Filmes

  • Drama,  Salgados

    Tal Pai, Tal Filho & Gyoza de Legumes

    Existem alguns diretores que eu tenho um apego muito forte, um deles é Hirokazu Kore-eda, o qual chamo carinhosamente de “Koreedinha”. Quando esse japonês lança algum filme eu já fico ansiosa no level HARD para assistí-lo. Kore-eda consegue filmar mostrando o dia-a-dia de uma forma poética, as vezes dura, mas sempre muito bela e especial. Ele é um olhar supremo do cinema japonês, na minha humilde opinião. Já falamos de “O que eu mais desejo” dele, aqui no blog. Inclusive, preciso rever a filmografia toda dele e cozinhar para poder fazer posts pra vocês.

    Tal pai, tal filho trata de um assunto bem polêmico: o que faríamos se descobríssemos que o filho que você cria há mais de 5 anos não é seu filho e foi trocado na maternidade?

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    Temos como foco principal o workaholic e arquiteto Ryota. Ele é pai de Keyta, o menino que tem tudo para ser um super sucesso na vida. Tudo é planejado minuciosamente para que o menino tenha a melhor educação possível. Muita rigidez aplicada em uma rotina cansativa para uma pequena criança. O pai quer que o menino cresça já tendo muita ambição e alcance o ápice logo cedo. A família vive bem de grana, com muito conforto em um apartamento agradável. A esposa submissa, que tudo a Ryota reporta, demonstra a dominação do mesmo perante seus familiares.

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    Kore-eda vai nos levando pela mão, contando o outro lado sutilmente: a outra família que teve o filho trocado, vive em um subúrbio, numa casa simples, com mais irmão, tendo uma vida bem mais livre (e um tanto quanto mais divertida). A diferença entre os dois clãs é muito muito clara.

    A partir do momento que sabem sobre a troca dos filhos, as duas famílias começam a se questionar o que será o certo a se fazer. As respostas de alguns porquês são respondidas pela vida. Deve-se mesmo acreditar tão e somente em laços de sangue, por ter a sociedade imposto que isso é o mais forte que se pode ter?

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    O diretor japonês nos faz viajar junto com essas famílias, em uma mescla de dores e descobertas, onde os próprios pais começam a se indagar sobre suas infâncias, passado e o futuro. Como em outros filmes, Kore-eda nos faz questionar a nossa existência, nos fazendo pensar sobre o modo como agimos e o que teremos como consequência disso.

    É um drama bonito e arrebatador, com um final excepcionalmente lindo! Assistam e depois me contem o que acharam.

    Trailer:

    Hoje trarei junto com o filme uma comidinha bem conhecida na culinária asiática: Gyoza! Dessa vez fiz de brócolis com shimeji.

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    Gyoza de Legumes

    Tempo Prep: 60 mins
    Tempo Coz: 30 mins
    Rende: 12 peças

    Ingredientes

    • 1 xícara de farinha de trigo
    • 1/2 xícara de água fervendo
    • 1 colheres de chá de azeite
    • 1 pitada de sal
    • 150 g de shimeji picado
    • 150 g de brocolis picados
    • 50g de nirá (cebolinha japonesa) picado
    • 4 colheres de sopa de shoyu
    • 1 colher de sopa de óleo de gergelim torrado
    • 1 colher de sopa de caldo de gengibre ralado
    • 1 dente de alho ralado 1 colher de azeite
    • 1 colher de azeite
    • Óleo e água quente para a fritura/finalização

    Modo de Preparo

    1. Comece preparando a massa, coloque a farinha, o sal e o azeite em um recipiente e em seguida vá colocando a água fervendo. Mexa com uma garfo para não queimar as mãos, até que esfrie um pouco e possa sovar. Sove bem por alguns minutos até obter uma massa bem lisinha e uniforme. Deixe descansar por 1 hora.
    2. Enquanto isso vamos fazendo o recheio: refogue o alho no azeite, adicione o shimeji e o brócolis picados. Tempere com o shoyu, o oleo de gergelim e acrescente o gengibre ralado. Refogue bem, até ficar tudo macio e reserve, deixando esfriar antes de rechear os pasteizinhos.
    3. Abra a massa em uma superfície enfarinhada, até que tenha uns 2 mm de espessura. Com a ajuda de um cortador redondo (usei um copo) vá cortando os círculos. Coloque um pouco de recheio no centro de cada círculo e vá fechando fazendo pequenas pregas.
    4. Aqueça uma frigideira com duas colheres de sopa de óleo e doure a base dos gyozas. Em seguida regue com água quente até cobrir 1/3 do pastel e tampe imediatamente, deixando até que seque toda a água.
    5. Arrume os pastéis no prato, colocando a base voltada para cima Muito amor envolvido <3 Sirva ainda quente acompanhado de shoyu.

