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    Um Santo Vizinho & Hot Roll de Shimeji

    Faz mais de 5 meses que não posto nada por aqui e, se vocês querem saber, não me orgulho nada disso. Estive passando por um bloqueio criativo. Eu vi filmes, fiz comidas e fiquei guardando tudo em rascunhos porque eu não sabia como começar a dizer as coisas que estava sentindo sobre. Eu mudei de casa, eu mudei de ares – quem acompanha o Instagram do blog tá sabendo de todos os detalhes – e estou me sentindo plenamente pronta para o novo (ou ainda voltar as coisas que eu gosto de fazer, como isso aqui). Espero que a partir de hoje, desse post, eu consiga voltar a postar com a mesma vontade de antes. Escolhi então falar sobre o filme que praticamente vi Charles Bukowski na tela, sem ser ele propriamente dito. Vou contar pra vocês sobre o filme Um santo vizinho que acompanha uma receita de algo muito bom: um sushi vegetariano. Para os amigos veganos, pode retirar o cream cheese e adicionar fatias de tofu que fica uma delícia também. Vamos lá?

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    Nos primeiros minutos de Um santo vizinho (St. Vicent), eu comecei a achar que ou eu estava louca, ou estava vendo na tela a personificação de Henry Chinasky . O alter-ego do escritor Charles Bukowski (my precious) estava na minha frente.

    Bill Murray é Vincent, um senhor já mais velho, com uma vida pra lá de desregrada, que vive entre bebidas, prostitutas russas e corridas de cavalo (mais uma referência a Buk).

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    Vicent é um homem de humor ácido e mal humorado, com suas camisas brancas quase amareladas, sempre fumando e bebendo alguma coisa, uma pessoa para quem a vida já deu tudo o que tinha que dar. Está ali só pra ir vivendo o resto dela, com um total pessimismo bem característico da história do nosso Dirty Old Man.

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    Um belo dia, um caminhão de mudança bate na árvore que fica na frente da casa dele, e então somos apresentado a Maggie sua nova vizinha. Melissa McCarthy encara uma recém separada mulher, que se mudou para a casa ao lado com o filho, o pequeno Oliver.

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    Oliver e Maggie estão ainda se acostumando a nova rotina, ela trabalhando muito para poder sustentar a casa e ele seguindo a vida de estudante. O que acaba acontecendo é que um dia ele tem a mochila roubada na escola, depois de uma briga, e não tem como entrar em casa. A mãe está no trabalho, então ele apela para o excêntrico vizinho. Pede a Vincent se pode dar um telefonema para a mãe. Ele, que não estava acostumado a conviver com crianças e amizades próximas, deixa o garoto fazer a ligação…mas deixa claro que é só um telefonema e vá logo embora.

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    Começa aí uma bela relação entre eles quando Vincent propõe à mãe que ele fique de ”babá” do menino enquanto ela está no trabalho, já que está falido e qualquer dinheiro é bem vindo.

    – Gosta dele?

    – Ele é interessante, de um jeito invocado…

    O que vemos então é aquele velho rabugento (em uma atuação incrível de Bill Murray) derreter o coração em muitos episódios que passa com o inteligente e cativante Oliver.

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    Com o passar do filme vamos acreditando um pouco que nem todo durão é realmente um insensível, mas sim, isso acontece porque o que lhe faltava era um pouco de amor…e isso o pequeno menino sabe dar muito bem.

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    Belo filme, além de uma trilha sonora inspiradora, o final é uma das coisas mais bonitas da vida. Aquela velha coisa do reconhecimento, de apesar de tudo que a vida nos transformou, a nossa essência segue a mesma.

    Trailer:

    Em uma cena, Vincent pergunta ao menino se ele está com fome e oferece bolachas com sardinha para ele, diz que é tipo sushi e essa foi a inspiração para a receita do post de hoje.

    Já que não como mais carne de nenhum tipo (e sim, peixe é carne!) vamos a uma receitinha de sushi vegetariano.

    Não perde nada para o convencional, sendo ainda bem mais saudável e com animais correndo felizes pela nossa vida, ao invés de serem nossas comidas.

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    Hot Roll de Shimeji

    Preparação: 90 min
    Cozi: 30 min
    Serve : 24 peças

    Ingredientes

    • 1 xíc. de arroz para sushi (usei o curto)
    • 1 xíc. de água

    Para temperar o arroz:

    • 6 colheres de sopa de vinagre de arroz (ou tempero para sushi da Azuma)
    • 2 colheres de sopa de açúcar
    • 1 colheres de sopa de mirim
    • 1/2 colher de chá rasa de sal

    Para montar:

    • 150 g de cogumelo shimeji fresco
    • 1 colher de sopa bem cheia de manteiga
    • 2 colheres de sopa de molho de soja
    • 1 colher de chá de açucar
    • 100 g de Cream cheese de sua preferência

    Para empanar/Fritar:

    • 1/2 xíc. de cerveja gelada
    • 8 colheres de farinha de trigo
    • 150 g de farinha de mandioca fina ou Panko
    • Óleo de girassol para fritar

