• Drama,  Salgados,  Séries & TV

    Chicago Med & Sanduíche de Cogumelos Frescos

    Eu sou aquela velha órfã de E.R (Plantão Médico, aqui no Brasil) acompanhei loucamente todas as 15 temporadas e quando terminou eu chorei. Fiquei mal por alguns meses, sempre me lembro de todos os personagens, somos como velhos e eternos amigos. Exageros a parte, eu amo muito séries médicas, porém, nunca me apeguei a Grey’s Anatomy, por exemplo. Sei que deveria tentar assistir, talvez eu vire uma viciada, como muitos amigos que conheço. Resolvi então assistir Chicago Med, como uma forma de suprir a minha eterna falta de E.R., que foi uma série de grande importância para evolução das séries televisivas, com seus personagens carismáticos e roteiro perfeitos.

    A solidão coloca você em risco. Acho que todos nós sabemos que o amor pode machucar, certo? Mas solidão, isso vai te matar.
    (Dr. Rhodes)

    Chicago Med vem da mesma franquia de Chicago Fire e Chicago PD. Alguns personagens das outras séries aparecem em episódios, interagindo com a vida no Pronto Socorro. Bombeiros trazendo vítimas ou policiais fazendo alguma investigação sobre algum ferido que esteja envolvido em algum assunto de risco.

    A primeira temporada conta com 18 episódios e a série mostra a rotina da emergência de um dos maiores hospitais da cidade. Controlando tudo na recepção está Maggie, que distribui os pacientes aos leitos, vê tudo o que acontece e ainda dá uma de super mãezona da galera. Amamos Maggie. Além dela, temos outra enfermeira, April, muito doce e atenciosa.
    Reese, a ainda tímida estudante de medicina, nos alegra com seu jeito ainda atrapalhado, mas gentil. Sempre prestando atenção e fazendo jus ao diploma que um dia irá carregar.

    Vamos falar dos médicos? Dr. Halstead e Dr. Rhodes sempre com opiniões divergentes, acabam voando faíscas quando ambos analisam os pacientes. Na segunda temporada a coisa melhora e eles começam a ter uma convivência mais harmoniosa. Drª Manning é uma médica que está grávida, seu marido morreu na guerra e ela é uma chatinha, resumindo.

    Meu favorito é Dr. Choi, um ex-militar da marinha, que faz com que tudo siga as normas e leis corretas, além de muito capaz e preocupado com seus pacientes e colegas. Dr. Choi se preocupa com todos os seres vivos, seja um panda, um papagaio ou uma pessoa. Dr. Choi é amor. #teamDRCHOI

    Ainda temos Dr. Charles, responsável pela Psiquiatria, que está sempre pronto para uma análise geral de qualquer paciente. Acho que ele é o maior coração do hospital. Fazendo dupla com Reese, os dois são as melhores pessoas EVER.

    Responsável por tudo e todos temos a diretora, Sharon Goodwin, que é uma mulher forte e incansável.

    Cada episódio foca na história dos pacientes que chegam ao PS, ao mesmo tempo que mescla com a história de vida de cada médico, enfermeiro e atendente. Aos poucos vamos nos apegando a eles, torcendo por eles, vivendo ao lado deles. GO APRIL! (sim eu grito com a TV)

    Já que a vida em Chicago é super agitada, resolvi fazer para acompanhar um sanduíche bem legal de cogumelos frescos. Uma refeição que pode ser feita rapidamente e deixa todo mundo com a barriguinha cheia e feliz. Vamos la?

    Sanduíche de Cogumelos Frescos

    Preparo: 15 min
    Cook Time: 5 min
    Serve : 2

    Ingredientes

    • 2 pães de sua preferência – tamanho de meio baguete +/- (eu usei um pão tipo português)
    • 4 pepinos em conserva cortados em rodelas
    • 1 cebola roxa fatiada fininha
    • 12 tomates cereja partidos ao meio
    • 4 folhas de alface americana
    • 150 g de cogumelos paris frescos fatiados
    • 1 colher de sopa de manteiga
    • 2 colheres de sopa de molho de soja
    • 2 colheres de sopa de creme de ricota (podes usar maionese, requeijão ou qualquer outro tipo de condimento para passar no pão)

    Modo de Fazer

    1. Em uma frigideira derreta a manteiga e sele os cogumelos. Reserve. Refogue a cebola na mesma frigideira em fogo baixo. Se necessário acrescente um pouco mais de manteiga. Quando ela estiver macia, volte com os cogumelos a frigideira, acrescente o molho de soja e deixe refogar em fogo baixo até reduzir um pouco.
    2. Abra o pão, passe o creme de ricota e vá enfileirando os cogumelos acebolados. Coloque os pepinos e os tomates, por último a alface.
    3. Agora é só abrir uma boa cerveja e comer! =)
  • Drama,  Filmes,  Salgados

    Truman & Sorrentinos

    Eu, sinceramente, nem sei por onde começar a falar sobre esse filme. Sou uma fã aficionada do Ricardo Darín, sendo assim, toda vez que sai um filme novo dele lá vou eu assistir. Enquanto não fui ver Truman não sosseguei o facho. O filme é dirigido pelo espanhol Cesc Gay.

