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  • Doces,  Séries & TV,  Suspense

    Bates Motel & Panquecas Americanas

    Norma Bates, depois da morte de seu marido, resolve ir embora para uma cidadezinha do interior com o filho mais novo, Norman. Lá eles compram um antigo hotel de beira de estrada e então está feito o começo da primeira temporada de Bates Motel.

    Todos parecem felizes nos filmes em preto e branco. Até os vilões são mais felizes.

    Agora estamos na segunda temporada, com terceira já confirmada, então se você ainda não assistiu se jogue e comece agora!

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    Bates Motel é inspirado no clássico filme Psicose de Alfred Hitchcock. Diante disso, temos Norman, vivido pelo genial jovem ator Freddie Highmore (lembram dele em Toast?) – que deve estar fazendo Anthony Perkins aplaudir lá de cima a atuação – é um menino que apresenta certos comportamentos psicóticos e problemáticos, sempre muito apegado a mãe (Norma – aqui protagonizada pela excelente Vera Farmiga), entre um surto e outro de esquizofrenia os episódios vão contando cada vez mais os mistérios que rondam aquela família.

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    Com um ar soturno e o velho gostinho de uma trama policial, aliados com doses de suspense o idealizador da série Anthony Cipriano vai nos conduzindo pelos quartos do velho hotel, surgindo a cada episódio novos personagens e tramas.

    Assassinatos, corpos enrolados em carpetes, no porta-malas, um xerife enigmático (nosso pra sempreforevahquerido Ricarduuusss de Lost – Nestor Carbonell), amores adolescentes, entre outras dezenas de coisas fazem de Bates Motel uma série que você espera o próximo episódio ansiosamente a cada semana.

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    Para acompanhar a série eu recomendo Panquecas Americanas. Porque a cozinha de Norma é um local onde sempre rola um café da manhã bacana para seu querido filho e, onde também, temos algumas cenas bem chocantes. A cozinha é parte importante em Bates Motel.

    Então aproveitando o dia das mães que se aproxima, deixo aqui essa receita para vocês fazerem para suas mães no domingo. E gritem MOTHERRRRRR no maior estilo Norman, só pra dar umas risadas. Sabe como é, é preciso manter o bom humor e alegria aos domingos. A todas as mães desejamos um Feliz dia das Mães!

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    Dica:

    Lá no Culinarístico tem uma outra receita para vocês se inspirarem para o dia das mães: Mini Bolo de Cenoura com Óleo de Coco!

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    Panquecas Americanas

    Preparo: 30 min
    Cozimento: 15 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • 1 xícara de leite
    • 1 ovo
    • 1 xícara de farinha de trigo
    • 1 colher das de sopa de manteiga derretida
    • 1 colher das de sobremesa de açúcar
    • 1 pitada de sal
    • 1 colher das de sopa cheia de fermento em pó

    Modo de Fazer

    1. Bata o ovo, adicione a manteiga derretida, o açúcar e o leite. Vá adicionando a farinha aos poucos e mexendo. Por fim coloque o fermento. Aqueça uma frigideira com um bom anti-aderente e coloque um pouquinho de manteiga, deixe derreter e coloque uma porção de massa. Quando começar a formar pequenas bolhas na superfície vire. Deixe por mais um minuto e coloque em um prato. Faça isso até o final da massa.

    Obs:

    Sirva com Maple Syrup ou mel. Frutas também serão bem vindas para combinar.
  • Documentário,  Salgados

    O Mineiro e o Queijo & Pão de queijo de Liquidificador

    “O Mineiro e o Queijo” é um documentário de 2011 que mostra a produção artesanal do queijo em Minas Gerais que foi trazida pelos colonizadores vindos de Portugal nos meados do século dezoito.

    No estado de Minas hoje em dia, a fabricação do queijo é responsável pelo sustento de quase 30 mil famílias. O documentário mostra de forma poética os produtores e sua fabricações, com todo aquele jeito mineiro que não tem como não gostar. Eita gente querida e bonita!

