Salgados

  • Salgados,  Suspense

    Sétimo Andar & Empanadas

    Estrelado por Ricardo Darín, Sétimo andar é um filme argentino de 2013.

    O filme conta a história de Sebástian (Darín) um advogado que, recém separado de sua mulher (Belén Rueda), vai buscar os filhos para levar ao colégio.

    Como sempre faziam, a contragosto da mãe, as crianças descem pelas escadas, numa espécie de brincadeira entre pai e filhos, para ver quem chegava mais rápido: as crianças correndo escada abaixo ou ele pelo elevador.

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    O filme é tomado por um ar de suspense quando o elevador de Sebástian simplesmente para no meio do percurso. Depois de alguns segundos volta a andar.

    Quando ele chega ao térreo as crianças ainda não estão. Ele chama por elas, brinca, pede para elas aparecerem, mas o que acontece é que as crianças simplesmente sumiram.

    Como podem ter sumido dentro do próprio edifício?

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    Começa então uma investigação entre os moradores, nas garagens, invadindo apartamentos, com a colaboração de um vizinho policial, vamos entrando nessa estranha história de um sequestro peculiar.

    Há apenas duas horas para conseguir o dinheiro solicitado e Sebástian mostra que é capaz de tudo para obtê-lo.

    Onde será que estarão as crianças?

    Trailer:

    Para acompanhar o filme de hoje trazemos para vocês uma das comidas mais populares na Argentina: as empanadas! Em parceria com o blog Marola com Carambola, a receita e fotos são das gurias de lá, que gentilmente aceitaram o convite de dividir por aqui esse lanche especial e portenho. Essas empanadas foram uma das postagens que o Marola com Carambola anda fazendo sobre os times que participarão da Copa do Mundo de Futebol, que esse ano será sediada no Brasil, e para cada time tem um petisco para curtir com o jogo. Dá um pulo lá e verás outras receitinhas!

    Empanadas de CarneEMPANADAS

    Empanadas

    Prep: 60 min
    Coz: 20 min
    Rende: 4 unid

    Ingredientes

    • Para a massa: 250 g de farinha de trigo
    • 50 g de manteiga sem sal em temperatura ambiente
    • 50 ml de água sal
    • Para Egg Wash: 1 gema, 1 colher de chá de shoyu, 1 colher de chá de azeite
    • Para o recheio: 300 g de carne moída
    • 1 cebola pequena picada
    • 1/2 pimentão picado
    • 1 ovo cozido
    • 1 dente de alho picado
    • Azeitonas picadas (opcional)
    • Salsinha picada a gosto
    • 2 colheres de sopa de óleo
    • Sal e pimenta do reino a gosto

    Modo de Fazer

    1. Recheio: Aqueça o óleo em uma frigideira grande, refogue a carne aos poucos. Reserve. Na mesma frigideira, refogue a cebola. Junte o alho e deixe dourar. Acrescente o pimentão, as azeitonas e a carne. Tempere com sal e pimenta a gosto. Se desejar. pode utilizar outras ervas que goste. Mexa e cozinhe por alguns minutos até que fique seco. Desligue, junte o ovo e a salsinha. Reserve e deixe esfriar antes de rechear a empanada.
    2. Egg Wash: Bata a gema com um garfo. Junte o azeite e o shoyu e misture bem.
    3. Massa: Em uma bacia, coloque a farinha e o sal. Junte a manteiga e misture bem com as mãos até virar uma farofa. Coloque a água aos poucos e passe a massa para a bancada enfarinhada. Trabalhe a massa até que desgrude das mãos.Se necessário acrescente mais farinha ou água. Abra a massa com um rolo, a espessura deve ser fina. E corte os círculos com a ajuda de um cortador, ou um pote redondo. Coloque o recheio e dobre ao meio. Feche com a ajuda de um garfo e pincele com o egg wash. Leve ao forno preaquecido a 200°C por 20 minutos ou até que esteja dourado.

    Obs:

    Amanda salientou que pode-se usar qualquer outro tipo de recheio, desde que seja bem sequinho, para não estragar a massa. 😉
  • julie e julia movie
    Biografia,  Drama,  Romance,  Salgados

    Julie e Julia & Quiche au Camembert

    Julie e Julia conta a história de duas mulheres: Julia Child (belissimamente interpretada pela Meryl Streep) uma mulher americana que mudou para a Paris no final dos anos 40, por conta do trabalho de seu marido e Julie Powell (Amy Adams) moradora de Nova York dos dias de hoje.

