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    Amor Ocasional & Bolo de Coco

    A série francesa Amor Ocasional (Plan Coeur) é uma daquelas que você maratona em uma dia. Com episódios de um pouco menos de meia hora, ela vai ter levando facilmente ao próximo episódio de uma maneira leve e interessante.

    Elsa (Zita Hanrot) é uma mulher de 30 anos que está completamente devastada com o final do seu último relacionamento. Ela tem duas melhores amigas – Charlotte (Sabrina Ouazani) e Emilie (Joséphine Draï) -, que ao verem ela beirando a completa insanidade, resolvem armar um plano um tanto quanto ousado para ajudá-la a sair dessa barra.

    Charlotte tem a ideia muito doida de contratar um garoto de programa para dar em cima e conquistar Elsa, fazendo com que ela desse um up no seu ego e confiança. Emilie de início não gosta da loucura da amiga, mas acaba concordando.

    O que elas não imaginavam é que Jules (Marc Ruchmann), o moço contratado, iria se apaixonar por Elsa. A desgraça está feita. E quem vai ter coragem de contar a Elsa sobre de onde veio o rapaz e com que propósito, sendo que ela também está apaixonada por ele e conseguindo esquecer Maxime (o ex)?

    Além do drama de Elsa, a série nos mostra as histórias dos outros personagens e seus romances. Charlotte não consegue se manter em nenhum emprego, mora com irmão Antonie e a amiga Emilie (que namora Antonie e está grávida dele), tem um romance secreto com o melhor amigo do irmão, Matthieu, sente que está apaixonada, mas logo ela, que não é adepta a relacionamentos sérios…

    Elsa mora com o pai (pessoa foférrima ele), trabalha em um emprego burocrático na prefeitura, ela é um pouco atrapalhas, mas muito inteligente, acho que a série é fácil de se apegar porque nos vemos em muitas situações comumente vividas por gente normal. Não tem glamour, é vida real, dor real, inseguranças reais. É isso que faz da série carismática e incrível.

    Jules, o gigolô, é o típico moço bonito, com sorriso impressionantemente bonito e um olhar conquistador. Ele que começou a carreira como garoto de programa para ajudar a mãe agora está disposto a largar tudo para ficar com Elsa.  Todos merecem uma segunda chance, não acham?

    Confesso que torci muito pra isso acontecer. E será que aconteceu? Assistam!

    Dona Netflix prometeu a próxima temporada para final de 2019, oremos.

    Trailer:

    Enquanto isso, eu aguardo a segunda temporada e como bolo de coco. Resolvi linkar esse bolo com a série, porque confeitaria é uma coisa maravilhosa, como nos ensinaram os migos franceses. Vamos fazer um bolo bem bonito?

    Eu relutei a fazer a cobertura do famoso “Chantininho” e confesso que ainda prefiro o chantilly fresco ou o buttercream, como opção de coberturas. Porém, não podemos saber o que gostamos mais sem provar tudo, não é mesmo? Vamos a receita então:

    Bolo de Coco

    Ingredientes:

    Massa:

    • 2 gemas
    • 2 claras
    • 150 g de açúcar refinado
    • 160 g de farinha
    • 150 ml de leite em temperatura ambiente
    • 1 colher de chá de extrato de baunilha (opcional)
    • 1 colher de chá de fermento em pó

    Recheio:

    • 1 lata de leite condensado
    • 1 caixinha de creme de leite
    • 1 vidro (200 ml) de leite de coco
    • 1 xíc. (240 ml) de leite
    • 1 + 1/2 xíc. de leite em pó
    • 2 colheres (sopa) de amido de milho
    • 1 colher (sopa) de manteiga

    Calda:

    • 1/2 xíc. de açúcar
    • 1/2 xíc. de água
    • 2 cravos da índia (opcional)
    • 1 dose de Jack Daniels Honey (opcional)

    Cobertura de Chantininho:

    • 200 ml de chantilly
    • 8 colheres de sopa de leite em pó (de preferência Ninho)
    • 1/2 lata de leite condensado
    • 1/ lata de creme de leite

    Decoração:

    • 100 g de coco ralado desidratado

    Modo de fazer:

    Pré-aqueça o forno a 180º.