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    Filmado na Serra da Canastra e Alto Paranaíba e dirigido por Helvécio Ratton, o documentário é é também uma forma de protesto contra as leis que prejudicam a produção, já que os queijos de Minas são fabricados com leite cru. No documentário temos a analise de produtores, fabricantes e pesquisadores sobre essa polêmica, que faz com que eles não possam ser ”exportados” para fora do estado.

    Trailer:

    Bom gente, nada melhor que combinar a indicação do documentário com uma receita de pão de queijo né? Porém, trago aqui uma forma mais fácil e prática de fazer pão de queijo, sem perder nem um pouco para o método tradicional: o pão de queijo de liquidificador.

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    Pão de queijo de liquidificador

    Preparo: 30 min
    Cozimento: 30 min
    Rende: 30-40 und

    Ingredientes

    • 4 xic. de polvilho doce
    • 2 xíc. de leite
    • 4 ovos
    • 1 colher sopa sal
    • 1/2 xíc. de óleo (usei de canola)
    • 1 xíc. de queijo parmesão ralado
    • 1 xíc. de queijo muçarela ralado (se vc tiver outro queijo pode usar também, ainda mais se for queijo de Minas!)

    Modo de Fazer

    1. Coloque no liquidificador os ovos, o leite, o óleo e bata. Adicione o sal. Junte o polvilho e bata por mais alguns segundos até que fique totalmente misturado. Em uma tigela, coloque a mistura e adicione os queijos. Misture bem e reserve. (Não gosto de bater os queijos junto no liquidificador porque eles ficam triturados.) Unte forminhas de empada com um pouquinho de manteiga, de muffins ou ainda de cupcakes, coloque massa até a metade e leve ao forno a 200º por volta de 20 minutos. Quando estiverem corados estão prontos.
  • Comédia,  Drama,  Romance,  Salgados

    Lola Versus & Lasanha de Brócolis

    Lola Versus é um filme de 2012 dirigido por Daryl Wein. É uma comédia romântica, desastrosa (no bom sentido) e divertida, para aqueles dias sem nada pra fazer, que vale cada segundo. Você, meu amigo e minha amiga que já tomaram um pé na bunda quando menos esperavam irão se identificar. Sabe aqueles filmes tipo o “500 dias com ela” que você vê várias coisas que já passou ou que ainda irá passar (mas ainda não sabe)? Então.

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    Greta Gerwig é Lola. Lola tem uma cara tão fofa que você ia querer ser amiga dela. Você entende Lola.

    Eu sei que está mudança é inevitável.
    Mas, eu se eu não quiser que as coisas mudem?
    E seu eu gosto da minha vida do jeito que ela é?
    (Lola)

    No início do filme vemos um relacionamento legal, cheio de risadas e planos de um casamento que se aproxima. Ela e o namorado (vivido por Joel Kinnaman – nosso querido Holder (The Killing) e atualíssimo Robocop) que é o namorado perfeito, estão prestes a se casar e no melhor momento do relacionamento. Até que há 3 semanas do casamento, aos 29 anos, Lola leva um pé na bunda do namorado, o qual foi seu primeiro amor, que conhece desde o ensino médio. Ele desiste de tudo sem muitas explicações. O que era um momento de alegria vira “o mundo contra Lola”.

    lola versus

    Nessa nova fase ela contará com o apoio da amiga Alice (Zoe Lister Jones – que além de atuar, assina o roteiro do filme) e Henry (Hamish Linklater – como não amar? Pra quem não lembra, ele é o excêntrico irmão de Christine em The new adventures of old Christine), de seus pais (que são ótimos!) e entre trancos e barrancos vai levando a vida, cometendo as mais diversas bobagens o que é super normal no estado que se encontra.

    Marc Webb consegue retratar com singeleza e sinceridade esse momento frágil da vida de uma pessoa, em que ela, machucada, se envolve com pessoas que não deve, toma porres homéricos e fala o que não deve.

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    O filme tem uma levada muito interessante, que nos faz rir de uma forma natural, sem forçação de barra ou apelos. Muito bem montado, foi bem aceito pela crítica e público, mas circulou fora do circuito comercial, ele nos mostra, apesar de todos os problemas, que todo mundo já passou por isso e não é o fim do mundo.

