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    O Terceiro Assassinato & Molho Tonkatsu

    Não é a toa que Hirokazu Kore-eda ganhou o a Palma de Ouro (com seu novo filme Manbiki kazoku – Shoplifters) no festival de Cannes esse ano. O diretor e roteirista japonês se tornou um dos mais conhecidos cineastas de sua geração no Ocidente. Aqui no blog temos alguns filmes dele: O que mais desejo, Tal pai, tal filho, Depois da Tempestade.

    Eu sou aficionada pelo diretor, já vi todos os filmes dele, mas ainda não consegui postar todos aqui, por motivos de receitas (tenho que cozinhar mais comidas japas, se tiver dicas, deixa aqui nos comentários, please)

    O Terceiro Assassinato é um filme de tribunal, mas não naquele formato que estamos acostumados a ver em filmes e séries americanas. Fukuyama Masaharu dá vida ao protagonista Shigemori, um advogado de sucesso que aceita um novo caso, de um homem que foi defendido pelo seu pai também advogado, e depois de solto, confessou um novo assassinato.

    Se nos custa entender a família,imagine um estranho.

    Misumi (em uma interpretação incrível de Kôji Yakusho) é um réu confesso, que muda a todo momento a versão do seu crime, levando o julgamento a dúvida de uma grande farsa, prejudicando assim a sustentação de defesa do advogado.

    O que Shigemori quer é evitar a condenação à morte, já que, a prisão, devido a confissão, é impossível de ser mudada. Não é a verdade que está em cheque, mas sim a estratégia legal do caso. É a única verdade possível para o advogado. O que realmente aconteceu, ninguém nunca saberá, acredita Shigemori. O que mais importa para ele é a imagem que pode ser vendida ao júri, a estratégia construída pela defesa para evitar a pena de morte ao réu.

    Claro que se tratando de Kore-eda temos dramas familiares nisso tudo. Shigemori cobra o próprio pai, em seu imaginário, porque Misumi não recebeu pena pior no passado, o que eliminaria todo esse stress atualmente. Ao mesmo tempo, ele tem uma filha, que se sente deixada de lado, o que nos relembra o comprometimento dos pais, discutido tanto em Pais e filhos.

    A dúvida é que leva o espectador a ficar totalmente tomado pelo filme, você não sabe o que realmente aconteceu, tanta adivinhar, fica obcecado por saber a verdade. Inovando aqui do que sempre filmou, Kore-eda nos surpreende com uma obra fascinante, que provoca o espectador a refletir muito mais do que o motivo do crime. Ele nos faz questionar as relações humanas, o poder de destruição do ser humano e até onde uma história (mentira ou verdade) pode levar as pessoas.

    Kore-eda faz da iluminação um prazer adicional, como sempre, a luz é quase que um personagem em seus filmes. Ele mostras áreas sombreadas nos rostos dos atores, de forma que nos coloca em dúvida sobre a veracidade do que está sendo contato. As cenas da cadeia são sensacionais, quando o advogado e prisioneiro conversam através de um vidro, onde os rostos não apenas se refletem, mas se sobrepõem.

    O Terceiro Assassinato é mais uma obra prima do mestre Kore-eda, ele questiona os procedimentos legais e o modo como se julga o outro ser humano. Fica o questionamento se a justiça está sempre certa, e nos tempos que vivemos, temos clara certeza que muitas vezes não.

    Trailer:

    Resolvi unir esse filme ao molho Tonkatsu, pois é um clássico da cozinha japonesa. É mega fácil, mas tive que percorrer a internet nipônica para achar uma receita que não levasse catchup (nao gosto). Vamos a receita?

    Molho Tonkatsu

    Ingredientes

    • 250 ml de shoyu
    • 50 ml de molho inglês
    • 130 g de extrato de tomate
    • 150 g de açúcar
    • Pimenta do reino a gosto

    Modo de Fazer

    1. Misture todos os ingredientes e leve ao fogo para ferver até engrossar.

    Dicas de uso:

    O molho pode ser servido junto com carnes a milanesa (geralmente porco), ser molho para massas orientais, servido com salada de repolho fresco ou qualquer outro prato que queiras dar um toque agridoce.
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    Tortinha de Brócolis com Requeijão

    Seguindo na nossa nova série de posts, hoje é dia de falar sobre Brócolis. No Culinarístico você vai encontrar tudo sobre ele e aqui uma receita usando o ingrediente.