    Como podem notar tive uma ajudante no processo:

    Aqui tem um post bem legal da Marisa Ono para aprender a fechar os gyozas.
  • Comédia,  Drama,  Salgados,  Suspense

    Relatos Selvagens & Batata a Cavalo

    Relatos Selvagens é um daqueles filmes que te dá uma espécie de catarse. O filme de 2014, dirigido por Damián Szifron, traz 6 histórias de um dia de fúria. Sabe aquele dia que tudo dá errado e você simplesmente toca o terror porque a vida já deu tudo o que tinha que dar e está ainda te pedindo paciência? Pois é, todos já passamos por isso.

    Filme isto, Nestor!
    Nestor, filme isto, por favor!
    (Romina, melhor louca)

    Confesso que terminei de assistir o filme com aquela sensação de simplesmente ”não sou obrigada” a passar por algumas coisas na vida e dá vontade de falar altas verdades para quem merece ouvir. Surtos a parte, digo: ASSISTAM.

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    São 6 histórias distintas. Tudo começa com uma viagem de avião onde de repente, todos os passageiros se dão conta que conhecem uma pessoa em comum. Como assim? isso só poderia ser uma armadilha. E é. Esse começo do filme, com final incrível, já te faz dar pulos da poltrona de emoção.

    Na sequência temos o episódio do restaurante (do qual saiu a receita do post), onde um homem chega no estabelecimento vazio em uma noite chuvosa. Ao avistar o moço, a garçonete se dá conta que é o mesmo homem que arruinou sua família há alguns anos. Ele não lembra dela, porém, ela nunca o esqueceu.

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    Grande atuação da cozinheira, interpretada por Rita Cortese, que dá um show de vontade de vingança ao querer colocar veneno nas batatas, contrariando a moça que, apesar de ter muito ódio do cara, ainda preserva uma certa noção da vida. O que será que ela fez?

    Ainda temos uma história de um pai que tenta salvar o filho que cometeu uma atrocidade, atropelou uma grávida e não prestou socorro, fugindo com o carro ensanguentado da família. Num ato de covardia, ele resolve fazer uma oferta ao caseiro para que assuma a culpa do ato. Será que ele aceitou?

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    Para mim, a história mais angustiante foi a que mostra em uma estrada, um homem com um carro importado, pelo que vemos um executivo cheio da grana, que se irrita ao passar por um outro motorista, que com seu carro velho fica fazendo zigue-zague na pista, o impedindo de ultrapassar. Fato é que ele xinga muito o cara, com palavrões e gestos humilhantes, finalmente passa a frente dele e vai embora. Ele só não esperava que o pneu do carro dele furaria logo mais a frente. O que acontece depois disso é uma das cenas mais tensas que já vi em um filme.

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    E Darín? Cadê Ricardo nessa história toda? Darín, interpreta Símon, um engenheiro de demolições que tem seu carro guinchado exatamente no dia do aniversário da filha, ao estacionar o mesmo em frente a confeitaria que foi buscar o bolo para a festinha. Aqui temos a personificação de um Michael Douglas argentino em “Um dia de fúria”. Ele perde o aniversário da filha, a mulher pede o divórcio e o carro dele é guinchado novamente. Revoltado contra o sistema robótico dos atendentes do centro de transportes, Símon bola um plano para se vingar de toda essa burocracia infeliz. Não esqueçam que ele é engenheiro de demolições com explosivos. Imaginem o que pode ser feito com isso.

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    Por fim temos o casamente de Romina. Seria o evento perfeito se, no meio da festa, ela não se desse conta que a moça que está em uma das mesas, onde só tem colegas de trabalho do noivo, está a dona do telefone que ela viu no celular do noivo e desconfiou certa vez. Depois de uma sagaz ideia de ligar para o número e vê-la atender, Romina tem um surto totalmente freaking out e começa a fazer do casamento uma grande celebração de verdades.

