Hoje vou falar do filme Beleza Oculta, que vi na Netflix. Havia algum tempo que uma amiga tinha me dito para assistir e eu, com a minha lista gigante, acabo sempre demorando um pouco para ver algumas coisas.
Resolvi que os posts serão um pouco diferentes de como foram durante anos aqui no blog: eles SEMPRE combinavam um filme ou série com alguma receita. Porém, acho que essa combinação foi uma das coisas que me fez demorar mais para produzir conteúdo para cá com mais frequência.
Nem sempre a combinação existe. Tem filmes ou séries que quero muito contar pra vocês e acabo não postando porque não tem uma receita para casar com eles. O mesmo se dá com alguma receita sem conexão alguma com algo que assisti.
Sendo assim, resolvi que agora vai ser assim: vai ter post só de receita, só de filme ou série, e quando a coisa combinar, vai ter das duas se conectando. Vamos lá então. Negócio é fazer a energia circular e distribuir informações, ideias e opiniões pelo mundo.
Voltando ao filme, a crítica andou detonando bastante Beleza Oculta, acho que esperavam demais dele devido ao elenco. Eu fui de “sangue doce”, como se diz aqui, assisti-lo, ele é dirigido por David Frankel, o mesmo de Marley e eu e O diabo veste Prada (pra mim isso é algo negativo, pois não gosto de nenhum dos dois filmes citados haha!).
Para quem gosta de filmes melosos e dramáticos é um prato cheio, porém, o roteiro deixa a desejar algumas vezes, se perdendo em momentos bem delicados da história. Como se o que foi explicado anteriormente (e as coisas são BEM explicadas, até cansam) não valessem mais nada e a história muda.
Bom, falando de modo livre, sem analisar tecnicamente tudo, é um filme bom para entretenimento. Ele tem alguns conceitos e dogmas que são bem interessantes se aplicarmos em algo fora daquele contexto. A ideia separada é super válida.
O amor, o tempo e a morte. Como lidamos com essas três coisas? O quanto elas são importantes e valorizadas em nossa vida diária?
O personagem de Will Smith, é um publicitário, que foi por muito tempo um profissional renomado e premiado, até o dia que a filha dele morre de câncer e ele meio que pira. Quem pode julgar? Ninguém. Afinal é uma situação bem complexa de se viver, então, só podemos apoiá-lo, não é o que pensaria eu e você?
Ele tem 3 sócios, vividos por Edward Norton, Kate Winslet e Michael Peña. Como ele deu essa pirada depois que a filha faleceu, eles tem a horrível ideia de tirá-lo da sociedade, de uma forma bem podre, ao meu ver. Fiquei muito revoltada com isso. Apesar de achar que todos eles não estão querendo fazer aquilo, mas fazem. É aquela velha história: de boas intenções o inferno está cheio, saca? O mundo dos negócios não respeita luto nem entende depressão.
Fato é que Howard (Smith) envia algumas cartas e uma detetive particular, contratada pelos sócios, acaba interceptando essas cartas e descobre os destinatários. Não eram pessoas. Howard estava mandando cartas para o Amor, o Tempo e a Morte.
Então Whit (Norton) tem a ideia de contratar um grupo de 3 atores para encenar uma farsa: cada um deles seria o destinatário daquelas cartas, e assim, encontrariam Howard na rua e falariam algumas coisas para ele. Tipo uma terapia de choque, ele encontrando seus medos ou dores, porém, eles querem gravar esses encontros, ocultar digitalmente os atores e usar isso para tirá-lo da sociedade. Dá raiva? Muita.
Tenho que dizer que Helen Mirren salva muito do filme em sua interpretação da Morte e também de conselheira de um dos sócios. Keira Knightley tá com a mesma cara e expressão de sempre, ou seja, mais do mesmo. Jacob Latimore é uma grata surpresa do filme. O jovem que interpreta o ator que se faz de Tempo, tem as melhores falas e momentos com a personagem de Smith e Winslet (que também estava mal aproveitada demais na película).
Não costumo falar de filmes que não gostei, mas esse eu não gostei e gostei (aloka), apesar de todas as minha observações e críticas sobre ele.
A ideia da história é boa, talvez você tire algumas coisas positivas dela, assim como eu tirei. Assista.
Trailer:
Opa! Olha quem tá aqui?! hahaha
Entonces, vamos lá…
Eu amei o elenco, achei de peso! O ator que interpreta o “Tempo” foi uma agradável surpresa mesmo, não o conhecia, e gostei bastante.
Sobre a história, poderia ter sido melhor desenvolvida acredito… mas tudo se encaixou. Cada um dos sócios ficou com o a carta que precisava para a sua vida. Cada um pôde refletir e entender um pouco mais sobre o que “faltava” pra eles.
Aquela cena do Will Smith na casa da “terapeuta” me deixou arrepiada, chorei feito criança.
No final, acredito que o amor, tempo e morte eram coisas da cabeça de cada um. A impressão que tenho é que todos passaram pela mesma experiência, mas que essas “coisas” não eram pessoas reais, mas sim aquilo que precisavam encarar e enfrentar, para entenderem o que se passava com o Howard, e também o que cada um estava passando… não se explicar hahahahaha
Mas num todo, gostei!
Beijãozão :*
Paulinha, adorei tuas colocações, me fez refletir sobre algumas coisas que não tinha pensado antes.
A cena dele na casa da ‘terapeuta’ foi bem bonita, apesar de eu ter cantado a pedra antes sobre o que/quem ela era. Acredita?
Obrigada por comentar, sempre bom trocar ideias contigo.
Beijos
Já vi uns pedaços desse filme mas tenho muita vontade de assistir ele completo
Veja! Tem uma boa mensagem =) beijo