    Eu sou apaixonada por tortas e quiches, então, resolvi fazer para vocês uma tortinha de brócolis com requeijão. É bem fácil e prática. Você pode fazer a quantidade de massa que fiz aqui, o que dá 3 tortinhas pequenas (12 cm de diâmetro) ou dobre a receita e faça uma torta grande (24 cm de diâmetro).

    Vamos a receita? Fiz um stories no Instagram com o passo a passo da receita, clica aqui pra ver.

    Tortinha de Brócolis com Requeijão

    Ingredientes

    • 1 e 1/2 xic. de farinha de trigo
    • 75 g de manteiga gelada em cubos
    • 1/4 xíc. de água gelada
    • 1 pitada de sal
    • 1/2 brócolis hibrido
    • 1/2 cebola roxa
    • 1 dente de alho esmagado
    • 2 colheres de sopa de azeite de oliva
    • 1 colher de sopa de shoyu
    • Orégano a gosto
    • Pimenta do reino a gosto
    • Sal (se achar necessário, prove depois que colocar o shoyu)
    • 6 colheres de sopa de requeijão cremoso
    • 1 ovo para pincelar

    Modo de Fazer:

    1. Comece pela massa, em uma bacia coloque a farinha e misture o sal. Adicione a manteiga e vá amassando até que se torne uma farofinha. Junte a água aos poucos até dar uma liga. Envolva em um filme plástico e leve a geladeira por uns 30 minutos.
    2. Para o recheio refogue a cebola em uma panela com azeite, junte o alho e os brócolis. Coloque o shoyu, pimenta, orégano, tampe a panela e deixe em fogo baixo por alguns minutos, não muitos, pois o brócolis vai cozinhar no forno.
    3. Reserve o recheio e deixe esfriar antes de adicionar a massa.
    4. Divida a massa em 6 partes. Forre as forminhas. Coloque o recheio, adicione o requeijão e abra as três outras partes de massa e tampe as tortinhas. Faça um furinho para o ar sair. Pincele com uma gema e leve ao forno a 180 graus, pré-aquecido, por 20 minutos.
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    Mil Vezes Boa Noite & Bolo de Aipim

    Estava eu vagando pela Netflix (quem nunca?) e acabei me deparando com Mil Vezes Boa Noite. Já fiquei com vontade de assistir quando vi Juliette Binoche na capa, pois quando tem ela, geralmente, temos um bom filme. Li a sinopse, achei interessante. Para completar tinha recentemente terminado de ver Gamer of Thrones e andava cativada por Jaime Lannister (Nikolaj Coster Waldau), o irmão sentimental de Cersei, então concluí que deveria mergulhar naquelas quase duas horas de filme.

    Nos primeiro 15 minutos de filme ficamos sabendo quem é Rebecca (Binoche), uma fotógrafa que está em um país africano, fotografando um ritual de um grupo de mulheres. Após simularem o que parecia um funeral, elas começam a prender dezenas de bombas no corpo de uma integrante. Depois de um tempo nos damos conta que aquela é a preparação de um ato terrorista. Rebecca segue com sua câmera até o ato da explosão, que é filmada com maestria. Mesmo ferida, ela segue tirando fotos, obcecada pelo registro de tudo.

    De volta para casa, em recuperação do atentado, onde acabou quase morrendo, Rebecca recebe um ultimato do marido Marcus (Kikolaj Coster Waldau): ou ela abandona a carreira, ou ele vai se separar dela.

    Ela entra então em um complexo dilema pessoal: deve ela deixar a responsabilidade de fotógrafa jornalistica, que é expor ao mundo os horrores da guerra, ou manter sua família integra e saudável?