    Modo de Fazer

    1. Primeiro você tem que lavar o arroz até a água sair translúcida. Faça isso quantas vezes forem necessárias. Depois disso, deixe o arroz de molho por 30 minutos. Passado esse tempo, escorra a água e coloque o arroz para cozinhar em 1 xícara de água em fogo alto até levantar fervura. Baixe o fogo e deixe por mais 15 minutos com a panela tampada. Verifique se a água secou completamente, desligue o fogo, cubra com um pano limpo e deixe descansar por mais 10 minutos. Coloque o arroz em uma travessa grande (de preferência a um recipiente não térmico, como plástico, metal, para que o calor se dissipe rapidamente) então comece a temperá-lo e inciar o processo de esfriamento.Em um recipiente misture o sal, açúcar e o vinagre. Vá jogando em cima do arroz a mistura e não pare de mexer com movimentos gentis, para não quebrar os grãos. Se quiser usar o auxílio de um ventilador será mais rápido o processo. Fique mexendo o arroz até que ele esfrie completamente. Reserve com um pano úmido em cima.
    2. Derreta a manteiga em uma frigideira e passe os shimejis. Quando começarem a murchar acrescente o molho de soja e o açúcar. Refogue por mais alguns minutos, desligue o fogo e reserve.
    3. Forre uma esteira de enrolar sushis com um filme ou saquinho plástico, Coloque a folha de nori. Com as pontas dos dedos umedecidas na água, vá colocando o arroz, com mais ou menos 0,5 cm de altura, deixando 2 dedos da borda para fechamento. Na parte superior, coloque o shimeji e o cream cheese em cima. Agora chegou a hora de enrolar o sushi. Vá enrolando e apertando, até chegar no final. Molhe as bordas com um pouco de agua e enrole até o fim.
    4. Misture a cerveja com 6 colheres de farinha de trigo até ter uma pasta densa.
    5. Ok, rolls prontos, vamos empanar. Coloque as outras colheres de farinha de trigo em um prato.
    6. Passe os rolls na farinha de trigo e depois mergulhe na pasta de cerveja, em seguida passe na farinha no panko.
    7. Frite em fogo médio. Vá rolando ele pela frigideira até que estejas com a massa toda dourada. Coloque para escorrer o óleo em um recipiente com papel toalha. Para cortar direitinho, molhe o fio da com água, para que não grude o arroz, corte ao meio, depois em 2, depois em mais 2 novamente e terás 8 hot rolls o/.
    8. Coloque para escorrer o óleo em um recipiente com papel toalha.
    9. Para cortar direitinho, molhe o fio da com água, para que não grude o arroz, corte ao meio, depois em 2, depois em mais 2 novamente e terás 8 hot rolls.
    10. Sirva com cebolinha picada, molho tarê ou shoyu.
  • Doces,  Drama,  Suspense,  Terror

    A Colina Escarlate & Bolo de Chocolate com Cereja

    O novo filme de Guillermo del Toro conta história de Edith Cushing (Mia Wasikowska), uma jovem escritora que não gosta dos eventos sociais de sua cidade. Ela prefere ficar em casa escrevendo seu livro sobre fantasmas. Um dia, enquanto digitava os manuscritos de sua obra, ela conhece Thomas Sharp (Tom Hiddleston), um jovem inglês que chega a cidade e quer conversar com o pai dela, sobre um investimento para o seu projeto.

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    Não há perfeição no amor, Edith.

    Muitos anos depois de Labirinto do Fauno <3, del Toro retorna com A Colina Escarlate em um novo filme de terror fantástico. Com um orçamento de 70 milhões de dólares, ele construiu (literalmente) a Mansão onde se passa a maior parte do filme, nos levando, sem muitos sustos arrebatadores, mas com um ar sombrio e misterioso.

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    Desde a perfeita construção de cenário até os incríveis figurinos das personagens, Guillermo del Toro sabe e gosta do que está fazendo.

    Entre mariposas, borboletas e caveiras escondidas no meio dos móveis e corredores, ele nos faz revelações depois que a jovem Edith aceita se casar com Thomas e vai embora com ele e a irmã para Londres.

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    Eles irão viver na mansão dos Sharp, de onde o herdeiro quer extrair argila que existe embaixo do terreno e, para isso, estava buscando investimentos para sua engenhoca, que seria uma máquina para esse fim. Ele atingiu seu objetivo casando com Edith e trazendo a herança da mocinha para família dele.

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    Começam então a surgir as assombrações novamente na vida de Edith. Desde pequena ela diz que vê fantasmas, por isso mesmo, o livro dela trata desse assunto. A nova vida de casada traz a ela, além de uma cunhada estranha e obcecada pelo irmão (vivida MAGISTRALMENTE pela Jessica Chanstain), a volta de seus perseguidores, juntamente com novos, que se encontram nas entranhas daquela casa que verte uma gosma vermelha dos canos, paredes e chão. Agora ela começa então a entender porque sua falecida mãe diz a ela que se cuidasse com a Colina Escarlate, em uma aparição bem ‘deltorística’ nos minutos iniciais do filme.

