Filmes

  • Policial,  Salgados,  Suspense

    I Saw the Devil & Torta de Liquidificador

    Mais um surpreendente filme sobre vingança. Tema muito abordado pelo cinema Coreano, onde já tivemos a Trilogia da Vingança de Park (Sr. Vingança, Oldboy e Lady Vingança), além de inúmeros outros filmes que seguem a mesma temática, porém “I saw the devil” surpreende por deixar o expectador literalmente ‘grudado’ na tela por incríveis duas horas e vinte e quatro minutos.

    i-saw-the-devil-1
    Um filme tenso, violento e extremamente impactante. Conclui-se que a vingança é um dos sentimentos que mais move uma pessoa. O ódio muitas vezes faz muito mais que o amor. Ela fica possuída por sensações que jamais imaginou. Tem ações fortes e decididas e toma atitudes que podem resultar em algo que ela sequer imaginou.

    Em “I saw the devil” o protagonista, vivido por Lee Byung-hun, é um policial, em um estilo FBI , que tem a noiva assassinada por um psicopata. A partir de então ele começa uma caçada em busca do assassino e também sua vingança.

    i-saw-the-devil-2
    O assassino maníaco é vivido por Choi Min-sik (o eterno “Oldboy”) em uma atuação, como sempre, belíssima e totalmente convincente no papel de um homem solitário, com problemas de família e psíquicos. Na cena inicial do filme, mostra o casal falando ao telefone, para demonstrar o quanto era bonita aquela relação. Acho que é por isso que dá mais angústia durante o filme e entende-se o amargor da situação.

    O filme segue uma linha “caça e caçador”. A direção de arte e fotografia esbanja sabedoria, nos fazendo entrar no clima do filme (prepare-se para pular no sofá e abraçar fortemente almofadas).

    Um incrível Thriller dirigido por Kim Ji-woon o mesmo de A Bittersweet Life.

    Trailer (para mentes controladas e corações fortes):

    A receita que acompanha o filme é uma Torta de Liquidificador, porque quando se está vendo um filme desses é melhor não segurar nem garfos, nem facas e poder comer com mão! Brincadeiras a parte, achei interessante combinar essa receita com o filme, pois temos aqui um prato que pode ser um jantar ou apenas um lanche, fica pronto rapidinho o que te dá mais tempo para encarar as quase 2 horas e meia de filme!

    torta_liqui1

    Torta de Liquidificador

    Tempo Prep: 60 min
    Tempo Forno: 40 min
    Serve : 4 porções

    Ingredientes

    • 3 ovos
    • 2 copos de leite
    • 1/2 copo de óleo
    • 2 copos de farinha de trigo
    • 4 colheres (sopa) cheias de parmesão ralado
    • 1 colher de sopa de fermento em pó 1 pitada de sal Queijo parmesão ralado para polvilhar no final
    • 1 pitada de sal Queijo parmesão ralado para polvilhar no final

    Modo de Fazer

    1. Coloque todos os ingredientes líquidos no liquidificador e bata por alguns minutos. Em seguida adicione os secos e bata mais um pouco. Unte uma forma com manteiga e farinha de trigo, coloque metade da massa, adicione o recheio (veja dicas de recheios no final da postagem) e cubra com o restante da massa. Polvilhe com queijo ralado. Leve ao forno médio por 40 minutos.

    Dicas de recheio:

    Eu fiz a minha com carne moída, refogada com alho, cebola, tomate, azeitona e um pouquinho de salsinha. Você pode usar o recheio que quiser nessa massa, é muito versátil. Sabe aquele frango assado que sobrou do almoço de domingo? Pode virar um belo recheio para uma torta dessa. Ainda podes usar presunto e queijo picadinhos, com orégano, azeitona e o que mais lhe agradar.
  • Doces,  Drama,  Filmes

    A Partida & Arroz Doce Com Cerejas

    A insustentável leveza das partidas

    A Partida (Okuribito, 2008) é o filme japonês a receber um Oscar em 2009. E o texto começa a partir desta informação não por que os prêmios da academia sejam parâmetro de qualidade no universo das pessoas que fazem este blog – ela compartimenta o mundo inteiro (fora dos EUA) na categoria de cinema estrangeiro e os vencedores costumam ser filmes realizados em países de maioria caucasiana, fatos que, por si, são um atestado de etnocentrismo. Mas, sim, foi a premiação que me fez tomar conhecimento dele.

    partida3

    Como participava de um bolão, assisti à cerimônia pela TV e fiquei surpresa ao ver o azarão japonês desbancar a favoritíssima animação israelense Waltz with Bashir – uma bela esquivada americana, não premiando um filme com implicações políticas evidentes. Contradições à parte, Okuribito é um filme que merece ser reconhecido e certamente será apreciado por grandes plateias pois tem todos os elementos que fazem um bom melodrama. Uma bela canção incidental, que por vezes dá “voz” ao sentimento do personagem central, atores sensíveis e expressivos e uma direção que prima pelo intimismo.

