• Doces

    Mousse de Doce de Leite

    Estava eu a pensar o que deveria preparar para sobremesa do aniversário do estimado amor da minha vida, porém, confesso, estava com uma preguiça danada de fazer algo mais elaborado em plena quarta-feira.

    Como ele é um grande amante dos doces, pensei: aquele mousse de doce de leite super facinho e que impressiona no sabor cairia super bem.

    É uma receita com ingredientes fáceis de achar, normalmente a gente até tem eles em casa. Para quem tem leite condensado na despensa, pode cozinhá-lo na panela de pressão por 40 minutos (não esqueça de deixar esfriar BEM antes de abrir a lata), que viram um belíssimo doce de leite. Vai demorar mais um pouquinho, mas pelo menos não precisa ir ao mercado comprar mais nada.

    Então vamos a receita, em 10 minutos você já estará com 4 porções na geladeira para servir mais tarde.

    Mousse de Doce de Leite

    Ingredientes:

    • 400 g de doce de leite
    • 400 ml de creme de leite
    • 12 g de gelatina sem sabor em pó
    • 100 ml de água morna
    • Chocolate granulado ou confeitos para decorar

    Modo de fazer:

    Bata (na batedeira ou com um fouet) o doce de leite por uns 5 minutos. Acrescente o creme de leite bata por mais alguns minutos até ficar tudo bem misturadinho.

    Coloque a gelatina na água morna e mexa até que fique totalmente diluída.

    Acrescente a gelatina a mistura e bata por mais alguns minutos.

    Coloque em potes de sobremesa individuais, salpique com chocolate granulado, em gotas, o que tiveres ou quiseres, leve para gelar por no mínimo 4 horas.

    Sirva bem geladinho.

  • Doces

    Tartelette de Figos

    Trazendo hoje um post coletivo com algumas ideias para adoçar o seu natal!

    Vamos nessa?

    Culinarístico: Pudim de chocotone
    Fica, vai ter sobremesa: Creme de framboesa
    Cupcakeando: Cupcake de Chocolate e Praliné de Amêndoas

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    Tartelette de Figos

    Prep Time: 60 mins
    Cook Time: 30 mins
    Yields: 4

    Ingredientes

    • 250 g. de farinha de trigo
    • 125 g. de manteiga picada
    • 125 g. de açúcar
    • 1 ovo
    • 500 ml de leite
    • 120 g de açúcar
    • 4 gemas
    • 2 colheres de extrato de baunilha
    • Raspas de 1 fava de baunilha
    • 2 col sopa de farinha de trigo
    • 2 col sopa de maizena
    • Figos em calda*

    Modo de Preparo

    1. Massa: Peneire a farinha e o açúcar e misture ambos. Abra uma pequena cova no meio e coloque a manteiga amolecida. Em seguida junte o ovo. Una os ingredientes (sem sovar) até que estejam misturados. Leve a geladeira, envolvido em um filme plástico, por 30 minutos. Após esse período, forre 4 forminhas de 11 cm com a massa, ou ainda se quiser fazer uma Tarte só coloque em uma forma de 30 cm. Leve ao forno a 180º por uns 15 minutos ou até ela ficar dourada. Reserve e deixe esfriando.
    2. Creme de Confeiteiro: Leve ao fogo o leite, o extrato de baunilha e as raspas. Deixe levantar fervura e desligue. Em um recipiente coloque as gemas e o açúcar e bata até atingir uma mistura clara e homogenea. Como uma gemada, sabe? Peneire a farinha e a maizena na gemada e misture bem. Adicione metade do leite fervido e mexa até ficar uniforme. Volte com a mistura para o fogo, incorporando ao resto do leite que estava esperando. Mexa sem parar e deixe cozinhar por mais ou menos 1 minuto. Reserve.
    3. Montagem: Coloque o creme em cima da massa, distribua os figos em cima, regue com um pouco da calda. Deixe na geladeira por, no mínimo, 2 horas. Na hora de servir polvilhe açúcar de confeiteiro em cima.