    Lendo uma entrevista de Darín acabei sabendo de algo bem legal sobre o diretor, que nos faz gostar mais ainda do filme e dele:

    Esse foi um trabalho do espanhol Cesc Gay, um amante da argentinidade. Seus dois amigos íntimos são argentinos e ele teve uma mulher argentina. O nascimento dessa história está relacionado com uma questão muito pessoal. Ele resolveu seguir esse caminho e o transformou em uma relação amistosa entre dois caras que nasceram em lugares diferentes. Tem a ver com a estrutura de pensamento dele. Ele é um cara muito aberto, um viajante: as linhas de construção dessa história e dos personagens convergiam em que Javier Cámara e eu tínhamos que encarná-los. Em Truman a nossa amizade se aprofundou muito porque toda a conexão com o personagem foi realmente dolorosa.

    Truman é o cachorro de Julian, vivido por Darín. Seu companheiro há muitos anos, o enorme bulmastife está sempre junto com seu dono. Seja dormindo, passeando por aí ou sentado ao lado dele enquanto ele toma um café ou uma cerveja em um bar.

    O filme trata, principalmente, de amizade. Com a chegada do amigo Tomás (Javier Cámara) à Madrid , começamos a entender o que está acontecendo. Julian está doente, com câncer e trata isso de uma forma incrívelmente prática: ele não quer mais passar seus últimos tempos com tentativas (que certamente serão frustradas) de mantê-lo vivo. Não quer idas e vindas do hospital, nem mais sessões de quimioterapia. Por isso ele resolve tomar uma decisão drástica: parar o tratamento e viver o que lhe resta de tempo de uma forma digna.

    Planejando cada detalhe para depois que falecer, vamos junto com ele e Tomás pelas ruas de Madri. O personagem consegue ser engraçado mesmo nessas circunstâncias. Darín genial, como sempre.

    Entre almoços e idas a funerária, a grande preocupação dele é arrumar um novo lar para Truman, seu fiel cão. Uma família adotiva que possa cuidar de seu amigo canino quando ele se for. Foram exatamente nessas partes que eu mais chorei. A gente que tem cachorro sabe como é a ideia de ficar sem eles – ou eles sem a gente. Dói.

    Inundado de poesia e cenas que emocionam, Cesc vai nos guiando por um filme que versa sobre o verdadeiro amor: a amizade. Entre pai e filho, ex-mulher e ex-marido, entre dois homens, entre um homem e seu cão. No final dessa jornada não tem como não pegar um lençol king size para secar as lágrimas. Com uma trilha sonora incrível e fotografia cuidadosa, o diretor espanhol acerta muito. Merecedor de todos os prêmios que ganhou.

    A cada cena que passa, não tem como você não lembrar daqueles amigos com quem você se sente em casa, em paz. É sobre a lealdade, o carinho, o amor, que temos com nossos amigos e que temos com nossos bichinhos de estimação. É uma coisa sincera e verdadeira, porque não é obrigatória, você apenas sente, te faz bem e faz bem para o outro. É aquela troca sem interesses: se está junto porque se quer.

    Resolvi fazer Sorrentinos para acompanhar a receita de hoje, pois ele faz parte do cardápio de muitos restaurantes na Argentina (país de origem do nosso querido Darín), por lá, na maioria das vezes, o recheio é de presunto e queijo. Porém, como há possibilidades infinitas de recheio, por aqui vamos de brócolis com ricota.

    Uma das histórias mais aceitas sobre os Sorrentinos é que foram criados em Mar Del Plata, Argentina, por imigrantes italianos. Por lá existe um dono de pastifício que diz que a autoria é de sua família.

    Vamos a receita?

