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    Pão 100% Integral

    Fazia um tempão que eu procurava uma receita ideal de pão 100% integral.

    Outro dia, ao invés de tentar mais alguma FAIL, eu resolvi perguntar no Instagram se alguém tinha uma boa receita.

    Foi então, que minha querida Patricia Scarpin, do blog Technicolor Kitchen, me indicou uma que ela faz, como confio demais nessa pessoa, fui fazê-lo sem pestanejar.

    Eis que obtive um pão muito fácil de fazer (precisa um pouco de paciência entre as fermentações – mas isso ocorre na maioria das vezes que fazemos massas fermentadas, não é mesmo?), fofinho, macio e delicioso. No dia seguinte ele permaneceu com a mesma maciez.

    Vamos a receita?

    Pão 100% integral

     

    receita daqui

    Ingredientes:

    • 1 xícara (240ml) de água morna
    • 2 ½ colheres (chá) de fermento biológico seco
    • ¼ xícara (60ml) de óleo vegetal – usei milho
    • 2 colheres (sopa) de mel
    • 400g de farinha de trigo integral
    • 1 ¼ colher (chá) de sal

    Modo de fazer:

    Coloque a água morna e o fermento na tigela da batedeira (ou em qualquer outra tigela, se você for sovar na mão).

    Deixe lá quietinho por uns 5 minutos, isso vai fazer com que o fermento ‘acorde’ e então se formará uma espuma. Sempre faço isso em todas as minhas receitas de massa fermentada, mesmo que a receita não peça. Acredito que é uma grande ajuda para tudo dar certo.

    Adicione o óleo, mel, farinha e sal, misture com uma espátula ou colher.

    Se for sovar na batedeira, deixe por 10 minutos, com o gancho para massas pesadas (foi o método que usei).

    Caso vá sovar a mão, sove por 15-17 minutos (ou até obter uma massa homogênea, lisa e sedosa, que descola nas laterais da tigela/das mãos).

    Cubra com filme plástico e deixe descansar por 1 ½ horas a 2, dependendo da temperatura que está, pois quando o tempo está mais frio, a massa demora um pouco mais para crescer. Aqui estava um super HELL, então a massa super cresceu em 1 hora e meia.

    Unte com óleo  uma forma de bolo inglês (a minha tem 26 x 11 cm), Patricia indica em seu post que deve ser uma forma com capacidade para 6 xícaras de massa.

    Com a massa já crescida, dê um soquinho no centro da massa para retirar o excesso de ar.  Enfarinhe uma superfície, abra a massa em um retângulo de 30×20 cm e enrole como se fosse um rocambole.

    Ajeite dentro da forma e leve para crescer, com um pano limpo em cima, por mais 40 minutos.

    Quando faltarem uns 15 minutos para o fim dos 40  minutos,  ligue o forno a 200°C.

    Leve ao forno por mais ou menos 30 minutos. Deixe em cima de uma grade (coloquei em cima do fogão mesmo) até esfriar um pouco, retire da forme e deixe esfriar completamente.

    Rend.: 8-10 fatias

  • livro de joyce galvão a química dos bolos
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    Bolo de cenoura com calda crocante de chocolate & A química dos bolos

    Hoje eu vou falar para vocês sobre um livro que virou a minha bíblia de bolos: A química dos bolos, da Joyce Galvão.

    Depois do dia que ele chegou aqui em casa, eu passei a não usar mais nenhum outro livro quando o assunto é bolo.

    A química dos bolos

    Além de ter receitas perfeitas, ele nos dá uma aula teórica sobre como fazer bolos. O porque algumas coisas davam erradas até hoje quando fazíamos um bolo. Quantidades corretas de cada ingrediente, tamanho das formas, como fazer bolos básicos até um belíssimo floresta negra de andares. Tudo isso e muito mais temos nesse livro maravilhoso.

    A química dos bolos

    O livro conta também com preparos básicos da confeitaria, como creme de confeiteiro e buttercream. Depois que aprender toda a teoria, você pode começar a fazer seus próprios bolos. É muito interessante quando você sabe o porque das coisas agindo dentro daquela receita e o resultado que dará. Bolos amanteigados, bolos fofos, bolos de liquidificador, bolos estruturados. Todo o mundo de bolos está lá dentro.

    Para todos que me perguntam se vale a pena comprar o livro, eu nem respiro pra responder: vale cada centavo. Me arrependi de não ter comprado antes.

