• Documentário,  Salgados

    O Mineiro e o Queijo & Pão de queijo de Liquidificador

    “O Mineiro e o Queijo” é um documentário de 2011 que mostra a produção artesanal do queijo em Minas Gerais que foi trazida pelos colonizadores vindos de Portugal nos meados do século dezoito.

    No estado de Minas hoje em dia, a fabricação do queijo é responsável pelo sustento de quase 30 mil famílias. O documentário mostra de forma poética os produtores e sua fabricações, com todo aquele jeito mineiro que não tem como não gostar. Eita gente querida e bonita!

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    Filmado na Serra da Canastra e Alto Paranaíba e dirigido por Helvécio Ratton, o documentário é é também uma forma de protesto contra as leis que prejudicam a produção, já que os queijos de Minas são fabricados com leite cru. No documentário temos a analise de produtores, fabricantes e pesquisadores sobre essa polêmica, que faz com que eles não possam ser ”exportados” para fora do estado.

    Trailer:

    Bom gente, nada melhor que combinar a indicação do documentário com uma receita de pão de queijo né? Porém, trago aqui uma forma mais fácil e prática de fazer pão de queijo, sem perder nem um pouco para o método tradicional: o pão de queijo de liquidificador.

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    Pão de queijo de liquidificador

    Preparo: 30 min
    Cozimento: 30 min
    Rende: 30-40 und

    Ingredientes

    • 4 xic. de polvilho doce
    • 2 xíc. de leite
    • 4 ovos
    • 1 colher sopa sal
    • 1/2 xíc. de óleo (usei de canola)
    • 1 xíc. de queijo parmesão ralado
    • 1 xíc. de queijo muçarela ralado (se vc tiver outro queijo pode usar também, ainda mais se for queijo de Minas!)

    Modo de Fazer

    1. Coloque no liquidificador os ovos, o leite, o óleo e bata. Adicione o sal. Junte o polvilho e bata por mais alguns segundos até que fique totalmente misturado. Em uma tigela, coloque a mistura e adicione os queijos. Misture bem e reserve. (Não gosto de bater os queijos junto no liquidificador porque eles ficam triturados.) Unte forminhas de empada com um pouquinho de manteiga, de muffins ou ainda de cupcakes, coloque massa até a metade e leve ao forno a 200º por volta de 20 minutos. Quando estiverem corados estão prontos.
  • Drama,  Salgados

    A Busca & Feijão Carioquinha

    A Busca é um filme de 2012, dirigido pelo estreante Luciano Moura e protagonizado por Wagner Moura. Fugindo dos esteriótipos do cinema nacional, que em sua maioria trata da violência das ruas ou “comédias”, temos aqui um drama de um pai na busca incessante por seu filho que fugiu de casa.
    Theo (Wagner Moura) é um médico que se separou recentemente da mulher, também médica, Branca (Mariana Lima – que estava incrível na última temporada de Sessão de Terapia – lembram?), os dois tem um filho chamado Pedro (Brás Moreau Antunes – que é filho do cantor Arnaldo Antunes). A primeira parte do filme mostra o caos de um final de casamento, os choques de ideias e possibilidades que deixam com que o menino se sinta dividido e confuso.

    Sempre achei que quanto menos se tem, menos se perde
    E a essa altura, eu só tinha um cavalo
    Um cavalo velho que não servia pra nada.
    Mas aí o meu cavalo morreu…

    Pedro é um artista nato. Desenha cavalos e não quer ir para o intercâmbio na Nova Zelândia que o pai quer pagar. Aquela velha sensação de querer comprar o afeto com alguma viagem, dinheiro ou outra coisa qualquer, que na realidade não substitui nada, apenas faz com que o afastamento seja maior.
    Depois de uma brusca discussão familiar, Pedro resolve fugir de casa. Fingindo que iria passar o final de semana na casa de um amigo, ele vai embora sem deixar muitos rastros. É nesse momento que o médico tão ocupado vira apenas um pai desesperado em busca de seu filho. Theo larga tudo e sai em uma caçada melancólica e de grandes descobertas.