    Sorrentinos

    Preparo: 120 min
    Cozimento: 60 min
    Serve: 4 pessoas

    Ingredientes

    • Para Massa: 400 g de farinha de trigo
    • 4 ovos
    • Para o recheio: 1 brócolis chines médio picado
    • 1 cebola picada bem miudinha
    • 2 colheres de sopa de agua
    • 200 g de ricota fresca
    • Azeite de Oliva
    • 50 g de queijo parmesão ralado
    • 4 colheres de requeijão ou creme de ricota
    • 1 gema
    • 1 colher de café de sal
    • 1 pitada de pimenta do reino
    • 1 colher de sopa de orégano
    • Para o molho: 1 dente de alho bem triturado
    • 400 ml de nata
    • 1 colher de sopa de manteiga
    • Noz-moscada a gosto
    • Sal a gosto

    Modo de Fazer:

    1. Comece pela massa colocando a farinha em uma tigela, fazendo um furo no meio e adicionando os ovos ali. Vá mexendo e incorporando toda a farinha e ovos até ter uma massa homogênea. Coloque em um filme plástico e deixe descansar por 30 minutos.
    2. Para o recheio, aqueça uma panela, coloque o azeite, doure a cebola, adicione o brócolis picado. Adicione umas 2 colheres de água, baixe bem o fogo e tampe a panela. Deixe cozinhar por alguns minutinhos.
    3. No processador de alimentos coloque o brócolis cozido, a ricota, o requeijão (ou creme de ricota), o parmesão, a gema, sal, pimenta do reino e orégano. Pulse até que tenha uma mistura homogênea. Caso não tenha processador de alimentos, podes esmagar bem a ricota e picar bem o brócolis e misturar tudo em um bowl.
    4. Abra a massa, em tiras de mais ou menos 5 cm de largura. Vá colocando bolinhas de recheio deixando um espaço de mais ou menos 4 cm entre elas. Coloque outra tira por cima e com um copo vá cortando a massa em círculos. Podes usar um cortador circular ou ainda aqueles anéis de corte de bolachas, sabe? Com um garfo, vá contornando toda a volta do circulo para selar (como fazemos com o pastel).
    5. Deixe todos os sorrentinos acomodados, em local enfarinhado até o momento de cozinhar. Se for demorar algumas horas para levá-los ao fogo, cubra com um pano de prato para não ressecar a massa.
    6. Para o molho derreta a manteiga, frite levemente o alho, adicione a nata, a noz moscada e o sal. Deixe em fogo baixo para que reduza e engrosse um pouco.
    7. Coloque água em uma panela grande e deixe ferver. Adicione uma colher de sal e mergulhe os sorrentinos, aos poucos, para que cozinhem. Leva de 3-4 minutos para cozinhar.
    8. Acomode os sorrentinos no prato, adicione o molho e decore com brócolis e um fio de azeite.
  • Drama,  Séries & TV

    The Fall & Hambúrguer de Grão-de-bico

    The Fall é uma minissérie produzida em parceria pelos canais BBC Two, da Inglaterra, e RTÉ One, da Irlanda do Norte.

    Gillian Anderson é uma agente da polícia de Londres que foi transferida para Belfast, a fim de investigar o caso de um serial killer. O interessante aqui é que desde o primeiro episódio sabemos quem ele é. Paul Spector (James Dornan), um psicólogo especializado em traumas, que trabalha confortando familiares de pessoas que morreram, é o homem que mata as mulheres na cidade irlandesa. Ele é um pai de família, marido amoroso, um homem que não levantaria suspeitas.

    Stella Gibson (Anderson) começa a investigação partindo de uma estranha coincidência: duas mulheres foram encontradas mortas, em um período distante de tempo, porém, ambas estavam curiosamente parecendo posando para uma fotografia. Seria a marca do serial killer?

    Vamos descobrindo ao longo dos episódios como Spector trabalha para escolher suas vítimas. Como encobre tudo perfeitamente sem deixar vestígios. Aos poucos também nos é revelado o porquê dessa obsessão com mulheres, fotografias e os seus traumas, que acabaram por gerar esse assassino em série. Paul surpreende por levar uma vida normal, sem grandes alterações de humor ou personalidade, mas como JÁ sabemos que ele que mata as gurias, começamos a analisar profundamente as atitudes dele.

    The Fall é uma série feminista. Uma série que mostra o que realmente importa nisso, sem mimimi, explanando os fatos e como se deve lidar com eles. Qual tipo de bandeira se deve levantar e qual atitude tomar. É uma discussão dura, mas aposto que fará muita gente parar para pensar:

    Uma mulher, esqueci quem, uma vez perguntou para um amigo homem por qual motivo os homens se sentiam ameaçados por mulheres. Ele disse que tinham medo que as mulheres rissem deles. Quando ela perguntou prum grupo de mulheres por qual motivo elas se sentiam ameaçadas por homens, elas disseram: “nós temos medo que eles possam nos matar. (Stella Gibson)

    Entre tantos exemplos que temos da luta pelos direitos das mulheres (e principalmente, o direito de viver), vemos em The Fall o jeito certo de fazer isso. Tanto no modo que Stella age na vida pessoal dela, que pode ser uma mulher que não se envolve afetivamente, porque ela resolveu que não queria isso naquele momento, sendo aquela mulher que respeita suas próprias vontades. Ela não perde o respeito por isso. Ela faz o que quer, e como dizem por aí, é um mulherão da pohah! Além de tudo, ela se mantém uma profissional incrível e super capaz do cargo que ocupa. Stella passa longe de uma mulher perfeita, ela tem seus defeitos, seus medos, seus traumas, mas sabe lidar com isso e não se deixa abalar. Dá gosto de ver.