    Obs:

    *Podes usar figos em calda, o que eu acho mais prático, já que no Natal é uma correria só. Então precisarás de uma lata de figos em calda. Como eu tinha comprado figos frescos resolvi usá-los, então antes de tudo, foi preciso fervê-los por uns 30 minutos em água quente, com um pequeno corte em X no fundo deles. Após isso, faça uma calda com o 1/2 xic. açúcar e 1 xíc. de água, corte os figos em 4 e deixe ferver até que eles estejam macios e a calda tenha reduzido bem. Deixe esfriar bem antes de usar. Açúcar de confeiteiro para decorar.
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    A Partida & Arroz Doce Com Cerejas

    A insustentável leveza das partidas

    A Partida (Okuribito, 2008) é o filme japonês a receber um Oscar em 2009. E o texto começa a partir desta informação não por que os prêmios da academia sejam parâmetro de qualidade no universo das pessoas que fazem este blog – ela compartimenta o mundo inteiro (fora dos EUA) na categoria de cinema estrangeiro e os vencedores costumam ser filmes realizados em países de maioria caucasiana, fatos que, por si, são um atestado de etnocentrismo. Mas, sim, foi a premiação que me fez tomar conhecimento dele.

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    Como participava de um bolão, assisti à cerimônia pela TV e fiquei surpresa ao ver o azarão japonês desbancar a favoritíssima animação israelense Waltz with Bashir – uma bela esquivada americana, não premiando um filme com implicações políticas evidentes. Contradições à parte, Okuribito é um filme que merece ser reconhecido e certamente será apreciado por grandes plateias pois tem todos os elementos que fazem um bom melodrama. Uma bela canção incidental, que por vezes dá “voz” ao sentimento do personagem central, atores sensíveis e expressivos e uma direção que prima pelo intimismo.

    A câmera se coloca como o olho do observador, numa perspectiva que nos faz sentir comodamente sentados naquele canto da sala em que podemos conhecer o entorno das personagens e a intimidade de suas casas. Assistimo onde e o quê comem, os detalhes da porcelana sobre a mesa, onde dormem e se banham, os objetos em sua escrivaninha, os vasos de plantas estrategicamente espalhados, o lugar em que assistem TV e, principalmente, suas ante-salas, fechadas para os rituais restritos aos pequenos círculos de amigos e familiares.

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    Para falar da estranheza da morte numa cultura que a repele, o diretor Yojiro Takita ritualiza a preparação dos mortos para os funerais, nos ensinando a lógica das partidas.

    O filme aborda algumas questões que parecem ser recorrentes no cinema japonês: a valorização do trabalho, a família e a devoção pelo cotidiano. Sua grande qualidade é fazer com que estes três eixos da existência conversem e cheguem a uma conclusão, tendo a morte como cenário. Ao final, percebemos que a fatalidade da vida é trivial como qualquer outra coisa dentro desta.

    E isto acontece quando acompanhamos a trajetória do nosso herói: Daigo Kobayashi. Um rapaz que trocou a cidade pequena pelas grandes possibilidades de Tóquio para realizar o sonho de seus pais: ser um músico notável. Um destino traçado quando, ao três anos, ele ganha do pai um violoncelo.

    Quando, finalmente, se torna violoncelista da orquestra de Tóquio, já em sua primeira apresentação, recebe a infeliz notícia de que, sem patrocínio, a orquestra estava desfeita. Vendo o sonho de uma vida desmanchar diante dos seus olhos, ele percebe, com certo alívio, que talvez ser músico não fosse uma escolha sua.

    Decide recomeçar e propõe a sua esposa Mika (Ryoko Hirosue), uma jovem web designer esfuziante o tempo inteiro, que tentem a vida em sua cidade de origem, onde poderiam morar na casa que sua mãe havia lhes deixado como herança. Com espírito otimista e assumindo a postura cuidadora que a cabe às mulheres nos momentos de adversidade, a moça consente, e segue os rumos do marido.

    E é lá onde ele se depara com a inusual e constrangedora oferta de trabalhar como assistente numa empresa funerária. Emprego que aceita cabisbaixo, também para cumprir sua tarefa de prover o sustento de sua pequena família (sim, estamos falando do Japão, onde a honra do homem é estreitamente associada ao seu papel como provedor e ao desempenho no mundo do trabalho).

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    E o filme nos faz refletir sobre esse “valor” ao nos mostrar uma tarefa depreciada por quase todas as pessoas da trama ser executada com tanta beleza e reverência. A preparação dos cadáveres, com a leveza e o detalhe próprios da cultura japonesa, é uma arte zen, similar aos arranjos florais ou à pintura em aquarela, o que torna mais digno o ato da despedida.