    A câmera se coloca como o olho do observador, numa perspectiva que nos faz sentir comodamente sentados naquele canto da sala em que podemos conhecer o entorno das personagens e a intimidade de suas casas. Assistimo onde e o quê comem, os detalhes da porcelana sobre a mesa, onde dormem e se banham, os objetos em sua escrivaninha, os vasos de plantas estrategicamente espalhados, o lugar em que assistem TV e, principalmente, suas ante-salas, fechadas para os rituais restritos aos pequenos círculos de amigos e familiares.

    partida2

    Para falar da estranheza da morte numa cultura que a repele, o diretor Yojiro Takita ritualiza a preparação dos mortos para os funerais, nos ensinando a lógica das partidas.

    O filme aborda algumas questões que parecem ser recorrentes no cinema japonês: a valorização do trabalho, a família e a devoção pelo cotidiano. Sua grande qualidade é fazer com que estes três eixos da existência conversem e cheguem a uma conclusão, tendo a morte como cenário. Ao final, percebemos que a fatalidade da vida é trivial como qualquer outra coisa dentro desta.

    E isto acontece quando acompanhamos a trajetória do nosso herói: Daigo Kobayashi. Um rapaz que trocou a cidade pequena pelas grandes possibilidades de Tóquio para realizar o sonho de seus pais: ser um músico notável. Um destino traçado quando, ao três anos, ele ganha do pai um violoncelo.

    Quando, finalmente, se torna violoncelista da orquestra de Tóquio, já em sua primeira apresentação, recebe a infeliz notícia de que, sem patrocínio, a orquestra estava desfeita. Vendo o sonho de uma vida desmanchar diante dos seus olhos, ele percebe, com certo alívio, que talvez ser músico não fosse uma escolha sua.

    Decide recomeçar e propõe a sua esposa Mika (Ryoko Hirosue), uma jovem web designer esfuziante o tempo inteiro, que tentem a vida em sua cidade de origem, onde poderiam morar na casa que sua mãe havia lhes deixado como herança. Com espírito otimista e assumindo a postura cuidadora que a cabe às mulheres nos momentos de adversidade, a moça consente, e segue os rumos do marido.

    E é lá onde ele se depara com a inusual e constrangedora oferta de trabalhar como assistente numa empresa funerária. Emprego que aceita cabisbaixo, também para cumprir sua tarefa de prover o sustento de sua pequena família (sim, estamos falando do Japão, onde a honra do homem é estreitamente associada ao seu papel como provedor e ao desempenho no mundo do trabalho).

    partida1

    E o filme nos faz refletir sobre esse “valor” ao nos mostrar uma tarefa depreciada por quase todas as pessoas da trama ser executada com tanta beleza e reverência. A preparação dos cadáveres, com a leveza e o detalhe próprios da cultura japonesa, é uma arte zen, similar aos arranjos florais ou à pintura em aquarela, o que torna mais digno o ato da despedida.

    Daigo faz de seu novo emprego e dessa nova relação com a morte um reencontro com sua própria história. Para isto, no entanto, precisa revirar as caixas tormentosas do passado e realizar as suas próprias despedidas. Junto com ele, aprendemos sobre a importância das coisas simples dessas nossas vidas breves.

    Okuribito é filme para enternecer. Conta com bela fotografia, cenografia bem cuidada e excelentes atores – inclusive os coadjuvantes. E tudo isso ao som de violoncelo.