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    O grande elenco ainda conta com Charlie Hunnam (eterno Jax Teller de Sons of Anarchy, beijos Jax, saudades cara!) que é aquele amigo de infância de Edith, apaixonado por ela e que começa a estranhar tudo o que começa a acontecer desde que os irmãos Sharp surgiram na vida deles.

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    Ponto alto para a valsa que Edith e Thomas dançam em um baile promovido por magnatas da cidade, enquanto a irmã macabra toca piano e eles voam como borboletas apaixonadas. As pessoas todas ficam suspirando pelas esguias mãos de Tom Hiddleston deslizando pelas costas de Mia.

    Vejam o trailer:

    O que inspirou a receita que acompanha o filme? Essa cena:

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    Porque ao olhar essa linda roupa dos dois eu só conseguia imaginar um bolo de chocolate amargo com cerejas em cima, já que no filme não há nenhuma comida de fato, apenas mingau (nao curto) e chá (quem não sabe fazer chá?), tive que recorrer a minha criatividade louca e deixar o pensamento fluir, surgindo essa ideia.

    Peguei a receita do bolo (apenas a massa) do Gui Polain, na receita do bolo que eles fizeram em um episódio de O chef e a chata, porém, fiz meia receita, já que minha forminha é de 22 cm e tem um modelo meio doido (na verdade é para brioches, mas como eu achei que ficaria fofo, fiz o bolo nela sim!). Vou passar a receita na íntegra abaixo, se você quiser fazer com uma forma maior, ou ainda fazer com mais andarem como o Gui, use a receita toda. Vamos lá?

    Bolo de Chocolate com Cereja

    Tempo Prep: 50 min
    Tempo Coz: 30 min
    Serve : 4 pessoas

    Ingredientes

    • 50 g de manteiga sem sal
    • 180 g (1 e ½ xícara) de farinha de trigo
    • 40 g (5 colheres de sopa) de cacau em pó
    • 2 colheres (chá) de fermento em pó
    • 240 g (1 e ½ xícara) de açúcar
    • 6 ovos
    • 200 g de chocolate meio amargo
    • 100 ml de creme de leite pasteurizado
    • Cerejas em calda

    Modo de Preparo

    1. Ligue o forno a 180º
    2. Bata os ovos com o açúcar até chegar a uma consistência espumosa e cremosa
    3. Junte a farinha e o cacau peneirados.
    4. Adicione a manteiga derretida e o fermento, misture delicadamente.
    5. Leve ao forno, em forma untada por 30 minutos.
    6. Para a ganache aqueça o creme de leite, sem deixar ferver, e jogue por cima do chocolate picado. Mexa até todo chocolate derreter.
    7. Montagem: molhe o bolo com o licor de marasquino que acompanha as cerejas. Decore o bolo com a ganache com o saco de confeitar. Coloque cerejas por cima.
  • Comédia,  Drama,  Salgados

    A Grande Beleza & Risoto ao funghi na panela de pressão

    A Grande Beleza, de Paolo Sorrentino é uma grande história sobre e a vida e arte. Os amantes do cinema italiano já estão acostumados com essa temática, e quase nos soa como uma homenagem a Fellini (La Dolce Vita), Rosselini (Roma, cidade aberta) ou ainda a Antonionni (A noite). O sétimo filme de Sorrentino é uma aula de direção, não é por acaso levou o prêmio como melhor filme no Oscar, Bafta e Globo de Ouro, entre outros. Só perdoo não ter ganho a Palma de Ouro em Cannes, porque nesse ano ficou com La Vie d’Adèle. Aquele momento que você queria que os dois filmes não tivessem sido feitos no mesmo ano, pois ama ambos.

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    Eu amo esse cara, sério. Consegui assistir todos os filmes dele e, aos poucos, vou colocando aqui para vocês. Sorrentino é genial, consegue mostrar uma Roma epicamente vulgar nesse filme. Fazendo com que toda a ”vida de plástico”, hipocrisias e faniquitos, que existem na sociedade sejam expostas de uma forma astuta e bem resolvida. Duro, seco, e por isso, tão real.

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    Não há nada mais realmente glamouroso do que detonar o próprio ser social (do estilo: todo mundo é feliz no Facebook, sacam?), demonstrando todos os macetes que as pessoas usam para se manterem no topo. E o que realmente é estar lá em cima? É ter uma vida cheia de festas, convites, roupas caras, maquiagens ricas e amigos descolados, ou é poder fazer o que se quer da vida e ser feliz dentro da simplicidade de si mesmo? E Jep, personagem principal, vivido intensamente pelo ator GENIAL Toni Servillo é um dos seres mais elegantes já visto na tela. Ele praticamente é o que seria, mais velho, Marcello Mastroiani, nos personagens de Fellini.