    Forre o fundo de 3 formas de 15×5 cm (ou 1 de 15×10 cm) com papel manteiga. Não é necessário untar as laterais, assim evitamos que o bolo crie aquela “barriga”. Quando estiver morno, passe uma faquinha nas laterais e o bolo soltará facilmente.

    Massa:

    Bata as claras em neve, adicione o açúcar, logo que estiver um merengue, adicione as gemas, uma a uma. Junte o leite. Após isso, com um fouet, mistures a farinha e fermento peneirados a massa. Por fim o extrato de baunilha.

    Divida a massa nas formas e leve ao forno por 30-35 minutos, fique de olho, depende do forno pode levar menos ou mais tempo. Se usares a forma mais alta, de 10 cm, pode levar mais alguns minutos.

    Retire do forno e deixe amornar, caso tenha usado a forma alta, corte o bolo em 3 camadas.

    Recheio:

    Dissolva o amido de milho no leite. Misture todos os ingredientes e leve para o fogo baixo, quando começar a engrossar conte mais 3 minutos, mexendo sempre e desligue. Leve a geladeira para esfriar com um filme plástico em contato com o creme.

    Calda:

    Em uma panelinha leve os ingredientes para ferver, mexa, assim que começar a ferver e o açúcar estiver se desfeito, desligue. Leve para gelar.

    Montagem:

    Forre uma forma de 15×10 com plastico filme ou um saco plástico. O importante é que tenhas plastico o suficiente para envolver todo o bolo para levá-lo a geladeira depois de montado.

    Coloque a primeira camada de bolo no fundo da forma. Regue com a calda. Adicione metade do recheio. Coloque mais uma camada de bolo, regue, recheio, por fim a última camada de bolo.

    Feche bem com o plástico e leve a geladeira por, no mínimo 8 horas.

    Depois das horas de descanso para poder gelar e ficar bem firme, cubra todo o bolo com a cobertura, passando uma espátula para alisá-lo. Salpique o coco ralado em todas a volta dele. Agora é só comer \o/

    Conserve na geladeira.

  • Comédia,  Drama,  Romance,  Salgados

    Minhas Tardes com Margueritte & Espaguete com Almôndegas

    O filme de Jean Becker, estrelado por Gérard Depardieu nos leva pela mão a conhecer a história de uma bela amizade. Margueritte (Gisèle Casadesus) é uma senhora que está na casa dos 90 anos, muito culta e leitora árdua, ela senta todas as tardes na praça da cidade dá comida aos pombos enquanto desfruta da literatura.

    Nas histórias de amor há mais que amor.
    Às vezes não há nenhum “eu te amo”, mas se amam.

    Em uma dessas belas tarde, Margueritte conhece Germain Chazes (Depardieu) no parque. Eles começam a conversar sobre a vida, os pombos e ela está a ler um livro. “A peste” de Albert Camus é um dos livros que junta essas duas vidas.

    Margueritte, uma amante das letras, apresenta para Germain a magia das palavras. Ele, que era um semianalfabeto, se encanta pela literatura.

    Como a senhorinha já era bem idosa e estava a perder sua visão, ele se propõem a ler para ela o que ela já não conseguia mais fazer. O que cria um grande elo de amizade bonita e profunda entre os dois.

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    Em “La Tête en Friche” (título original) os problemas do personagem de Depardieu são muito bem explicados com mini-flashbacks sobre sua infância, onde sofria preconceito na escola e também em casa, refém de uma mãe maluca e que só colocava ele para baixo.