    Drops:

    :: A idéia original do filme partiu do ator Masahito Motoki, após ler um livro sobre a cerimônia do Noukan (acondicionamento dos mortos).
    :: O título original “Okuribito” significa “enviar pessoas” (no site do imdb:”the sending [away/off] people”) , mas essa palavra não é comumente usada no Japão.
    :: Motoki fez laboratório, atendendo a cerimônias funerárias e também estudou violoncelo.
    :: O filme foi rodado em dez anos.
    :: O diretor estava muito receoso quanto à recepção do filme, já que a morte é um grande tabu no Japão.
    (Esse post foi escrito e publicado originalmente em nosso extinto blog “Quarto 2046” em Maio de 2009.)

    arroz_doce_cec

    Arroz Doce Com Cerejas

    Tempo Prep: 60 min
    Tempo Coz: 30 min
    Serve : 4

    Ingredients

    • 1 xíc. de arroz
    • 2 xíc. de água
    • 2 xíc. de leite
    • 6 colheres de sopa de açúcar
    • Raspas de 1 fava de baunilha (depois que tirei as raspas também coloquei a fava para ferver junto – dá um gostinho a mais delicioso!)
    • 1 canela em pau
    • 300 g de cereja fresca
    • 2 colheres de sopa de açúcar
    • 1 colher de sopa de vinagre balsâmico
    • 1 colher de sobremesa de conhaque

    Modo de Preparo

    1. Comece com a calda levando as cerejas em uma panela com o açúcar ao fogo médio. Vá mexendo de vez em quando, até que elas fiquem macias e forme uma calda escura. Isso leva cerca de 5 a 8 minutos. Em seguida coloque o vinagre balsâmico e o conhaque. Deixe por mais um minuto no fogo e desligue. Depois que esfriar, leve a geladeira.
    2. Para fazer o arroz, você deve lavá-lo apenas uma vez. Em seguida coloque para cozinhar em duas xícaras de água. Deixe que cozinhe completamente, em fogo médio, dando uma mexida de vez em quando. Assim que a água secar, adicione o leite, o açúcar, a baunilha, a canela e a fava. Mexa de vez em quando até que tenhas o arroz bem cremoso. É hora de desligar. Deixe esfriar.
    3. Coloque em taças e adicione a calda de cerejas por cima.

    Dica

    Pode ser servido frio ou morninho, com a calda gelada por cima fica uma delícia!
  • Comédia,  Drama,  Salgados

    Intocáveis & Estrogonofe de carne

    Fazia algum tempo que eu estava para assistir Intocáveis, um filme dirigido por Olivier Nakache e Eric Toledano, que conta a história real de Philippe Pozzo di Borgo com o argelino Abdel Yasmin Sellou. Na história são respectivamente Philippe, um empresário rico que fico tetraplégico (vivido pelo excelente François Cluzet) e Driss (Omar Sy) que passa a ser seu ‘enfermeiro’ logo no início da película. Driss não queria o emprego. Apenas queria uma assinatura para levar ao Seguro Social, que lhe garantiria mais um mês de renda.

    815oFolvjcL._SL1500_

    Omar Sy conquista o telespectador desde o começo do filme, impossível não se contagiar pelo sorriso enorme e a sinceridade daquele ser humano. É isso que faz com que Philippe se sinta tão bem ao lado dele. Meio desajeitado, vai aprendendo como se cuida de uma pessoa deficiente, mas sem nunca deixar isso claro. Não há diferenças. Eles se divertem o filme todo, desde um passeio no meio da noite quando lhe falta o ar, até quando estão em um restaurante e Omar diz: ‘o bolinho estava mole por dentro, por favor me veja uma tarte, mas dessa vez bem cozida’ – falando do petit gateau que comeu de sobremesa.
    Os mundos completamente diferentes dos dois se chocam em uma das coisas mais bonitas que podem existir entre duas pessoas: a amizade. O que era para ser apenas uma relação de trabalho, se torna uma lição de vida e de como se deve tratar as pessoas: sem desigualdade.

    209751
    É um filme divertido e que prenderá a sua atenção do início ao fim.
    Um menção honrosa para cena do aniversário de Philippe, quando Driss, depois de ouvir todas as músicas clássicas do patrão, coloca um soul e começa a dançar, puxando todo mundo para a pista. O que se vê é que ele dança pelo amigo, já que o mesmo só mexe do pescoço pra cima. Épico. Você se pega sorrindo para tv e com o coração cheio de felicidade.Resolvi postar com o filme um Estrogonofe, porque apesar de ser um prato russo, temos dedinhos franceses quando foi introduzido o cogumelo em seu preparo, o que é bem comum em nossa cozinha de hoje.

    strogonoff_final

    Estrogonofe de Carne

    Prep Time: 15 mins
    Cook Time: 30 mins
    Yields: 2

    Ingredientes

    • 400 gr. de alcatra cortada em tirinhas (podes usar outra carne de sua preferência como filet mignon ou patinho)
    • 1 cebola grande picada
    • 2 dentes de alho
    • 1 colher de sopa de manteiga
    • 1 colher de azeite de oliva
    • 300 ml de creme de leite fresco
    • 200 g de champignon em lascas (usei mini-champignon por isso não cortei)
    • 1 colher de sopa de páprica doce
    • 1 colher de sopa de páprica picante
    • 1 colher de sopa de farinha de trigo
    • 1/2 xíc. de caldo de carne pronto Sal a gosto Conhaque para flambar
    • Sal a gosto Conhaque para flambar
    • Conhaque para flambar