    Resolvi postar para vocês essa receita do bolo de cenoura, pois ela está disponível no próprio site da Joyce, e também, porque ele foi um dos bolos que eu mais fiz depois desse livro chegar as minhas mãos. É um daqueles bolos que quando você come, fecha os olhos e só pode dizer hummmm! É um bolo sensacional. Macio na medida, cobertura crocante, saboroso e confortante.

    Eu aconselho a todos os seres humanos terem uma balança de cozinha para pesar os ingredientes. Hoje em dia você encontra no mercado até por R$ 20,00. Vale muito a pena, para nunca mais ficar tentando adivinhar se aquela xícara é padrão ou não e acabar se chateando porque a receita deu errado por conta das medidas mal pesadas.

    Vamos a receita?

    Bolo de Cenoura com calda crocante de chocolate

    Receita do livro A Química dos Bolos

    Serve: 15 pedaços

    Rendimento: fôrma retangular de 33x25cm

    Ingredientes:

    Massa

    3 unidades / 370g de cenouras
    4 ovos médios
    1 ½ xícara (chá) / 360mL/ 315g de óleo de milho
    2 xícaras (chá) / 360g de açúcar refinado
    2 ¼ xícaras (chá) / 390g de farinha de trigo (+2 colheres (sopa) / 16g farinha de trigo para polvilhar a fôrma)
    1 ½ colher (sopa) / 18g de fermento químico em pó
    ½ colher (chá) / 3g de sal refinado
    1 colher (sopa) / 12g manteiga para untar

    Cobertura

    1 xícara (chá) / 100g chocolate em pó
    1 1/3 xícara (chá) / 240g açúcar refinado
    ½ xícara (chá) / 120mL água
    1 colher (sopa) / 12g manteiga sem sal

    Modo de Fazer:

    Massa

    1. Preaqueça o forno a 180 °C (temperatura média). Unte com manteiga uma fôrma retangular, com auxílio de papel toalha, fazendo uma camada fina e uniforme. Polvilhe as duas colheres de farinha de trigo e chacoalhe bem para cobrir o fundo e as laterais. Bata a fôrma de cabeça para baixo sobre a pia para retirar o excesso de farinha.

    2. Junte a farinha, o sal e o fermento numa tigela, passando pela peneira. Misture e reserve.

    3. Lave, descasque e corte as cenouras em rodelas desprezando as pontas. Reserve.

    4. Quebre os ovos numa tigela, um por um (para verificar se estão bons), e transfira para o copo do liquidificador.

    5. Junte aos ovos as cenouras cortadas, o óleo, o açúcar e bata até formar uma mistura homogênea (cerca de 2-3 minutos).

    6. Ainda no liquidificador, junte metade da mistura de farinha, bata rapidamente até misturar, desligue, adicione a mistura de farinha restante e bata novamente. Caso o seu liquidificador não comporte, junte a mistura do liquidificador aos secos em uma tigela e misture com o fouet até a massa ficar homogênea e lisa.

    7. Transfira a massa para a fôrma preparada e leve ao forno preaquecido para assar por cerca de 25-30 minutos.

    8. Para saber se o bolo está bom espete um palito no centro massa (não vale ser nas bordas). Se sair limpo, o bolo está pronto e pode ser retirado do forno. Caso contrário, deixe mais alguns minutinhos no forno, até que asse completamente. Enquanto isso, prepare a calda.

    Cobertura

    1. Assim que faltar cerca de 5-10 minutos para o bolo ficar pronto, junte em uma panela média todos os ingredientes e leve ao fogo médio/alto, mexendo sempre com uma espátula.

    2. Quando a calda ferver, deixe cozinhar por aproximadamente 5-8 minutos, sem parar de mexer. Assim que a calda começar a desgrudar do fundo da panela é sinal de que está pronta!

    FINALIZAÇÃO

    1. Corte o bolo ainda quente na fôrma em até 15 porções.

    2. Regue com a calda quente sobre o bolo já porcionado, deixe esfriar e sirva a seguir.

    Dicas da Joyce:

    “Eu gosto de regar o bolo já fatiado, mas ainda dentro do tabuleiro. Dessa maneira a calda escorre pelos cortes umedecendo bem cada pedaço de bolo e aumentando a tentação na hora de comer!

    Caso prefira servir o bolo inteiro faça alguns furinhos na massa com um palito ou garfo e só então despeje a calda quente.