    Sabe o que adoro sobre cozinhar? É que depois de um dia que nada dá certo (e quando eu digo nada é nada mesmo), eu venho pra casa e sei que juntando gemas de ovos com chocolate, açúcar e leite vai virar um creme. É tão reconfortante.
    (Julie Powell)

    JULIE & JULIA.

    Julia uma mulher super ativa que acompanhava o marido Paul (Stanley Tucci) diplomata a França, não aguentava mais ficar em casa sem nada fazer e, como amava a culinária, resolveu entrar em um curso de culinária do Le Cordon Bleu. Surgiu daí a ideia dela escrever um livro para as mulheres americanas com receitas de comidas francesas.

    O livro que acabou se tornando um best-sellers de 1963, chamado Mastering the Art of French Cooking (1961), foi o começo da explosão de Julia Child na história da culinária americana. Depois disso ela começou a apresentar um programa na tv, no maior estilo que conhecemos aqui no Brasil com Palmirinha, Ana Maria Braga e Ofélia.

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    Julie apaixonada pela história e vida da lendária Julia Child começa um desafio: fazer as 524 receitas do livro em apenas um ano. Para isso ela começa um blog para relatar tudo isso, chamado The Julie/Julia Project.

    O filme e leve e bem humorado, contando com a excelente atuação (como sempre) de Meryl Streep, que carrega no sotaque e esbanja bom humor até aprendendo a cortar cebolas. Amy Adams, por sua vez, consegue dar vida ao amor que as pessoas que adoram cozinhar tem. O encantamento dela ao fazer cada prato e relatá-los no blog é sensacional.

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    O filme é uma adaptação de 2 livros: “Julie & Julia” de Julie Powell e “My life in France” de Julia Child com roteiro e direção de Nora Ephron.

    Bom, uma das receitas do livro Mastering the Art of French Cooking é de uma Quiche com queijo Camembert. Como tínhamos uma manteiga Elle & Vire e um belo exemplar de Queijo Camembert Emborg, que nos foi presenteado pela AllFood Importadora, resolvemos usá-los nessa receita.

    quiche camembert filme julie julia

    Quiche au Camembert

    Preparo: 90 min
    Cozimento: 60 min
    Serve : 4

    Ingredients

    • 250 gr de farinha de trigo
    • 125 g de manteiga
    • 50 ml de água gelada
    • 3 ovos
    • 200 ml de creme de leite fresco
    • 125 g de queijo camembert
    • Sal e Pimenta do reino
    • Noz-moscada moída na hora 1 pitada de orégano
    • 1 pitada de orégano

    Modo de Fazer

    1. Em uma tigela coloque a farinha de trigo, pique a manteiga em quadradinhos e adicione a farinha. Vá mexendo até formar uma farofinha. Vá adicionando a água aos poucos até chegar a uma consistência firme. Não manipule muito a massa. Leve a geladeira por 2 horas envolta em um filme plástico.
    2. Pré-aqueça o forno a 180º.
    3. Abra a massa e coloque em uma forma. Coloque um papel manteiga forrando o fundo e coloque alguns feijões crus em cima, para fazer peso, assim a massa não cresce e permanecerá do jeito que queremos para colocar o recheio. Leve ao forno por 8 minutos.
    4. Nesse meio tempo vá preparando o recheio: corte o queijo em cubos. Em um recipiente bata os ovos, adicione o creme de leite, a noz-moscada, orégano, pimenta e sal. Mexa bem.
    5. Retire a massa do forno, coloque os cubos de queijo e jogue o creme feito em cima. Leve ao forno por uns 30-40 minutos. Fique de olho, quando estiver dourado, está pronto. Bon apetit!
  • Documentário,  Salgados

    O Mineiro e o Queijo & Pão de queijo de Liquidificador

    “O Mineiro e o Queijo” é um documentário de 2011 que mostra a produção artesanal do queijo em Minas Gerais que foi trazida pelos colonizadores vindos de Portugal nos meados do século dezoito.

    No estado de Minas hoje em dia, a fabricação do queijo é responsável pelo sustento de quase 30 mil famílias. O documentário mostra de forma poética os produtores e sua fabricações, com todo aquele jeito mineiro que não tem como não gostar. Eita gente querida e bonita!