    Durante a caçada de Stella por Spector, vamos passando por momentos sombrios, os detalhes das mortes, como o assassino trata os corpos das mulheres sem vida, como se fossem bonecas, que ele dá banho, arruma, pinta as unhas e fotografa. O tempo é o maior inimigo da agente, pois ela precisa evitar que ele mate mais mulheres. Paul, por sua vez, começa a desenvolver uma obsessão pela policial, o que torna a série ainda mais interessante e intrigante, ela o instiga a chegar até ela e isso é genial.

    Vale cada um dos episódios das 3 temporadas que estão todas disponíveis para serem vistas na Netflix. Corre lá!

    O post acompanha um hambúrguer porque Stella curte mesmo é tomar um vinho e comer um burger no momento que chega em casa e fica analisando a vida. Procurando as verdades sobre Spector enquanto enche mais uma taça. Vamos à receita?

    Stella <3

    Hambúrguer de Grão-de-bico

    Preparo: 30 min
    Cozimento: 10 min
    Serve : 4 unid

    Ingredientes

    • 200 g de grão-de-bico (usei em lata)
    • 4 colheres de sopa de salsa picada
    • 2 colheres de sopa de cebolinha picada
    • 1 colher de sopa de alho moído
    • 1 pitada de sal
    • 1/2 colher de café de pimenta síria (opcional)
    • 1/2 colher de café de cominho (opcional)
    • 1 colher de sopa de azeite de oliva
    • 3 colheres de sopa de farinha de rosca (ou aveia, o que preferir)
    • 4 pães de hambúrguer
    • 1 tomate grande em rodelas finas
    • 1 cebola roxa em rodelas
    • 1 alface roxa baby (ou a de sua preferência)
    • 4 fatias de queijo muçarela (se quiser fazer um prato vegano, não coloque queijo)
    • Condimentos a sua escolha: mostarda, maionese, ketchup, etc

    Modo de Fazer

    1. Em um processador, coloque o grão de bico e triture por alguns minutos. Junte os demais ingredientes até obter uma mistura uniforme e firme.
    2. Molde os hambúrgueres a seu gosto.
    3. Em um frigideira anti-aderente coloque um fio de azeite e frite os hamburguers dos dois lados. Coloque o queijo, desligue o fogo e abafe com uma tampa, para que o queijo derreta.
    4. Abra o pão, passe maionese, coloque o hamburguer, as saladas e pronto!
    5. Fica super gostoso acompanhado de batatinhas fritas.
  • Comédia,  Drama,  Filmes,  Salgados

    Okja & Salada de Batatas

    Okja, o novo longa-metragem do diretor coreano Joon-Ho Bong, versa sobre os absurdos da indústria alimentícia. Com produção da Netflix, o filme é divertido, mas não deixa de ser incômodo para o que se propõe.

    Okja fala sobre comida, consumismo e ganância. Temos a indústria Mirando, uma empresa produtora de carnes, que lançou uma competição mundial sobre quem criaria o super-porco. Um animal perfeito para o consumo e que seria usado para uma produção em super escala, produzindo assim, toneladas de carnes nobres e especiais.

    Uma das famílias a receberem o desafio foi a da pequena Mikha,uma garotinha coreana que vive com seu avô em uma fazenda no interior de seu país.

    De um lado temos o capitalismo e a sua falta de preocupação com os seres e as consequências de seus atos. De outro, temos a vida pura e simples, que preserva com naturalidade as espécies e as mantém vivas, enquanto não há interação com a outra parte cheia de cobiça.

    Tem Tildão e Gus. PENSA.

    Ainda temos um grupo de ”terroristas” que lutam contra as indústrias, que faz de tudo para libertar os animais condenados a virarem almoço na casa de alguém. Confesso que dei um grito animado quando chegaram os ativistas no filme. A pessoa sente uma certa alegria em fazer, de alguma forma, parte disso.

    MELHORES! <3

    Okja é um super-porco transgênico criado pela Mirando, mas que vive livremente com a menina Mikha no meio da natureza, ela é tão fofa e querida que a gente quer abraçar <3. Me lembrou muitas vezes aquele olhar que os cães tem. Acho que isso foi uma estratégia para derreter os corações (e alertar as mentes) daqueles que acham que os únicos animais, que não devem ser mortos para alimentar humanos, são os cães ou gatos. Todo animal é um ser vivo e merece a mesma chance que nossos pets domésticos.