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    “Viajar é muito útil e estimula a imaginação. Tudo o mais é desilusão e dor. Nossa própria viagem é inteiramente imaginária. Essa é sua força. Ela vai da vida à morte. Pessoas, animais, cidades, coisas, tudo é imaginação. É um romance, simplesmente uma ficção narrativa”
    (Viagem ao fim da noite – Louis-Ferdinand Céline)

    O filme conta a vida de Jep Gambardella, um jornalista que está comemorando seus 65 anos e reflete sobre toda a sua história. Circulando pela agitada vida social romana, ele que publicou o seu único (e elogiadíssimo) livro aos 20 anos não conseguiu mais escrever desde então. Dedica-se ao jornalismo cultural e às colunas sociais. Festas, sociedade e aparências. Porém, quando se dá conta do estágio da vida em que está, ele começa a se indagar sobre o porque desse bloqueio com a escrita ( como em Oito e Meio, de Fellini, e o personagem Guido, mais uma vez Mastroianni) .

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    Nesse nosso mundo de hoje, de altas exposições gratuitas, que estão por todos os lados, das redes sociais, até as noites das boates e bares, das festas que só entram os VIPS, onde está a verdadeira beleza se é tudo tão glamouroso, porém vazio?

    “Como posso escrever sobre isso?” – indaga a si mesmo Jep ao olhar os amigos em uma festa em sua casa.

    Isso é o nada. E como eu posso escrever sobre o nada se nem Flaubert conseguiu?

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    E onde está a grande beleza? Está na vida, na arte, na morte? Em uma das falas finais, Jep faz você ficar com vontade de rever o filme 30 vezes, pois se dá conta de muitas coisas da sua própria vida e fica pensando em buscá-las ou não mais, apenas deixar com que sua vida seja plena e tranquila, respeitando o que você acha sincero pra si mesmo, pois é apenas um truque.

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    No fundo, é só um truque. Sim, é só um truque.

    Funghi, o tal do funghi, quer coisa mais italiana que isso? Por isso ele que acompanha a receita de hoje, vamos lá?

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    Risoto ao funghi

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 20 min
    Serve: 4 pessoas

    Ingredientes

    • 2 xícaras de arroz arbóreo
    • 3 xícaras de caldo de legumes
    • 1 cebola picada
    • 2 dentes de alho picados
    • 2 colheres de sopa de azeite de oliva
    • 1 colher de sopa de shoyo
    • 50 g de funghi
    • 200 ml de agua quente
    • 2 colheres de sopa de manteiga’
    • 100 g de queijo parmesão ralado

    Modo de fazer:

    1. Coloque o funghi pra hidratar na agua quente.
    2. Em uma panela de pressão aqueça o azeite de oliva e refogue a cebola até ficar corada. Adicione o alho.
    3. Jogue o arroz e deixe refogar. Jogue o caldo, todos os temperos e feche a panela. Quando começar a pressão conte 6 minutos e desligue.
    4. Deixe a pressão sair e abra a panela.
    5. Acrescente o funghi com o caldo e mexa por mais uns minutos,
    6. Desligue o fogo, jogue a manteiga e o parmesão e mexa bem. Sirva em seguida.
  • Ação,  Drama,  Policial,  Romance,  Salgados,  Séries & TV,  Suspense

    The Night Manager & Chancliche

    O que pensar de uma série onde estão Loki e House juntos, sendo amigos e tal?

    Brincadeiras à parte, a nova produção da AMC com a BBC veio para revolucionar as mini-séries de suspense/investigação/policial/drama/emoção *RESPIRASARA*. Ela tem 6 episódios (incríveis!) e foi baseada no livro de John le Carré.

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    Tom Hiddleston é Jonathan Pine, um gerente de um hotel na cidade do Cairo, no Egito, sempre no turno da noite (por isso The Night Manager, néam?). Ele é um ex-soldado que esteve no Iraque e agora vive uma vida mais pacata, até o dia que uma hóspede lhe pede ajuda e ele acaba conhecendo o mundo bizarro e violento de Richard Roper (Hugh Laurie), um empresário e filantropo, que esconde por detrás dessa vida comum e solidária um traficante de armas de nível mundial.

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    Pine é corajoso e destemido, porque não há nada que o prenda em qualquer lugar ou a alguém, então ele começa uma caçada ao homem que fez mal a pessoa que ele se apaixonou e acabou por ser tirada dele. Ele é contratado por Angela Burr (Olivia Colman), uma agente da inteligência britânica, para se infiltrar no mundo de Roper e conseguir todas as provas e informações que eles precisam para desmascarar o empresário e prendê-lo.

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    Durante os episódios ficamos sabendo porque Angela tem uma obsessão pessoal pela cabeça de Roper. Aos poucos vamos descobrindo quem realmente ele é, que por vezes quase achamos ele um cara legal, amigo, familiar, mas contra os fatos não há argumentos, então a gente vai vivendo junto com eles e torcendo pela caça desse maldito hipócrita que é o personagem de Laurie.

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    Só digo uma coisa, minha gente, o negócio é empolgante. Eu assisti dois episódios seguidos, depois os outros 4 em um dia só. Do tipo de história que você não consegue se desgrudar da tela até saber o final e sem nenhum tipo de enrolação para prender o espectador.