    O filme nos traz aquela sensação que sempre haverão pessoas lindas e boas para se conhecer por aí, mesmo que achamos que já não restam mais almas leves e sensacionais. Existem. Pode ser aquele velhinho no banco da praça, ou aquela senhorinha na parada do ônibus. Nunca se sabe. =)

    Trailer:

    No restaurante/bar que Germain costuma encontrar com os amigos, em uma cena, é servido um belo prato de espaguete. Como eu gosto de dar um tchan no negócio todo, resolvi fazê-lo com almôndegas, que é um dos pratos prediletos para os domingos lá em casa. Vamos a receita?

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    Espaguete com Almôndegas

    Prep Time: 15 mins
    Cook Time: 30 mins
    Yields: 18

    Ingredientes

    • Para as almôndegas:
    • 400 g de carne moída
    • 1/2 cebola
    • 1 dente de alho
    • 1 ovo
    • 1 colher de azeite
    • 1 colher de molho inglês
    • 2 colher de salsa picada
    • Pimenta moída na hora a gosto
    • 1 colher de sobremesa de sal
    • 2 colheres de sopa de farinha de trigo
    • Para o molho:
    • 1 cebola grande picada
    • 2 dentes de alho picados
    • 2 latas de tomates pelados
    • 2 xícaras de água fervente
    • Sal e Pimenta do reino a gosto
    • Para o espaguete:
    • 500 g de espaguete de sua preferência
    • 1 colher de sopa de sal
    • 2 litros de água fervente
    • Queijo parmesão ralado para finalizar

    Modo de Preparo:

    1. Comece picando bem a cebola e o alho (eu costumo colocar tudo no processador que fica bem miudinho). Em um recipiente, coloque a carne moída e os demais ingredientes. Misture bem até que tudo esteja incorporado. Molde as almôndegas com as mãos úmidas.
    2. Em uma frigideira com fio de óleo aquecido sele as almôndegas de ambos os lados. Reserve.
    3. Para o molho refogue a cebola e o alho até ficarem corados. Em seguida junte os tomates pelados (passados pelo triturador ou mixer – ou ainda amassados com um garfo), o sal, a pimenta e água. Deixe ferver por alguns minutos até que fique com uma consistência mais densa. Junte as almôndegas e deixe refogar por mais uns 15 minutos em fogo baixo – se necessário, acrescente um pouco mais de água fervente.
    4. Cozinhe o macarrão na água fervente, com o azeite e o sal. Veja o tempo para atingir a consistência al dente na embalagem do mesmo.
    5. Junte o molho a massa e salpique com queijo parmesão ralado.
  • julie e julia movie
    Biografia,  Drama,  Romance,  Salgados

    Julie e Julia & Quiche au Camembert

    Julie e Julia conta a história de duas mulheres: Julia Child (belissimamente interpretada pela Meryl Streep) uma mulher americana que mudou para a Paris no final dos anos 40, por conta do trabalho de seu marido e Julie Powell (Amy Adams) moradora de Nova York dos dias de hoje.

    Sabe o que adoro sobre cozinhar? É que depois de um dia que nada dá certo (e quando eu digo nada é nada mesmo), eu venho pra casa e sei que juntando gemas de ovos com chocolate, açúcar e leite vai virar um creme. É tão reconfortante.
    (Julie Powell)

    JULIE & JULIA.

    Julia uma mulher super ativa que acompanhava o marido Paul (Stanley Tucci) diplomata a França, não aguentava mais ficar em casa sem nada fazer e, como amava a culinária, resolveu entrar em um curso de culinária do Le Cordon Bleu. Surgiu daí a ideia dela escrever um livro para as mulheres americanas com receitas de comidas francesas.

    O livro que acabou se tornando um best-sellers de 1963, chamado Mastering the Art of French Cooking (1961), foi o começo da explosão de Julia Child na história da culinária americana. Depois disso ela começou a apresentar um programa na tv, no maior estilo que conhecemos aqui no Brasil com Palmirinha, Ana Maria Braga e Ofélia.

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    Julie apaixonada pela história e vida da lendária Julia Child começa um desafio: fazer as 524 receitas do livro em apenas um ano. Para isso ela começa um blog para relatar tudo isso, chamado The Julie/Julia Project.