    Modo de Preparo

    1. Em uma panela bem quente coloque a manteiga para derreter com o azeite. Coloque metade da carne para fritar. Quando estiver dourada, retire da panela e leve a outra metade para fazer o mesmo processo. (isso serve para não juntar água e evitar que a carne endureça.)
    2. Volte com a carne toda a panela e adicione a cebola e o alho. Acrescente o conhaque e flambe. Deixe refogar por alguns instantes. Coloque a farinha e misture bem.
    3. Em seguida adicione o caldo de carne, os champignon, as pápricas e o sal. Em fogo baixo, deixe isso apurar por uns 10 minutos.
    4. Com o fogo já desligado coloque o creme de leite e misture bem. Sirva com arroz e batata palha.

     

  • Drama,  Salgados

    Drive & Pizza de Aliche

    Drive, do diretor dinamarquês Nicolas Winding Refn, surpreende pelo passeio que dá na história do cinema. Temos referência incríveis, como o eterno palito no canto da boca que lembra Clint Eastwood, com seu cigarrinho nos épicos filmes de western. Também cenas de violência inesperada, dignos de uma filmagem de Brian de Palma, completados por tiroteios doidos à la Quentin Tarantino. De Taxi Driver à Scarface ele vai até a corrupção de Abel Ferrara. E como não lembrar da cena do martelo de Oldboy? Sem dúvidas, a Palma de Ouro de melhor direção no Festival de Cannes de 2011 foi pra lá de merecido.

    Eu não participo do roubo e não porto armas. Eu dirijo.

    O filme foi baseado no livro de James Sallis, que ainda não tive a oportunidade de ler, e uma trilha sonora que transborda anos 80 feita por Cliff Martinez.

    Fato é que o protagonista, vivido por Ryan Gosling, não tem nome. Ele é apenas o motorista. Um homem que ganha a vida entre ser dublê de filmes de ação e mecânico em uma oficina. A noite ele é motorista contratado para dirigir em assaltos e fugas. Não se sabe de onde veio, quem é, se tem família, nem o que espera da vida. Ele apenas está ali vivendo um dia após o outro até o momento em que cai nos encantos de sua vizinha Irene e sua vida dá uma bela mudada.

    Drive-Stills-carey-mulligan

    Irene (vivida pela extraordinária Carey Mulligan, de Shame) é mãe de um menininho e mulher de um cara que está na prisão por conta de um assalto mal sucedido. No maior estilo precisodeproteçãoeajuda, ela cai nas graças do calado vizinho motorista.

    Acredito que o papel de Ryan foi muito bem concebido pelo diretor, por vezes, as poucas palavras dele irritam, mas por outro lado, a maioria das cenas não precisa de diálogo nenhum. Incrível como isso fica genial na condução do filme, enquanto a tensão toma conta.

    Com a saída do marido de Irene da prisão, as coisas começam a se complicar. Tudo que se esperava de um romance bonito é fadado automaticamente a ruína. Standard (sim, é esse o nome do marido) está precisando acertar as contas de uma proteção que recebeu na prisão. É intimado a fazer um ‘último assalto’ para pagar a dívida. Preocupado com a segurança de Irene e do filho, o nosso anti-herói se dispõe a dirigir o carro na fuga.

    drive-stills-carey-mulligan-2

    Sabe aquela coisa de não sei porque me meti nisso e agora mesmo querendo não tenho como sair? Pois é.
    O filme tem a melhor cena (evah!) de fuga de carros da história do cinema. Se não me engano, acho que só me segurei na cadeira desse jeito em Ronin.
    Na enigmática e tão destacada jaqueta que exibe um escorpião, temos uma forte referência ao conto de Esopo. Nem mesmo a mais doce pessoa vai contra sua natureza. É essa a idéia central.
    Para mim, foi um dos melhores filmes de 2011.
    Fica a pergunta: quem arriscaria tudo pela única coisa que aprendeu a amar?

    Preciso ir a um lugar agora. Acho que posso não voltar mais.
    Eu só queria que soubesse que estar ao seu lado foi a melhor coisa que me aconteceu.