    É um momento para se redescobrir e depois amanhecer cheio de vontade de viver novamente. Pega na mão de Lola e vá assistir o filme.

    Trailer:

    Hoje para acompanhar o filme temos uma lasanha de brócolis e isso tem a ver com o aconchego que uma lasanha dá. Lasanha tem cara de colo de mãe, de abraço de amigo e de superação dos problemas. Eu acho que um bom prato de lasanha faria Lola feliz. Além do mais hoje é segunda e segunda é dia de ‘Segunda sem carne”. Por isso aproveite o clima para fazer esse prato hoje para o jantar. Vamos a receita?

    Lasanha de Brócolis

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 45 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • Para o molho bechamel: 2 colheres de sopa de manteiga
    • 3 colheres de sopa de farinha de trigo
    • 2 xícarás de chá de leite
    • Noz-moscada
    • Sal
    • Pimenta-do-reino
    • 50 g de queijo gorgonzola
    • 1/2 cebola picada
    • 2 dentes de alho esmagados
    • 200 g de brócolis frescos
    • Azeite de oliva
    • Pimenta do reino branca
    • 250 g de massa de lasanha
    • 50 g Queijo parmesão ralado

    Modo de fazer

    1. Como eu usei a massa fresca, cozinhei ela por alguns minutos em água fervente com um fio de azeite. Pois achei que não deveria ficar muito tempo no forno, para o brócolis não perder o ponto, apenas para gratinar. Fui acertiva.
    2. Vamos ao bechamel: Em uma panela doure a manteiga e adicione a farinha de trigo. Mexa sem parar e vá adicionando o leite quente. Tempere com sal, noz-moscada e a pimenta do reino até engrossar um pouco. Adicione o gorgonzola esmagadinho e reserve.
    3. Brócolis: Em outra panela doure o alho e a cebola no azeite de oliva. Adicione o brócolis, sal e pimenta do reino e deixe cozinhar por uns 2 minutos abafando com uma tampa. Reserve.
    4. Montagem: Em um refratário coloque uma camada de molho bechamel, massa e brócolis. Sempre intercalando massa + molho + recheio. Finalize com o molho e uma generosa camada de parmesão ralado. Leve ao forno a 180º por uns 20 minutos, apenas para gratinar.
  • Drama,  Salgados

    Blue Jasmine & Risoto de Alho-poró e Brie

    Um dia desses uma grande amiga (beijos Jê!) esteve em minha casa para jantar e ela é uma das pessoas que sabem que eu não gosto do Woody Allen. Aliás, quase todo mundo sabe, mas com ela consigo ter altos papos sobre isso, pois apesar dela gostar dele, temos alguns ótimos diálogos. Fato é que disse a ela que tinha assistido Blue Jasmine, porque eu sou insistente, eu acabo assistindo os filmes do W.A nem que seja para falar mal, ou até para quem sabe um dia conseguir gostar de um. Pois não é que aconteceu? Gostei muito de Blue Jasmine. Eu já tinha dado um crédito para ele quando colocou meu querido Hemingway em “Meia-noite em Paris” de uma forma poética e com uma cena que sempre revisito e a culpa de eu ter assistido ao Meia-noite foi da Moni (beijos Moni!), uma outra amiga minha.

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    Com quem eu tenho que dormir para conseguir um martini com toque de limão?

    Depois de todo esse blablablá inicial para elucidar meu desamor pelo senhor Allen, eu vou falar mais uma coisa: eu me sentia obrigada a assistir Blue Jasmine , pois lá estava uma das atrizes que mais admiro no mundo: Cate Blanchett. Se fosse de todo ruim, eu sabia que ela salvaria o filme de alguma forma. E salvou.

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    O filme começa de forma claustrofóbica, com Jasmine em um avião, contando a vida dela a uma senhora velhinha que faz questão de demonstrar que não está aguentando mais o papo e mesmo assim a egocêntrica protagonista segue falando sem parar.