    O filme e leve e bem humorado, contando com a excelente atuação (como sempre) de Meryl Streep, que carrega no sotaque e esbanja bom humor até aprendendo a cortar cebolas. Amy Adams, por sua vez, consegue dar vida ao amor que as pessoas que adoram cozinhar tem. O encantamento dela ao fazer cada prato e relatá-los no blog é sensacional.

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    O filme é uma adaptação de 2 livros: “Julie & Julia” de Julie Powell e “My life in France” de Julia Child com roteiro e direção de Nora Ephron.

    Bom, uma das receitas do livro Mastering the Art of French Cooking é de uma Quiche com queijo Camembert. Como tínhamos uma manteiga Elle & Vire e um belo exemplar de Queijo Camembert Emborg, que nos foi presenteado pela AllFood Importadora, resolvemos usá-los nessa receita.

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    Quiche au Camembert

    Preparo: 90 min
    Cozimento: 60 min
    Serve : 4

    Ingredients

    • 250 gr de farinha de trigo
    • 125 g de manteiga
    • 50 ml de água gelada
    • 3 ovos
    • 200 ml de creme de leite fresco
    • 125 g de queijo camembert
    • Sal e Pimenta do reino
    • Noz-moscada moída na hora 1 pitada de orégano
    • 1 pitada de orégano

    Modo de Fazer

    1. Em uma tigela coloque a farinha de trigo, pique a manteiga em quadradinhos e adicione a farinha. Vá mexendo até formar uma farofinha. Vá adicionando a água aos poucos até chegar a uma consistência firme. Não manipule muito a massa. Leve a geladeira por 2 horas envolta em um filme plástico.
    2. Pré-aqueça o forno a 180º.
    3. Abra a massa e coloque em uma forma. Coloque um papel manteiga forrando o fundo e coloque alguns feijões crus em cima, para fazer peso, assim a massa não cresce e permanecerá do jeito que queremos para colocar o recheio. Leve ao forno por 8 minutos.
    4. Nesse meio tempo vá preparando o recheio: corte o queijo em cubos. Em um recipiente bata os ovos, adicione o creme de leite, a noz-moscada, orégano, pimenta e sal. Mexa bem.
    5. Retire a massa do forno, coloque os cubos de queijo e jogue o creme feito em cima. Leve ao forno por uns 30-40 minutos. Fique de olho, quando estiver dourado, está pronto. Bon apetit!
  • Drama,  Romance,  Salgados

    La Délicatesse & Sopa de Aipim

    Eu gosto muito quando algumas pessoas me indicam filmes. E mais ainda, quando elas já trazem com a dica, uma conexão com a cozinha, pois lembram do blog. Fico realmente emocionada. Foi isso que aconteceu com esse filme. Uma querida amiga me mandou uma mensagem contando um pequeno trecho do filme e na mesma hora eu saí a procurá-lo.

    Com ela eu sou uma versão melhor de mim mesmo.

    La Délicatesse (no Brasil, A delicadeza do amor), é um filme francês de 2011, estrelado pela eterna Amelie Poulain, Audrey Tautou. Ela é Nathalie, uma bela jovem de bem com a vida. Tem um casamento bonito e inspirador com François (Pio Marmai). A cena inicial do filme é encantadora, mostrando como os dois se conheceram em um café e contando que eles sempre vão ao mesmo lugar para relembrar como foi a primeira vez.

    Nathalie leva uma vida normal, entre jantares com os pais e sogros, trabalho e sonecas no sofá, eles pensam em ter um filho, depois de uma certa ‘pressão’ dada pelos futuros avós. Em um dia qualquer, François sai para sua corrida diária. Nathalie adormece no sofá e acorda com o celular tocando. É dele que vem a pior notícia de sua vida: o marido sofreu um grave acidente e está hospitalizado. Pulamos dessa cena para o enterro dele, que veio a falecer.
    A jovem moça então durante 3 anos permanece em luto e se entrega totalmente ao trabalho. Resiste e renega as inúmeras investidas de seu chefe, assim como os infinitos incentivos da melhor amiga de sair do casulo e viver a vida.