    Além do marido, existem duas filhas. A mais velha, Steph, tem com ela ótimos diálogos e situações que fazem com que Rebecca repense muito toda sua vida profissional e familiar. É clara a dor da família, o medo de perdê-la a cada viagem, a falta que ela faz em casa. As meninas estão confusas e melindradas. Por vezes se mostram revoltadas por não terem aquela mãe padrão, porém, há também aquela admiração pela força que ela tem e pela profissional que ela é, fazendo toda uma diferença no mundo.

    Nesse meio tempo, a filha começa a se interessar mais pelo trabalho da mãe, passando a entender o verdadeiro propósito de tudo aquilo. Muitos conflitos começam exatamente por isso, como se já não bastasse toda o stress que vivia aquela família.

    O diretor e roteirista norueguês Erik Poppe usa a direção de arte para expor as duas opções que Rebecca tem de escolher seguir. Em tonalidades mais azuis, quando está mais próxima a família e apostando no preto quando ela está mais para o trabalho, simbolizando o luto que o trabalho traz para ela.

    O trabalho da direção de fotografia é belíssimo, ele fala por si só. Poppe cria planos minimalistas para contar a história, quando ela está em casa e com a família, closes com baixa profundidade de foco nos dão uma sensação de solidão e sofrimentos. Quando ela está trabalhando, no meio da zona da guerra, temos planos mais abertos, remetendo ao conforto dela dentro da situação.

    Mil vezes boa noite é um filme lindo, denso e amargurado. Entramos naquela dúvida junto com ela sobre o que fazer, se estivéssemos naquela situação. Um belo trabalho de Binoche, nos levando pela mão junto aos tão camuflados e temidos mundos da guerra.

    Uma realidade que deve ser sim mostrada ao mundo, alguém precisa fazer o “trabalho sujo” para que o universo se conscientize que é um ato cruel, onde muita gente morre e muitas vezes não leva a nada.

    Trailer:

    Resolvi postar com o bolo de aipim, pois ele me deixa com sensação de estar em casa. E isso para mim é uma coisa muito valiosa. Aquele aconchego que só o canto da gente dá. Ao contrário da personagem de Binoche, eu prefiro meu canto do que o mundo. Um tabuleiro de bolo de aipim não quer guerra com ninguém. Vamos a receita?

    bolo de aipim

    Bolo de Aipim

    Prep: 60 mins
    Cozimento: 40 min
    Serve: 6

    Ingredientes

    • 500 g de aipim descascado e picado em cubos
    • 3 ovos
    • 1 xíc. de açúcar
    • 1/2 xíc. de leite
    • 1/2 xíc. de leite de coco
    • 100 g de coco ralado
    • 1 pitada de sal
    • Manteiga para untar a forma

    Modo de fazer:

    1. Pré-aqueça o forno a 180º
    2. Unte a assadeira com a manteiga (usei uma de 18×28 cm)
    3. Bata todos ingredientes no liquidificador, exceto o coco ralado.
    4. Em uma tigela, despeje a mistura e incorpore o coco ralado.
    5. Coloque na assadeira e leve ao forno por 40 minutos.
    6. Retire do forno e sirva.
  • Foto de Priscila Darre
    Ingredientes,  Menu Varietà

    Conhecendo os ingredientes: Abóbora

    Eu e a Pri, do Culinarístico, com quem faço a série Temperinhos & Afins, resolvemos começar uma nova série de posts, que versará sobra ingredientes e dará receitas feitas com eles. Iniciamos nossa nova aventura com a abóbora, hoje eu escrevo sobre ela aqui e a Pri faz a receita lá. Além disso, dou dicas de mais algumas gostosuras feitas com a abóbora, de alguns blogs que eu amo.

    As abóboras tem uma infinidade de tipos, mas a mais conhecida e usada (além de queridinha dos nutricionistas) é a abóbora cabotia (kabocha), também conhecida como abóbora japonesa. De origem japonesa, ela é chamada de tetsukabuto (“capacete de ferro” = tetsu = ferro e kabuto = capacete).

    Foto de Priscila Darre
    Foto Priscila Darre

    Abóboras pertencem à família das cucurbitáceas (do mesmo time da melancia, o melão e o pepino). A kabocha é resultado da união entre as espécies máxima (moranga) e a moschata (menina brasileira). A combinação surgiu no Japão, onde a palavra kabocha é usada para designar abóboras em geral.