    Jasmine perdeu tudo, está falida e pobre, porém, nunca perde a pose. Pede abrigo a irmã, a qual sempre teve um certo desprezo, por ser pobre e cafona. Achei muito interessante a personagem da irmã, vivida pela Sally Hawkins, Ginger é uma mulher alegre, esperançosa e divertida, mesmo levando uma vida difícil, tendo um namorado doido, dois filhos capetinhas e ter perdido o único grande dinheiro que conseguiu na vida, por confiar no cunhado ( ex-marido de Jasmine) que era um canalha enganador.

    Allen usa muito os flashbacks, como sempre, nesse filme e isso é uma das coisas que me cansam. A gente já entendeu e ele insiste em ficar explicando com cenas do passado. (tá eu precisava criticar em algum lugar, né? haha).

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    Interessante observar que nesse filme os personagens masculinos são os que mais são irritantes. Nem Jasmine com todos os seus chiliques pode irritar mais que o namorado de Ginger, com o amigo mala, que dá em cima da moça. Além do dentista tarado que assedia horrorosamente a nova funcionária e o ex-marido (vivido pelo Alec Baldwin) que é um sujeito da pior espécie.

    Enfim, para concluir, eu acho que valeram os momentos de risadas, apesar de não ser uma comédia, podemos dizer que é tragicômico.

    No mais, Cate tem uns surtos incríveis que demonstram o quanto ela entrou no papel e vestiu a pele de Jasmine, uma mulher que tenta a todo custo manter a vida que tinha, aquela vida de plástico, que faz que não vê as traições do marido porque lhe é vantajoso, que desconsidera a parte pobre da família, que mente para conseguir o que quer e que mesmo na miséria anda de malas Louis Vuitton e bolsa Hermès.

    Trailer:

    Como naquela noite espetacular, que contei no começo do post, eu fiz para jantar um risoto de alho-poró com queijo Brie é ele que acompanha o filme hoje. Além do mais, acho que Jasmine iria aprovar o menu. Com vinho branco e uma saladinha de tomates doces doces e alface americana. Vamos lá?

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    Pudim de Baunilha

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 40 min
    Serve : 4 porções

    Ingredientes

    • 1/2 xícara de açúcar
    • 1/4 xícara de água bem quente
    • 1 1/2 xícara de leite
    • 3/4 xícara de leite condensado
    • 1 ovo + 1 gema
    • 1 fava de baunilha

    Modo de Fazer

    1. Coloque o açúcar em uma panela com fundo grosso e espere caramelizar. Não mexa com nenhum tipo de utensílio até que ele esteja completamente ”derretido”. Quando estiver de uma cor ambar linda, você adiciona a agua. Agora sim pode mexer com uma colher. Espere todo o caramelo se incorporar a água e se transformar em uma bela calda. Coloque ainda quente nas forminhas (ou na formona) espalhe e leve a geladeira por alguns minutos para endurecer um pouco, evitando assim que o caramelo se misture com o pudim. Nesse momento ligue o forno a 180º para que ele vá aquecendo.
    2. Vamos ao pudim agora: dissolva o leite condensado no leite. Sem bater, apenas envolvendo uma coisa na outra (lá no Cozinhando para 2 ou 1, a Luciana explicou que esse é o segredo para não termos furinhos. Achei lindo. Junte a mistura o ovo e a gema (eu peneirei as duas gemas para evitar o cheiro de ovo). Misture delicadamente mais uma vez. Adicione as raspas de uma fava de baunilha.
    3. Coloque então esse creme nas forminhas e cubra cada uma com papel alumínio. Em uma outra forma acomode as forminhas e adicione agua quente para o banho-maria. Leve ao forno por 45 minutos a 180º. Deixe esfriar e gelar completamente antes de desenformar. Por uma vida mais doce <3
  • Receitas,  Salgados,  Suspense

    Entre Segredos e Mentiras & Risoto de Shimeji

    Entre segredos e mentiras é um filme de 2010, dirigido por Andrew Jarecki em sua estréia como diretor de filmes, ele é reconhecido pela direção do polêmico e premiado documentário, também sobre uma história de família, chamado “Na captura dos Friedmans”.