    Se quiser dar um toque diferente ao seu bolo, que tal ao invés de usar uma ganache ou outra calda mais sofisticada, optar pelo uso de especiarias nessa mesma receita? Cumaru, amburana, canela em pó e cardamomo são algumas opções que, com uma pitadinha, podem transformar o bolo de cenoura em um evento!”

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    Salada de Maionese Caseira

    Toda a vez que tem churrasco aqui em casa tem que ter salada de maionese também. Virou um grande sucesso (modéstia à parte) entre os amigos que aqui vem.

    Aqui no Sul ela é chamada de “Salada de Maionese”, mas sei que em outros lugares é conhecida como “Salada de Batata” ou apenas “Maionese” (se tiver algum outro nome, no lugar que moram, me contem, pois adoro saber essas coisas). Tudo isso nada mais é do que uma salada de batatas cozidas com creme de maionese juntando tudo lindamente.

    Há diversas variações, como adição de cenoura cozida, ovos cozidos, milho, ervilha, pepino, cebola, salsinha, cebolinha, porém, aqui em casa a gente gosta da bem simples e tradicional, que leva apenas batata, temperos e cebolinha verde bem picadinha (por mim poderia encher de salsinha, mas o maridão quer ver a morte, mas não quer ver salsinha na frente dele, todoschoraabraçado).

    A salada de batata tem origem alemã, onde é chamada “Kartoffelsalat”. Possui denominações diferentes, dependendo da zona onde se consuma ou seja produzida. Por exemplo, na região do Ruhr, denomina-se Erpelschlut. A tradução da palavra em alemão Kartoffelsalat significa literalmente “salada de batata”.

    Em algumas regiões da Alemanha, é possível encontrar a salada de batata com maionese. Algumas vezes trocam a maionese por iogurte ou nata.

    Gosto de fazer o creme da maionese batida a mão, como eu aprendi com a irmã do meu padrasto, uma tia de origem italiana que eu tive quando era pré-adolescente.

    Sempre fui de me meter na cozinha, no meio dos adultos, e ficar fazendo milhares de perguntas sobre as coisas, como se fazia e queria aprender tudo. Acho que eu sempre gostei de cozinhar, até quando eu não sabia.

    Ela batia a maionese em uma caneca, com um garfo, foi assim que me ensinou.

    Você pode fazer em um prato ou em um pequeno bowl (fiz essa do post em um, inclusive), para poder mostrar bem o modo de fazer.

    O segredo é: nunca adicione mais óleo antes que o que você já colocou esteja todo incorporado na mistura, pois isso pode fazer com que ela desande. E não há nada mais triste do que desandar a maionese.

    maionese caseira
    Maionese

    Salada de Maionese

    Ingredientes:

    500 g de batatas

    2 ovos

    240 ml de óleo de milho (podes usar o óleo que preferir)

    2 colheres de sopa de água

    2 colheres de sopa de vinagre branco (não pode ser usado vinagre de vinho tinto pois desanda a maionese)

    1 pitada de sal

    Pimenta do reino a gosto

    Cebolinha

    Modo de Fazer:

    O passo-a-passo de como fazer, postei no meu Stories do Instagram, inclusive, já seguem a gente por lá? Vou deixar aqui o link para quem quiser ver os vídeos de como eu faço: clica AQUI.

    Coloque um ovo para cozinhar, quando começar a ferver conte mais ou menos 8 minutos. Precisamos de uma gema firme. Descasque, separe a gema da clara e reserve em um bowl.

    Cozinhe as batatas inteiras e sem descascar em água, com um pouco de sal, até que fiquem macias. Retire do fogo, escorra a água e deixe esfriar um pouco, até que consiga segurá-las para descascar.

    É importante que cozinhes com a casca para que ela não absorva muita água, pois queremos batatas cozidas, mas firmes.

    Deixe esfriar completamente e pique as batatas do modo que preferir. Algumas pessoas gostam delas em cubos, outras em rodelas, faça como te faz mais feliz 🙂

    Para o creme de maionese:

    Pegue a gema cozida e adicione a ela uma gema crua. Misture até que fiquem totalmente incorporadas.

    Comece a adicionar um pouco de óleo (mais ou menos 3 colheres por vez) e mexa bem até que esteja todo integrado as gemas.

    Vá repetindo isso até obter um creme liso e amarelo clarinho.

    Adicione então a água, o vinagre, sal e pimenta. Mexa bem e coloque por cima das batatas já picadas anteriormente.

    Envolva todas as batatas no creme de maionese e está prontinha para servir!