    Para esse post, a Pri fez um risoto vegano lindo usando a abóbora combinada com leite de coco. Clica na foto para ir até lá e ver a receita:

    Risoto Vegano de Abóbora e Leite de Coco

    A cabotia é a mais calórica das abóboras, contento 39 kcal a cada 100 g, contra 12 kcal da moranga, por exemplo. Porém, é riquíssima em vitamina A, vitamina C, potássio e magnésio, ajuda a evitar infecções, auxilia na saúde dos olhos e da pele, tem fácil digestão e funciona como um diurético e laxante suave para o corpo. Seu enorme teor de fibras dá saciedade, o que faz com que a gente se sinta mais sustentado quando a consumimos.

    Além disso, as sementes da abóbora não devem ser descartadas. São ricas em gordura vegetal, assim como as castanhas, tem efeitos antioxidantes, prevenindo assim o envelhecimento celular, por conta da concentração de vitamina E e Zinco.

    Para quem gosta de plantar (e tem espaço) dicas de como plantar abóbora:

    Na hora de comprar, escolha as que tem a casca bem firme e lisa.
    A polpa fica perfeita para a produção de para purês, refogados, assados, sopas, pães, bolos e doces. Pode ser preparada descascada ou com casca. É muito versátil.

    Algumas receitas salgadas e doces usando a abóbora:

    1. No Coco e Baunilha, temos uma deliciosa receita de doce de abóbora com nozes
    2. No Dona da Casa, uma linda sopa de abóbora com sálvia e jamón
    3. No Gordelícias, uma incrível receita de granola salgada caseira, aproveitando as sementes da abóbora
    4. No A Cozinha Coletiva, um maravilhoso bolo de abóbora, sour cream e especiarias
  • Doces,  Séries & TV

    Animal Kingdom & Torta de Maçã

    Animal Kingdom é uma série passada na California. Baseada no filme australiano homônimo (que inclusive já assisti e achei a série melhor ainda que ele).

    A série conta a história da família Cody, formada pela mãe Janine, seus 4 filhos e 1 neto.

    O episódio piloto nos revela que eles são uma família com 4 homens adultos (Pope, Baz, Craig e Deran), sendo mimados por uma mãe que faz tudo sozinha, inclusive faxina, faz comida e cuida de ”seus meninos”. O mais interessante é que ela adora fazer tudo isso. É nesse ep que também conhecemos J. (Joshua), o neto, filho da irmã dos guris, que acabou morrendo de overdose.

    Ao longo do episódio ficamos sabendo que eles tem uma profissão bem curiosa: são ladrões. E aí vocês devem estar se perguntando quem manda na pohah toda? Ela mesma: Janine, mais conhecida como Smurf, durante as temporadas já existentes você vai ter a explicação do porque desse apelido dela. Resumindo: eles levam uma vida bandida.

    Tem aquela coisa de família unida (se bem que na maioria das vezes é forçadão pela matriarca).

    Smurf cozinha.

    Faxina loucamente.

    Bota pra quebrar quando precisa.

    Os meninos são muito unidos.

    Se divertem juntos.

    Trabalham bem juntos.

    Aventureiros.

    Tomam aquele traguinho.

    J., o neto, é o preferido dela, e também, o que ela mais confia em alguns momentos. OU não.

    J. não é brincadeira não, até fez o Dexter na última temporada.

    Temos Baz, o braço direito dela, o filho adotado. Bem lembramos de você em Felicity, não é mesmo?

    Pope, o filho esquisito, que tem transtornos psíquicos, no começo eu tinha PAVOR dele, depois comecei a me apegar de um jeito, que hoje em dia eu quero entrar na tela e abraçá-lo ou chamá-lo quando alguém que me irrita precisa de uma boa sova.

    Nunca ninguém mereceu tanto…

    Craig, gente, Craig é aquele cara tipo Cacau, minha cadela pitbull. Uma criança grande, bobalhão e bom vivant.

    Lembram dele em Vikings? Ele foi meu crush por um bom tempo, até o dia que Lalá resolveu matá-lo *spoiler*, sorry. Sofri.