    Nossos amigos ativistas contam com as ilustres presenças de Paul Dano (lembram dele como o deprimido sobrinho de Tio Frank em Little Miss Sunshine?), que está excelente no papel, fazendo aquele defensor árduo, mas também muito sentimental. Ainda temos Steven Yeun (Saudades do tempo que The Walking Dead era legal e eu amava Glenn), que traduz tudo o que a pequena Mikha diz q acaba se metendo em altas confusões. O filme é cheio de grandes atuações.

    Tem Dwayne (Little miss sunshine) e Glenn!

    O filme é cheio de ação e emoção, que faz com que a gente vibre a cada vitória dos protetores dos animais e chore em cada momento difícil enquanto isso não se dá. Eu confesso que tive momentos de sincopes de choro. Sou desse tipo.

    Como que não ama essa guria?

    Já tínhamos vido Bong dirigindo outros filmes como Expresso do Amanhã, Mother – A Busca Pela Verdade , O Hospedeiro, Memórias de um Assassino, onde ele sempre buscava uma inquietação dentro da história, defrontando a sociedade com assuntos polêmicos como a solidão, relacionamentos familiares e a exclusão. Ele consegue seguir nessa mesma linha em Okja, dosando com maestria os momentos de alegria e felicidade com os que fazem a gente pensar.

    Que timão dapohah néam? Jake Gyllenhaal tá impagável (e odioso).

    Trailer:

    Não teria como não associar esse filme a qualquer receita que não leve NADA de origem animal, por isso hoje eu resolvi passar para vocês uma saladinha de batatas, sem maionese, sem ovos, apenas com coisas gostosas que são possíveis de alimentar um ser humano, sem a crueldade animal.

    Salada de Batatas

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 30 min
    Serve: 4

    Ingredientes

    • 500 g de batatas em cubos
    • 2 cenouras em cubos
    • 2 tomates em cubos
    • 1 cebola roxa em rodelas finas
    • 4 colheres de azeitonas picadas
    • Azeite de Oliva
    • Suco de limão
    • Pimenta do reino
    • Sal
    • Salsinha picada

    Modo de Fazer

    1. Cozinhe a batata e cenoura em água fervente até que fiquem macios. Reserve.
    2. Coloque para gelar e sirva como acompanhamento.
  • Menu Varietà,  Salgados

    Lugares Legais: Severo Burger

    Em uma bela noite de segunda-feira resolvemos sair para jantar, já que, ninguém estava afim de fazer comida. E o que vamos comer? Hambúrguer! Sempre procuro um lugar que tenha alguma opção vegetariana ou vegana no cardápio, para que eu possa comer algo além de batatas. Inclusive, fica a dica para os restaurantes em geral: sempre tenham algo sem carne para oferecer aos seus clientes. Nem só de onívoros vive a humanidade. Ainda bem.

    Optamos então por conhecer a Severo Burger,  localizada em uma rua bem calma no bairro Auxiliadora, e não nos decepcionamos. Atendimento cordial, serviço rápido e chopp gelado na medida certa. Na carta deles de cervejas e chopps tem toda a linha da Cervejaria Imigração, que é de Campo Bom, aqui no Rio Grande do Sul.

    Meu pedido foi o Veggie Vero que era um delicioso pão australiano, molho Severo (a base de maionese), burger de soja, queijo gouda, shitake orgânico e cebola caramelada.

    Namorado pediu o que leva o nome da casa, o Severo, que é composto por Pão de batata, molho Severo especial (molho tradicional com relish de pepino e páprica doce), burger recheado com 4 queijos, queijo brie, bacon e  cebola caramelada.

    Quase todos os modelos de burger pode ser substituído pelo de soja, achei isso lindo, sinceramente, é muito amor na vida da vegetariana aqui. Todos acompanham batata rústica.

    Podes pedir extras como anéis de cebolas ou MAIS batatas (batata nunca é demais, né gente?).

    Ainda tem a opção para KIDS, que são burguinhos menores com batatinhas. 🙂

    Além de tudo isso, o ambiente estava calmo, dava pra conversar e ter uma refeição bem tranquila. Acho isso super importante.

    Gastamos uns 120 pilas (“pila”, o dinheiro do gaúcho!) com os dois hambúrgueres e dois chopps de 500 ml cada.

    Se você está naqueles dias com preguiça de sair, eles também entregam através do Ifood, aquele app de comidas, saca?

    Severo Burger

    R. Marcelo Gama, 1403 – Auxiliadora, Porto Alegre – RS
    (51) 3093-2333
    Seg à Sab:  11:45–14:30 | 18:45–23:30
    https://www.facebook.com/severoburger/

  • Drama,  Filmes,  Receitas,  Romance,  Salgados

    Bifum & Three Times

    Three times tem como título original “Zui hao de shi guang”, que em chinês quer dizer algo como “Os melhores dias”, e é sobre esse filme de 2005 do diretor taiwanense Hou Hsiao-hsien que vamos falar hoje.