    Beirando a loucura, Romina com muito humor negro e ironias faz da própria festa um momento de horror total. Será que serão felizes para sempre mesmo assim?

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    “Papas a caballo” é uma receita típica da culinária argentina. Essa receita surgiu no bairro de Chacarita, onde estava a primeira fábrica de geladeiras gás que existia no país. Como os trabalhadores eram muitos e tinham bastante fome, a cozinheira resolveu fritar muitas batatas e ovos para serví-los. Quando eles chegaram ao refeitório ela resolveu colocar os ovos fritos em cima das batatas e assim surgiu o prato. Eu nunca tinha comido isso assim e confesso para vocês que é uma delícia.

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    Batatas a cavalo

    Tempo Prep: 90 min
    Tempo Coz: 30 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • 400 g de batata asterix (compre as maiores que achares)
    • 1 litro de óleo (usei canola)
    • 2 litros de água
    • 2 ovos (ou mais, se quiseres!)
    • Sal e pimenta do reino

    Modo de Fazer

    1. Coloque uma panela com água no fogo para ferver. Corte as batatas em palitos grossos e vá colocando elas em uma travessa cheia de água para não escurecerem. Quando a água estiver fervendo, coloque as batatas e deixe por 5 minutos. Retire, escorra e coloque em uma travessa que possa ir ao freezer. Leve as batatas ao freezer por 1 hora.
    2. Aqueça o óleo em uma frigideira de bordas altas. Adicione pouca quantidade de batatas por vez. Deixe corar, retire e coloque em um papel toalha. Salgue. O segredo é também não ficar mexendo muito nelas antes que criem a casquinha gostosa.
    3. Frite o ovo, como de costume (eu uso pimenta do reino e sal para temperar), acomode as batatas em um prato e o ovo em cima delas. Agora é só comer!
  • Drama,  Salgados

    Les Adoptés & Risoto de Camarão

    Les adoptés é um filme de 2011, dirigido e estrelado por Mélanie Laurent. A mocinha francesa não decepcionou nem um pouco na direção de seu primeiro longa.

    Marine (Marie Denarnaud) e Lisa (Mélanie Laurent) são irmãs inseparáveis, mesmo não tendo laços de sangue, já que Marine foi adotada, elas compartilham a vida uma com a outra quase como uma dependência. Porém, não é uma coisa ruim, na verdade é muito bonita a relação. Juntamos a isso o filho de Lisa, Léo, um garoto fofo que adora fazer programas culturais com a tia todas as terças. Eles escutam música clássica enquanto morrem de rir dedilhando um piano imaginário. Me apaixonei pela criança, você também vai, quando assistir.

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    Nós não somos o que sonhamos.
    Mas estamos indo bem.
    Nós rimos, nos divertimos, aprendemos, somos curiosos, desapontados, nervosos, empolgados, criativos.
    Nos entediamos, nos divertimos, avançamos, cometemos erros. Isso é…é feio.
    Nós florescemos. Estamos vivos!
    E todos vivemos juntos…
    E só se tem uma vida!

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    Tudo muda quando Alex (Denis Ménochet) adentra a livraria que Marine trabalha. A paixão entre os dois é imediata. Sorrisos que não se pode conter, convite para sair, tudo muito rápido. Ali começa um namoro com muita química e velocidade recorde.

    O que ocorre é que isso abala um pouco a relação das irmãs. Lisa que estava acostumada a ter sempre a irmã perto, não aceita ela estar tanto tempo junto com Alex e pouco com ela.

    Em um dia de chuva, Marine sai correndo da livraria, distraída e eis que é atropelada por uma moto.

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    No hospital o médico diz que ela está no grau 3 do coma. Não se sabe o que vai acontecer. É nesse momento que Lisa e Alex se aproximam, junto com a mãe delas e o pequeno Leo, fazendo tudo para que Marine volte a vida.

    É um filme poético, doce, com uma fotografia incrível, trilha impecável e atuações que te arrancam as lágrimas em vários momentos.

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    Para mim, um dos melhores filmes que vi esse ano. Vale cada minuto.

    Trailer:

    Para acompanhar o filme, trago pra vocês um risoto de camarão delicioso, receita do Jamie Oliver. E o que isso tem a ver com o filme? Nada. Porém, acharia eu poético servir esse prato antes ou depois do filme, para quem se ama ou se está enamorado. Pois esse é um filme que fala de vários tipos de amor. E das mais belas formas.