    No meio de uma manhã qualquer, aparece um colega de trabalho em sua sala, Markus. Um suéco estranho, meio desengonçado, mas muito educado. Naquele momento ela tem um click, um despertar de interesse, levanta da mesa e beija o rapaz.
    Markus que começa a se interessar por ela naquele momento também, se encontra confuso. Jantares, teatro, passeios na noite bela de Paris e aquele velho medo de se apaixonar e não ser correspondido.

    Começa então uma linda história de amor. Não aquele amor avassalador, mas um amor puro. Bonito. Sincero. Um amor que respeita os limites e dá o tempo que precisa para que ele desabroche e se firme.
    Cansada das cobranças dos amigos que acham que Markus é muito feio, ou ainda, que não seria um homem ideal para ela, Nathalie sai de carro em busca de alguma paz e vai ao encontro da avó.

    É um belo filme, que vai te deixar com a alma leve e com uma certa esperança que mesmo quando as coisas vão mal, ainda há uma pequena luz no fim do túnel para te auxiliar na caminhada.
    Assistam e depois me contem.

    Hoje vamos ter uma receita de sopa. Vocês devem ter percebido que andei numa ‘vibe’ muito de sopa nos últimos tempos. Acho que era culpa do frio. Na realidade, eu amo sopas e no inverno elas são muito mais convidativas também. Como temos previsão para um friozinho de novo essa semana, vamos uma receitinha então.

    Sobre a conexão com o filme, foi na casa da avó que eles tomam uma sopa, em um jantar amistoso e reconfortante, foi nesse momento que minha amiga Paula lembrou do blog e me deu a dica. Obrigada, Paulinha, mais uma vez =).

    Sopa de aipim com gorgonzola

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 30 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • 1/2 kg de aipim (mandioca) descascado
    • 1 cebola grande picada
    • 2 dentes de alho esmagados
    • Azeite de oliva Noz moscada
    • Pimenta do reino Salsinha (usei desidratada)
    • Sal
    • Queijo Gorgonzola Mais ou menos 1 litro e meio de água
    • Mais ou menos 1 litro e meio de água

    Modo de Fazer

    1. Em uma panela, acomode os aipins e coloque água até cobrí-los, passando uns dois dedos a mais de água. Deixe ferver até que fiquem macios. Em uma outra panela, refogue a cebola e o alho no azeite. Reserve. Quando o aipim estiver cozido, espere esfriar um pouco e passe-os (junto com a água do cozimento) pelo processador, mixer ou mesmo no liquidificador. Junte esse creme ao refogado de cebola e alho, tempere com noz moscada, a pimenta do reino, adicione o sal e leve para o fogo novamente. Caso esteja muito grossa, adicione aos poucos água quente até chegar ao ponto que desejas. Depois de ferver por mais alguns minutos, coloque a salsinha. Na hora de servir, coloque em cada porção, um pouco de queijo gorgonzola esfarelado.
  • Drama,  Salgados

    Ferrugem e Osso & Quiche de Palmito

    Ferrugem e Osso (De Rouille et d’os, 2012) estrelado pela, sempre ótima, Marion Cotillard conta a história de Stéphanie, uma treinadora de baleias que acaba por sofrer um grave acidente que muda completamente sua vida.

    O filme começa com Alain (Matthias Schoenaerts), um homem desempregado, que vive com filho e está indo morar na casa da irmã.

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    Por obra do destino, ele começa a trabalhar como segurança na boate que Stéphanie está no meio de uma confusão. Ele a ajuda, a leva para casa e dá seu telefone, caso precise de algo.

    O que ele não sabia é que ela ligaria para ele em um momento de total solidão, após o acidente, ela perdeu as duas pernas e está sozinha sem saber muito o que fazer.