    No filme temos a Pizzaria do Nino que nada mais é que um centro de lavagem de dinheiro da máfia local. Sendo assim, não poderia eu deixar de fazer uma pizza para acompanhar o filme.

    Estava a procurar uma massa de pizza bem prática, daquelas que a gente pode fazer em um piscar de olhos quando dá fome no meio do nada e não tem muitas coisas em casa. Foi então que perguntei as minhas queridas amigas e blogueiras: alguém tem uma receita de pizza bem boa? Priscila Darre do Culinarístico me disse: a da minha sogra. Eis então que testei e aprovei a massa. É muito fácil de fazer e fica saborosíssima. Vamos lá?

    ppizza_drive

    Pizza de Aliche

    Prep Time: 60 mins
    Cook Time: 30 mins
    Serve : 2

    Ingredientes

    • Massa: 2 xícaras de farinha de trigo
    • 2 colheres de azeite de oliva
    • 1 pitada de sal
    • 1 pitada de açucar
    • 1 colher de sopa de fermento instantâneo (tipo Royal)
    • Agua morna suficiente para ‘dar liga’ (usei mais ou menos 1/2 xícara)
    • Recheio: 1 tomate grande
    • 1 pitada de sal
    • 1 dente de alho
    • 1 pitada de orégano
    • 250 g. de queijo mussarela 40 g. de files de aliche (cerca de meio vidrinho) Azeitonas Cebolas roxas em rodelas
    • 40 g. de files de aliche (cerca de meio vidrinho) Azeitonas Cebolas roxas em rodelas
    • Azeitonas Cebolas roxas em rodelas

    Method

    1. Massa: Leve todos os ingrediente secos para uma bacia e misture. Adicione o azeite e vá colocando água até conseguir uma consistencia uniforme – nem muito seca, nem muito molhada. Deixe descansar por 20 minutos. Molho: Bata todos os ingredientes no liquidificador. Reserve. Montagem: Passados os minutos de descanso, abra a massa em uma bancada enfarinhada. Leve ao forno pré-aquecido a 180º por 10 minutos. Vire a massa. Espalhe o molho de tomate, a mussarela, os filés de aliche, as azeitonas e por fim as cebolas. Forno por mais uns 10 minutinhos e está pronta pra ser servida regada por um bom azeite. Rende 1 pizza redonda de 35 cm.
  • Drama,  Salgados

    Take this Waltz & Kebab de Frango

    Aqui no Brasil Take this Waltz tem o nome de “Entre o amor e a paixão”, enquanto o título original se refere a uma das músicas que compõem a trilha sonora, lindamente escrita e interpretada por Leonard Cohen, que por sua vez se inspirou em um poema de Frederico Garcia Lorca chamado “Pequeño Vals Vienés”. A música fala de uma valsa oferecida a alguém, como um ato de coragem, um convite ao viver. Obviamente tem tudo a ver com o filme em si que trata de arriscar um casamento de alguns anos com uma paixão surgida no meio de um voo e uma carona em um táxi.

    A vida tem um vazio, simplesmente tem.
    Você não sai feito louca tentando preenchê-lo.

    Michelle Williams me impressiona. A garota que conhecemos ainda jovem na série “Dawnson’s Creek” se transformou em uma grande atriz. Ainda mais admirável a cada interpretação. Ela é Margot. A esposa jovem, criativa, que faz bolos, depois senta no chão, encosta a cabeça no forno e fica olhando os bolinhos crescerem. Margot é uma garota moderna e colorida. Tem um jeito de menina. No início do filme não sabemos ainda porque guarda uma tristeza qualquer no seu olhar.

    Às vezes estou andando pela rua e um raio de sol ilumina a calçada
    Sinto vontade de chorar…
    E um segundo depois, isso passa. E aí eu deixo de lado, porque sou uma adulta…É apenas uma tristeza passageira.

    Seth Rogen é Lou, o marido. Um cozinheiro nato e escritor de livros de Gastronomia sobre frangos. Sim, ele só fala sobre frangos e suas infinitas variações culinárias. O frango serve de metáfora para a situação atual do casamento, em um momento que Margot abraça o marido no meio da cozinha, com um ar de romantismo e tentando resgatar aquela paixão que todos os inícios de relacionamento tem.

    – Eu peguei toda a minha coragem e você me deixou total e completamente sem coragem.
    – Você precisa de coragem para seduzir o seu marido?
    – Sim. É preciso toda a coragem do mundo.
    – Isso é ridículo!
    – Ah, é?
    – Então por que você me prova que sempre tenho razão?
    – Quando sinto que assumo um grande risco, consistentemente você me prova que eu tinha razão e que o risco é maior do que posso lidar. – Mas de que… porra…você está falando?
    – Só estou fazendo frango.
    – Você sempre faz frango.