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    Filmado na Serra da Canastra e Alto Paranaíba e dirigido por Helvécio Ratton, o documentário é é também uma forma de protesto contra as leis que prejudicam a produção, já que os queijos de Minas são fabricados com leite cru. No documentário temos a analise de produtores, fabricantes e pesquisadores sobre essa polêmica, que faz com que eles não possam ser ”exportados” para fora do estado.

    Trailer:

    Bom gente, nada melhor que combinar a indicação do documentário com uma receita de pão de queijo né? Porém, trago aqui uma forma mais fácil e prática de fazer pão de queijo, sem perder nem um pouco para o método tradicional: o pão de queijo de liquidificador.

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    Pão de queijo de liquidificador

    Preparo: 30 min
    Cozimento: 30 min
    Rende: 30-40 und

    Ingredientes

    • 4 xic. de polvilho doce
    • 2 xíc. de leite
    • 4 ovos
    • 1 colher sopa sal
    • 1/2 xíc. de óleo (usei de canola)
    • 1 xíc. de queijo parmesão ralado
    • 1 xíc. de queijo muçarela ralado (se vc tiver outro queijo pode usar também, ainda mais se for queijo de Minas!)

    Modo de Fazer

    1. Coloque no liquidificador os ovos, o leite, o óleo e bata. Adicione o sal. Junte o polvilho e bata por mais alguns segundos até que fique totalmente misturado. Em uma tigela, coloque a mistura e adicione os queijos. Misture bem e reserve. (Não gosto de bater os queijos junto no liquidificador porque eles ficam triturados.) Unte forminhas de empada com um pouquinho de manteiga, de muffins ou ainda de cupcakes, coloque massa até a metade e leve ao forno a 200º por volta de 20 minutos. Quando estiverem corados estão prontos.
  • Comédia,  Drama,  Romance,  Salgados

    Lola Versus & Lasanha de Brócolis

    Lola Versus é um filme de 2012 dirigido por Daryl Wein. É uma comédia romântica, desastrosa (no bom sentido) e divertida, para aqueles dias sem nada pra fazer, que vale cada segundo. Você, meu amigo e minha amiga que já tomaram um pé na bunda quando menos esperavam irão se identificar. Sabe aqueles filmes tipo o “500 dias com ela” que você vê várias coisas que já passou ou que ainda irá passar (mas ainda não sabe)? Então.

    lola versus

    Greta Gerwig é Lola. Lola tem uma cara tão fofa que você ia querer ser amiga dela. Você entende Lola.

    Eu sei que está mudança é inevitável.
    Mas, eu se eu não quiser que as coisas mudem?
    E seu eu gosto da minha vida do jeito que ela é?
    (Lola)

    No início do filme vemos um relacionamento legal, cheio de risadas e planos de um casamento que se aproxima. Ela e o namorado (vivido por Joel Kinnaman – nosso querido Holder (The Killing) e atualíssimo Robocop) que é o namorado perfeito, estão prestes a se casar e no melhor momento do relacionamento. Até que há 3 semanas do casamento, aos 29 anos, Lola leva um pé na bunda do namorado, o qual foi seu primeiro amor, que conhece desde o ensino médio. Ele desiste de tudo sem muitas explicações. O que era um momento de alegria vira “o mundo contra Lola”.

    lola versus

    Nessa nova fase ela contará com o apoio da amiga Alice (Zoe Lister Jones – que além de atuar, assina o roteiro do filme) e Henry (Hamish Linklater – como não amar? Pra quem não lembra, ele é o excêntrico irmão de Christine em The new adventures of old Christine), de seus pais (que são ótimos!) e entre trancos e barrancos vai levando a vida, cometendo as mais diversas bobagens o que é super normal no estado que se encontra.

    Marc Webb consegue retratar com singeleza e sinceridade esse momento frágil da vida de uma pessoa, em que ela, machucada, se envolve com pessoas que não deve, toma porres homéricos e fala o que não deve.

    lola versus

    O filme tem uma levada muito interessante, que nos faz rir de uma forma natural, sem forçação de barra ou apelos. Muito bem montado, foi bem aceito pela crítica e público, mas circulou fora do circuito comercial, ele nos mostra, apesar de todos os problemas, que todo mundo já passou por isso e não é o fim do mundo.

