Comédia,  Drama,  Romance

Maggie tem um plano

– Se ela realmente ama você, ela irá te amar não importa se você é um escritor ou um lixeiro.
– Você me amava desse jeito, não é?

Faz tempo que não posto filmes aqui, né minha gente? Pois ando falando muito de algumas coisas que estou assistindo  no Instagram, já me seguem por lá? Além de comidas do dia a dia eu posto coisas que assisto e muito muito dos meus cães também. ;P

Minha amiga Dai Dantas ontem me recomendou o filme Maggie tem um plano. Somos fãs de Greta Gerwig (aqui no blog tem outros filmes dela/com ela: Frances Ha e Lola Versus), ela sempre faz personagens que nos identificamos de alguma forma.

Dessa vez Greta é Maggie, uma professora que não consegue muito sucesso em sua vida amorosa, já que seus relacionamentos não duram mais que seis meses. Ela quer muito ter um filho, por isso, opta por fazer uma inseminação artificial. Ela resolve ter uma produção independente pois já está com 30 anos e sem nenhum possível relacionamento duradouro a vista para executar seu plano de ser mãe. Como ela é chegada a um estilo de vida menos convencional, ela resolve não usar um banco de espermas de desconhecidos, opta por pedir que um conhecido da época da faculdade seja o doador. O tal conhecido é nada mais, nada menos que Travis Fimmel (Nosso eterno RAGNAR, de Vikings – juro que dei um grito quando ele apareceu na tela), vivendo Guy, um cara que faz o estilo despojadão, meio hippie, que tem uma fabrica artesanal de pepinos em conserva e era um gênio da matemática na faculdade.

Um belo dia ao ir a tesouraria da faculdade que dava aula, para reclamar que recebeu dois cheques de pagamento ao invés de um só, Maggie conhece John Harding (Ethan Hawke), que é um professor de Antropologia. Ao sair dali, eles começam uma conversa irreverente, comentando sobre a “megerice” da mulher da tesouraria. A partir daí começam a se falar todos os dias, e a sintonia entre eles é algo incrível. John está escrevendo um livro e pede para Maggie ler os manuscritos, ela começa a ler, adorar e opinar. Isso gera uma intimidade entre eles absolutamente bela.

Do livro pulam para a vida, começam a falar sobre suas experiências, amores, desamores, família, e ele conta sobre a mulher dele, que não o apoia, é fria, dominadora e praticamente um demônio (visão dele). A esposa dele é vivida por Julianne Moore. Fabulosa, fazendo um sotaque holandês incrível no papel. Georgette é uma mulher plena, absoluta, uma profissional muito conhecida na área da Antropologia e consagrada em sua carreira. Porém, como podemos ver na cena de um jantar familiar, ela não dá a mínima bola para os dois filhos, Justine (Mina Sundwall) uma adolescente de uns 15 anos e Paul (Jackson Frazer), que deve ter em torno de 8 anos. Enquanto isso, John serve todo mundo, tenta uma conversa amigável, onde a gente vê que ali algo não vai muito bem.

O óbvio acontece: John e Maggie se apaixonam. O que será que vem depois? Não vou contar para não dar spoilers, pois eu acho que cabe aqui a surpresa.

Eu amei Maggie, apesar de ser controladora ( quem nunca?), ela é um tipo de controladora sensível. Que quer fazer tudo para ajudar a todo mundo. O que achei mais interessante é que ela não deixa também de ajudar a si mesma. Ela tem muito claro na cabeça o que quer na vida dela, e faz tudo para conseguir, sem trapaças. Uma personagem real, acolhedora, por vezes, mal entendida, com um coração enorme e uma sensatez absurda.

Não posso deixar de citar o casal de amigos Tony (Bill Hader) e Felicia (a maravilhosa Maya Rudolph – que faz a juíza em The Good Place), com os quais ela tem diálogos incríveis.

Maggie tem um plano é um filme sensível e que encara todas as coisas normais de pessoas normais. Maternidade/paternidade, relacionamentos, traições, amizades, sinceridades, vida real mesmo. Por isso acho que ele agrada tanto e é tão “fácil” de assistir. O filme é dirigido por Rebecca Miller (filha de Arthur Miller), que também assina o roteiro.

 

 

A dona da cozinha.

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