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    Asminapira no sorriso do Hiddleston

    O roteiro muito bem adaptado por David Farr e dirigido pela já conhecida e excelente Susanne Bier (de Depois do Casamento e Brothers), faz dessa mini-série uma das melhores que eu vi, desse estilo, nos últimos tempos. Algumas vezes me lembrou os áureos tempos de Homeland, que a gente se empolgava pelo próximo episódio e ficava eufórico. Assistam e depois me contem se gostaram tanto quanto eu. 😉

    Trailer:

    Poderia eu fazer um sorvete de pistache (AMO, meu preferido, assim como eu amo o filho de Roper, que também acha o pistache seu sabor predileto) ou ainda uma salada de lagosta – que foi servida em uma cena pra lá de polêmica – (mas, oi, não comemos carne aqui) então resolvi colocar aqui uma receita de Chancliche. Na verdade é como é servida essa entrada, com queijo tipo chancliche, nos restaurantes árabes, que tem tudo a ver com o mundo que era vivido na série. Vamos a receitinha?

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    Chancliche

    Preparo: 15 mis
    Cozimento:
    Serve: 2 pessoas

    Ingredientes

    • 1 pacote de 135 g de Chancliche
    • 1 cebola bem picadinha
    • 1 tomate picadinho
    • Salsinha a gosto, picada
    • Pimenta síria
    • Sal a gosto
    • Azeite de oliva
    • Pão sírio para acompanhar

    Modo de preparo

    1. Junte todos os ingredientes com o Chancliche e misture bem. Tempere com o sal, pimenta e azeite. Abra o pão sirio no meio e coloque a mistura. Coma e fique feliz, porque não tem como não ficar feliz comendo isso.

    Obs:

    Oliviah Divah sempre fazendo uma participação especial, porque se tem comida, minha gente, ela sempre aparece, nem que seja se espremendo atrás da mesa. O Chancliche você acha nas grandes redes de supermercado perto dos queijos tipo ricota, minas, requeijão.
  • Drama,  Salgados

    Cisne Negro & Pão Pita

    Darren Aronofsky consegue sintetizar toda sua obra nesse filme. Ele mostra a que veio e qual seu estilo de filmar. Cisne Negro trata da busca pela perfeição, tenha ela o preço que tiver. O já conhecido diretor pelo dolorido, mas ao mesmo tempo tão genial, Réquiem para um sonho, nos trás dessa vez a história da bailarina Nina, vivida por Natalie Portman.

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    O filme versa sobre a obsessão por ser perfeito, mesmo que isso resulte em algo destrutivo. Nina tem uma mãe muito má e rígida (me lembrou muito a mãe perversa criada por Haneke em A professora de piano – a pior mãe do cinema – na minha humilde opinião), que coloca em cima da filha todas as suas frustrações, por não ter conseguido ser uma bailarina de sucesso. Porém, ela é aquele tipo de mãe que abraça e por trás aperta um pouco mais a fita da sapatilha.

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    Ela exige muito da garota, que é tratada como se fosse ainda uma criança. Um quarto rosa, cheio de bichinhos de pelúcia e um cuidado demasiadamente irritante é o que resume a vida na casa da bailarina. Tudo ambicionando seu sucesso total.

    A única coisa que está em seu caminho para a perfeição: é você mesma.

    Então surge uma nova adaptação de O lago dos cisnes e o diretor do ballet Thomas Leroy, vivido pelo exuberante-significativo-must-muso Vicent Cassell, escala Nina para viver não apenas o Cisne Branco, mas em uma audaciosa inovação da peça, ela terá que ser também a irmã má, Cisne Negro, que intitula o filme.

    Nina é engajada, profissional, esforçada e uma ótima bailarina, mas começamos a ter um grande problema aí: como ela conseguirá encarnar a irmã má, sendo ela tão sensível, frágil e boazinha. Sabe aquela coisa de achar o diabinho que está no ombro esquerdo e não ouvir o anjinho que está no direito? É isso que ela tem que fazer. Mas como? Ainda por cima temos o adendo de ela ter uma rival e forte candidata a lhe tirar o papel, caso ela não consiga atingir as expectativas que foram projetadas nela pelo diretor. Mila Kunis faz Lily, a tal rival, que por muitas vezes não sabemos se é amiga ou apenas quer lhe puxar o tapete.

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    Em cenas muito bem construídas, visualmente espetaculares, vamos sendo absorvidos por toda aquela loucura metafórica. Devemos levantar e aplaudir de pé as ideias de Aronofsky, que consegue transmitir a angústia, a inveja, a frustração e a dor, de forma incrível e única. Isso faz com que o cinema dele seja um dos melhores já vistos nos últimos tempos.

    Sabe quando você se sente tão destruído que poderia alguém juntar seus caquinhos no chão? Ele consegue transmitir essa sensação. Quem está assistindo o filme já não sabe o que está acontecendo de fato e o que é fruto da imaginação da personagem.