    O filme foi baseado na história de Robert Dunst, filho de um milionário do ramo imobiliário que foi acusado como o principal principal suspeito do sumiço de Kathleen McCormack, sua esposa, no início dos anos 80.

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    Você me faz ser a pessoa que você pensa que eu sou.
    Não sou essa pessoa.

    David Marks, interpretado por Ryan Gosling, protagoniza a trama. Vindo de uma família rica e conservadora ele se apaixona por Katie (Kirsten Dunst), ao conhecê-la em um trabalho como encanador (oi? – sim, ele não quer fazer parte do sujo mundo milionário de seu pai, então fica fazendo trabalhos eventuais e modestos). Logo se casam, mesmo sem o aceite da família dele, que acha que ela não é do ‘mesmo nível’ do filho.

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    Depois do casamento, as coisas começam a se complicar. David passa a não ser mais tão doce quanto era durante o namoro. Ele volta a trabalhar com o pai, tem crises de identidade e muitos traumas de infância são revelados, como a morte da mãe.

    Um suspense muito bem armado, com ares de documentário, que prende você de olho na tela, tentando entender o que aconteceu com tal família.

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    Curiosidade: na trilha sonora temos diversos momentos que os remetem a Um corpo que cai e Psicose – de Hitchcock – além disso, podemos crer que há muita inspiração no mestre do suspense já que temos um homem que se veste de mulher, uma esposa desaparecida e um corpo dentro do porta malas do carro.

    Trailer:

    O título original “All good things” veio do nome da loja de produtos naturais e vegetarianos que o casal abre quando muda para o interior, procurando uma vida mais tranquila e saudável. Por isso hoje teremos um risoto de shimeji para acompanhar, porque é vegetariano, natural e delicioso! Certamente compraríamos um belo shimeji na loja de Katie.

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    Risoto de Shimeji

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 30 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • 1 xíc. chá de arroz arbóreo ou carnaroli
    • 1 cebola pequena picada
    • 2 dentes de alho amassados
    • 4 colher de sopa de manteiga
    • Azeite de oliva
    • Queijo parmesão ralado
    • 1/2 xíc. de vinho branco
    • 1 litro de caldo de legumes
    • 1 bandeja de cogumelo shimeji (mais ou menos 150 g)
    • Sal a gosto Cebolinha verde picada
    • Cebolinha verde picada

    Modo de Fazer

    1. Primeiramente separe todo o shimeji. Em uma frigideira derreta uma colher de manteiga e um fio de azeite. Adicione os shimejis, salteie e tempere com sal e pimenta do reino. Reserve. Para o risoto, refogue a cebola em 2 colheres de manteiga e um fio de azeite. Adicione o alho até que fiquem dourados. Junte o arroz, mexa por alguns minutos e coloque o vinho. Deixe o vinho evaporar, tempere com sal, pimenta e agora comece a adicionar o caldo. Aos poucos vá adicionando o caldo e mexendo sempre. O risoto leva em média 20 minutos para ficar no ponto. Por fim, adicione a ultima colher de manteiga (já com o fogo desligado), adicione o shimeji, o parmesão ralado e sirva em seguida, salpicando a cebolinha picada.
  • Biografia,  Drama,  Receitas,  Salgados

    Clube de Compras Dallas & Costelinha

    Clube de Compras Dallas se passa nos anos 80, no início da epidemia da AIDS, onde os até então ‘grupos de risco’ conhecidos eram os homossexuais e viciados em drogas. Foi então que o governo americano através do seu órgão regulamentador de medicamentos, o FDA, começou a testar o AZT em pacientes cobaias. O que não se sabia era que o remédio acabava por destruir algumas células e anti-corpos dos doentes, sendo assim, não eficaz para a cura da AIDS, resultando então em mais óbitos que salvações.

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    Um aviso: Nada pode matar Ron Woodroff em 30 dias…

    O filme dirigido por Jean Marc-Valée tem como personagem principal por Ron Woodroff (atuação que rendeu o Oscar desse ano ao excepcional Matthew McConaughey), é baseado em uma história real de um eletricista e também cowboy nascido no Texas, que contraiu o vírus através de suas aventuras sexuais sem proteção – mesmo que heterossexuais – além do uso de drogas injetáveis com seringas compartilhadas.