    O filme, que é passado em 3 tempos diferentes, cada um com 40 minutos. No início do projeto, a ideia de Hou era que as duas partes finais fossem dirigidas por outros diretores. Porém, ele resolveu abraçar a película toda e fez um dos melhores filmes de sua carreira. Sendo seu 10º filme, temos aqui um filme que traz pinceladas de toda sua filmografia, como se fosse um resumo ou homenagem a tudo que ele fez até então.

    Passada no ano de 1966, a primeira parte se chama Um tempo para o amor. Com uma alma totalmente auto-biográfica, a história se passa na mesma época em que ele serviu o exército e onde muitos dos moços se apaixonavam pelas ”garotas do bilhar”, que era um trabalho comum, já que não havia outras colocações para as jovens moças. Tudo começa com Chen (Chang Chen) chegando para uma tarde de jogo, onde eles passam grande parte da cena sem emitir uma palavra. Incrível como a construção feita pelo diretor consegue captar tudo o que acontece sem nada ser dito. São apenas olhares, sensações e tacadas certeiras.

    May (Shu Qi) é a moça do bilhar, com a qual o jovem recruta troca cartas enquanto está no exército. Temos aqui uma verdadeira história de amor naquele molde mais clássico, puro, sincero, com algumas dores por conta das despedidas, mas que se mantém firme e lindo por conta de todo o sentimento que acarreta. Os dois atores, juntamente com a incrível fotografia, conseguem fazer com que o espectador sinta aquele amor. Sabe aquele lance de ficar sorrindo para tela? Assim mesmo.

    O filme abre com nada menos que Smoke Gets in Your Eyes e esse primeiro fragmento, se encerra com Rain and Tears de Aphrodites Child, em uma das cenas mais poéticas do cinema: a espera por ônibus que vai levar o amor para longe, novamente e um juntar de mãos que é focado no centro da tela e deixa você suspirando por uns dez minutos. Coisa linda, minha gente.

    Um tempo para liberdade é a segunda parte, onde temos um casal, vivido pelos mesmos atores, passada em 1911. A história se passa dentro de uma casa de cortesãs, o que nos remete imediatamente à “Flores de Xangai”, seguindo nas referências dentro da filmografia do diretor. Temos então a narrativa de um amor impossível, que se passa durante a ocupação japonesa de Taiwan naquele ano. Mr. Chang é um ativista político, que mesmo se apaixonando por aquela mulher, não a auxilia a sair de sua condição atual de cortesã, mostrando aqui o machismo que imperava naquela época. Toda uma ironia é clara no título dado pelo mestre Hou. Aqui o amor silencioso não era cheio de canduras, mas sim, um amor que não podia falar, devido aos conservadorismos da épocas e ao momento político que se vivia.

    Na parte final temos Um tempo para a juventude, em Taipei, no ano de 2005. Aqui já não temos mais os romantismos dos fragmentos anteriores, temos um tempo moderno, cheio de problemas, com mais pessoas envolvidas e um amor frágil. Lembrei daquela expressão “amores líquidos” que se esvaem pelas mãos e acabam sendo mais efêmero. Temos um cenário urbano e caótico, assim como realmente se encontrava Taipei na época da filmagem. O que nos remete diretamente a Millenium Mambo e a personagem também vivida por Shu Qi, que nessa última parte vive Jing, uma cantora que sofre de epilepsia e tem um caso com o fotógrafo Zhen, o que deixa a namorada do rapaz não muito contente. Entre brigas e encontros iluminados por uma luz sempre meio azulada ou cinza, temos uma queda drástica do amor romântico do inicio do filme.

    São 3 amores, em 3 tempos diferentes, mas todos passados no Taiwan, o berço de Hou Hsiao-Hsien, que nos faz passar por uma bela obra de arte, desde os silêncios, os amores, os desamores, conflitos, até sua técnica incrível de dirigir, a trilha sonora que sempre está agindo como um personagem, e também o trabalho do incrível diretor de fotografia Mark Lee Ping Bin (como não relembrar a grade direção dele, juntamente com Chris Doyle em In the mood for love?). Um filme para ser apreciado e analisado nos seus mais profundos detalhes.

    Convidei a Priscila do Culinarístico para fazer a comida desse post. Ela então fez e fotografou essa receita maravilhosa de Bifum com grão de bico e proteína de soja. Vamos à ela?