    Craig é bondade.

    Faminto (pura larica).

    Objetivo com seus prazeres.

    Temos Deran, que é o filho que sai do armário e se assume gay. Adoro essa parte, porque acho que esses assuntos não tem mais que ser tabu, tem que estar em todas as rodas. Tem que ser normal falar sobre isso, ver isso, exibir isso. <fim do depoimento>.

    Shippo.

    Deran é chatinho, mas compreendemos ele por conta de tudo que passou até aqui com sua criação. Quem nunca, né migues?

    Todas as vezes que terminam um roubo, chegam em casa e Smurf preparou alguma iguaria gostosa. Muitas vezes foi torta de maçã, por isso a receita do post. Todos se reunirem na cozinha e contam como foi o ”evento”.

    Smurf é um caso a parte. Eu nunca odiei ela, como eu odiei Gemma em Sons of Anarch. Tenho uma certa aversão a mães controladoras. Porém, ela é uma mulher tão forte e objetiva, que muitas vezes se dá até conta que não está no controle.

    Ela tem momentos épicos e um jeito de caminhar muito peculiar.

    É muito cínica quando necessário.

    Chega um momento que você acha que precisa acreditar e confiar nela. Ou não. Né, J?

    Veja um fragmento do episódio 9 da primeira temporada, onde comem a famigerada torta de maçã:

    Fiz esse post todo com gifs, apenas porque eu acho divertido e gosto muito deles. Não vivemos sem gifs (né, Pri?).

    Vamos a receita?

    Torta de Maçã

    Preparo: 90 min
    Cozimento: 45 min
    Serve: 4-6 pessoas

    Ingredientes

    • 3 xic. farinha de trigo
    • 150 g de manteiga gelada
    • 4 colheres de sopa de açúcar
    • 6-8 colheres de sopa de água gelada
    • 2 maçãs verdes
    • 4 maçãs fuji
    • 3 colheres de sopa de farinha de trigo
    • 2 colheres de chá de canela em pó
    • Nóz moscada
    • 1 limão siciliano (raspas e suco)
    • 2 colheres de sopa de manteiga
    • 1 pitada de sal
    • 1/2 xíc. de açúcar mascavo
    • 1 dose de Whisky Jack Daniels Honey (opcional)

    Modo de Fazer:

    1. Primeiro faça a massa: corte a manteiga em pequenos cubos. Num bowl coloque a farinha, o açúcar e misture. Adicione a manteiga e vá amassando e misturando, até que tudo vire uma farofinha. Vá adicionando água gelada até ter uma massa homogênea e bonita. Leve a geladeira, envolvida em um filme plástico, por no mínimo 1 hora.
    2. Agora vamos ao recheio. Descasque todas as maçãs, descarte os miolos com as sementes e fatie finamente. Em seguida coloque todas em um bowl, adicione o suco e raspas de limão, o açucar, canela, sal, noz moscada e o whisky. Deixe descansar até que a massa esteja pronta para abrirmos.
    3. Ligue o forno a 200º.
    4. Separe a massa em duas partes, sendo que uma deve ter 1/3 da massa e outra os outros 2/3. Abra a parte maior e forre o fundo e laterais de uma assadeira redonda (usei de 20 cm de diâmetro).
    5. Misture ao recheio as 3 colheres de farinha de trigo e envolva todas as maçãs nela.
    6. Coloque o recheio na massa.
    7. Coloque cubinhos de manteiga (das 2 colheres) por cima das maçãs espaçadamente.
    8. Cubra com o outro 1/3 de massa restante. Para fazer a decoração de treliça na massa siga as dicas do video postado abaixo.
    9. Peneire açucar com canela em cima da torta.
    10. Leve ao forno por uns 45-50 minutos. Ela deve estar dourada.
    11. Sirva com sorvete de baunilha, baby.

    Dica:

    Para saber como fazer a decoração treliçada da torta, veja esse vídeo do Panelinha: Como decorar torta com treliça
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    The Sinner & Ovos Mexidos

    The Sinner é uma minissérie produzida pela USA Network, com roteiro baseado no livro da escritora alemã Petra Hammesfahr.