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    Ron é um personagem machão e mulherengo. Tanto que fica surpreso e desacreditado quando o médico anuncia que ele tem apenas 30 dias de vida, devido ao estado avançado da doença. Em um surto completo, ele joga todos os exames para cima, aos berros no hospital, alegando que ele não era um homossexual. A partir daí se inicia uma saga em busca de medicações em outros países, viagens clandestinas, contatos e o que acabou se tornando um coquetel com muitos medicamentos combinados contra a maldita doença.

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    Jared Leto (também vencedor do Oscar como melhor ator coadjuvante) está em uma atuação memorável como o transexual Rayon, que acaba por formar uma parceria com Ron e começam a distribuir (e vender) essas drogas ao demais infectados. Está formado então o “Clube de Compras Dallas”.

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    O filme é uma grande denúncia ao governo americano e o FDA, assim como, um protesto contra o preconceito. Quando vemos Ron, um homofóbico assumido ver que tudo aquilo e todas aquelas pessoas eram iguais a ele, nem mais, nem menos, é que ele passa a enxergar a vida de uma outra forma, até mesmo defendendo aquela classe que ele tinha tanto horror.

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    O longa é um espetáculo de atuações. Matt emagreceu 22 kg para o papel e algumas cenas fazem com que você queira entrar na tela para abraçá-lo.

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    Jared Leto está excelente, com um humor irreverente, o que nos rende um pouco de risadas durantes os 117 minutos de filme. Vale ainda destacar Jennifer Garner, que até então, víamos em comédias românticas e filmes bobinhos, encarnou aqui uma médica engajada e querida por todos, com uma interpretação singela e profunda.

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    Trailer:

    E a receita?
    Há alguns dias perguntei a minha querida amiga Sil, que mora em Dallas, qual o prato típico por lá, para poder acompanhar esse post. Ela me deu muitas dicas, além de dizer que a coisa mais comum por lá é carne e, quase todas, com molho barbecue. Epa, temos um problema aqui: eu não gosto de molho barbecue. Então eu resolvi fazer costelinhas de porco sem o molho, mas com um super tempero, acompanhadas de purê de batatas. Porém, eu fui atrás de uma receita de tal molho e foi no blog Marola com Carambola que acabei me deparando com a receita para você, meu caro leitor, que curte o molho. Vamos lá?

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    Costelinha de Porco

    Preparo: 120 min
    Cozimento: 40 min
    Serve: 4

    Ingredientes

    • 1 kg de costelinha de porco
    • 1 bom punhado de tomilho
    • 4 colheres de sopa de mostarda (usei Dijon)
    • 4 colheres de sopa de vinagre balsâmico
    • Suco de 1 limão siciliano
    • 1 colher de sopa (rasa) de sal
    • 2 colheres de shoyu
    • 4 dentes de alho amassados
    • 1 cálice de vinho tinto
    • 1 cebola picada Pimenta verde moída na hora
    • Pimenta verde moída na hora

    Modo de Fazer

    1. Acomode a costelinha em uma travessa. Em um outro recipiente misture todos os temperos, agite bem e despeje sobre a carne, leve a geladeira coberto com um filme plástico e deixe lá por 24 horas. Cabe virá-la de vez em quando, para que o tempero tome gosto por igual. Pré-aqueça o forno por uns 10 minutos a 180º. Coloque a costelinha em uma forma e cubra com papel alumínio. Leve ao forno por uma hora. Após isso retire o papel alumínio e deixe dourar por mais uns 20 minutos. Servi acompanhado de purê de batatas, mas você pode usar arroz ou qualquer outro acompanhamento que mais lhe apetecer. Bom apetite!
  • Drama,  Salgados

    “Ela” & Bruschettas de Tomate e Manjericão

    Eu só queria que você soubesse que sempre terá uma parte de você em mim.
    E sou grato por isso.
    Seja lá quem você se tornou…
    Onde quer que esteja no mundo, estou te mandando amor.

