vida…
    que construímos sem saber como queremos que fique.

    Resolvi fazer uma coisa oriental porque no filme Martin pede comida chinesa em uma de suas tentativas de construir uma relação com uma garota. Achei reconfortante. Vamos lá…

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    Frango com Shimeji

    Prep Time: 15 mins
    Cook Time: 30 mins
    Yields: 18

    O que você vai precisar?

    • 300 gr. de peito de frango em cubos
    • 500 gr. de shimeji
    • 1 cebola grande picada
    • 2 dentes de alho amassados
    • 1/2 pimentão vermelho
    • Cebolinhas verdes fatiadas
    • 1/2 xíc. de shoyu
    • Óleo para fritar (usei de girassol)
    • Sal a gosto (coloque o sal apenas depois de ter colocado o shoyu, sabe como é, ele já salga as coisas)

    Como fazer?

    1. Esquente uma panela (eu usei a Wok, pq é amor!) e coloque um pouco de óleo. Doure o frango. Retire da panela. Leve as cebolas para refogar. Adicione o pimentão. Não deixe cozinhar demais, queremos crocância nos legumes, certo? Coloque agora o shimeji e o alho. Regue com o shoyu e deixe refogar por uns instantes (uns 4 minutos). Junte o frango, misture e tampe a panela por mais alguns minutos. Por fim acrescente as cebolinhas. Acerte o sal. E está pronto! Simples, não? Coisa rápida para poder comer assistindo o filme. Eu gosto de usar um tempero chamado “asian fusion” que tem um mix de especiarias usadas na cozinha asiática, se você achar por aí, recomendo muito usar nesse prato.