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    O real e o imaginário se juntam de uma forma muito realista. Coisa pra poucos, diria que, ao que me lembre, só Polanski conseguiu fazer isso, com suas personagens altamente psicológicas e atordoadas por si mesmas.

    – O que houve com a minha garota doce?
    – Ela se foi!

    Com uma direção de fotografia incrível de Matthew Libatique (ele trabalhou com Aranofsky nos seus outros filmes) que nos provoca com cenas soturnas mescladas entre o branco e o preto, fazendo jus a disputa dos cisnes, unindo tudo isso a trilha sonora que faz variações da música de Tchaikovsky, nos leva a um final épico, de uma entrega incrível da atriz Natalie Portamn, que acabou premiada com o Oscar naquele ano.

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    Um filme extasiante que deve ser visto e revisto inúmeras vezes, nos levando a pensar que já somos suficientemente bons no que fazemos. Essa busca exacerbada pela perfeição pode levar a caminhos muito difíceis e, muitas vezes, inalcançáveis, o que torna a maioria das pessoas frustradas.

    Como diria Hemingway: pense sobre isso.

    Trailer:

    Hoje a receita que acompanha o post é de Pão Pita. Poucos sabem, mas Natalie Portman nasceu em Israel e essa receita é uma homenagem que faço a ela. Aposto que ela cresceu comendo muitos pãezinhos desses com Falafel. 😉

    Mais uma vez a receita veio do site Sabores de Israel, se não conhecem ainda, vale muito a pena fazer uma visita por lá!

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    Pão Pita

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 15 min
    Serve: 8-10 pães

    Ingredientes

    • 500 g de farinha de trigo tipo 1 ou 2
    • 300 ml de água morninha + 25 ml para a preparação do fermento
    • 2 un de 15g de fermento biológico fresco
    • 1 colher de chá de sal refinado
    • 1 colher de mesa de açúcar orgânico ou demerara ou mascavo
    • 2 colheres de mesa de azeite

    Modo de Preparo

    1. Em uma tigela média, misture o fermento com o açúcar (melhor com batedor de claras). Misture bem e, aos poucos, você vai ver que se transformam em um caldo, bem líquido. Sério mesmo! O açúcar acorda o fermento e dá para ele um Bom dia 🙂 Adicione a este caldo os 25 ml de água morna com um pouco (cerca de 25 g) de farinha. Deixe descansar. Coloque todo o restante da farinha e o sal na tigela da planetária e misture (se não tiver batedeira, pode fazer tudo na mão). Ligue o forno na potência máxima. Se tiver Pedra Refratária, já coloque-a dentro. Misture os 250 ml de água com o azeite, adicione metade na tigela com farinha e comece a bater. Use velocidade baixa. Coloque a outra metade da água com azeite e todo o caldo do fermento. O tempo total do batimento da massa é de 10 minutos. Se a massa ficar muito grudenta ou pesada, corrija com mais água ou farinha. O resultado final será uma massa um pouquinho aguada (não fica como uma massa para pão), mas que você consegue mexer e trabalhar com ela nas suas mãos. Coloque azeite nas suas mãos, tire a massa da tigela, molde a massa em formato de bola e deixe descansar (dentro uma tigela untada com azeite, coberta com pano umido) por 1 h-1,5 h, ou até que a massa dobre de tamanho.
    2. Divida a massa em 8-10 partes, com as mãos úmidas. Deixe ao seu lado um recipiente com água e umedeça suas mãos para ajudar a separar as partes da massa. Molde essas partes em bolinhos lisos, deixe-as sobre uma área enfarinhada, e em cima, pulverize azeite, para prevenir 2 coisas – 1. secagem. 2. que o filme de pvc grude nos bolinhos. Cubra os bolinhos com filme de pvc e deixe descansar por 10-15 min, até parecer que dobraram de tamanho. Abra cada bolinho como um disco. A altura de cada disco (de 3 mm até 2 cm) depende do tipo de pão que você deseja. Coloque, rapidamente, os pães dentro do forno. Cada lado vai demorar de 1 a 3 minutos para crescer e assar. Não deixe os pães sozinhos. Fique de olho neles e quando parecer que eles ficaram bons, vire-os e continue olhando.
    3. Tire os pães e coloque-os em um recipiente grande, já forrado com pano. As laterais do pano servirão para cobrir os pães, para eles não ressecarem.
  • Drama,  Salgados

    Song One & Falafel

    Para quem gosta de filmes com uma trilha sonora linda, Song One é um prato cheio. Eu amo filmes que tenham músicas, sejam tocadas, cantadas, tipo Once e Begin Again. Tem um momento do filme que começa a tocar “My baby just cares for me” da Nina Simone e quero ver quem que não se atira no chão gritando e cantando junto. Sim, eu sou dessas. Porém sou do team que detesta musicais, onde as pessoas ficam conversando-cantanto-vivendoavida-indonomercado. Me irrita profundamente, shame on me.

    Vamos começar ouvindo essa para ir lendo o post?

