Filmes

  • Drama,  Salgados

    Os Sabores do Palácio & Frango com Batatas

    Hortense Laborie (Catherine Frot) era uma chef que vivia tranquilamente em sua fazenda no Condado de Périgord, um belo dia recebe um telefonema do assessor do ministro da Cultura francês chamando-a para uma reunião onde a convidava para ser a chef da cozinha privativa do presidente, Francois Mitterand (Jean d’Omersson).

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    “Quero comida francesa verdadeira, simples, de terroir. Me dê o melhor da França”
    (Presidente Mitterand)

    O filme é praticamente todo ambientado no belíssimo Palais Elysée, onde Hortense era uma das únicas mulheres no grupo masculino e hostil que existia nas cozinhas do Palácio. Difícil, não? Muito.

    Os sabores do palácio é baseado na história real da vida de Danièle Mazet-Delpeuch, a chefe que por dois anos foi a cozinheira do Palácio. Depois disso ela se isolou em uma base científica na Antártida, onde durante 1 ano fazia comidas para os funcionários de lá.

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    Após essa aventura Danièle, começou a escrever o livro “Carnets de cuisine du Périgord à l’Elysee” – no qual o diretor Christian Vincent se baseou para o roteiro do longa que falamos hoje aqui.

    O filme é de uma riqueza de detalhes, principalmente ao abordar o amor de Laborie pela cozinha. Uma das melhores cenas, ao meu ver, é a execução do ‘Le chou farci au saumon braisé aux petits lardons’, que é magistralmente filmado passo-a-passo. Um deleite para os amantes da gastronomia. Você tem sérias vontades de correr para a cozinha e fazer igual.

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    A amizade que se forma entre Madame Laborie (como gosta de ser chamada) e o Presidente Mitterant é tão gostosa de se ver, o nobre senhor de gostos simples que pede que ela faça comidas com sabor de infância é uma gentileza só. Cada cena que eles compartilham algum prato ou uma simples taça de vinho nos leva a uma alegria tal como um colo de avó.

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    É um filme despretensioso e leve que, além de comida, trata muito das relações humanas, as amizades que surgem de onde se menos espera, das descobertas que temos durante a vida e a busca eterna da satisfação pessoal, seja ela em um cargo de chef ou cultivador de trufas e cogumelos cheirosos. Vale cada um dos 95 minutos.

    Trailer:

    Vocês deviam estar imaginando que eu faria um belo Magret de pato com molho agridoce, acompanhado de batatas sarladaise ou ainda um trabalhoso Saint Honoré de sobremesa?
    Não. A ideia que eu tive para acompanhar esse filme, que foi o que ele me passou, foi uma comida que me remetesse ao conforto, da infância, de casa, como o Presidente queria se sentir ao comer as comidas de Hortense. E o que me leva a esse estado de graça é frango com batatas. E você? Qual sua melhor memória gustativa da infância? Qual cheiro que te leva pra casa de sua avó, mãe ou almoço de família?

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    Frango com Batatas

    Tempo Preparo: 80 min
    Tempo Coz: 60 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • 4 sobrecoxas de frango (com pele)
    • 1 colher de sopa de sal
    • 1 colher de sopa de pimenta do reino
    • Alecrim fresco a gosto
    • 8 dentes de alho inteiros e com casca
    • Azeite de oliva
    • Manteiga em cubinhos
    • 300 g de batatas
    • 1 1/2 litro de água

    Modo de Fazer

    1. Disponha as sobrecoxas sobre uma superfície e dê alguns talos na carne (na parte de dentro, do osso e não da pele) para que o tempero possa penetrar mais e ela cozinhe por igual depois. Espalhe o sal, pimenta do reino e regue com azeite. Espalhe bem por todos os lados.
    2. Em uma frigideira bem quente, coloque um pouco de azeite e sele o frango dos dois lados por aproximadamente 3 minutos de cada lado. Acomode-as em uma forma que possa ir ao forno.
    3. Descasque as batatas e leve para ferver em uma panela cheia de água por mais ou menos 15 minutos, ate que fiquem macias, porém, não totalmente cozidas. Escorra.
    4. Coloque as batatas na forma junto com o frango, regue com azeite e pequenos pedacinhos de manteiga em cima delas.
    5. Coloque os dentes de alho no meio delas e os ramos de alecrim.
    6. Forno pré-aquecido a 180º, deixe por mais ou menos uns 40-60 minutos, sempre dando uma olhadinha, regando as coisas todas com o caldo e virando as batatinhas.