    Achei interessante a construção que os roteiristas deram a história, pois aos poucos ela vai sendo revelada, desde o porque Pedro se foi, até para onde e por qual propósito ele estava indo.
    Temos ainda uma bela participação do fenomenal Lima Duarte no final do filme. Sem sombra de dúvidas é um dos grandes atores brasileiros. Em uma cena emocionante e que transborda sinceridade o filme se encerra e deixa aquela sensação de que precisamos prestar mais atenção nas pessoas ao nosso redor, nossos relacionamentos, nossos sentimentos e deixar de lado as coisas materiais e do dia-a-dia. Quando se está sempre ali, parece normal, só vai fazer falta quando sumir. Pegou? Assistam.

    Algumas pessoas já me perguntaram como que eu faço a conexão dos filmes com as comidas. Na maioria das vezes, no meio do filme, tenho um clic sobre alguma comida que tenha a ver com o assunto, o país de origem, algum ator ou mesmo uma personagem. Em algumas, o filme mostra algum prato e é nele que vou me inspirar. Noutras vezes, como foi o de hoje, eu estava cozinhando e pensando que eu precisava de um filme brasileiro para postar junto com o feijão. Porque não há nada mais brasileiro que um feijão bem feitinho.

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    Feijão Carioquinha

    Tempo Prep: 15 min
    Tempo Coz: 40 min
    Serve: 4

    Ingredientes

    • 500 g de feijão carioquinha
    • 1 cebola picada
    • 2 dentes de alho picados
    • 2 folhas de louro
    • 2 colheres de molho de tomate (opcional)
    • Pimenta do reino moída
    • Sal a gosto

    Mode de Preparo

    1. Coloque o feijão de molho e deixe pelo menos por 6 horas ali antes de cozinhar. Eu costumo deixar da noite para o dia seguinte.
    2. Em uma panela de pressão, coloque o feijão, as folhas de louro e adicione água até dois dedos acima dos grãos. Leve ao fogo por mais ou menos 20 minutos. Abra a panela com cuidado e verifique se já está cozido. Caso ainda não esteja, deixe por mais uns 10 minutos. Se tiver com pouca agua, adicione um pouco mais de água quente.
    3. Em uma outra panela (grande o suficiente para colocar o feijão), refogue a cebola e o alho em azeite de oliva. Adicione o molho de tomate e reserve. Quando o feijão estiver cozido, despeje ele nessa panela com o tempero. Coloque o sal e a pimenta do reino. Deixe agora ferver, em fogo baixo, até que o caldo fique grosso.
  • Drama,  Salgados

    360 & Pastel de Palmito

    Fernando Meirelles para mim é sempre bom. Como não se emocionar no tão conhecido “O Jardineiro Fiel” e na adaptação ao cinema do livro do Saramago “Ensaio sobre a cegueira”? Em “360” temos uma adaptação da peça “La Ronde”, de Arthur Schnitzler.

    Só se vive uma vez. Quantas chances ainda temos?

    Uma mistura de várias histórias e personagens que acabam se chocando no meio da trama. Uma história circular. Alguns pensarão: ah, mas isso já é comum no cinema…porém, vos digo, não com a maestria da direção de Meirelles, que faz com que nada disso fique cansativo e confuso. E o roteiro incrível de Peter Morgan tem claramente, muita importância nisso. Fiquei a me lembrar de “Babel” do Iñárritu, mas achei 360 menos complexo e político que o filme do querido diretor mexicano.

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    Duas irmãs na Áustria que estão juntas em uma curiosa vida: a mais velha resolve se prostituir para conseguir dinheiro e sair da pobreza, enquando a mais nova só a acompanha, sempre lendo livros e demonstrando uma bondade e generosidade que nos encantam. O primeiro cliente de Mirka será o executivo vivido por Jude Law, que por sua vez é casado e mora em Londres com Rose (Rachel Weisz) que está tendo um caso com Rui, um fotógrafo brasileiro (interpretado pelo excelente Juliano Cazarré), que namora Laura (Maria Flor).