    Daigo faz de seu novo emprego e dessa nova relação com a morte um reencontro com sua própria história. Para isto, no entanto, precisa revirar as caixas tormentosas do passado e realizar as suas próprias despedidas. Junto com ele, aprendemos sobre a importância das coisas simples dessas nossas vidas breves.

    Okuribito é filme para enternecer. Conta com bela fotografia, cenografia bem cuidada e excelentes atores – inclusive os coadjuvantes. E tudo isso ao som de violoncelo.

    Drops:

    :: A idéia original do filme partiu do ator Masahito Motoki, após ler um livro sobre a cerimônia do Noukan (acondicionamento dos mortos).
    :: O título original “Okuribito” significa “enviar pessoas” (no site do imdb:”the sending [away/off] people”) , mas essa palavra não é comumente usada no Japão.
    :: Motoki fez laboratório, atendendo a cerimônias funerárias e também estudou violoncelo.
    :: O filme foi rodado em dez anos.
    :: O diretor estava muito receoso quanto à recepção do filme, já que a morte é um grande tabu no Japão.
    (Esse post foi escrito e publicado originalmente em nosso extinto blog “Quarto 2046” em Maio de 2009.)

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    Arroz Doce Com Cerejas

    Tempo Prep: 60 min
    Tempo Coz: 30 min
    Serve : 4

    Ingredients

    • 1 xíc. de arroz
    • 2 xíc. de água
    • 2 xíc. de leite
    • 6 colheres de sopa de açúcar
    • Raspas de 1 fava de baunilha (depois que tirei as raspas também coloquei a fava para ferver junto – dá um gostinho a mais delicioso!)
    • 1 canela em pau
    • 300 g de cereja fresca
    • 2 colheres de sopa de açúcar
    • 1 colher de sopa de vinagre balsâmico
    • 1 colher de sobremesa de conhaque

    Modo de Preparo

    1. Comece com a calda levando as cerejas em uma panela com o açúcar ao fogo médio. Vá mexendo de vez em quando, até que elas fiquem macias e forme uma calda escura. Isso leva cerca de 5 a 8 minutos. Em seguida coloque o vinagre balsâmico e o conhaque. Deixe por mais um minuto no fogo e desligue. Depois que esfriar, leve a geladeira.
    2. Para fazer o arroz, você deve lavá-lo apenas uma vez. Em seguida coloque para cozinhar em duas xícaras de água. Deixe que cozinhe completamente, em fogo médio, dando uma mexida de vez em quando. Assim que a água secar, adicione o leite, o açúcar, a baunilha, a canela e a fava. Mexa de vez em quando até que tenhas o arroz bem cremoso. É hora de desligar. Deixe esfriar.
    3. Coloque em taças e adicione a calda de cerejas por cima.

    Dica

    Pode ser servido frio ou morninho, com a calda gelada por cima fica uma delícia!
  • Doces,  Drama

    Toast & Torta de Limão

    Toast é uma biografia do chef inglês Nigel Slater.

    Não importa quão ruim fiquem as coisas,
    é impossível não amar a pessoa que fez torradas para você.
    Depois de morder aquela superfície crocante e aquela massa suave
    que fica por baixo e saborear a manteiga
    quente e salgada, você está perdido para sempre.

    Desde pequeno Nigel era um apaixonado pela Gastronomia, escondido embaixo das cobertas se delicia olhando livros de culinária. Enquanto isso, sua querida mãe, não tem a mínima habilidade na cozinha, então faz torradas.

    Quase tudo acaba em torradas na casa dos Slater. Com um pai autoritário e controlador, Nigel não consegue desenvolver as idéias que tem com a mãe, já que ela está doente e não há um apoio do Sr. Slater com os desejos culinários do seu único filho.

    Ao perder a mãe, Nigel tem um novo problema: Ms. Potter. A moça que começa a trabalhar na casa deles é vivida pela sensacional Helena Bonham Carter. De faxineira passa a ser a nova mulher de seu pai.
    Quando ele cresce um pouco mais e começa a cozinhar nas aulas da escola, os dois iniciam uma batalha de quem faz a melhor comida ou sobremesa, disputando assim a preferência do pai que, por sua vez, não aguenta mais comer.