    Bifum

    Preparo: 60 min
    Coz: 30 min
    Serve: 4

    Ingredients

    • 1 xícara de chá de proteína texturizada de soja em pedaços
    • 1/2 colher de sopa de manteiga
    • 1 limão (suco)
    • 2 xícaras de chá de água
    • 1/2 cubinho de caldo de legumes
    • 1 colher de sopa molho de soja (shoyu)
    • 250 g de grão de bico seco*
    • 1 colher de café de azeite de oliva
    • 2 dentes de alho
    • 500 ml de água
    • 500 g de bifum
    • 1/2 litro de água
    • 1/2 Pimentão vermelho
    • 1/2 pimentão amarelo
    • 1 cebola pequena
    • Cebolinha a gosto 1 colher de sobremesa de Azeite
    • 1 colher de sobremesa de Azeite
    • 1 colher de sopa de açúcar mascavo
    • 1/2 xícara de chá de vinagre de arroz
    • 1 xícara de chá de shoyu
    • 2 colheres de sopa de óleo de gergelim

    Modo de Fazer

    1. Vamos começar pela proteína: ferva a água com o cubinho de caldo de legumes. Com a água fervendo, coloque toda a proteína. Deixe cozinhar por 1 minuto, desligue a panela e adicione o shoyo e o suco do limão na água. Tampe novamente e deixe a proteína hidratar por 5 minutos. Se ela estiver macia, é sinal de que está pronta. Escorra a proteína de soja com o auxílio de um escorredor e retire o restante da água espremendo-a com a mão. Corte os pedaços ao meio ou em três e frite na manteiga.
    2. Agora o grão de bico: em uma panela de pressão, aqueça uma colher de sopa de azeite de oliva e frite dois dentes de alho. Coloque o grão de bico e a água. Misture bem e tampe a panela. Quando pegar pressão, abaixe o fogo e cozinhe por 20 minutos.
    3. Para preparar o macarrão ferva a água, desligue o fogo, adicione o macarrão e deixe descansar por um minuto. Escorra a água e coloque umas pedras de gelo. Reserve.
    4. Para guarnição: pique os pimentões como preferir, lembre se de retirar as sementes. Frite a cebola no azeite, quando estiver macia, acrescente os pimentões e frite por alguns minutos, não deixe ficar mole demais. Desligue o fogo e acrescente a cebolinha e mexa bem.
    5. Por mim o molho: em uma vasilha grande misture todos os ingredientes. Acrescente os ingredientes reservados ao molho. Misture bem. Sirva por cima do macarrão.
    6. Finalizando: acrescente os ingredientes reservados ao molho. Misture bem. Sirva por cima do macarrão.

    *Dicas importantes:

    Deixe o grão de bico de molho de um dia para o outro.
  • Drama,  Salgados

    Moonlight & PF Vegetariano

    Moonlight, sob a luz do luar, é um filme, acima de tudo, elegante. Ele consegue abordar os mais diversos assuntos polêmicos com uma sensibilidade e delicadeza incríveis.

    – Estou aqui há muito tempo. Fora de Cuba. Há muitos negros em Cuba. Você não sabe o que eu passei para estar aqui agora. Eu era um pequeno menino selvagem. Igual a você. Corria sem sapatos até a lua.

    Uma vez, me deparei com essa … essa mulher idosa que estava me rodeando, não tinha comida, garoto. Estava correndo, gritando. Um pouco bobo, menino. Esta velha mulher me parou. E me disse:

    “Correndo por aí, à luz do luar. À luz da lua, crianças negras parecem azuis.

    – Você é azul(Blue). É assim que você vai chamar: Azul ”

    – Esse é o seu nome, “Blue”?

    – Não … Em algum momento, você tem que decidir por si mesmo quem você é. Você não pode deixar ninguém tomar essa decisão para você.

    Para fãs de Wong Kar-Wai é impossível não ver a inspiração de Barry Jenkins em toda a filmografia do chinês. Desde as tomadas de lado da tela até as músicas que compoem a trilha sonora. Jenkins mesmo conta que é grande fã do diretor.

    Segura aqui na minha mão e assista esse comparativo:

    Voltando a Moonlight, ele se passa em 3 tempos da vida de Chiron, o personagem principal do drama: desde sua infância até se tornar um adulto. Desde os momentos que sofreu bullying e preconceito, até a descoberta da sexualidade, a guerra da etnia, do status social, o mundo das drogas e , por fim, a resposta da coisa mais importante que levou consigo nessa vida toda.

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    Choro tanto que, às vezes, acho que vou virar lágrimas.

    O filme vai te levando a questionar as tuas próprias escolhas na vida. Em que momento deveria ter sido mais o que tu querias do que o que a sociedade esperava de ti? Jenkins consegue não confundir o espectador, mesmo com os pulos no tempo e troca de atores, conforme Chiron vai crescendo. É poético, bonito e, ao mesmo tempo, triste. Porém, a vida não é um morango e todos nós sabemos disso. O que mais impressiona é a força tímida daquele garoto, que desde pequeno é ”adotado” por um traficante (Mahershala Ali excepcional no papel, ainda que curto, mas que lhe rendeu diversas indicações como ator coadjuvante), que se indigna com a conduta da mãe do menino.