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    Risoto de Camarão

    Tempo Prep: 60 min
    Tempo Coz: 30 min
    Rende: 4

    Ingredientes

    • l litro de caldo legumes
    • 3 colheres (sopa) de azeite de oliva de boa qualidade
    • 2 cebolas médias picadas bem fino
    • Sal e pimenta-do-reino
    • 2 dentes de alho fatiados ou uma colher de alho ao óleo
    • 400 g de arroz para risoto
    • 100 ml de vinho branco seco
    • 70 g de manteiga sem sal
    • 85 a 100 g de queijo parmesão fresco ralado
    • 300 g de camarão grande limpo
    • Hortelã fresca picada a gosto (não coloquei pq não tinha)
    • Manjericão fresco picado a gosto
    • 200 g de ervilhas frescas
    • Suco de 1/2 limão siciliano
    • Sal e pimenta do reino a gosto
    • Azeite de Oliva

    Modo de Fazer:

    1. Em uma frigideira anti-aderente, refogue os camarões no azeite de oliva por alguns minutos. Em seguida acrescente a ervilha. Tempere com sal e pimenta do reino. Reserve.
    2. Agora faça o risoto, aqueça o azeite em uma panela, refogue a cebola e quanto estiver dourada coloque o alho picado. Adicione o arroz e mexa por um minuto. Jogue o vinho branco e sgiga mexendo até que evapore o liquido.
    3. Vá adicionando de concha em concha o caldo de legumes, quando estiver quase secando, adicione mais caldo, até terminar. Esse processo leva em média 20 minutos.
    4. Tempere com sal e pimenta, desligue o fogo.
    5. Coloque os camarões e ervilhas nele e finalize com o suco de limão, o queijo e a manteiga. Mexa bem. Acrescente o manjericão rasgado (e a hortelã, caso use) e sirva em seguida.
  • Comédia,  Doces

    Chef & Coulant de Chocolate

    Chef é um daqueles filmes que te deixa alegre. Mesmo. Desde a trilha sonora EXCELENTE, tem cores lindas, com uma fotografia caprichadíssima que te deixa com agua na boca.

    Jon Favreau ficou famoso pela sua direção em O homem de ferro e jamais imaginaríamos que ele criasse um filme tão apetitoso como esse, ainda mais atuando como protagonista. Ao contrário dos filmes de Woody Allen, é muito bom ver o diretor na tela (sim, tive que alfinetar, não resisto).

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    Coulant de chocolate não é um bolo pouco assado,
    não é isso que deixa o centro mole.
    Você pega ganache congelado, põe no meio da massa,
    então o lado de fora assa e o meio derrete.
    Derretido, está vendo? Derretido, imbecil!
    Você não faz nada, o que faz?
    Você senta, come e vomita as palavras
    Para fazer as pessoas rirem.
    Sabe como trabalho duro?
    Sabe como meu pessoal trabalha duro?
    Nos sacrificamos para te agradar e você fica aí jogando
    tudo isso na minha cara?

    Para os amantes da culinária o filme é, literalmente, um prato cheio. Eu fiquei em dúvida em qual receita eu faria para o post, então resolvi ficar com o Coulant de chocolate que deu maior polêmica dentro da película e me deu uma água na boca enorme. As pessoas acham que é um simples petit gateau, mas não minha gente, isso é além de todos os bolinhos com miolo mole que vocês já comeram na vida. Confesso que ultrapassou meu amor pelo Crème Brûlée que era, até então, a minha sobremesa favorita da vida.
    Bom, vamos ao filme?

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    Casper é um chef que trabalha em um restaurante e, na real, já está de saco cheio de seguir o menu da preferência do dono Riva (Dustin Hoffman). Ele não pode ser criativo, não tem espaço, não tem um momento verdadeiro com o chef. No dia que um blogueiro e crítico de restaurantes vai novamente ao seu local de trabalho e começa a criticar via Twitter a comida dele, ele se indigna e vai até a mesa do mesmo e escancara geral sua indignação (leia o fragmento do começo do post). Naquele momento ele vê que aquela vida ali não era mais pra ele. Não era possível criar, ser ele mesmo e ainda por cima ter que aguentar críticas bestas sobre a sua comida.