    Sirva com:

    Arroz e uma bela salada. Com uma farofinha também cai super bem. Bom apetite.
  • Comédia,  Drama,  Romance,  Salgados

    Minhas Tardes com Margueritte & Espaguete com Almôndegas

    O filme de Jean Becker, estrelado por Gérard Depardieu nos leva pela mão a conhecer a história de uma bela amizade. Margueritte (Gisèle Casadesus) é uma senhora que está na casa dos 90 anos, muito culta e leitora árdua, ela senta todas as tardes na praça da cidade dá comida aos pombos enquanto desfruta da literatura.

    Nas histórias de amor há mais que amor.
    Às vezes não há nenhum “eu te amo”, mas se amam.

    Em uma dessas belas tarde, Margueritte conhece Germain Chazes (Depardieu) no parque. Eles começam a conversar sobre a vida, os pombos e ela está a ler um livro. “A peste” de Albert Camus é um dos livros que junta essas duas vidas.

    Margueritte, uma amante das letras, apresenta para Germain a magia das palavras. Ele, que era um semianalfabeto, se encanta pela literatura.

    Como a senhorinha já era bem idosa e estava a perder sua visão, ele se propõem a ler para ela o que ela já não conseguia mais fazer. O que cria um grande elo de amizade bonita e profunda entre os dois.

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    Em “La Tête en Friche” (título original) os problemas do personagem de Depardieu são muito bem explicados com mini-flashbacks sobre sua infância, onde sofria preconceito na escola e também em casa, refém de uma mãe maluca e que só colocava ele para baixo.

    O filme nos traz aquela sensação que sempre haverão pessoas lindas e boas para se conhecer por aí, mesmo que achamos que já não restam mais almas leves e sensacionais. Existem. Pode ser aquele velhinho no banco da praça, ou aquela senhorinha na parada do ônibus. Nunca se sabe. =)

    Trailer:

    No restaurante/bar que Germain costuma encontrar com os amigos, em uma cena, é servido um belo prato de espaguete. Como eu gosto de dar um tchan no negócio todo, resolvi fazê-lo com almôndegas, que é um dos pratos prediletos para os domingos lá em casa. Vamos a receita?

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    Espaguete com Almôndegas

    Prep Time: 15 mins
    Cook Time: 30 mins
    Yields: 18

    Ingredientes

    • Para as almôndegas:
    • 400 g de carne moída
    • 1/2 cebola
    • 1 dente de alho
    • 1 ovo
    • 1 colher de azeite
    • 1 colher de molho inglês
    • 2 colher de salsa picada
    • Pimenta moída na hora a gosto
    • 1 colher de sobremesa de sal
    • 2 colheres de sopa de farinha de trigo
    • Para o molho:
    • 1 cebola grande picada
    • 2 dentes de alho picados
    • 2 latas de tomates pelados
    • 2 xícaras de água fervente
    • Sal e Pimenta do reino a gosto
    • Para o espaguete:
    • 500 g de espaguete de sua preferência
    • 1 colher de sopa de sal
    • 2 litros de água fervente
    • Queijo parmesão ralado para finalizar

    Modo de Preparo:

    1. Comece picando bem a cebola e o alho (eu costumo colocar tudo no processador que fica bem miudinho). Em um recipiente, coloque a carne moída e os demais ingredientes. Misture bem até que tudo esteja incorporado. Molde as almôndegas com as mãos úmidas.
    2. Em uma frigideira com fio de óleo aquecido sele as almôndegas de ambos os lados. Reserve.
    3. Para o molho refogue a cebola e o alho até ficarem corados. Em seguida junte os tomates pelados (passados pelo triturador ou mixer – ou ainda amassados com um garfo), o sal, a pimenta e água. Deixe ferver por alguns minutos até que fique com uma consistência mais densa. Junte as almôndegas e deixe refogar por mais uns 15 minutos em fogo baixo – se necessário, acrescente um pouco mais de água fervente.
    4. Cozinhe o macarrão na água fervente, com o azeite e o sal. Veja o tempo para atingir a consistência al dente na embalagem do mesmo.
    5. Junte o molho a massa e salpique com queijo parmesão ralado.
  • Doces,  Drama

    Philomena & Bolinhos Cerveja Stout

    Meados dos anos 50, em uma Irlanda muito católica Philomena fica grávida de seu primeiro filho, depois de uma aventura ingênua e amorosa com um menino por quem se apaixonou.

    Como “castigo” ela é enviada pela família a um Convento, onde começa a viver com as freiras e tem seu filho tomado dela (através de uma ”adoção” forçada) e é levado por um casal de americanos.

    Isso era uma prática comum na época, onde as freiras acolhiam os bebês e a mãe teria que pagar 100 libras ou passar 4 anos trabalhando para o convento (em um regime de escravidão, praticamente) para pagar o que foi feito por ela e seu filho.

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    Poderia ser um enredo piegas, cristão (ou anti-cristão) e já visto em tantos outros filmes, mas não é. A história verídica de Philomena Lee foi roteirizada e filmada com toques de humor e drama, que se misturam ao decorrer do filme que foi levado de forma incrível pelos dois atores que o protagonizam, Julie Dench (como Philomena) e Steeve Coogan (o jornalista Martin).

    Passaram-se 50 anos desde que ela teve que entregar seu filho e ela tomada claramente pela Síndrome de Estolcomo, se sentia culpada por tudo e dava muitas desculpas (e razão) a atitude das freiras e dos costumes da época. Tentando achar o filho ela acaba por conhecer o jornalista Martin, que está desempregado, é ateu, cínico e está cansado da vida, mas sente ali que existe uma oportunidade financeira de lhe render uma boa história e um bom livro. Assim Martin começa a ajudá-la.

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    O longa é baseado no livro The Lost Child of Philomena Lee, que foi escrito próprio Martin Sixsmith. O diretor Stephen Frears conseguiu fazer dele uma verdadeira crítica em sua adaptação para o cinema, e também, uma denúncia a esse tipo de acontecimento que envolvia a Igreja Católica, onde ainda hoje existem milhares de mulheres irlandesas que procuram seus filhos perdidos naquela época.

    A primeira classe não te faz uma pessoa de primeira classe…acho que ele deveria tomar uma boa surra!

    Interessante é que mesmo Martin sendo tudo que citei acima, ele é um homem de um grande coração e que não mede esforços para ajudar Philomena a atingir seu objetivo. E por outro lado está Philomena toda crente, perdoando as atitudes das freiras e colocando toda a culpa em si mesma. Dessa mescla de valores e atitudes é que surgem grandes diálogos e alguns bem engraçados.

    Será que Philomena vai achar o filho?

    Gostaria muito de dizer que eu agiria como Martin com as freiras quando eles lá chegaram em busca de informações e respostas. Depois que virem o filme (e para os que já viram) venham me contar o que fariam também. – apenas um desabafo – pois essa foi a parte que mais me indignou no filme todo, como a crença e a religião podem cegar tanto alguém ao ponto dela levar a culpa do que nem tinha.

    Trailer:

    Em um momento bem importante e decisivo do filme, uma harpa irlandesa traz a resposta que precisavam. Essa harpa, que é simbolo da cerveja Guinness, a qual Martin tomava um Pint com maior gosto, foi que me fez ter a ideia do que poderia acompanhar esse filme: um bolo de cerveja stout. Como a Guinness anda em falta aqui nessa bela cidade de Porto Alegre, resolvi usar uma outra cerveja do mesmo estilo, só que de outra cervejaria. Foi então que a Murphy’s Irish Stout caiu dentro do meu carrinho no supermercado e foi com ela que fiz a receita a seguir.