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    Laura ao descobrir a traição pega suas coisas e vai embora de volta ao Brasil. No avião conhece John (Anthony Hopkins) que está viajando em busca do paradeiro da filha desaparecida. Em uma das escalas ela acaba por se deparar com Tyler (Ben Foster) que em um papel ótimo, interpreta um ex-presidiário que esteve na cadeira por crimes sexuais. A cena do encontro dos dois é simplesmente incrível, alternando momentos que dá um pânico total e doçura, pelo medo dele não conseguir seguir na reabilitação e cometer algum crime contra Laura, que fica de ir jantar com John e simplesmente vai para o quarto de hotel com Tyler.

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    Com uma trilha sonora impecável o filme vai nos conduzindo e nos prendendo entre todas as histórias. Menção pra lá de honrosa ao Hopkins que está em um dos seus melhores papéis. Contou ele, em uma entrevista, que aquilo tudo foi um pouco da história dele. Em uma cena memorável da reunião do AA, há um monólogo digno de chorar e rir ao mesmo tempo.

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    As coisas ainda dão muitas voltas nas cenas em que temos o tão querido Jamel Debbouze (o eterno Lucien de O Fabuloso destino de Amelie Poulain) interpretando aqui um dentista muçulmano que se apaixona por sua assistente casada. Fica ele então em um impasse sobre a sua religião (que é totalmente contra o adultério) e o amor encantador que ele está a sentir por Valentina (Dinara Drukarova), que por sua vez é casada com um funcionário de um mafioso que contrata a prostituta Mirka para um programa em sua passagem pela cidade.

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    Sergei (Vladimir Vdovichenkov) faz um tipo caladão, que está tentando aprender inglês com aulas de cds e ao mesmo tempo se vê com um problema (que foi o pedido de divórcio da mulher) e sem poder resolver isso, sai para buscar o patrão no aeroporto. Enquanto espera o chefe do lado de fora do Hotel, acaba conhecendo a irmã de Mirka, com quem tem uma sintonia imediata e incrível. E agora, como será o desfecho de todas essas histórias? Ficou curioso? Veja o filme e depois me conte o que achou =).

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    Cruze os dedos por mim. Deseje-me sorte.
    Como eu desejo a você.
    Talvez um dia as bifurcações que pegamos…
    e aquelas outras tomadas antes das nossas,
    nos levem a juntar-nos outra vez…

    Trailer:

    O filme de hoje vai ser acompanhado por Pastel de Palmito. Em homenagem a brasilidade de Fernando Meirelles essa receita que é algo que praticamente só existe no Brasil, e confesso, é um dos meus pastéis preferidos sempre.

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    Pastel de Palmito

    Tempo Prep: 60 min
    Tempo Coz: 30 min
    Serve: 12-15 unidades

    Ingredientes

    • 1 pacote de massa para pastel
    • 1 vidro de palmito em rodelas
    • 1 cebola média picada
    • 1 tomate médio picado
    • 2 dentes de alho
    • 2 colheres de azeite de oliva
    • Sal a gosto Pimenta do reino a gosto
    • 1 colher de vinagre balsâmico
    • 1/2 xic. de água
    • 1 colh de chá de maizena
    • Salsinha picadinha a gosto
    • Queijo Catupiry
    • Óleo para fritar

    Modo de Preparo

    1. Aqueça o azeite e refogue a cebola e o alho. Quando estiverem dourados, acrescente o tomate e o palmito. Deixe refogar em fogo baixo. Agora adicione o vinagre, o sal, a pimenta e mexa cuidadosamente para não destruir os palmitos. Em seguida, misture a maizena na água até dissolver bem e adicione a panela. Mexa tudo até formar um leve caldo grosso, que unirá os itens do recheio. Coloque a salsinha e deixe esfriar.
    2. Coloque um pouco de catupiry em cada massa de pastel, adicione uma colher de sopa de recheio e feche.
    3. Frite em óleo quente, escorra no papel toalha e agora é só servir.