    É um momento para se redescobrir e depois amanhecer cheio de vontade de viver novamente. Pega na mão de Lola e vá assistir o filme.

    Trailer:

    Hoje para acompanhar o filme temos uma lasanha de brócolis e isso tem a ver com o aconchego que uma lasanha dá. Lasanha tem cara de colo de mãe, de abraço de amigo e de superação dos problemas. Eu acho que um bom prato de lasanha faria Lola feliz. Além do mais hoje é segunda e segunda é dia de ‘Segunda sem carne”. Por isso aproveite o clima para fazer esse prato hoje para o jantar. Vamos a receita?

    Lasanha de Brócolis

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 45 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • Para o molho bechamel: 2 colheres de sopa de manteiga
    • 3 colheres de sopa de farinha de trigo
    • 2 xícarás de chá de leite
    • Noz-moscada
    • Sal
    • Pimenta-do-reino
    • 50 g de queijo gorgonzola
    • 1/2 cebola picada
    • 2 dentes de alho esmagados
    • 200 g de brócolis frescos
    • Azeite de oliva
    • Pimenta do reino branca
    • 250 g de massa de lasanha
    • 50 g Queijo parmesão ralado

    Modo de fazer

    1. Como eu usei a massa fresca, cozinhei ela por alguns minutos em água fervente com um fio de azeite. Pois achei que não deveria ficar muito tempo no forno, para o brócolis não perder o ponto, apenas para gratinar. Fui acertiva.
    2. Vamos ao bechamel: Em uma panela doure a manteiga e adicione a farinha de trigo. Mexa sem parar e vá adicionando o leite quente. Tempere com sal, noz-moscada e a pimenta do reino até engrossar um pouco. Adicione o gorgonzola esmagadinho e reserve.
    3. Brócolis: Em outra panela doure o alho e a cebola no azeite de oliva. Adicione o brócolis, sal e pimenta do reino e deixe cozinhar por uns 2 minutos abafando com uma tampa. Reserve.
    4. Montagem: Em um refratário coloque uma camada de molho bechamel, massa e brócolis. Sempre intercalando massa + molho + recheio. Finalize com o molho e uma generosa camada de parmesão ralado. Leve ao forno a 180º por uns 20 minutos, apenas para gratinar.
  • Drama,  Salgados

    Blue Jasmine & Risoto de Alho-poró e Brie

    Um dia desses uma grande amiga (beijos Jê!) esteve em minha casa para jantar e ela é uma das pessoas que sabem que eu não gosto do Woody Allen. Aliás, quase todo mundo sabe, mas com ela consigo ter altos papos sobre isso, pois apesar dela gostar dele, temos alguns ótimos diálogos. Fato é que disse a ela que tinha assistido Blue Jasmine, porque eu sou insistente, eu acabo assistindo os filmes do W.A nem que seja para falar mal, ou até para quem sabe um dia conseguir gostar de um. Pois não é que aconteceu? Gostei muito de Blue Jasmine. Eu já tinha dado um crédito para ele quando colocou meu querido Hemingway em “Meia-noite em Paris” de uma forma poética e com uma cena que sempre revisito e a culpa de eu ter assistido ao Meia-noite foi da Moni (beijos Moni!), uma outra amiga minha.

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    Com quem eu tenho que dormir para conseguir um martini com toque de limão?

    Depois de todo esse blablablá inicial para elucidar meu desamor pelo senhor Allen, eu vou falar mais uma coisa: eu me sentia obrigada a assistir Blue Jasmine , pois lá estava uma das atrizes que mais admiro no mundo: Cate Blanchett. Se fosse de todo ruim, eu sabia que ela salvaria o filme de alguma forma. E salvou.

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    O filme começa de forma claustrofóbica, com Jasmine em um avião, contando a vida dela a uma senhora velhinha que faz questão de demonstrar que não está aguentando mais o papo e mesmo assim a egocêntrica protagonista segue falando sem parar.

    Jasmine perdeu tudo, está falida e pobre, porém, nunca perde a pose. Pede abrigo a irmã, a qual sempre teve um certo desprezo, por ser pobre e cafona. Achei muito interessante a personagem da irmã, vivida pela Sally Hawkins, Ginger é uma mulher alegre, esperançosa e divertida, mesmo levando uma vida difícil, tendo um namorado doido, dois filhos capetinhas e ter perdido o único grande dinheiro que conseguiu na vida, por confiar no cunhado ( ex-marido de Jasmine) que era um canalha enganador.