    A protagonista Cora Tannetti é vivida por Jessica Biel e Bill Pullman, que encarna o detetive policial Harry Ambrose.

    Formada por 8 episódios, a minissérie nos deixa intrigada desde o início, quando em um picnic matinal em uma praia, Cora assassina freneticamente, com diversas facadas, um homem que estava sentado na frente dela e sua família.

    Esse episódio inicial, que conta com a cena que dará pano pra história toda, conquista até o menos curioso espectador. Ficamos a nos perguntar: porque aquele homem? O que a motivou a fazer aquilo?

    Em uma cena memorável (tirei meu chapéu pra Jessica Biel, que até hoje não tinha feito papeis surpreendentes ou atuações nominais), ela está a cortar uma fruta e simplesmente avança para cima do homem, ao som de uma música que parecia a incomodar muito.

    O crime abala a pacata e pequena cidade do interior de Nova York.

    A partir daí começamos a conviver com uma sensação de claustrofobia. Tanto por conta de Cora presa, até pelo que vai se revelando da história. O detetive Ambrose, começa a investigar, certo que aquilo não foi apenas um surto psicótico gratuito. Tem todo um motivo por trás, que vai nos sendo mostrado através dos episódios. Até mesmo nos flashbacks temos a sensação de sufocamento, concluímos então que a vida de Cora sempre foi uma prisão.

    The Sinner é uma minissérie que usa do mistério como um trampolim para uma história de abusos, religiosidades excessivas, traumas e temáticas muito dolorosas, para muitos não é uma série fácil de assistir, porém, eu achei interessantíssima até mesmo para quem está a criar filhos, uma reflexão sobre o que pode causar as pessoas os relacionamentos abusivos e dominadores entre familiares, que geralmente é uma coisa que não se aborda muito ainda. A opressão pode causar coisas que nem sequer imaginamos.

     

    Trailer:

    Para acompanhar a série, resolvi postar uma receita de ovos mexidos. Se Cora tivesse ficado em casa fazendo ovos mexidos, ao invés de ter ído a praia naquele dia, talvez tudo fosse diferente.

    Boa pedida para cafés da manhã de um sábado tranquilo, quando a gente quer dar um agradinho a mais a quem ama e a si mesmo.

    Essa receita é adaptada da de Gordon Ramsay, que acho o musoh do ovo mexido, porém, eu deixo ele passar um pouco mais no ponto – pq é assim que eu gosto.

    Ovos Mexidos

    Preparo: 15 min
    Cozimento: 15 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • 4 ovos
    • 2 colheres de sopa de manteiga
    • 2 colheres de creme de leite fresco
    • 1 galhinho de orégano fresco (opcional)
    • Sal a gosto
    • Pimenta do reino a gosto

    Modo de Fazer

    1. Em uma panela fria coloque os ovos e a manteiga. Só agora leve ao fogo brando e comece a mexer.
    2. Quando começar a esquentar retire do fogo, mexa. Volte ao fogo. E faça isso umas 3 vezes, retirando do fogo e mexendo, recolocando no fogo. Isso vai dar mais cremosidade a mistura.
    3. Adicione o sal e a pimenta
    4. Coloque o creme de leite e mexa mais um pouco.
    5. Acrescente o orégano e sirva com fatias de pão tostado
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    Cebola em Conserva & Vida

    Como podem ter notado faz algum tempo que não ando postando direito por aqui. Mas aí me pergunto: o que seria postar direito?

    Eu já tive muitos blogs, desde o tempo que deixei de ter agendas (alôoou adolescência anos 90) quando a era digital começou, eu tive meu primeiro blog. Depois existiram mais alguns, acho que uns 2 ou 3, alguns em conjunto com amigos, outros sozinha. Os meus blogs pessoais sempre foram como grandes desabafos e um modo de compartilhar experiências, referências, músicas, filmes, livros, poesia, bobagens, noites alcoolizadas ou tardes no Bom Fim.