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    Nesse momento… você está no meio do mundo, cara.

    Não há flashbacks, que nos deixam com aquela nostalgia do passado, não há escolhas para o que já se foi. Em passadas largas, o roteiro vai encaixando a passagem do tempo de forma incrível, nos deixando com aquela suave alegria de estar vislumbrando uma bela película. Chiron se defronta com sua vida e suas verdades. Com quem ele foi, quem é no momento e quem será. Ele é um otimista, apesar de tudo. Ele não perde a esperança. Ele vive o que é preciso viver, no momento que lhe é dado pela vida.

    De Little, na infância (vivido pelo fofo e incrível ator mirim Alex Hibbert), vamos a Chiron, em sua fase adolescente, e terminamos em Black, já homem formado que ainda está em busca de sua verdade. Já calejado da vida e transformado em alguém menos doce (pelo menos aparentemente), vai nos levando por um roteiro que poderia ter sido cansativo se tivesse nas mãos erradas, mas isso jamais acontece. Moonlight flui e a gente vai se sentindo parte de tudo aquilo, como faz com maestria o tão inspirador Kar-Wai em seus filmes.

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    James Laxton dá uma aula de direção de fotografia, onde mantem o filme objetivo, mas com a atmosfera perfeita de cada momento. Com lentes azuladas e tomadas noturnas incríveis (banhadas pela luz do luar – como o título do filme), ele nos faz sentir coisas que acabam como que num suspiro. A trilha sonora segue na mesma vibração, que você volta o filme para poder ouvir de novo aquela música que te deixa com o peito apertado (ou aberto) com lágrimas nos olhos (eu tenho muito disso com a música, acho que ela é sempre um personagem em alguns filmes – quando bons, sempre é).

    – Não te vejo há uma década. Não é o que eu esperava…

    – Esperava o que?

    Moonlight é um filme para ser visto com o peito aberto. Pode doer, pode te fazer sorrir e chorar. Como um momento de descobertas, escolhas, desafetos, desavenças familiares, estilo de vida, e amor. Amor, sempre amor.

    Trailer:

    A cena que me inspirou sobre a receita de hoje foi essa, não vou contar detalhes sobre ela para não estragar o filme, apenas contemplem e sorriam.

    Tem algo melhor do que se cozinhar com amor?

    Fiz um PF vegetariano, para que todos possam ver que existe vida além do bife ahueshua. Usei um bife vegetariano da Superbom, que eu particularmente gosto bastante. Vou passar o resto dos detalhes na receita abaixo, também pode acompanhar um ovo frito e batatas fritas. Vai do gosto do cliente (ou do amor). O feijão já contei pra vocês como eu faço nesse post (só troquei pelo feijão preto dessa vez). Vou falar na receita como fazer o arro, a couve e o bife vegetal (que muita gente vira a cara, mas é que não tempera direitinho para que fique bem gostoso!). Vamos lá?

    pf vegetariano

    PF Vegetariano

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 40 min
    Serve: 2 pessoas

    Ingredientes

    • 1 xic. de arroz
    • 2 xic. de água
    • 4 dentes de alho picado
    • 8 colher sopa de azeite de oliva
    • 1 maço de couve
    • 1 cebola em rodelas
    • 1 colher de chá de açúcar mascavo
    • 2 colheres de sopa de shoyu
    • Sal, orégano e pimenta do reino a gosto
    • 1 lata de bife vegetal (contem mais ou menos 6 unidades)

    Modo de fazer:

    1. Vamos começar pelo arroz: refogue o alho uma colher de azeite, junte o arroz, frite por alguns minutos, junte a agua e deixe ferver em fogo médio. Quando a água começar a secar, tampe a panela, baixe o fogo e deixe por mais 1 minuto, desligue a panela e deixe tampada descansando.
    2. Aproveite enquanto o arroz está sendo feito e tempere os bifes: em uma travessa coloque os bifinhos, sal, pimenta, 1 dente de alho, 2 colheres de azeite, o shoyu e o orégano. Deixe descansar por uns 5 minutos para tomar gosto. Frite em uma frigideira anti-aderente, depois de dourados de ambos os lados, reserve.
    3. Para o acebolado, coloque 2 colheres de azeite e as cebolas em rodela, quando começarem a dourar, coloque o açúcar mascavo. Em fogo baixíssimo deixe com que elas caramelizem.
    4. Para a couve, aqueça 2 colheres de azeite, junte o alho, doure, cuidado para não queimar, junte a couve e o sal. Mexa e abafe com a tampa, em fogo baixo, mexa algumas vezes. Fica pronto em coisa de 3 minutos.
    5. Para a montagem: acomode o arroz, sirva o feijão, os bifes com o acebolado em cima e a couve. Bom proveito! =0)