O que dizer quando um filme é tão arrebatador?
Mapa dos sons de Tóquio me perfurou a alma de uma forma que eu sabia que iria mesmo acontecer, já que, a diretora está entre umas das melhores no meu conceito. Isabel Coixet nos faz mais triste em “Minha vida sem mim”, assim como também em “A vida secreta das palavras”. Depois disso ainda assisti a “Fatal”, que acredito ter sido seu último filme antes desse que vou começar, ou já comecei, a falar.
Eu tento não pensar em como as coisas poderiam ter sido diferentes entre eles,
porque agora é tarde demais.
Talvez fosse tarde demais desde o início.
Mapa dos sons de Tóquio conta a história de uma mulher que trabalha no mercado do peixe a noite e é uma assassina profissional nas horas vagas, vejam que contraponto. O filme é narrado por um senhor, amigo silencioso da protagonista, ela é totalmente melancólica, marcada por dores que não são nunca reveladas, ela apenas dói.
Fiquei fascinada por algumas frases que fazem com que tu queiras dar um pause no filme só para ficar pensando muito sobre aquilo.
As pessoas não mudam. As coisas talvez sim. Mas as pessoas não.
O filme me levou as mais óbvias conexões ao cinema de diretores asiáticos. Cenas fenomenais, com uma trilha sonora impecável. Impossível não lembrar de 2046 e a velha conhecida frase “No amor não há substitutos.” , assim como, da viagem pelos vagões do trem que levaria a 2046, quando vislumbramos o quarto de hotel que os amantes se encontram no filme de Coixet é a réplica de um trem. Depois de algumas leituras fiquei sabendo que a diretora é muito fã do cinema de Kar-wai. Me soa quase que como uma homenagem a ele essa película.
Coixet soube usar com maestria a sensibilidade oriental, o espaço de tempo, mostrando a vida como é, os hábitos e as dores que são realmente universais.
Não quero falar muito para não revelar o filme todo, muito menos seu final.
Mais um dos filmes que ficará na minha cabeça para sempre.
Vamos a receita?
Yakisoba de Camarão
O que você vai precisar?
- 150 gr. de brócolis
- 150 gr. de couve-flor
- 01 cenoura grande cortada em tiras
- 1/2 pimentão vermelho
- 1/2 pimentão verde
- 150 gr. de repolho cortado em pedaços
- 200 gr. de camarão miúdo
- 1 cebola grande picada
- 300 gr. de macarrão para Yakisoba
- 1/2 xíc. de Shoyu (aproximadamente)
- 1 xíc. de água misturada com 1 colher de chá de amido de milho
- Sal a gosto (experimente antes de colocar mais sal, pq o shoyu já é bem salgado) 03 colheres de sopa de óleo de gergelim 03 litros de água fervente para cozinhar a massa
- 03 colheres de sopa de óleo de gergelim
- 03 litros de água fervente para cozinhar a massa
Como fazer?
- Coloque a água para ferver em uma panela, quando estiver borbulhando, acrescente o macarrão. Cozinhe por 6 minutos. Pique todos os ingredientes e separe o brocolis e a couve-flor em pequenos bouquets. Coloque no fogo uma panela grande (se não tiver uma Wok, pode ser qualquer panela, obviamente) e leve o oleo de gergelim para aquecer. Acrescente as cebolas, deixe dourar. Em seguida coloque os camarões. Vá acrescentando os legumes. Em seguida regue com um pouco do shoyu e experimente o sal. Abafe a panela com a tampa por alguns minutos, volte a mexer. Os legumes tem que ficar ‘al dente’, não podem ficar moles, porque perde toda a graça do prato. Vá provando e sentindo, quando estiver pronto (pra mim levou coisa de no máximo 10 minutos) junte o macarrão e vá incorporando a ele todos os legumes. Em seguida despeje a água com o amido de milho e misture por uns 3-4 minutos. Tá pronto, pode sentar, pegar seus hashis e saborear esse prato tão difundido em todo a cozinha oriental. Nota: a escolha dos legumes é bem pessoal, acredito que podemos variar bastante, usando o que mais gostamos. Solte sua criatividade e seja feliz =)
Acho que este post merece um parabéns especial!
Excelente Sara!