    Allen usa muito os flashbacks, como sempre, nesse filme e isso é uma das coisas que me cansam. A gente já entendeu e ele insiste em ficar explicando com cenas do passado. (tá eu precisava criticar em algum lugar, né? haha).

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    Interessante observar que nesse filme os personagens masculinos são os que mais são irritantes. Nem Jasmine com todos os seus chiliques pode irritar mais que o namorado de Ginger, com o amigo mala, que dá em cima da moça. Além do dentista tarado que assedia horrorosamente a nova funcionária e o ex-marido (vivido pelo Alec Baldwin) que é um sujeito da pior espécie.

    Enfim, para concluir, eu acho que valeram os momentos de risadas, apesar de não ser uma comédia, podemos dizer que é tragicômico.

    No mais, Cate tem uns surtos incríveis que demonstram o quanto ela entrou no papel e vestiu a pele de Jasmine, uma mulher que tenta a todo custo manter a vida que tinha, aquela vida de plástico, que faz que não vê as traições do marido porque lhe é vantajoso, que desconsidera a parte pobre da família, que mente para conseguir o que quer e que mesmo na miséria anda de malas Louis Vuitton e bolsa Hermès.

    Trailer:

    Como naquela noite espetacular, que contei no começo do post, eu fiz para jantar um risoto de alho-poró com queijo Brie é ele que acompanha o filme hoje. Além do mais, acho que Jasmine iria aprovar o menu. Com vinho branco e uma saladinha de tomates doces doces e alface americana. Vamos lá?

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    Pudim de Baunilha

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 40 min
    Serve : 4 porções

    Ingredientes

    • 1/2 xícara de açúcar
    • 1/4 xícara de água bem quente
    • 1 1/2 xícara de leite
    • 3/4 xícara de leite condensado
    • 1 ovo + 1 gema
    • 1 fava de baunilha

    Modo de Fazer

    1. Coloque o açúcar em uma panela com fundo grosso e espere caramelizar. Não mexa com nenhum tipo de utensílio até que ele esteja completamente ”derretido”. Quando estiver de uma cor ambar linda, você adiciona a agua. Agora sim pode mexer com uma colher. Espere todo o caramelo se incorporar a água e se transformar em uma bela calda. Coloque ainda quente nas forminhas (ou na formona) espalhe e leve a geladeira por alguns minutos para endurecer um pouco, evitando assim que o caramelo se misture com o pudim. Nesse momento ligue o forno a 180º para que ele vá aquecendo.
    2. Vamos ao pudim agora: dissolva o leite condensado no leite. Sem bater, apenas envolvendo uma coisa na outra (lá no Cozinhando para 2 ou 1, a Luciana explicou que esse é o segredo para não termos furinhos. Achei lindo. Junte a mistura o ovo e a gema (eu peneirei as duas gemas para evitar o cheiro de ovo). Misture delicadamente mais uma vez. Adicione as raspas de uma fava de baunilha.
    3. Coloque então esse creme nas forminhas e cubra cada uma com papel alumínio. Em uma outra forma acomode as forminhas e adicione agua quente para o banho-maria. Leve ao forno por 45 minutos a 180º. Deixe esfriar e gelar completamente antes de desenformar. Por uma vida mais doce <3
  • Salgados,  Séries & TV

    True Detective & Banh Mi

    True Detective é uma daquelas séries que veio para mudar todo o conceito de séries que já existiram na face da Terra. Com uma roteiro que te faz esperar cada novo episódio, de uma forma inteligente e sagaz em sua primeira temporada ela conta a história de Cohle e Marty, dois detetives que são chamados para resolver um caso de um assassinado, com ares maquiavélicos e misteriosos na Lousiana.

    Se a única coisa que mantém uma pessoa decente é a expectativa de uma recompensa divina, então, meu amigo, essa pessoa não vale merda nenhuma.

    Antes de continuar, abra uma cerveja e dê play na música tema, então prossiga lendo:

    Matthew McConaughey encarna o genial detetive Rust Cohle, um sujeito misterioso e extremamente inteligente que não fala muito de si, mas analisa muito tudo ao seu redor. Profissional obstinado, não mede esforços para tentar desvendar o caso que estão envolvidos, sem muitas aparentes ligações afetivas ou familiares, ele faz com que você muitas vezes o ache frio, mas eu achava ele apenas muito objetivo e um ser que cospe na sociedade toda a hipocrisia que muitos tem medo de encarar.