    Ponto alto para a relação dele com o filho Percy, um guri mais fofo do mundo, que introduz o pai as redes sociais. Em menos de algumas horas, depois do bapho com o crítico ele atinge mais de 2000 seguidores e milhares de compartilhamentos. Ao contrário do que imaginou, ele é demitido. Então começa a saga por sobreviver.

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    Ele então aceita a ideia da ex-mulher (vivida pela LINDA da Sofia Vergara) de montar um food-truck. Ele vai até Cuba e encontra o homem de ferro, brincando, mas é, ele encontra Marvin, vivido por Robert Downey Jr., que o ajuda a realizar o projeto. Não é nada fácil como vocês estão pensando. O tal caminhão está PODRE, precisa de uma baita limpeza, ajuste, decoração, equipamentos, é então que surge o amigo que trabalhava com ele no restaurante para ajudá-lo.

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    Amizade é coisa linda, né gente? Eu confesso que dei uns 2 gritos de alegria quando vi Martin (John Leguizamo) chegando. O nome do food-truck é Cubanos e a especialidade da casa é um sanduíche de carne de porco agridoce, que você pode aprender a fazer nesse link.

    E vamos assim nesse clima, acompanha:

    Depois de uma baita pesquisa na internet cheguei nesse blog que peguei a receita.

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    Coulant de Chocolate

    Prep Time: 15 mins
    Cook Time: 30 mins
    Yields: 18

    Ingredients

    • 15ml de água
    • 50ml de creme de leite fresco
    • 15g de manteiga sem sal
    • 30 g de cobertura meio amarga
    • 1 pitada de sal
    • 3 gemas
    • 3 claras
    • 50 g de açúcar refinado
    • 60 g de manteiga sem sal
    • 150 g de chocolate meio amargo
    • 20 g de farinha de trigo

    Modo de Preparo

    1. Vamos começar pelo recheio, que deverá ser congelado em forminhas de gelo. Ferva o creme de leite com a água. Derreta o chocolate com a manteiga no microondas (levou uns 50 segundos em 70% de potencia). Junte tudo, adicione a pitada de sal e coloque em forminhas de gelo. Leve pro freezer.
    2. Agora, meus caros, pegue forminhas de muffin ou ramequins e unte com manteiga. Coloque papel manteiga dentro deles e unte novamente. Leve ao freezer.
    3. Para a massa, misture as gemas com o açúcar. Reserve. Derreta o chocolate com a manteiga no microondas. Em seguida misture as gemas com o açúcar ao chocolate. Bata rapidamente para a gema não cozinhar, mas também nem tão rápido para que não entre muito ar. Junte as claras e por ultimo a farinha.
    4. Bom, agora pegue as forminhas que estão no freezer e coloque metade da massa em cada uma. Leve ao freezer de novo. Espere mais ou menos 30 minutos, dependendo da temperatura do seu, até que ela fique congelada. Após isso você vai adicionar um quadradinho do recheio em cada potinho. Cubra com o restante da massa e leve ao freezer novamente.
    5. Você vai tirar os bolinhos de lá quando for assar, alguns minutos antes de servir. Com o forno a 200 graus, já pre aquecido, leve os bolinhos por cerca de 20 minutos para assar.
    6. Desenforme e sirva ainda quente com sorvete.
  • Drama

    Azul é a cor mais quente & Espaguete à Bolonhesa

    Azul é a cor mais quente, baseado na HQ homônima de Julie Maroh, é a história de Adèle (Adèle Exarchopoulos), uma adolescente que está descobrindo sua vida, tanto sexual quanto afetiva. Dirigido genialmente por Adbellatif Kechiche (que já vimos em O segredo do grão) o filme começa com o início da vida sexual de Adéle, onde ela conhece um garoto no colégio e começa a namora-lo. O que ela não esperava é que cruzar na rua com uma menina de cabelo azul a faria despertar para o que ela realmente gostava: de garotas. Adèle então resolve ir a um bar GLS e lá encontra Emma (Léa Seydoux) e uma mistura cósmica de cabelos e olhos azulados. É então que começam uma amizade, que as leva ao parque, conversas, referências e sorrisos de canto de boca.

    Somente o amor irá salvar o mundo. Por que eu teria vergonha de amar?