    A ligação dos dois é complexa e intensa. Em uma das cenas mais bonitas, ele sem nenhuma vergonha ou medo, a leva para tomar um banho de mar.

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    O diretor Jacques Audiard nos conta essa história de dor e superação, com mais intensidade do que já vimos em seu outro filme “De Tanto Bater, Meu Coração Parou” (De battre mon coeur s’est arrêté, 2005). Quebrando paradigmas, ele mostra de forma crua e simples a vida depois de um acidente como esse. Como viver depois de ter os membros amputados? Lidando com a imperfeição humana, ele conduz a história de uma maneira incrível e realista.

    Stéphanie depois de algum tempo, consegue reencontrar a baleia que ela treinava, e é uma cena realmente sensacional das duas no aquário. Ela, com suas próteses, mas demonstrando o mesmo amor pelo animal, que na verdade, apenas seguiu seu instinto, na hora de se proteger durante o acidente que houve no parque aquático.

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    Acho que o filme também tem um tom de crítica a esse tipo de estabelecimento, que coloca animais para exibição e entretenimento. Por que orcas devem estar no mar e não fazendo pessoas rirem em um lugar fechado.

    Marion está em uma atuação sensacional, totalmente desprovida de qualquer vaidade, ela encarna essa personagem cheia de dores, traumas e que tem coragem de enfrentar a vida, mesmo depois de uma avalanche como essa. Assistam!

    Hoje trago junto com o filme, uma Quiche de Palmito com Ricota, porque filme francês sempre cai bem com a melhor coisa que eles trouxeram para nossas vidas: quiche!

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    Quiche de Palmito e Ricota

    Preparo: 60 min
    Serve: 4

    Ingredientes

    • 250 gr. de farinha de trigo
    • 100 gr. de manteiga sem sal
    • 1 colher de café de sal
    • 4 a 5 colheres de sopa de água gelada
    • 150 g de ricota
    • 1 vidro de palmito
    • 1 cebola picada
    • 2 dentes de alho amassados
    • 2 colheres de shoyu
    • Azeite
    • Sal a gosto
    • Pimenta do reino moída na hora a gosto
    • 03 ovos
    • 01 lata de creme de leite
    • Pimenta do reino a gosto
    • Sal a gosto

    Modo de Fazer

    1. Massa: Corte a manteiga em cubos e junte ela a farinha e o sal. Vá misturando até que se forme uma farofa – em seguida coloque a água e vá juntando até que se forme uma bola – não é pra sovar a massa, apenas ir juntando. Coloque a massa na geladeira enquanto faz o recheio.
    2. Recheio: Refogue a cebola no azeite, acrescente o alho, deixe dourar. Junte o palmito e a ricota e deixe por mais uns 5 minutos. Adicione o shoyu, o sal e a pimenta do reino moída. Reserve.
    3. Creme: Bata os ovos vigorosamente, junte o creme de leite, tempere com o sal e pimenta.
    4. Montagem: Vá abrindo a massa encaixando ela na forma. Essa massa é bem maleável para fazer isso com as próprias mãos – acho mais prático do que abrir com o rolo. Leve ao forno pré-aquecido por uns 10 minutinhos. Em seguida adicione o recheio e o creme em cima. Forno por mais 30-40 minutos e é só servir. =)
  • Drama,  Salgados

    Amour & Brócolis ao Forno

    Michael Haneke mora no meu coração. O diretor austríaco sempre foi conhecido por seus filmes um tanto quanto psicológicos e com histórias complexas. Ele sempre deixa uma coisa no ar, fazendo com que o espectador tire suas próprias conclusões. Haneke lança os dados e não explica. Ele apenas instiga o mais profundo pensamento de análise e crítica da vida.

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    – Tem muitas histórias que ainda não te contei.
    – Não me diga que irá arruinar sua imagem nessa idade?
    – Não aposte nisso.
    – E como é minha imagem?
    – Às vezes, você é um monstro.
    – Mas muito gentil.