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    Todas as Sextas & Picles

    Hoje não falarei de filme, nem série, mas sim de livro.

    “Entendo minha cozinha como um ofício e não como uma arte. O que me move, o que me leva a cozinhar é a vontade de alimentar, nutrir, não busco surpreender e sim satisfazer. Minha história, o meu presente, a música, a minha alegria, a minha vontade de transmitir o que sinto e o que gosto são o meu motor na hora de cozinhar. Respeito e elogio ao produto, por uma cozinha honesta, genuína e de raiz.”
    (Paola Carosella)

    Fazia um tempão que eu namorava o “Todas as sextas”, da Paola Carosella. O livro autobiográfico, contem 94 receitas, por ela escritas e que foram executadas no menu executivo, em todas as sextas, no restaurante dela, o Arturito, em São Paulo.

    Cada receita traz um pouco de história, todas conectadas a sua vida e a evolução dela na cozinha. Ela sempre faz questão de enaltecer o uso dos alimentos frescos, ovos de galinhas com vida feliz, carnes de animais que tiveram uma vida digna, e todo o respeito que se deve ter com os ingredientes.

    Quando ganhei o livro, simplesmente o devorei em alguns dias. Ela vai nos levando, ao longo do prólogo, à toda historia da vida dela. Ela versa sobre quando começou a amar a culinária, quando ela trabalhava quando secretária e se pôs a cozinhar para os almoços que o chefe queria fazer com pessoas importantes. Alem disso, ela nos conta que ficava sozinha em casa, fazendo a janta, enquanto a mãe estava fora estudando, e então fazia apresentações de programas de culinária, para ela mesma.

    Em cada uma das receitas há um pouco de humor e lembranças. Experiências passadas e coisas que aprendeu ao longo da vida. É genial o modo como ela nos leva para dentro da cozinha dela, da vó, da mãe…

    Com uma sensibilidade incrível, ela nos carrega pela mão (e pelo coração) através dos momentos vividos, trilhando esse caminho desde jovem, até onde está hoje. Uma mulher absolutamente incrível e uma profissional reconhecida por seu trabalho e sua força.

    O livro nos fala muito sobre o ato de cozinhar ser um ato de amor, de liberdade, de independência, mas também um ato social. Com a comida que fazemos, o ingrediente que compramos, de quem compramos, como lidamos com ele, para quem servimos, como tratamos as pessoas, tudo isso está interligado com a cozinha. É como um grito de alerta, ainda mais no tempo em que vivemos.

    Quem conhece ela apenas como jurada e apresentadora do Masterchef, não imagina o quanto mais ela é. Ou imagina. Acho obrigatória a leitura desse livro. Um aprendizado tão grande eu tive. Confesso que algumas vezes eu até chorei, sim, eu sou emotiva demais, ainda mais com histórias como a dela.

    Temos ali uma pessoa que passou muitas coisas difíceis na vida, mas nunca desistiu de seu ideal: ser uma cozinheira. Que leva as pessoas o seu amor pelo alimento, que sempre foi quem ela é. Para mim ficou como um aprendizado enorme. Ela nunca teve medo de ir em frente. Ela sempre foi. O que aconteceria depois, só a vida diria. E ela não tinha medo da vida.

    Hoje vou trazer aqui, uma receita de picles de cebola roxa, é deliciosa, e pode ser usada como acompanhamento de todas as refeições. Depois que casei com um alemão, soube o que é o amor por conservas. Vamos lá?

    Ingredientes:

    • 600 g de cebola roxa
    • 2 1/2 xic. de vinagre de vinho branco
    • 2 1/2 xíc. de água
    • 4 colheres de sopa de açucar mascavo
    • 1 pimenta dedo de moça, ou outra que tiveres, desde que seja fresca
    • 1 colher de sopa de pimenta do reino em grãos
    • 1 colher de sopa de coentro em grãos
    • 1 pitada de flor de sal (coloquei sal marinho)

    Modo de fazer:

    Corte a cebola com 1 cm de espessura, pode ser em anéis ou metades.

    Em uma panela coloque todos os outros ingredientes e leve ao fogo até ferver. Acrescente a cebola e deixe ferver por 2 minutos em fogo baixo.

    Retire do fogo e coloque tudo em um vidro. A cebola deve ficar submersa no líquido.

    Deixe na geladeira e após dois dias fica bem gostosa para o consumo.

    Paola conta no livro, que esse tipo de picles vai bem com qualquer outro legume. Fica a dica.