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    Na minha procura por receitas, lembrei que já tinha visto esse bolo adaptado de receita da Nigella no Technicolor Kitchen, então resolvi fazer fiel a receita original, pois não tinha leite em casa, sim, podem rir, eu não tomo leite, compro sempre para ocasiões específicas, só quando vou usar, mas creme de leite eu tinha.

    A Priscila do Culinarístico também tem uns bolinhos feitos de Guinness que sempre me deixaram com vontade.

    Vamos a receita?

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    Bolinhos de Cerveja Stout

    Prep Time: 15 mins
    Cook Time: 30 mins
    Yields: 18

    Ingredientes

    • Bolo: 250 ml cerveja Murphy’s
    • 250 gramas de manteiga sem sal
    • 75 gramas de pó de cacau
    • 400 gramas de açúcar refinado
    • 142 ml de creme de leite
    • 2 ovos grandes
    • 1 colher de sopa de extrato de baunilha
    • 275 gramas de farinha de trigo
    • 2 ½ colheres de chá de bicarbonato de sódio
    • Cobertura: 300 gramas de cream cheese
    • 150 gramas de açúcar de confeiteiro
    • 125 ml de creme creme de leite fresco

    Modo de Fazer

    1. Em uma panela leve a cerveja e a manteiga ao fogo até que a manteiga derreta. Deixe esfriar um pouco.
    2. Em uma tigela misture o cacau em pó e o açúcar, leve isso a panela que está a cerveja e misture com fouet. Bata os ovos, a baunilha e o creme de leite e junte a mistura toda. Por fim adicione o bicarbonato e a farinha misture bem.
    3. Leve ao forno pre-aquecido a 180º por 45 a 60 minutos. Fique de olho. Deixe esfriar completamente antes de colocar a cobertura.
    4. – Na batedeira leve o cream cheese e o creme de leite e bata até que fique uma consistência homogênea. Junte o açúcar e bata mais alguns minutos.

    Observação importante:

    Fiz meia receita e rendeu 11 bolinhos, para uma forma de 23 cm redonda, faça uma receita inteira.
  • Drama,  Salgados

    Ela Vai & Abobrinha Recheada

    Gosto muito do cinema francês, ainda mais quando tem Catherine Deneuve. Emmanuelle Bercot, que escreveu e dirigiu o filme, sempre deixou claro sua admiração pela atriz e ficou entusiasmada ao fazer esse filme com Deneuve.

    Bettie (Deneuve) é uma mulher de seus 60 anos, que dirige um pequeno restaurante junto com a mãe em uma pequena cidade do interior da França.

    Você vai ser bonita até no caixão.

    Um belo dia ela descobre que o homem do qual ela é amante deixou a esposa. O que ela pasma ao saber é que não foi por ela, mas sim, por uma jovem de 25 anos que está grávida dele.

    Sem muito rumo Bettie vai trabalhar no dia seguinte, quando no meio do expediente ela já não aguenta mais por estar tão perdida, devido ao abandono do amante, que resolve sair de carro para espairecer as ideias.

    Fato é que essa saidinha de carro acaba durando mais de uma semana. Nesse meio tempo, ela vai um bar comprar cigarros, onde acaba encontrando um bando de mulheres de meia idade muito doidas, mas muito queridas também, que a acolhem para sentar na mesa delas e também um jovem rapaz apaixonado pela vida e que não liga para diferenças de idade.

    Nessa inusitada viagem, ela acaba tendo que ir buscar o neto de 10 anos, que mal conhece, a pedido da filha que precisa viajar e não tem com quem deixar o menino.

    Começa então uma aventura muito engraçada, pois o menino, apesar de meio peralta é muito amoroso e carente, além de extremamente bem humorado.