    Franny (Anne Hathaway – gente, eu amo Anne, me deixa) é uma antropologa que está no Marrocos no meio de uma pesquisa e recebe uma ligação de sua mãe informando que seu irmão mais novo sofreu um acidente e está hospitalizado em coma. Ela volta para os Estados Unidos onde começa uma outra viagem: para dentro da vida do irmão.

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    Recorrendo a todas as coisas que tem acesso sobre ele (e dele), como seu quarto, seu diário e suas gravações, ela começa a investigar e conhecer melhor quem era o próprio irmão, para que, de alguma forma, consiga fazer com que ele desperte do coma.

    Com um roteiro bem conduzido e de uma sensibilidade incrível, ela vai nos levando junto a todas suas descobertas. Que música ele gostava, o que ele tocava, onde ele se refugiava, para quem ele escrevia, o que ele sentia, o quanto ele falou com ela através de algumas músicas e cds gravados, e, principalmente, quem era seu grande ídolo: James Forester.

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    Então ela acha um ingresso para um show do moço, marcado no diário do irmão. Vai até lá, com o cd demo nas mãos, acaba por ver a apresentação e no final, entrega para ele o cd, contando o que houve com o irmão. No dia seguinte, James aparece no hospital. E a cena mais fofa da terra é que ele começa a tocar uma música para o garoto em coma. E você fica pedindo peloamordedeus para que ele acorde. Seria tipo Damien Rice cantando para mim num quarto de hospital e eu não sabendo de tudo aquilo. Pensa.

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    Surtos a parte, a partir daí começa uma interessante relação de Franny e James. Eles compartilham histórias, jantares, idas a casa da mãe, shows, esperanças e, até, alguns beijos. Pois é. Nunca se sabe de qual cartola vai sair o coelho.

    O filme é de uma poesia musical absurda, sentimentos a flor da pele e diálogos emocionantes.

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    Curiosidade:
    Johnny Flynn, que faz o papel de James Forester, é realmente músico. É o vocalista da banda de folk-rock inglesa Johnny Flynn & The Sussex Wit. Johnny canta no nosso coração desde que conhecemos ele no filme. <3

    Trailer:

    A primeira vez que fiz falafel deu tudo errado, receita errada, eu errada, ansiedade e tudo aquilo que a gente faz quando algo na cozinha não sai bem. Dessa vez a coisa deu tão certo que já repeti a receita algumas vezes. Ela veio do site Sabores de Israel e é simplesmente incrível. Também fiz os pães pita ensinados lá e logo logo eu posto aqui para vocês.

    E o que isso tudo tem a ver com o filme? Porque o Falafel é uma comida originária do oriente médio e, como no filme aparecem panquecas americanas ( já temos isso aqui no blog), resolvi dar uma linkada na viagem de Franny ao Marrocos.

    Judeus e árabes discutem a origem do falafel.

    Há quem diga que Israel “roubou” o falafel dos árabes. Outros dizem que grupo algum tem o direito de ser proprietário de um bolinho de legumes frito. Dizem que o falafel é uma comida do Oriente Médio, originária do Egito e que se espalhou por Marrocos e Arábia Saudita.

    (Informação do site Demodelando)

    Vamos a receita?

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    Falafel

    Prep Time: 15 mins
    Cook Time: 30 mins
    Yields: 18

    Ingredients

    • 2 copos de Grão de Bico (cru. não cozido)
    • 6 dentes de Alho amassados
    • 2 colheres de chá de Bicarbonato de Sódio
    • 1 copo de coentro picado (não coloquei porque eu ODEIO coentro, beijos Jê!)
    • 1 copo de Salsa picada
    • 1/2 cebola média bem picada
    • 1 colher de sobremesa de Cominho
    • 1 colher de chá de Páprica
    • 1 colher de Sopa de Pimenta síria
    • Sal a gosto
    • 4 colheres de sopa de farinha de trigo (para dar liga à massa)
    • Óleo para fritar

    Modo de Prepato

    1. Lave bem os grãos para que fiquem bem higienizados e coloque de molho, no mínimo, por 12 horas.
    2. Depois do descanso, lave bem os grãos novamente.
    3. Em seguida bata todos os ingredientes no processador de alimentos. Caso ache que não está dando liga, adicione um pouco mais de farinha.
    4. Deixe na geladeira a mistura por 1 hora (muito importante!)
    5. Molhe as mãos com água e modele as bolinhas.
    6. Frite em óleo médio, nem quente, nem frio, por alguns minutos, virando os bolinhos até que fiquem com a cor que vemos na foto.
    7. Escorra no papel toalha e sirva.
  • Comédia,  Salgados,  Séries & TV

    Master of None & Macarrão ao Molho Pesto

    Master of None é daquelas séries gostosas que você não consegue parar de assistir até o último episódio que estiver disponível na Netflix. Quando termina a primeira temporada você pensa: cadê, quero mais!

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    A série é criada e protagonizada por Aziz Ansari. Ele é bem conhecido nos Estados Unidos pelos seus stand ups (tem alguns disponíveis na Netflix) e pela série Parks & Recreation (que ainda não assisti).