    Ela conheceu um homem no avião, durante uma pequena viagem. Ele sentou ao lado dela e, sem querer, ela ficou olhando ele dormir. Pois foi aí que se deu a confusão mental toda, quando o papo começou e a identificação foi imediata. Como lidar com tudo isso, quando ao dividir um táxi, eles se dão conta que são vizinhos? Complexo.

    Take this Waltz nos faz ficar em dúvida se ela deve ou não continuar o casamento ou seguir em um novo romance. Seria aquele cara o homem da vida dela ou não?
    Sarah Polley mora no meu coração. Desde a meiguice interpretada em “Minha vida sem mim“ até seu primeiro filme como diretora (que está por aqui já) “Longe dela”. Na direção de Take this Waltz ela consegue mostrar uma visão romântica e ao mesmo tempo crua das relações humanas. Cenas memoráveis, como a do carrinho no parque de diversões, se misturam com uma fotografia incrível de Luc Montpellier e uma cozinha que dá vontade de morar dentro. Com maestria ela desenvolve a tomada de uma decisão sem envolver uma traição. Não há traição no filme. Há diálogos incríveis e profundos, onde se diz o que se quer e o que se pensa, sem ao menos tocar um ao outro. Isso me lembrou muito Kar-wai em “In the mood for love”. Delicadeza: é isso que poderia definir o novo filme da diretora canadense.

    O filme fala de decisões, correr riscos, viver algo que se tem vontade, perder a razão ou encontrar a verdadeira felicidade em estar só.

    – Às vezes me dá vontade de algo novo. O novo é brilhante.
    – O novo se torna velho.

    Um beijo especialíssimo para a Dai Dantas, minha amiga, minha irmã, que tem uma identificação tão grande comigo que me indicou o filme e sabia que eu iria amar da forma que amei!
    Não poderia eu fazer outra receita que não algo com frango, né?

    kebab_de_frango

    Kebab de Frango

    Prep Time: 30 mins
    Cook Time: 15 mins
    Porções: 4

    Ingredientes

    • 1 peito de frango sem pele e sem osso
    • 1/2 pimentão verde (cortado em cubos grandes)
    • 1/2 pimentão amarelo (cortado em cubos grandes)
    • 1/2 cebola (cortada em cubos grandes)
    • 1 1/2 colheres de sopa de azeite de oliva
    • 1 1/2 colheres de sopa de suco de limão
    • 1/2 – 1 colher de chá páprica (se você gosta de picante, use 1 colher de chá)
    • 1/2 colher de chá de pimenta em flocos
    • 1/2 colher de chá de cominho em pó
    • 1/4 de cebola pequena bem picada
    • 2 dentes de alho
    • 1/4 colher de chá de sal
    • 1 colher de sopa de folhas de salsa fresca
    • 2 colheres de sopa de azeite de oliva (para grelhar)

    Modo de Preparo

    1. Corte os cubos de frango, seque em um papel toalha e deixe marinar na mistura dos ingredientes por uma hora. Intercale cubos de frango com o pimentão verde e amarelo em um espeto de madeira/bambu ou metal, o que tiveres disponível em casa.
    2. Leve para grelhar. Possibilidades para grelhar: uma churrasqueira, no forno, grelha estilo frigideira no fogão ou em uma grelha elétrica. Eu optei por fazê-los em uma grelha que vai em cima do fogão. Vá pincelando com o azeite de oliva e virando os espetinhos até que fiquem corados e cozidos. Use fogo médio para que não fiquem corados por fora e crus por dentro.

    Obs:

    Receita original do Kebab do site Rasa Malaysia
  • Documentário,  Salgados

    Jiro Dreams of Sushi & Hot Roll

    Jiro Ono é um senhor de 85 anos que trabalha desde os 10. A noite sonha com Sushi e quando acorda, anota todos os detalhes para poder aperfeiçoar seu trabalho.

    Jiro Dreams of Sushi é um documentário dirigido por David Gelb e conta a história de Jiro, o proprietário e fundador de um pequeno restaurante sitiado em Tóquio, chamado Sukiyabashi Jiro, que tem nada menos que as tão ambicionadas 3 estrelas do Guia Michelin.