    Bettie que foi miss Bretanha, como ela adora grifar, que não foi ao Miss França de 1969 pois estava confusa na época e não quis ir, tem mais um compromisso pela frente: a reunião das ex-misses das cidades francesas, que se encontrarão em um hotel, onde farão um calendário com as antigas beldades.

    Sem grana e sem comida, eles acabam indo ao Hotel e Bettie tem um surto, uma mescla de nervosismo e ansiedade, desmaia e acaba indo para o hospital. É lá que o avô paterno do menino vai buscá-lo, acabam se conhecendo e o resto é uma grande surpresa interessante.

    O filme é, acima de tudo, uma forma de mostrar ao mundo que deve-se envelhecer com dignidade. A idade não te faz feia nem carrancuda. Bettie é um exemplo que a beleza exuberante de Deneuve, apesar de uns quilos a mais e algumas rugas no rosto, não fazem com que ela deixe de ser uma bela e atraente mulher.

    Elle s’en va (título original) é um filme que mostra uma velhice otimista, onde se deve ser sempre quem se foi, sem recorrer a subterfúgios. Muito divertido e profundo ao mesmo tempo, aposto que vocês vão adorar. Um filme para pensar no que vem aí pela frente. =)

    Trailer:

    Em uma parte final do filme, Bettie está a cozinhar, coisa que ela adorava fazer, então ela aparece fazendo umas abobrinhas recheadas, as minhas não ficaram tão bonitas quanto as dela, complicado achar abobrinhas daquele tipo aqui no Brasil, mas tenho certeza que ficaram muito saborosas.

    Para quem não come carne, pode optar por fazer com recheio de queijos, que também ficará excelente. Vamos a receita?

    Abobrinha Recheada

    Tempo Prep: 30 min
    Tempo Coz: 20 min
    Serve: 1

    Ingredientes

    • 1 abobrinha
    • 150 g de carne moida
    • 1/2 cebola picadinha
    • 1 dente de alho
    • 2 colheres de sopa de requeijão
    • Sal Pimenta do reino
    • 50 g de queijo parmesão ralado
    • Azeite de oliva

    Modo de Fazer

    1. Refogue a carne moída no azeite, junte a cebola, o alho, tempere com pimenta e sal. Coloque o requeijão e reserve.
    2. Abra a abobrinha ao meio, retire o miolo delicadamente, leve para escaldar por 2 minutos em uma panela com água fervente.
    3. Em um recipiente que possa ir ao forno, unte com um pouco de azeite de oliva, acomode as abobrinhas, coloque a carne moída e o queijo parmesão. Leve ao forno para terminar de cozinhar a abobrinha e dourar o queijo. Com temperatura de 180º, dependendo do forno, por uns 15 minutinhos, fique de olho, pois ela não deve ficar molenga e sim firme e saborosa.
  • Salgados,  Suspense

    Sétimo Andar & Empanadas

    Estrelado por Ricardo Darín, Sétimo andar é um filme argentino de 2013.

    O filme conta a história de Sebástian (Darín) um advogado que, recém separado de sua mulher (Belén Rueda), vai buscar os filhos para levar ao colégio.

    Como sempre faziam, a contragosto da mãe, as crianças descem pelas escadas, numa espécie de brincadeira entre pai e filhos, para ver quem chegava mais rápido: as crianças correndo escada abaixo ou ele pelo elevador.

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    O filme é tomado por um ar de suspense quando o elevador de Sebástian simplesmente para no meio do percurso. Depois de alguns segundos volta a andar.

    Quando ele chega ao térreo as crianças ainda não estão. Ele chama por elas, brinca, pede para elas aparecerem, mas o que acontece é que as crianças simplesmente sumiram.

    Como podem ter sumido dentro do próprio edifício?

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    Começa então uma investigação entre os moradores, nas garagens, invadindo apartamentos, com a colaboração de um vizinho policial, vamos entrando nessa estranha história de um sequestro peculiar.