    HBO's "True Detective" Season 1

    Cohle é um personagem que não tem explicação. Acredito que foi o melhor papel de todos os tempos de Matt. Inclusive, esse foi o ano dele, depois de Clube de Compras Dallas, não há muito o que dizer sobre o quanto esse cara se encontrou como ator. Ele desfila filosofia e ideologia, além de agradecer pelas cervejas. Além de tudo, True Detective ainda consegue ter cenas que você dá risada.

    Do outro lado está Woody Harrelson, vivendo Marty, o típico cidadão politicamente correto, que tem uma esposa, família, filhas amadas, um bom emprego e é ‘feliz’. Com o passar dos episódios vamos vendo que as coisas não são bem assim. A hipocrisia de tentar sempre levar uma vida de plástico, o ideal da sociedade, como se fossem perfeitos. Os destruídos e derrotados são os que não tem essas coisas básicas. Será?

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    A história em si é sobre um assassinato que depois de acontecer em 1995, vem a tona novamente em 2012 e os dois são chamados para depor sobre. Temos então duas pessoas nem tão diferentes do que eram, mas com algumas marcas que a vida fez nesse meio tempo.

    O roteiro brilhante de Nic Pizzolatto (mesmo de The Killing) e a direção impecável de Cary Fukunaga nos mostra muito mais os choques das personalidades e o quanto isso vai influenciar (ou influenciou) na resolução do caso, que o mistério em si passa a ser coadjuvante. Claro que queremos saber o que aconteceu, mas os diálogos, as conclusões, dores, relações destruídas, pais, filhos, traumas dos personagens principais é que nos envolvem mais e mais.

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    Não vou contar mais nada, só que não é aquele tipo de série que acaba com um gancho fenomenal para a próxima temporada. Em True Detective, cada temporada terá uma história, personagens distintos e a temporada acaba com um final. Não precisa esperar 12 meses arrancando os cabelos, nem com episódio enchendo linguiça para prender o expectador. Os 8 episódios já te prendem e no final, você fica com um ar nostálgico, mas muito satisfeito, de ter visto tamanha obra de arte com começo – meio – fim.

    True Detective

    Um agradecimento especial ao meu casal preferido que é o Casal Culinarístico que me indicou a série e sempre dividem comigo o melhor das séries e cinema.

    Trailer:

    Vamos a receita? No episódio 3 de True Detective eles param em um restaurante de beira de estrada e comem um sanduíche. Um “Bahn Mi” que nada mais é que um sanduíche vietnamita. Sim, eu também não sabia disso, porém, fui atrás a pesquisar sobre e descobri que é um tipo de comida rápida muito utilizada no Vietnã.

    true-detective (1)

    Correndo atrás das histórias sobre o sanduíche, descobri que ele pode ser feito com carne de porco, frango, ou ainda, em uma versão vegetariana, trocam a carne animal por tofu. Que eu imagino que também deva ficar excelente. Eu usei na minha receita o frango, pois estava afim de uma coisa mais leve e realmente me impressionou o sabor que a junção de todos os ingredientes deu.

    Banh Mi (1)

    Banh Mi

    Preparo: 15 min
    Cozimento: 5 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • 2 baguetes (usei pão australiano porque a pessoa aqui gosta muito e achei que seria um encontro ideal de sabores – e foi)
    • 1 cenoura em fatias bem finas
    • 1 cebola em fatias bem finas
    • 1 pepino em fatias bem finas
    • 1 maço de coentro (usei salsinha, pq não gosto de coentro)
    • 1 pimenta vermelha, sem as sementes em fatias bem finas
    • 1/2 pimentão em fatias bem finas
    • 2 colheres de sopa de maionese
    • 2 colheres de vinagre de arroz
    • 1/2 xíc. de água morna
    • 1 peito de frango temperado, cortado em tiras, com sal e pimenta e um pouco de shoyu

    Modo de Fazer

    1. Em um recipiente coloque a cebola, a pimenta, o pimentão e a cenoura de molho na água morna com o vinagre de arroz. Deixe descansar por 30 minutos, escorra a água morna e passe ligeiramente pela água fria. Reserve.
    2. Em uma frigideira aquecida, grelhe os peitos de frango em um fio de azeite de oliva. Corte em fatias.
    3. Vamos então montar o sanduíche: passe maionese nos dois lados do pão. Adicione a cebola, cenoura, pimenta, pimentão e o pepino em camadas. Acomode o frango. Adicione o coentro (ou salsinha) também. Pronto! Agora deleite-se com uma coisa diferente e saborosa. Me surpreendi com a crocância, ao mesmo tempo maciez, que os legumes que ficaram de molho no vinagre tomaram. Realmente excelente!