    Vou continuar a subir, tentar atingir o topo, mas ninguém sabe onde o topo está.
    (Jiro Ono)

    Para os amantes do Sushi esse documentário é praticamente uma tortura.

    Jiro e sua equipe buscam aprimorar diariamente as técnicas da feitura dos sushis. Os melhores ingredientes, os fornecedores perfeitos, a execução impecável e uma obstinada busca pela melhora do serviço e atendimento.

    O restaurante tem lugar para 10 pessoas apenas. Atende só com reservas, que chegam a mais de um mês de antecedência. A conta não é menos de 30.000 ienes, ou seja, coisa de 800 reais por pessoa.

    Mas o documentário não trata apenas do melhor Sushi do mundo. Fala da obstinação de um homem em busca da perfeição, do amor pelo que se faz, da criação dos filhos (o mais velho que é seu sucessor no restaurante, enquanto o mais novo já abriu o próprio negócio) e é uma verdadeira lição de vida. Confesso que fiquei com vontade de abraçar o Sr. Jiro quando terminei de assistir.

    Um grande beijo pra Daiane Dantas e a Renata do Amaral, que também me pediram para assistí-lo.

    Para esse post eu resolvi combinar com uma receita de Hot Roll, que na verdade nada mais é que um sushi frito. Eu gosto muito da comida oriental (e de tudo que de lá vem, como já devem ter notado) mas ainda não sou grande entusiasta de comer os sushis crus. Porém, sou um tanto quanto viciada no famoso “Hot Philadelphia” que servem nos restaurantes japoneses.

    Hot Roll

    Tempo de Preparo: 120 min
    Tempo de Coz: 60 min
    Porções: 24 peças

    Ingredientes

    • 1 xíc. de arroz para sushi (usei o curto)
    • 1 xíc. de água

    Para temperar o arroz:

    • 6 colheres de sopa de vinagre de arroz (ou tempero para sushi da Azuma)
    • 2 colheres de sopa de açúcar
    • 1 colheres de sopa de mirim
    • 1/2 colher de chá rasa de sal

    Para montar:

    • 200 g de salmão em fatias finas
    • 3 folhas de nori (das grandes)
    • 100 g de Cream cheese de sua preferência

    Para empanar/Fritar:

    • 1/2 xíc. de cerveja gelada
    • 8 colheres de farinha de trigo
    • 150 g de farinha de mandioca fina ou Panko
    • Óleo de girassol para fritar

    Method

    1. Primeiro você tem que lavar o arroz até a água sair translúcida. Faça isso quantas vezes forem necessárias. Depois disso, deixe o arroz de molho por 30 minutos. Passado esse tempo, escorra a água e coloque o arroz para cozinhar em 1 xícara de água em fogo alto até levantar fervura. Baixe o fogo e deixe por mais 15 minutos com a panela tampada. Verifique se a água secou completamente, desligue o fogo, cubra com um pano limpo e deixe descansar por mais 10 minutos. Coloque o arroz em uma travessa grande (de preferência a um recipiente não térmico, como plástico, metal, para que o calor se dissipe rapidamente) então comece a temperá-lo e inciar o processo de esfriamento.Em um recipiente misture os ingredientes do tempero. Vá jogando em cima do arroz a mistura e não pare de mexer com movimentos gentis, para não quebrar os grãos. Se quiser usar o auxílio de um ventilador será mais rápido o processo. Fique mexendo o arroz até que ele esfrie completamente. Reserve com um pano úmido em cima.
    2. Forre uma esteira de enrolar sushis com um filme ou saquinho plástico Coloque a folha de nori. Com as pontas dos dedos umedecidas na água, vá colocando o arroz, com mais ou menos 0,5 cm de altura, deixando 2 dedos da borda para fechamento. Na parte superior, coloque os filetes de salmão e o cream cheese em cima. Agora chegou a hora de enrolar o sushi. Veja vídeo abaixo. Ok, rolls prontos, vamos empanar.
    3. Misture 6 colheres de farinha na cerveja formando uma pasta. Passe os rolls na farinha de trigo e depois mergulhe na pasta de cerveja, em seguida passe na farinha de mandioca e frite em fogo médio. Vá rolando ele pela frigideira até que estejas com a massa toda dourada. Coloque para escorrer o óleo em um recipiente com papel toalha. Para cortar direitinho, molhe o fio da com água, para que não grude o arroz, corte ao meio, depois em 2, depois em mais 2 novamente e terás 8 hot rolls o/. Decore com nirá (cebolinha japonesa) picada. Sirva com molho Tarê. Essa receita rende 24 peças.