    Hoje em dia eu sinto falta daquele formato, pois ele, além de trazer um grande alívio na alma, trazia amigos. Fiz muitos amigos através dos blogs. Amigos que saíram do virtual e vieram pra vida real. Eu dividi ap com pessoas que conheci pelo blog (O saudoso Ap da Osvaldo), eu conquistei amigos do peito, eu conheci gente de tudo que foi pedaço do Brasil (e também de fora). Não existia monetização de blogs. Não existia contagem de views para ver o quanto se podia ganhar com isso. Existia sim ir até o contador de acessos para ver de qual outro blog tinha vindo a visita, pra poder ir lá e agradecer. Conhecer. Compartilhar comentários.

    Um pouco de vida real

    O mundo digital era mais bonito quando não se importava em manter a beleza do seu blog/site pela quantidade de seguidores que ele poderia ter, mas sim por dar uma experiência bonita também aos olhos de quem vinha para ler o que você tinha a dizer.

    Não era preciso ter a melhor máquina fotográfica, fazer cursos de fotografia ou muitos fundos desfocados para ser reconhecido.

    Eu sinto falta da realidade, sintonia e liberdade dos blogs antigos.

    Acho que por isso que ando escrevendo pouco, me desmotivei. Talvez depois de todo esse desabafo eu volte, gostei de fazer isso. Sinceramente foi ótimo.

    Recentemente me mudei para uma casa e essa era a coisa que eu mais queria na vida. Achei que pela falta de tempo (devido as arrumações e adaptações) eu não tinha postado mais. Hoje pela manhã, analisando tudo isso, eu tive certeza que não.

    Cacau & Zen ~ Wa e Oli

    Um dos meus cães, o Wasabi foi operado de uma hérnia que surgiu do dia pra noite na semana passada. Eu compartilhei tal fato no Instagram, que é uma das únicas redes sociais que ainda me agrada. Foi tamanha a quantidade de energias positivas, comentários carinhosos e afagadores que recebi que fiquei pensando: é isso que é bom. É dessa interação que eu sinto falta, dessa coisa de amizade e não de ter mais e mais números para “agregar valor no camarote”.

    Mudar para uma casa me deu um gosto melhor na vida, me deu vontade de cozinhar mais, de poder plantar na terra, de ter vasos espalhados pelas muretas cheios de tempero. Meus cachorros de 2, passaram a ser 4. Eu e meu namorado finalmente conseguimos levar os cães dele também para morar com a gente, sendo assim ganhei mais dois filhos (enormes) de quatro patas.

    A vida anda sendo bem generosa para mim, apesar da grana curta, o amor é grande. E eu acho que no fim é isso que importa. O amor da gente com as pessoas, animais e com a natureza.

    O limoeiro, com Cacau ~ a nossa primeira flor

    Fato emocionante do momento: temos um limoeiro <3

    Por conta de tudo isso, resolvi acompanhar esse papo todo com uma receita de conserva de cebola. Tenho um alemão em casa que me fez pegar um certo vício por conservas, então, aprendi a fazer. Não, não quero concorrer com as da minha sogra, que são incríveis, mas a gente se esforça, né? Espero que gostem.

    Cebola em Conserva

    Preparo: 30 min
    Cozimento: 15 min
    Rendimento: 500 g

    Ingredientes

    • 1/2 kg de cebolas para conserva
    • 250 ml de vinagre de vinho
    • 250 ml de água
    • 1 1/2 colheres de sopa de sal
    • 25 ml de azeite
    • 2 dentes de alho
    • 2 folhas de louro
    • 1 colher de café de pimenta do reino (inteiras, sem moer)
    • 1 colher de café de pimenta calabresa
    • 1 colher de café de sementes de mostarda
    • 1 colher de café de orégano

    Modo de Fazer:

    1. Descasque as cebolas e leve para ferver em uma panela com água por 5 minutos. Desligue e escorra.
    2. Ferva todos os ingredientes: vinagre, água, azeite, sal, alho, louro e os condimentos escolhidos.
    3. Acomode as cebolas no vidro, coloque o liquido fervido em cima. Tampe bem.
    4. Em uma panela cheia de água leve o vidro para ferver, de cabeça para baixo por uns 30-45 minutos.
    5. Conserve em um local sem muita luz por uma semana, depois de aberto conservar na geladeira.