    Adèle tem certeza do que quer agora. Os anos passam e já temos as duas juntas, casadas. Com uma felicidade boa elas vão vivendo a vida explorando o melhor da relação. Para os conservadores de plantão já aviso que as cenas de sexo são intensas e muito bem filmadas. Mostram exatamente a descoberta dos corpos e sensações, confesso que achei um dos filmes que melhor filmou isso. É como se fosse um rito de passagem entre a adolescência e a vida adulta de Adèle.

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    Kechiche dirige com planos focados nos rostos e sorrisos. O sorriso das duas tem muito significado em cada cena. Assim como a dor. Explanando de uma forma espetacular a passagem do tempo e dos relacionamentos, o diretor vai nos conduzindo bem de perto para o que elas querem de suas vidas. Por um lado temos Emma tão decida e livre, de outro temos uma Adèle que já sabe o que quer, mas ainda não sabe como lidar com isso.

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    O filme é um desfile de belas imagens e conversas francas, rodeado de diálogos intensos e significativos. Acho que ele soube explorar bem um filme com temática GLS, porém, sem ser um conteúdo vazio ou apenas sexual. Pontua bem os problemas com relação a revelar ou não à família, estar entre amigos que sabem, no trabalho o medo de assumir, essas coisas que a maioria das pessoas passam. É um filme libertador dentro do tema no cinema mundial. Além de tudo, o filme é pura poesia. Do amor à dor é possível se encantar com o modo como tudo é mostrado. Mais do que merecida a Palma de Ouro em Cannes.

    Trailer:

    Na primeira vez que Adèle leva Emma a sua casa, o pai dela faz um espaguete a bolonhesa sensacional. A cena da refeição te deixa com vontade de ir correndo para cozinha e preparar um. Depois, quando estão já morando juntas e dão uma festa em casa, Adèle prepara o mesmo espaguete para todos os amigos de Emma, que comem com louvor. Por isso é essa a receita que acompanha o filme hoje: espaguete à bolonhesa.

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    Espaguete à Bolonhesa

    Tempo Preparo: 60 mins
    Tempo Cozimento: 30 mins
    Serve: 4

    Ingredientes

    • 2 colheres de sopa de azeite de oliva
    • 1 kg de carne moída
    • 4 dentes de alho picados
    • 2 cebolas pequenas picadas
    • 1 colher de sopa de orégano
    • 1/4 colher de chá de pimenta calabresa seca
    • 1 colher de sopa de sal
    • 1 e 1/2 xícaras de água
    • 3 latas de tomates pelados
    • 2 colheres de sopa de extrato de tomate
    • 1/4 colher de chá de noz-moscada
    • 2 colheres de sopa de manjericão
    • 1/4 xícara de creme de leite
    • 1 pacote de espaguete
    • 1/2 xícara de queijo parmesão ralado

    Modo de Preparo

    1. Comece aquecendo uma panela com o azeite e coloque a carne para refogar. Quando a carne estiver corada, junte a cebola e em seguida o alho. Deixe que fiquem transparentes. Tempere agora com a pimenta, sal, orégano, adicione o extrato de tomate, os tomates pelados e a água. Deixe em fogo baixo até encorpar. Coloque o macarrão a cozinhar em uma panela de água fervente, como de costume, ou como manda a embalagem da marca que você escolheu. Para finalizar o molho, desligue o fogo, adicione o creme de leite, a noz-moscada e o manjericão. Mexa e coloque o molho na massa escorrida e sirva com bastante parmesão ralado.
  • Drama,  Sem categoria

    Only Lovers Left Alive & Cheesecake de Morango

    Que te dizer? Que te amo, que te esperarei um dia na rodoviária, num aeroporto, que te acredito, que consegues mexer dentro-dentro de mim? É tão pouco. Não te preocupa. O que acontece é sempre natural – se a gente tiver que se encontrar, aqui ou na China, a gente se encontra. Penso em você principalmente como minha possibilidade de paz – a única que pintou até agora, “nesta minha vida de retinas fatigadas”. E te espero. E te curto todos os dias. E te gosto. Muito.”, Caio Fernando Abreu

    Acho que prefiro me lembrar de uma vida desperdiçada com coisas frágeis, do que uma vida gasta evitando a dívida moral. E me perguntei a que me referia com coisas frágeis. Parecia um belo título para um livro de contos. Afinal, existem tantas coisas frágeis. Pessoas se despedaçam tão facilmente, sonhos e corações também, Neil Gaiman

    Jim Jarmush, diretor de Amantes Eternos (Only Lovers Left Alive, Reino Unido-Alemanha, 2013) parece ter lido Caio Fernando Abreu e Neil Gaiman. E ter escrito o roteiro de seu filme preso num conto escrito nos anos 1980 ou numa história em quadrinhos repleta de referências à literatura gótica, poesia romântica e às canções tristes. A sua história lembra os personagens urbanos e noturnos varados de amor e solidão destes dois escritores. Reflete também uma era da música e uma visão existencialista do mundo. Os amores são doídos nesse filme.