    O filme tem cenas hilárias e outras um tanto quanto emocionantes. Difícil segurar o choro quando o pequeno Nigel dança com o vestido da mãe ao som de “If you go away” (uma versão em inglês da belíssima “Ne me quitte pas”). Aliás, toda a trilha sonora é sensacional.

    O que fazer quando já não se tem mais nada só a vontade de fazer o que se ama? Toast é uma lição de vida, do arriscar, fazer as malas e sair porta afora, apenas com um ideal na cabeça e muita vontade no coração (sim, essa frase ficou clichezão, mas não tenho outra forma de expressar o que senti, haha). E foi assim que Nigel se tornou quem é hoje. Um cara de sucesso e, o mais importante, que ama o que faz.

    Hoje vamos fazer a torta que ele passa o filme todo tentando descobrir a receita. Na verdade eu também passei o filme todo tentando. Foi então que me deparei com algo bem parecido no blog A Cozinha Coletiva (recomendo muito a visita ao blog). Vamos lá?

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    Torta de Limão

    Prep Time: 60 mins
    Cook Time: 30 mins
    Yields: 4

    Ingredientes

    • 250 g. de farinha de trigo
    • 125 g. de manteiga picada
    • 125 g. de açúcar
    • 1 ovo
    • 1/2 xícara de suco de limão siciliano
    • Raspas de 2 limões sicilianos
    • 100g de açúcar
    • 4 gemas
    • 3 colheres de sopa de maizena
    • 1 colher de sopa [15g] de manteiga.
    • 4 claras
    • 200 g de açúcar

    Mode de Preparo

    1. Massa: Peneire a farinha e o açúcar e misture ambos. Abra uma pequena cova no meio e coloque a manteiga amolecida. Em seguida junte o ovo. Una os ingredientes (sem sovar) até que estejam misturados. Leve a geladeira, envolvido em um filme plástico, por 30 minutos. Após esse período, forre uma forma de 22 cm com a massa. Leve ao forno a 180º por uns 20 minutos ou até ela ficar dourada.
    2. Recheio: Complete com água o suco de limão até obter 300 ml. Leve ao fogo com as raspas e o açúcar. Dissolva a maizena em um pouquinho de água e adicione a mistura. Mexa até ferver e engrossar. Retire do fogo e deixe esfriar um pouco. Em seguida despeje as gemas peneiradas batendo rapidamente (para que elas não formem grânulos). Adicione a manteiga e mexa até que fique homogêneo.
    3. Montagem: Com a massa já pré-cozida, adicione o recheio.
    4. Cobertura: Bata as claras em neve bem firmes e adicione o açúcar aos poucos. Você terá um belo merengue brilhante. Espalhe em cima da torta formando um bico. Eu usei o saco de confeitar (eu e ele não nos damos muito bem, mas seguimos tentando fortificar nossa amizade).
    5. Leve ao forno pre-aquecido até o merengue ficar dourado. Depois de fria, leve a geladeira e sirva bem geladinha!
  • Comédia,  Doces

    Crazy, Stupid, Love! & Mousse de framboesa e chocolate

    Assisti esse filme há algum tempo, naqueles dias que a gente tá meio desanimada e quer rir de alguma bobagem pra aliviar um pouco. Confesso que dei mais risadas do que imaginava com Crazy, Stupid, Love – aqui no Brasil: “Amor a toda prova” (não aguento as traduções que fazem para os nomes dos filmes aqui nesse pais).
    O filme começa com um pedido de divórcio de Emily (Julianne Moore) que é casada com Cal (Steve Carell). A partir daí começa a saga de um homem que foi casado a vida toda com a primeira namorada (e tb seu primeiro amor), tem filhos queridos e não sabe como é a vida lá fora no campo das conquistas.
    Em algumas idas dele a um bar (para encher a cara e afogar as mágoas) ele conhece Jacob (vivivo por Ryan Gosling). Jacob é um cara charmoso, lindo, bem vestido e que tem uma carta de conquistas femininas de dar inveja.
    Depois de ouvir as lamúrias de Cal ele resolve ajudá-lo a ”ser um novo homem”. Cenas impagáveis das dicas de Jacob, deles comprando roupas, na academia, no bar…
    Em paralelo temos a história do filho de Cal e seu amor platônico pela babá que é uma graça. Eu sou suspeita pra falar porque sou uma romântica boba.
    Além disso, temos a ótima Emma Stone em um papel engraçadíssimo de uma moça bonita, bem resolvida, que resiste aos encantos do até então ‘charlatão’ Jacob.
    Esse é um filme que vai te fazer rir. E depois concluir que vale a pena deixar o amor acontecer. =).
    A receita de hoje tem tudo a ver com o amor afinal nada mais romântico do que chocolate!