    Há apenas duas horas para conseguir o dinheiro solicitado e Sebástian mostra que é capaz de tudo para obtê-lo.

    Onde será que estarão as crianças?

    Trailer:

    Para acompanhar o filme de hoje trazemos para vocês uma das comidas mais populares na Argentina: as empanadas! Em parceria com o blog Marola com Carambola, a receita e fotos são das gurias de lá, que gentilmente aceitaram o convite de dividir por aqui esse lanche especial e portenho. Essas empanadas foram uma das postagens que o Marola com Carambola anda fazendo sobre os times que participarão da Copa do Mundo de Futebol, que esse ano será sediada no Brasil, e para cada time tem um petisco para curtir com o jogo. Dá um pulo lá e verás outras receitinhas!

    Empanadas de CarneEMPANADAS

    Empanadas

    Prep: 60 min
    Coz: 20 min
    Rende: 4 unid

    Ingredientes

    • Para a massa: 250 g de farinha de trigo
    • 50 g de manteiga sem sal em temperatura ambiente
    • 50 ml de água sal
    • Para Egg Wash: 1 gema, 1 colher de chá de shoyu, 1 colher de chá de azeite
    • Para o recheio: 300 g de carne moída
    • 1 cebola pequena picada
    • 1/2 pimentão picado
    • 1 ovo cozido
    • 1 dente de alho picado
    • Azeitonas picadas (opcional)
    • Salsinha picada a gosto
    • 2 colheres de sopa de óleo
    • Sal e pimenta do reino a gosto

    Modo de Fazer

    1. Recheio: Aqueça o óleo em uma frigideira grande, refogue a carne aos poucos. Reserve. Na mesma frigideira, refogue a cebola. Junte o alho e deixe dourar. Acrescente o pimentão, as azeitonas e a carne. Tempere com sal e pimenta a gosto. Se desejar. pode utilizar outras ervas que goste. Mexa e cozinhe por alguns minutos até que fique seco. Desligue, junte o ovo e a salsinha. Reserve e deixe esfriar antes de rechear a empanada.
    2. Egg Wash: Bata a gema com um garfo. Junte o azeite e o shoyu e misture bem.
    3. Massa: Em uma bacia, coloque a farinha e o sal. Junte a manteiga e misture bem com as mãos até virar uma farofa. Coloque a água aos poucos e passe a massa para a bancada enfarinhada. Trabalhe a massa até que desgrude das mãos.Se necessário acrescente mais farinha ou água. Abra a massa com um rolo, a espessura deve ser fina. E corte os círculos com a ajuda de um cortador, ou um pote redondo. Coloque o recheio e dobre ao meio. Feche com a ajuda de um garfo e pincele com o egg wash. Leve ao forno preaquecido a 200°C por 20 minutos ou até que esteja dourado.

    Obs:

    Amanda salientou que pode-se usar qualquer outro tipo de recheio, desde que seja bem sequinho, para não estragar a massa. 😉
  • julie e julia movie
    Biografia,  Drama,  Romance,  Salgados

    Julie e Julia & Quiche au Camembert

    Julie e Julia conta a história de duas mulheres: Julia Child (belissimamente interpretada pela Meryl Streep) uma mulher americana que mudou para a Paris no final dos anos 40, por conta do trabalho de seu marido e Julie Powell (Amy Adams) moradora de Nova York dos dias de hoje.

    Sabe o que adoro sobre cozinhar? É que depois de um dia que nada dá certo (e quando eu digo nada é nada mesmo), eu venho pra casa e sei que juntando gemas de ovos com chocolate, açúcar e leite vai virar um creme. É tão reconfortante.
    (Julie Powell)

    JULIE & JULIA.

    Julia uma mulher super ativa que acompanhava o marido Paul (Stanley Tucci) diplomata a França, não aguentava mais ficar em casa sem nada fazer e, como amava a culinária, resolveu entrar em um curso de culinária do Le Cordon Bleu. Surgiu daí a ideia dela escrever um livro para as mulheres americanas com receitas de comidas francesas.