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    Demais até, para que se tolere a rotina de viver sob o mesmo teto todos os dias, enquanto se morre lentamente. E ainda incorrem no segundo pecado de serem personificados nos pálidos e longilíneos corpos de Tilda Swinton e Tom Hiddleston. Adequados em sua magnífica estranheza à sedutora mitologia dos vampiros − metáfora recorrente da inutilidade das paixões nessa frágil vida.

    Only lovers left alive. Portanto, compreende-se desde o início que trata-se de uma história de escolhas e perdas. O filme é sombrio como a poesia de Poe. Romântico como os versos Byron e perturbadoramente sensato, como a ficção de Mary Shelley – todos citados em algum momento da trama. E conta a história de dois vampiros contemporâneos. A luminosa Eve e o obscuro Adam. Um músico trancafiado num prédio repleto de quinquilharias em Detroit. Uma andarilha das vielas rochosas do Tanger. Ele, introspectivo, triste. Ela, luminosa, abrasiva. Ele com seus discos. Ela com sua cama de livros. Encontram conforto em sua vida eterna um no outro, numa época em que viver resulta difícil também para os vampiros.

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    Os amantes amargam a doçura dos momentos partilhados num planeta que eles aprendem a enxergar como zumbi. Descrentes de uma humanidade que se arrasta aos poucos para a perda de qualquer apreço pela beleza das coisas vivas. Um mundo onde os grandes e eternos feitos são absolutamente inúteis, a ciência é menosprezada, os gênios desconhecidos, e a inteligência, uma engenhoca sobrevalorizada. Logo descobrimos que ser vampiro é provavelmente o destino de todos os desvalidos e sensíveis, de Basquiat a Patti Smith, de Shakespeare (ou seria o seu Ghost Writer?) a Oscar Wilde.

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    Buscam a solução para a sua eternidade. De que serve ser eterno num planeta doente? Esta deve ser a pergunta que move muitas das formas de arte. O filme intercala o sentimento vertiginoso de perda de referência com a descoberta de um “para sempre” instigante apenas pelos pequenos prazeres: a necessidade de ouvir boa música, tocar objetos que possuem história, praticar bondade involuntária ou dançar à meia luz, ao som de um disco muito antigo. Afinal, o que fazer da vida quando já se viu tudo? Quando nossos heróis estão extintos? Quando o ceticismo nos impede de qualquer alumbramento? O que fazer da vida senão amar, amar e amar? Como um vício? Um cálice de sangue fresco para dilatar qualquer sensação de autoindulgência ou vazio…

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    Longe de ser um terror ou um suspense convencional, Amantes Eternos fala de vampiros que sobrevivem pela conexão mais elementar, acessível também aos seres comuns. Nutrindo-se do prazer da companhia, que aquece como o sangue, em doses comedidas e habituais. Amantes de amor antigo, aquele que confunde pernas e braços de seus corpos entrelaçados como enguias lunares – em lindas cenas de contraste claro-escuro que lembram o expressionismo alemão, outra referência do filme. São complementares, por isso plausíveis. Por alguma razão, Adam & Eve encontram sentido nesse mundo que apodrece, na ciência oculta dos seres da noite e na droga mais potente e vulgar: o amor.