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    Mousse de Chocolate com Framboesa

    Tempo de Preparo: 60 min
    Serve : 4

    O que você vai precisar?

    • 150 g de chocolate meio amargo picado
    • 3 ovos
    • 250 ml de creme de leite fresco
    • 5 colheres de sopa de açúcar
    • 300 g de framboesas

    Como fazer?

    1. Separe as claras das gemas. Bata as gemas com 3 colheres de açúcar até obter uma gemada bem leve. Reserve.
    2. Bata o creme de leite fresco até o ponto de chantilly.
    3. Bata as claras em neve com as 2 colheres de açúcar que sobraram. Reserve.
    4. Derreta o chocolate em banho maria (eu derreto no microondas em potência 50% da máxima, 1 minuto, mexe, depois mais 30 segundos).
    5. Misture a ”gemada” ao chocolate derretido, em seguida junte o chantilly e por fim incorpore as claras em neve.
    6. Em 4 ramequins distribua algumas framboesas no fundo deles. Preencha com a mistura do suflê. Leve a geladeira por 4 horas ou de um dia para o outro, se possível. Quando for servir, decore com framboesas frescas.
  • Doces,  Drama

    Blue Valentine & Torta de limão siciliano

    Eu acho que homens são mais românticos que mulheres.
    Quando nos casamos, é com “A” garota, nós resistimos o tempo todo até
    conhecermos uma garota e pensamos:
    eu seria idiota se não casasse com ela.

    O que falar e o que não falar sobre Blue Valentine? Eu ainda estou me perguntando depois de ter visto o filme duas vezes e pensando em ver mais uma dúzia. Não dá para não comentar que o papel de Ryan Gosling é do tipo de homem que toda mulher gostaria de chamar de seu. Sabe? Aquele homem de verdade, ativo, que pega junto, que pinta a casa e carrega a mudança. Uma das cenas mais tocantes do filme, para mim, é quando ele arranja um emprego numa empresa de mudanças e se preocupa em arrumar o quarto todo do velhinho que está indo de sua casa para um asilo. Ele quer que ele se sinta a vontade ali.

    Por favor, ouça-me. Pode esperar?
    Ouça-me. Pare de limpar.
    Estou pedindo, por favor, vamos sair daqui.
    Precisamos sair daqui.
    Temos que sair desta casa.
    Vamos nos embebedar e fazer amor.

    O filme trata de todos aqueles assuntos que já vimos antes, porém, com uma didática diversificada: aborto, conhecer pessoa, se apaixonar, assumir tudo, não querer mais nada, medo e solidão mesmo se estando junto de alguém. É tudo que todo mundo já viveu ou quase viveu. A realidade é que mostra um homem que, sinceramente, toda mulher gostaria de ter e poucas saberiam valorizar. Assistam, talvez diga algo pra você que nunca imaginou que um filme diria. E tenho dito. Aproveito para comentar que a trilha sonora é uma coisa de doido que vale muito a pena ouvir.
    Vamos a receita? Por que dessa torta com esse filme? Porque apesar de tudo o amor é doce. E essa torta, minha gente, é pra pessoas que gostam de doce mesmo. Com um certo azedinho do limão. =)
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    Torta de Limão Siciliano

    Tempo de Preparo: 60 min
    Tempo de Forno: 20 min
    Serve: 4

    O que você vai precisar?

    • 8 colheres sopa de farinha de trigo
    • 2 colheres sopa de maizena
    • 2 ovos
    • 2 colheres sopa de manteiga com sal
    • 3 colheres de agua gelada
    • 8 colheres sopa de açúcar refinado
    • 1 colher chá de fermento em pó
    • 1 lata de leite condensado
    • 3 limões sicilianos – suco e raspas

    Como fazer?