    Foi surpreendente para mim ao assistir Amour, o novo filme dele, vencedor de nada mais que a Palma de Ouro em Cannes (e mais outros diversos prêmios mundiais – como no último domingo levou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro), pois é um filme claro. Absolutamente sem metáforas. O filme é cru, real, estático e maravilhoso.

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    A história mostra a vida pacata de um casal francês, já em idade avançada, filmando o dia a dia desses dois ex-professores de piano. Georges (E Jean-Louis Trintignant) e Anna (Emmanuelle Riva – de Hiroshima mon amour) em seu cotidiano mais simples, jantam, almoçam juntos, conversam sobre livros e notícias no jornal. Em uma manhã qualquer, estão os dois a tomar café da manhã quando Anna simplesmente entra em um estado parecido com um transe. Não há mudanças de expressão no rosto dela, ela não atende aos apelos do marido, esse já desesperado, molha a testa dela com uma toalha úmida e de repente ela volta a si. Foi nesse momento que uma obstrução silenciosa da carótida dela, a que levou a um derrame.

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    O filme segue com o desenvolver da doença, primeiro Anna fica com o lado direito paralisado, depois vai ocorrendo a degradação do corpo e mente, como é normal nesse tipo de enfermidade.
    George que por vezes tenta fingir que nada está acontecendo, ao mesmo tempo tenta confortar a mulher de todos os modos possíveis, sendo atencioso e preocupado. Ela, por sua vez, tenta levar a vida do modo mais normal possível para não deixar com que tudo vá por água abaixo.

    É um filme profundo e triste. Cenas que doem em nossos corações, como quando ele carrega ela em um abraço, quase uma dança, para fazer as coisas mais simples, do cotidiano, que nem nos damos conta que fazemos, pois é tudo tão no automático, que eu acho que só se dá conta de tudo que se faz, quando não se pode mais fazer isso sozinho.

    O filme começa pelo final. Então você passará o filme todo sabendo o que aconteceu, mas não sabendo como. Será que aquilo era mesmo o fim? O que será que realmente aconteceu? Ou seria para deixar-nos com uma sensação de total desesperança durante o decorrer da película?

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    Depois que o filme termina a sensação de que o amor é muito mais que apenas uma coisa bonitinha fica em sua mente por semanas. O amor é compaixão, companheirismo, respeito, auxílio, devoção. O amor verdadeiro é essa coisa que não vê limites quando se trata do bem estar do outro. O amor não tem interesses. O amor é redenção. Amour resume tudo que você já imaginou de bonito que pode existir entre duas pessoas. Pode ser doído, mas é até o fim.

    Dedico esse post a uma querida amiga que perdeu seu companheiro recentemente. E minha admiração por ela é como o amor que eles sempre terão: eterna.

    Para acompanhar o post, eu fiz um brócolis ao forno, porque brócolis é amor.

    BROCOLIS FORNO

    Brocolis ao forno

    Preparo: 30 min
    Serve: 2 porções

    Ingredients

    • 1 maço de brócolis
    • 3 dentes de alho
    • 1 cebola pequena picada
    • Azeite de oliva
    • Sal
    • Orégano
    • Pimenta do reino
    • Queijo parmesão 250 g de creme de ricota (pode usar requeijão ou cream cheese – o que vc mais gostar)
    • 250 g de creme de ricota (pode usar requeijão ou cream cheese – o que vc mais gostar)

    Modo de fazer

    1. Cozinhe os brócolis no vapor (eu costumo colocá-los em saquinhos plásticos próprios para microondas e cozinhá-los por cerca de 3 minutos). Em uma frigideira refogue a cebola e o alho no azeite. Quando estiverem dourados, acrescente os brócolis picados. Deixe cozinhar por mais uns 2 minutos, tempere com sal e pimenta do reino. Poderá montar o prato em um refratário só ou em 4 pequenos, assim servindo em porções individuais (que eu acho mais charmoso). Comece com os brócolis, adicione uma colher de sopa de creme de ricota, um punhado de queijo parmesão ralado e uma pitada de orégano. Forno por 15 minutinhos para dourar.
  • Drama,  Romance

    Até a eternidade & Quiche sem Massa

    Guillaume Canet conseguiu juntar alguns grandes nomes do cinema francês da atualidade em “Les petits mouchoirs” (“Até a eternidade”, aqui no Brasil).