    O livro que acabou se tornando um best-sellers de 1963, chamado Mastering the Art of French Cooking (1961), foi o começo da explosão de Julia Child na história da culinária americana. Depois disso ela começou a apresentar um programa na tv, no maior estilo que conhecemos aqui no Brasil com Palmirinha, Ana Maria Braga e Ofélia.

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    Julie apaixonada pela história e vida da lendária Julia Child começa um desafio: fazer as 524 receitas do livro em apenas um ano. Para isso ela começa um blog para relatar tudo isso, chamado The Julie/Julia Project.

    O filme e leve e bem humorado, contando com a excelente atuação (como sempre) de Meryl Streep, que carrega no sotaque e esbanja bom humor até aprendendo a cortar cebolas. Amy Adams, por sua vez, consegue dar vida ao amor que as pessoas que adoram cozinhar tem. O encantamento dela ao fazer cada prato e relatá-los no blog é sensacional.

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    O filme é uma adaptação de 2 livros: “Julie & Julia” de Julie Powell e “My life in France” de Julia Child com roteiro e direção de Nora Ephron.

    Bom, uma das receitas do livro Mastering the Art of French Cooking é de uma Quiche com queijo Camembert. Como tínhamos uma manteiga Elle & Vire e um belo exemplar de Queijo Camembert Emborg, que nos foi presenteado pela AllFood Importadora, resolvemos usá-los nessa receita.

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    Quiche au Camembert

    Preparo: 90 min
    Cozimento: 60 min
    Serve : 4

    Ingredients

    • 250 gr de farinha de trigo
    • 125 g de manteiga
    • 50 ml de água gelada
    • 3 ovos
    • 200 ml de creme de leite fresco
    • 125 g de queijo camembert
    • Sal e Pimenta do reino
    • Noz-moscada moída na hora 1 pitada de orégano
    • 1 pitada de orégano

    Modo de Fazer

    1. Em uma tigela coloque a farinha de trigo, pique a manteiga em quadradinhos e adicione a farinha. Vá mexendo até formar uma farofinha. Vá adicionando a água aos poucos até chegar a uma consistência firme. Não manipule muito a massa. Leve a geladeira por 2 horas envolta em um filme plástico.
    2. Pré-aqueça o forno a 180º.
    3. Abra a massa e coloque em uma forma. Coloque um papel manteiga forrando o fundo e coloque alguns feijões crus em cima, para fazer peso, assim a massa não cresce e permanecerá do jeito que queremos para colocar o recheio. Leve ao forno por 8 minutos.
    4. Nesse meio tempo vá preparando o recheio: corte o queijo em cubos. Em um recipiente bata os ovos, adicione o creme de leite, a noz-moscada, orégano, pimenta e sal. Mexa bem.
    5. Retire a massa do forno, coloque os cubos de queijo e jogue o creme feito em cima. Leve ao forno por uns 30-40 minutos. Fique de olho, quando estiver dourado, está pronto. Bon apetit!
  • Doces,  Drama

    Mary and Max & Nega Maluca

    O australiano Adam Eliot assina a direção e criação dessa belíssima animação que é Mary and Max. Toda feita de massinha, ela nos transporta para o mundo vivido por Mary uma menina solitária, de 8 anos, moradora da Austrália, que resolve abrir a lista telefônica, apontar o dedo em um nome e escrever uma carta para essa pessoa.

    (…) ele disse que eu teria que aceitar a mim mesmo, meus defeitos e tudo o mais e que nós não escolhemos nossos defeitos, eles são parte de nós e nós temos que viver com eles. Mas nós podemos escolher os nossos amigos e eu fico feliz por ter escolhido você.

    Essa pessoa era Max, um gordinho também solitário, morador de Nova York. Com a carta, Mary manda uma barra de chocolate e uma pergunta: “De onde vêm os bebês nos Estados Unidos”?