    Por Dai Dantas

    Se eu posso recomendar algum filme da safra Oscar deste ano, sem dúvida será Ela, de Spike Jonze. Uma metáfora sci-fi sobre o valor das relações humanas nesses alquebrados tempos em que a realidade é algo que, de tão exposto e aparente, degenera. ‘Ela’ é um filme sobre conhecer e amar alguém num futuro próximo, que nos convida à autocrítica acerca de nossos relacionamentos desde já.

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    Quando ‘ter um amor para recordar’, na maioria das vezes, é deixá-lo fotogênico nas vitrines das redes sociais. E vivemos o cerco das molduras que nos cobram, de nós e dxs parceirxs, um ideal impossível. Quantas vezes as pessoas autocensuram seus momentos de vida comum em prol de uma realidade maquiada? A beleza das folhas de alface presas no canto do dente, das páginas amareladas, onde?

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    “Ela” mostra o quanto a pedagogia do amor que nos é ensinado nos torna infelizes contumazes, já que todos temos de ser perfeitos e lineares… Como aceitar a diferença de alguém que não tem a aparência perfeita, ou, como no caso do filme, sequer tem corpo?… E, por outro lado, se todas as pessoas são plastificadas e previsíveis, se todos correm atrás da cordialidade falsa e superficialidade da aparência, de onde extrair relações espontâneas e REAIS senão da inteligência artificial?

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    No filme observamos que, num futuro próximo – ou agora, quem sabe? – precisaremos terceirizar nossas emoções por total falta de apego à falha e à espontaneidade. Cartas de sentimentos ‘verdadeiros’ serão encomendadas em empresas especializadas. Amores e amizades honestas só irão brotar na aleatoriedade e desinteresse das únicas conversas nas quais seremos humanos e nos permitiremos mostrar como de fato somos: com nossos sistemas operacionais, que devassam nossos arquivos a ponto de nos saberem pelo avesso.
    Em minha opinião, “Ela” é genial por tocar o dedo fundo nessa ferida: de que quando a vida só for válida se consumida com açúcar em excesso, é importante lembrar que a alegria muitas vezes tem um gosto agridoce. Desde “2001: uma odisséia no espaço” não via nossa humanidade tão competentemente posta em cheque.

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    Se alguém ainda disser que este é um filme sobre um cara feio (oi? Casa comigo, Joaquin, seu lindo!), nerd (o/) e carente que se apaixona por uma máquina, favor ler mais livros, assistir menos TV e amar mais – seja quem for, tá valendo!.

    Trailer:

    Resolvi combinar o filme com Bruschettas clássicas, pois o filme tem muitos tons de vermelho e me lembrava muito disso a cada cena. A simplicidade do sabor da melhor combinação do mundo: tomate, majericão, azeite e pão. Assim como deve ser o amor: simples. Corri pegar o livro do Jamie Oliver na Itália para fazer exatamente como deve ser. Vamos nessa?

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    Bruschettas de Tomate e Manjericão

    Preparo: 15 min
    Cozimento: 5 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • 2 tomates maduros
    • Folhas picadas de um maço de manjericão fresco
    • Sal marinho
    • Pimenta do reino moída na hora
    • Azeite de oliva
    • Vinagre branco ou de ervas de boa qualidade
    • 1 Pão italiano (fiz com francês)
    • 1 dente de alho

    Modo de Fazer

    1. Corte o pão com mais ou menos 1 cm de espessura. Toste as fatias em uma grelha ou frigideira dos dois lados. Esfregue o dente de alho duas vezes em cada pão. Borrife azeite de oliva e uma salpicada de sal.
    2. Lave bem os tomates, tire a parte de dentro (aquela parte q é meio branquinha) e as sementes também. Corte em pequenos cubinhos simpáticos.
    3. Em uma tigela, coloque o tomate, as folhas rasgadas de manjericão, sal, pimenta e regue com o azeite de oliva e o vinagre. (coloquei alho picado também, pq eu amo alho, mas fica a seu gosto).
    4. Cubra cada fatia de pão com essa mistura e está pronto!