    Dica:

    Cabe muito bem acompanhar com uma Heineken dizendo: Thanks for the beer! No maior estilo Cohle de ser. =)
  • Receitas,  Salgados,  Suspense

    Entre Segredos e Mentiras & Risoto de Shimeji

    Entre segredos e mentiras é um filme de 2010, dirigido por Andrew Jarecki em sua estréia como diretor de filmes, ele é reconhecido pela direção do polêmico e premiado documentário, também sobre uma história de família, chamado “Na captura dos Friedmans”.

    O filme foi baseado na história de Robert Dunst, filho de um milionário do ramo imobiliário que foi acusado como o principal principal suspeito do sumiço de Kathleen McCormack, sua esposa, no início dos anos 80.

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    Você me faz ser a pessoa que você pensa que eu sou.
    Não sou essa pessoa.

    David Marks, interpretado por Ryan Gosling, protagoniza a trama. Vindo de uma família rica e conservadora ele se apaixona por Katie (Kirsten Dunst), ao conhecê-la em um trabalho como encanador (oi? – sim, ele não quer fazer parte do sujo mundo milionário de seu pai, então fica fazendo trabalhos eventuais e modestos). Logo se casam, mesmo sem o aceite da família dele, que acha que ela não é do ‘mesmo nível’ do filho.

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    Depois do casamento, as coisas começam a se complicar. David passa a não ser mais tão doce quanto era durante o namoro. Ele volta a trabalhar com o pai, tem crises de identidade e muitos traumas de infância são revelados, como a morte da mãe.

    Um suspense muito bem armado, com ares de documentário, que prende você de olho na tela, tentando entender o que aconteceu com tal família.

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    Curiosidade: na trilha sonora temos diversos momentos que os remetem a Um corpo que cai e Psicose – de Hitchcock – além disso, podemos crer que há muita inspiração no mestre do suspense já que temos um homem que se veste de mulher, uma esposa desaparecida e um corpo dentro do porta malas do carro.

    Trailer:

    O título original “All good things” veio do nome da loja de produtos naturais e vegetarianos que o casal abre quando muda para o interior, procurando uma vida mais tranquila e saudável. Por isso hoje teremos um risoto de shimeji para acompanhar, porque é vegetariano, natural e delicioso! Certamente compraríamos um belo shimeji na loja de Katie.

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    Risoto de Shimeji

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 30 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • 1 xíc. chá de arroz arbóreo ou carnaroli
    • 1 cebola pequena picada
    • 2 dentes de alho amassados
    • 4 colher de sopa de manteiga
    • Azeite de oliva
    • Queijo parmesão ralado
    • 1/2 xíc. de vinho branco
    • 1 litro de caldo de legumes
    • 1 bandeja de cogumelo shimeji (mais ou menos 150 g)
    • Sal a gosto Cebolinha verde picada
    • Cebolinha verde picada

    Modo de Fazer

    1. Primeiramente separe todo o shimeji. Em uma frigideira derreta uma colher de manteiga e um fio de azeite. Adicione os shimejis, salteie e tempere com sal e pimenta do reino. Reserve. Para o risoto, refogue a cebola em 2 colheres de manteiga e um fio de azeite. Adicione o alho até que fiquem dourados. Junte o arroz, mexa por alguns minutos e coloque o vinho. Deixe o vinho evaporar, tempere com sal, pimenta e agora comece a adicionar o caldo. Aos poucos vá adicionando o caldo e mexendo sempre. O risoto leva em média 20 minutos para ficar no ponto. Por fim, adicione a ultima colher de manteiga (já com o fogo desligado), adicione o shimeji, o parmesão ralado e sirva em seguida, salpicando a cebolinha picada.