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    Baseado em uma história real, essa primeira carta iniciará uma amizade e uma série de correspondências que durará 10 anos. Quem nunca teve um amigo assim?

    Deus nos dá familiares. Ainda bem que podemos escolher nossos amigos.

    E o que esses dois tem tanto em comum? Uma forma depressiva de encarar a vida. Sendo assim, um começa a se tornar o consolo do outro com relação a vida. Das conversas mantidas nas cartas, falam de amor, da sociedade, da família, solidão, suicídio, alcoolismo, obesidade e a depressão. Max era um chocólatra assumido e era portador de Síndrome de Asperger – uma espécie de autismo – além disso gostava muito de cachorro-quente. Com seus 160 kg, o judeu nova-iorquino mora com um gato que faz o que bem entende e um peixe que vira e mexe morre e é substituído por outro, sempre usando o mesmo nome.

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    Uma troca incrível é vista nessa amizade que não tem meio termo: Mary e Max conversam das mais diversas coisas abertamente e ao longo dos anos vão conseguindo se manter de pé devido a isso. Mary está virando uma mulher e ele envelhecendo. Porém, a pureza e o profundo e sincero sentimento que há entre eles, só aumenta. É como aquela velha história de você poder conversar com alguém sem nenhum tipo de barreira ou sigilo, você simplesmente pode ser você.

    A fotografia é um caso a parte no longa: para o mundo de Mary temos tons marrons, já que era a cor preferida da menina, para o mundo de Max, temos os cinzas e pretos de uma grande cidade. As coisas que selam a amizade dão cor a história, como o desenho que Mary manda pra Max que fica colorido e uma toca para ele colocar em cima do quipá, aparece com o pompom vermelho.

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    Com essas pequenas simbologias, Eliot quer nos mostrar como a vida pode ficar colorida quando temos um amigo ao nosso lado. Ela fica mais leve, mais fácil de ser levada.

    Bem longe de ser uma animação para crianças, Mary and Max tem tamanha profundidade que você termina de vê-la e fica dias e mais dias pensando nisso. Posso até de dizer que anos. Ou até arrisco falar que você nunca vai esquecer esse filme.

    Trailer:

    Mary e Max amavam chocolate. Por isso hoje, trago junto a esse filme uma receita que me remete a amizade, que é uma Nega-maluca que aconchega os corações, com cobertura de leite condensado (também uma das coisas que Mary amava comer).

    Vamos nessa?

    nega maluca

    Nega Maluca

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 40 min
    Serve: 4

    Ingredientes

    • 3 ovos
    • 2 xíc. de farinha de trigo
    • 2 xíc. de açúcar
    • 1 xíc. de chocolate em pó
    • 1 xíc. de óleo (usei de coco)
    • 1 xíc. de água fervente
    • 1 colher de café de bicarbonato de sódio 1 colher de sopa de fermento em pó
    • 1 colher de sopa de fermento em pó
    • Cobertura: 1 lata de leite condensado
    • 4 colheres de sopa de creme de leite
    • 4 colheres de chocolate em pó Confeitos para decorar.
    • Confeitos para decorar.

    Modo de Fazer

    1. Pré-aqueça o forno a 180º.
    2. Peneire em uma tigela a farinha de trigo, o açúcar e o chocolate em pó. Misture tudo formando uma ”farinha” só.
    3. Bata os ovos até dobrarem de volume e ficarem espumosos. Adicione o óleo e um pouco da água, vá adicionando aos poucos a farinha, batendo bem. Vá colocando o restante de água e farinha até que termine. Coloque o bicarbonato e por fim o fermento em pó.
    4. Leve ao forno por aproximadamente 40 minutos.
    5. Cobertura: Cozinhe na panela de pressão o leite condensado contando 30 minutos quando iniciar a fervura. Deixe esfriar bem a lata para abrir. Misture o creme de leite e o chocolate em pó e adicione o leite condensado. Mexa bem até que fique tudo bem misturado. Espere o bolo esfriar, passe a cobertura e salpique com os confeitos.