    Trailer:

    O filme de hoje vai acompanhar uma receita de cheesecake. Por que o recheio pálido e branquinho lembram a pele dos vampiros que não podem pegar sol e a cobertura de morango é como o alimento deles. Vermelha como sangue. cheesecake-morango-cec

    Cheescake de Morango

    Tempo Prep: 60 min
    Tempo Coz: 30 min
    Rendimento: 2 mini-cheesecakes

    Ingredientes

    • 1 xícara de farinha de amêndoa
    • 2 colheres de sopa de manteiga
    • 150 g de creamcheese
    • 150 g de creme de leite fresco
    • 2 ovos
    • Adoçante culinário ( ou 1/2 xíc. de açucar)
    • 2 colheres de sopa de extrato de baunilha
    • 250 g de morangos picados
    • 2 colheres de sopa de água

    Modo de Fazer

    1. Comece pela cobertura. Use morangos bem maduros e vermelhinhos, assim já os terás doces e não necessitará usar qualquer tipo de adoçante que não seja o natural da fruta. Pique os morangos e leve ao fogo baixo em uma panela, juntamente com a água, até que ele comece a se desfazer e faça uma espécie de geleia. Para essa quantidade de morangos, leva em média uns 20 minutos. Para a base, você vai simplesmente misturar a farinha de amêndoa a manteiga e colocar metade dela em cada ramequim, forrando bem o fundo e pressionando com uma colher ou mesmo com a ponta dos dedos. Para o recheio bata os ovos, adicione os demais ingredientes e bata por mais alguns minutos. Ligue o forno a 180º, deixe aquecer por uns 10 minutos. Coloque o recheio em cima da massa base e leve ao forno por 20 minutos. Deixe esfriar, coloque a cobertura e sirva gelado.

    Informação Adicional

    Essa receita de cheesecake é livre de glúten e açúcar. Ideal para quem é intolerante a tais coisas. Se quiser fazer um médio – de uns 20 cm de diâmetro – triplique a receita.
  • Comédia,  Romance,  Salgados

    What If & Ouro de Tolo

    What If (Será que?) é um daqueles filmes leves e bonitos. Uma típica comédia romântica, mas com um roteiro interessante e bem executado, baseado na peça de teatro canadense “Cigars and Toothpaste”, de T.J.Dawe.

    Nele temos o eterno Harry Potter – Daniel Radcliffe no papel principal, Wallace um moço romântico que depois de ser traído pela ex-namorada resolve passar um ano sozinho. Em uma festa organizada por seu melhor amigo Allan (Adam Driver – sim! nosso querido Adam de Girls), ele acaba conhecendo Chantry (interpretada pela fofa Zoe Kazan).

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    Quando você percebe o quão rápido tudo pode desmoronar.
    Faz você não querer desistir de algo bom, de novo.
    Seja lá o que há entre nós.
    Isso é bom.
    É tão bom, que na verdade, foi a melhor coisa que já aconteceu comigo.
    E eu não quero que isso termine.
    Eu também não quero.

    É tipo amor a primeira vista. Eles tem uma identificação incrível com o papo, os gostos, as conversas, o humor sarcástico e as brincadeiras bestas. Olhinhos de Wallace brilham até o momento que ele descobre que a moça tem namorado. Como lidar?

    O que faria você? Contaria que está apaixonado pelo amigo ou seguiria a amizade com a esperança de que um dia poderia se transformar em ‘algo mais’? Pois é. Dilema que Radcliffe vive durante todo o filme, ainda mais quando se vê obrigado a conhecer o namorado de Chantry, que de repente está indo embora para a Irlanda e deixará o caminho livre para ele. Por outro lado eles namoram há anos e tem um namoro perfeito, será que algum dia Wallace conseguirá ficar com ela do modo que deseja?

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    Confesso que gostei bastante, é aquele tipo de história que te faz ficar sorrindo para a tela, torcendo para que os dois fiquem juntos e achando MEGA FOFA a relação de amizade e cumplicidade que eles tem.

    A cena do casamento de Allan e a namorada, para mim, foi uma das mais bonitas do filme. Belas declarações de amizade e coisas ditas indiretamente.

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    O filme é muito bem conduzido pela direção, fugindo de alguns esteriótipos pré-marcados em comédias desse estilo, a gente acha que vai acontecer uma coisa e de repente acontece outra. E assim vamos até o final que nos surpreende um pouco. Assistam que é um daqueles filmes que deixa a gente cheio de vontade de amar!
    Trailer:

    Hoje eu vou trazer para vocês a receita que tem no filme, que é um sanduíche chamado Ouro de Tolo, eles tem uma conversa muito engraçada sobre ele, Elvis Presley e comer coisas pesadas. Como eu achei que não teria estômago para comer tal sanduíche, passo para vocês abaixo a receita e vídeo que explica o passo-a-passo. Se você é forte faça e depois me diga! O pessoal do filme gostou bastante. Haha =)

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    Siga os passos do vídeo e seja feliz!