    O filme mostra a história de um grupo de amigos, que após o acidente de moto de um deles (inclusive uma cena muito bem feita, no começo do filme), sai para uma temporada de férias. Me lembrou um pouco “O primeiro ano do resto de nossas vidas” – vai mais ou menos naquela mesma vibração.

    “Você nos deu tanto. A todos nós.
    Eu não retribuí o bastante.
    Duvido que eu tenha retribuído o bastante, mas foi bom estar com você.
    Ser seu amigo. “

    Nessa ida para a casa de praia de Max (François Cluzet – o mesmo de “Intocáveis”), começam a ser revelados vários segredos e pequenas mentiras que uns contam ou tem com os outros.

    O filme vai se desenvolvendo de uma forma que você se apega aos personagens. Como se fossem seus próprios amigos, com suas dores, manias, verdades ou ilusões. Desde aquele amigo que é apaixonado pela ex-namorada e não desiste nunca, passando pela amiga que foge de qualquer compromisso mais sério, até aquele outro que tem suas manias e implica com tudo.

    Assim é “Até a eternidade”. Com uma trilha sonora incrível, com pinceladas dos anos 70, vamos compartilhando as inquietudes e loucuras que só podemos fazer quando estamos na presença de amigos. Ou achamos que podemos.

    O longa dirigido pelo já nosso conhecido em alguns filmes Guillaume Canet foi bastante criticado pelo seu roteiro simples. Ao meu ver, a verdade muitas vezes está na simplicidade. Como os grandes mestres do cinema asiático já o fizeram. Mostrar o cotidiano, o correr da vida, as vidas que chegam e as que se vão. Os amores perdidos, os novos amores que surgem, aquela antiga paixão que nunca vai embora. No fim de tudo o que fica é a amizade verdadeira, as lembranças boas e uma inspiração qualquer para algum futuro tranquilo.

    Se você tem meia dúzia de bons amigos vai gostar muito do filme, pois ele nos faz lembrar algumas das histórias que já passamos na vida.

    Trailer:

    Nada melhor que uma quiche para acompanhar um filme francês, né? Quiche sem massa, fiquei pensando que poderia faltar algo, mas foi excelente a idéia. Fica leve e saudável, para pessoas que estão evitando carboidratos na dieta é uma grande pedida.

    Quiche sem Massa

    Preparo: 60 min
    Rende: 2

    Ingredientes

    • 300 g. de cogumelos Paris fatiados
    • 1 cebola fatiada
    • 2 dentes de alho
    • 3 ovos
    • 1 caixa de creme de leite
    • 1 colher de chá de vinagre balsâmico.
    • Queijo parmesão ralado
    • Sal a gosto
    • Pimenta do reino a gosto
    • 2 colheres de manteiga sem sal

    Modo de Fazer

    1. Refogue a cebola na manteiga, adicione o alho e depois de dourados, acrescente os cogumelos e o vinagre balsâmico Deixe cozinhar por mais ou menos 2 minutos. Tempere com sal e pimenta. Aqueça o forno a 180º. Unte 4 ramequins pequenos (os meus tem 8.5 cm) com manteiga e polvilhe com queijo ralado. Coloque o recheio de cogumelos. Em um outro recipiente bata os ovos, junte o creme de leite, a noz-moscada ralada, sal e a pimenta. Agora despeje por cima dos cogumelos um pouco desse creme de ovos, salpique com queijo parmesão em cima e leve ao forno por mais ou menos 20 minutos. Sirva morno com uma salada de folhas de sua preferência.