    Obs:

    Como fica difícil de explicar como faz para enrolar o sushi acho mais fácil mostrar para vocês em um vídeo que achei no Youtube: Como enrolar sushis
  • Doces,  Drama

    Toast & Torta de Limão

    Toast é uma biografia do chef inglês Nigel Slater.

    Não importa quão ruim fiquem as coisas,
    é impossível não amar a pessoa que fez torradas para você.
    Depois de morder aquela superfície crocante e aquela massa suave
    que fica por baixo e saborear a manteiga
    quente e salgada, você está perdido para sempre.

    Desde pequeno Nigel era um apaixonado pela Gastronomia, escondido embaixo das cobertas se delicia olhando livros de culinária. Enquanto isso, sua querida mãe, não tem a mínima habilidade na cozinha, então faz torradas.

    Quase tudo acaba em torradas na casa dos Slater. Com um pai autoritário e controlador, Nigel não consegue desenvolver as idéias que tem com a mãe, já que ela está doente e não há um apoio do Sr. Slater com os desejos culinários do seu único filho.

    Ao perder a mãe, Nigel tem um novo problema: Ms. Potter. A moça que começa a trabalhar na casa deles é vivida pela sensacional Helena Bonham Carter. De faxineira passa a ser a nova mulher de seu pai.
    Quando ele cresce um pouco mais e começa a cozinhar nas aulas da escola, os dois iniciam uma batalha de quem faz a melhor comida ou sobremesa, disputando assim a preferência do pai que, por sua vez, não aguenta mais comer.

    O filme tem cenas hilárias e outras um tanto quanto emocionantes. Difícil segurar o choro quando o pequeno Nigel dança com o vestido da mãe ao som de “If you go away” (uma versão em inglês da belíssima “Ne me quitte pas”). Aliás, toda a trilha sonora é sensacional.

    O que fazer quando já não se tem mais nada só a vontade de fazer o que se ama? Toast é uma lição de vida, do arriscar, fazer as malas e sair porta afora, apenas com um ideal na cabeça e muita vontade no coração (sim, essa frase ficou clichezão, mas não tenho outra forma de expressar o que senti, haha). E foi assim que Nigel se tornou quem é hoje. Um cara de sucesso e, o mais importante, que ama o que faz.

    Hoje vamos fazer a torta que ele passa o filme todo tentando descobrir a receita. Na verdade eu também passei o filme todo tentando. Foi então que me deparei com algo bem parecido no blog A Cozinha Coletiva (recomendo muito a visita ao blog). Vamos lá?

    torta_toast

    Torta de Limão

    Prep Time: 60 mins
    Cook Time: 30 mins
    Yields: 4

    Ingredientes

    • 250 g. de farinha de trigo
    • 125 g. de manteiga picada
    • 125 g. de açúcar
    • 1 ovo
    • 1/2 xícara de suco de limão siciliano
    • Raspas de 2 limões sicilianos
    • 100g de açúcar
    • 4 gemas
    • 3 colheres de sopa de maizena
    • 1 colher de sopa [15g] de manteiga.
    • 4 claras
    • 200 g de açúcar

    Mode de Preparo

    1. Massa: Peneire a farinha e o açúcar e misture ambos. Abra uma pequena cova no meio e coloque a manteiga amolecida. Em seguida junte o ovo. Una os ingredientes (sem sovar) até que estejam misturados. Leve a geladeira, envolvido em um filme plástico, por 30 minutos. Após esse período, forre uma forma de 22 cm com a massa. Leve ao forno a 180º por uns 20 minutos ou até ela ficar dourada.
    2. Recheio: Complete com água o suco de limão até obter 300 ml. Leve ao fogo com as raspas e o açúcar. Dissolva a maizena em um pouquinho de água e adicione a mistura. Mexa até ferver e engrossar. Retire do fogo e deixe esfriar um pouco. Em seguida despeje as gemas peneiradas batendo rapidamente (para que elas não formem grânulos). Adicione a manteiga e mexa até que fique homogêneo.
    3. Montagem: Com a massa já pré-cozida, adicione o recheio.
    4. Cobertura: Bata as claras em neve bem firmes e adicione o açúcar aos poucos. Você terá um belo merengue brilhante. Espalhe em cima da torta formando um bico. Eu usei o saco de confeitar (eu e ele não nos damos muito bem, mas seguimos tentando fortificar nossa amizade).
    5. Leve ao forno pre-aquecido até o merengue ficar dourado. Depois de fria, leve a geladeira e sirva bem geladinha!