    Na série ele é um ator americano, de origem indiana que procura colocação no mercado, a principio ele só consegue papéis secundários em comerciais de tv, mas o que ele quer mesmo é ser astro de um bom filme. Nessas idas e vindas a gente morre de rir com a exposição que ele dá ao preconceito que existe sobre atores indianos, que sempre fazem papeis do ”cara indiano”.

    Você tem que aprender a tomar decisões, cara…

    E quem não tem alguns melhores amigos que estão sempre junto com a gente, que são excêntricos e absolutamente necessários em nossas vidas? Pois Dev tem Denise, uma lésbica muito doida, Brian o chines e o melhor, ao meu ver, que é o amigo nerd-bobalhão-sensível Arnold.

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    Os amigos em casa assistindo a Sherlock

    Arnold se apega a um bicho de pelúcia ou a um sofá. Pensa na queridice insana do personagem. ARNOLD TCHAMAMUS. Surtos a parte, seguiremos com o post.

    Voltando ao Dev, além de todos os problemas no trabalho, amigos doidos, ele tem mais uma questão na vida: achar um amor. Quem nunca? Porém, ele tem algumas restrições engraçadas: não pode falar como Cartman e nem pode ser vegetariana (desculpa aí, Dev!). Nessas idas e vindas, ele conhece uma menina no Tinder e eles tem, digamos assim, uma noite meio que desnecessária: acabam indo pra casa dele, a camisinha estoura e eles vão a uma farmácia comprar a pílula do dia seguinte. Depois desse dia não se encontram mais por um tempo, e acabem se achando por acaso em uma festa tempos depois. E agora? Ela está namorando um outro cara. Pois é, segue o baile.

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    Os pais dele são um caso a parte. E o pior vocês não sabem: os pais dele na série são os pais dele DA VIDA real. E aí eu digo que eu adorei tanto aquele pai dele com suas verdades tão simples e objetivas, que penso: baita sacada ter colocado os próprios pais na série, pq deu uma coisa muito realista, que tu acabas querendo ser amiga de toda aquela gente.

    Além de tudo isso, Master of None fala sobre assuntos como feminismo, diversidade e preconceitos em geral, de uma forma bem humorada, mas não deixando de criticar alguns absurdos que acontecem na sociedade que vivemos.

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    A série tem direção de fotografia de Mark Schwartzbard (8/10 eps), que escolheu utilizar apenas uma câmera durante as filmagens (mesma técnica usada em Breaking Bad e Six Feet Under) dando ênfase a relação entre os personagens dentro de cada cena. O amarelo e vermelho se destacam nas cenas gravadas na luz do dia e a noite temos sempre tons terrosos, fazendo com que a série toda tenha uma mesma linha de identidade visual, o que transmite um certo conforto para nossos olhos atentos aos detalhes.

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    A série é toda cheia de pitadas gastronômicas, já que, na maioria das vezes, os personagens saem pra jantar ou estão em busca do taco perfeito em NY. Além disso, Dev ganha uma máquina de fazer massas caseiras, pensa, e foi daí que saiu a ideia do post de hoje. Porque minha gente, é tão bom produzir a própria massa! Tem outro sabor, tem amor.

    Trailer:

    Eu sempre que como massa ao pesto nos restaurantes acho muito forte. Tem um lance que eu acho exagerado, não sei se é a demasia do manjericão ou o excesso de azeite. Então eu nunca tinha feito meu próprio pesto. Inspirada no nosso amigo Aziz eu resolvi fazer o pesto do modo que eu acho que ele deve ser, para o meu paladar. Bem suave, você conseguindo sentir os sabores separados, mesmo juntos. Foi então que eu colhi uns dois galho de manjericão do pé que tem no meu condomínio e comprei um pouco de nozes (porque o pinole tá pela hora da morte $$$ no money, kids) e peguei meu azeite preferido e coloquei tudo para bater com uma boa dose de alho. Foi aí que eu cheguei ao meu pesto suave, com um pouco de queijo parmesão ralado na hora. A receita do macarrão tem no post que fiz do Chef’s table e também em uma versão integral lá no Culinarístico. Vamos ao pesto?

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    Molho Pesto

    Tempo Prep: 15 mins
    Tempo Coz: 10 mins
    Serve: 2 porções

    Ingredientes

    • 100 g de manjericão fresco
    • 2 dentes de alho
    • 100 ml de azeite de oliva
    • 6 colheres de queijo parmesão ralado
    • 6 colheres de queijo parmesão ralado
    • 50 g de nozes

    Modo de Preparo

    1. Coloque todos os ingredientes no processador de alimentos (ou no liquidificador – bata no pulsar) e bata por alguns minutos até ficar na consistência da foto.
    2. Com o macarrão já cozido, escorra a agua e misture o molho pesto, com o fogo ligado no mínimo e mexa para incorporar todo o molho.
    3. Rale um bom parmesão em cima e é só comer =0)