    1. Comece fazendo a massa, misture a farinha, maizena, 1 colher de açucar e a manteiga. Faça uma ‘farofinha’ esmagando a manteiga com os ingredientes, junte as gemas e a água. Amasse para incorporar todos os ingredientes (não é preciso sovar, só juntar) Forme uma forma de 15-20 cm com a massa (o melhor a se fazer nesse caso é ir colocando com a mão e alisando tudo com uma colher). Leve ao forno por 15 minutos. Para o recheio: Junte ao leite condensado o suco e raspas dos 3 limões mexa bem até ficar um creme homogêneo. Para cobertura: Bata as claras em neve e vá adicionando aos poucos as 7 colheres de açucar que restaram. Deixe esfriar a massa e depois disso coloque o recheio em cima e as claras em neve. Leve ao forno por mais 10 minutos. Eu resolvi usar o maçarico em cima das claras em neve o que deu uma coisa toda glamour! Deixe gelar e sirva.
  • Comédia,  Doces,  Romance

    O fabuloso destino de Amelie Poulain & Crème Brulée

    Amelie morava só. Trabalhava em uma cafeteria e era dona de pequenos prazeres como: fotografar nuvens quando criança e enfiar a mão nos sacos cheios de sementes das quitandas da vida.
    O maior prazer de Amelie era distribuir o amor – e ela era cheia dele.

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    São tempos difíceis para os sonhadores.

    Me lembro exatamente da primeira vez que eu vi esse filme. Eu sorria a cada cena. Na pequena vingança com o vizinho mentiroso na infância. Nas divagações dela deitada na cama, de barriga pra cima, pensando na vida. Ajudando os outros. Levando um cego para passear numa extraordinária demonstração de desprendimento pelo outro.Nino Quincampoix é um caso a parte. Quem nunca quis um amor como Nino Quincampoix que atire a pedra. Um amor simples, sincero, misterioso, até bobo. Aquele que preenche, encanta, abusa da vida e mostra que ”humrum, existe.”.
    Amelie trata de encontros. De nostalgia boa e do velho “fazer o bem sem olhar a quem”.

    Ela parece distante… talvez seja porque está pensando em alguém.
    Em alguém do quadro?
    Não, um garoto com quem cruzou em algum lugar, e sentiu que eram parecidos.
    Em outros termos, prefere imaginar uma relação com alguém ausente que criar laços com os que estão presentes.
    Ao contrário, talvez tente arrumar a bagunça da vida dos outros.
    E ela? E a bagunça na vida dela? Quem vai pôr ordem?

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    O final do filme traz a mesma sensação que a gente sente quando conhece um grande amor. E você é tomado pela plena felicidade “ameliana”. Simples, pura e contagiante.
    É o filme que melhor me expressa, nos meus melhores dias.
    Continuo achando que existe uma Amelie dentro de todo mundo. Só basta deixá-la sair.

    Vamos quebrar a casquinha?

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    Não poderia haver outra receita para postar com esse filme. A minha sobremesa favorita ever é o que vocês vão aprender a fazer hoje: Crème Brulée!

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    Crème Brulée

    Tempo de Preparo: 60 min
    Serve: 4 porções

    O que você vai precisar?

    • 500 ml de creme de leite fresco
    • 75 g de açúcar refinado
    • 5 gemas
    • 1 fava de baunilha
    • Açúcar cristal (para caramelizar)

    Como fazer?

    1. Abra a fava de baunilha, e retire todas as sementes com as costas da faca.
    2. Em uma panela, misture o creme de leite com o açúcar, as sementes e a casca da baunilha. Leve à fervura. Assim que ferver, retire do fogo e aguarde abrandar a fervura.
    3. Despeje essa infusão sobre as gemas, homogenize com um fouet e passe o creme por uma peneira
    4. Transfira o creme para recipientes de louça. Asse em banho maria, em forno a 150 C (inicie o banho maria com água quente, acelera o processo e permite um creme mais aveludado).
    5. Asse até o creme firmar (ao movimentar o potinho, o creme apresenta consistência de pudim). Retire do banho maria, e resfrie.
    6. No momento de servir, polvilhe a superfície com o açúcar cristal e caramelize com o maçarico.
    No meu forno levou por volta de 35 minutos . Quebre a casquinha e seja feliz =)