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    Amor Ocasional & Bolo de Coco

    A série francesa Amor Ocasional (Plan Coeur) é uma daquelas que você maratona em uma dia. Com episódios de um pouco menos de meia hora, ela vai ter levando facilmente ao próximo episódio de uma maneira leve e interessante.

    Elsa (Zita Hanrot) é uma mulher de 30 anos que está completamente devastada com o final do seu último relacionamento. Ela tem duas melhores amigas – Charlotte (Sabrina Ouazani) e Emilie (Joséphine Draï) -, que ao verem ela beirando a completa insanidade, resolvem armar um plano um tanto quanto ousado para ajudá-la a sair dessa barra.

    Charlotte tem a ideia muito doida de contratar um garoto de programa para dar em cima e conquistar Elsa, fazendo com que ela desse um up no seu ego e confiança. Emilie de início não gosta da loucura da amiga, mas acaba concordando.

    O que elas não imaginavam é que Jules (Marc Ruchmann), o moço contratado, iria se apaixonar por Elsa. A desgraça está feita. E quem vai ter coragem de contar a Elsa sobre de onde veio o rapaz e com que propósito, sendo que ela também está apaixonada por ele e conseguindo esquecer Maxime (o ex)?

    Além do drama de Elsa, a série nos mostra as histórias dos outros personagens e seus romances. Charlotte não consegue se manter em nenhum emprego, mora com irmão Antonie e a amiga Emilie (que namora Antonie e está grávida dele), tem um romance secreto com o melhor amigo do irmão, Matthieu, sente que está apaixonada, mas logo ela, que não é adepta a relacionamentos sérios…

    Elsa mora com o pai (pessoa foférrima ele), trabalha em um emprego burocrático na prefeitura, ela é um pouco atrapalhas, mas muito inteligente, acho que a série é fácil de se apegar porque nos vemos em muitas situações comumente vividas por gente normal. Não tem glamour, é vida real, dor real, inseguranças reais. É isso que faz da série carismática e incrível.

    Jules, o gigolô, é o típico moço bonito, com sorriso impressionantemente bonito e um olhar conquistador. Ele que começou a carreira como garoto de programa para ajudar a mãe agora está disposto a largar tudo para ficar com Elsa.  Todos merecem uma segunda chance, não acham?

    Confesso que torci muito pra isso acontecer. E será que aconteceu? Assistam!

    Dona Netflix prometeu a próxima temporada para final de 2019, oremos.

    Trailer:

    Enquanto isso, eu aguardo a segunda temporada e como bolo de coco. Resolvi linkar esse bolo com a série, porque confeitaria é uma coisa maravilhosa, como nos ensinaram os migos franceses. Vamos fazer um bolo bem bonito?

    Eu relutei a fazer a cobertura do famoso “Chantininho” e confesso que ainda prefiro o chantilly fresco ou o buttercream, como opção de coberturas. Porém, não podemos saber o que gostamos mais sem provar tudo, não é mesmo? Vamos a receita então:

    Bolo de Coco

    Ingredientes:

    Massa:

    • 2 gemas
    • 2 claras
    • 150 g de açúcar refinado
    • 160 g de farinha
    • 150 ml de leite em temperatura ambiente
    • 1 colher de chá de extrato de baunilha (opcional)
    • 1 colher de chá de fermento em pó

    Recheio:

    • 1 lata de leite condensado
    • 1 caixinha de creme de leite
    • 1 vidro (200 ml) de leite de coco
    • 1 xíc. (240 ml) de leite
    • 1 + 1/2 xíc. de leite em pó
    • 2 colheres (sopa) de amido de milho
    • 1 colher (sopa) de manteiga

    Calda:

    • 1/2 xíc. de açúcar
    • 1/2 xíc. de água
    • 2 cravos da índia (opcional)
    • 1 dose de Jack Daniels Honey (opcional)

    Cobertura de Chantininho:

    • 200 ml de chantilly
    • 8 colheres de sopa de leite em pó (de preferência Ninho)
    • 1/2 lata de leite condensado
    • 1/ lata de creme de leite

    Decoração:

    • 100 g de coco ralado desidratado

    Modo de fazer:

    Pré-aqueça o forno a 180º.

    Forre o fundo de 3 formas de 15×5 cm (ou 1 de 15×10 cm) com papel manteiga. Não é necessário untar as laterais, assim evitamos que o bolo crie aquela “barriga”. Quando estiver morno, passe uma faquinha nas laterais e o bolo soltará facilmente.

    Massa:

    Bata as claras em neve, adicione o açúcar, logo que estiver um merengue, adicione as gemas, uma a uma. Junte o leite. Após isso, com um fouet, mistures a farinha e fermento peneirados a massa. Por fim o extrato de baunilha.

    Divida a massa nas formas e leve ao forno por 30-35 minutos, fique de olho, depende do forno pode levar menos ou mais tempo. Se usares a forma mais alta, de 10 cm, pode levar mais alguns minutos.

    Retire do forno e deixe amornar, caso tenha usado a forma alta, corte o bolo em 3 camadas.

    Recheio:

    Dissolva o amido de milho no leite. Misture todos os ingredientes e leve para o fogo baixo, quando começar a engrossar conte mais 3 minutos, mexendo sempre e desligue. Leve a geladeira para esfriar com um filme plástico em contato com o creme.

    Calda:

    Em uma panelinha leve os ingredientes para ferver, mexa, assim que começar a ferver e o açúcar estiver se desfeito, desligue. Leve para gelar.

    Montagem:

    Forre uma forma de 15×10 com plastico filme ou um saco plástico. O importante é que tenhas plastico o suficiente para envolver todo o bolo para levá-lo a geladeira depois de montado.

    Coloque a primeira camada de bolo no fundo da forma. Regue com a calda. Adicione metade do recheio. Coloque mais uma camada de bolo, regue, recheio, por fim a última camada de bolo.

    Feche bem com o plástico e leve a geladeira por, no mínimo 8 horas.

    Depois das horas de descanso para poder gelar e ficar bem firme, cubra todo o bolo com a cobertura, passando uma espátula para alisá-lo. Salpique o coco ralado em todas a volta dele. Agora é só comer \o/

    Conserve na geladeira.

  • Doces

    Mousse de Doce de Leite

    Estava eu a pensar o que deveria preparar para sobremesa do aniversário do estimado amor da minha vida, porém, confesso, estava com uma preguiça danada de fazer algo mais elaborado em plena quarta-feira.

    Como ele é um grande amante dos doces, pensei: aquele mousse de doce de leite super facinho e que impressiona no sabor cairia super bem.

    É uma receita com ingredientes fáceis de achar, normalmente a gente até tem eles em casa. Para quem tem leite condensado na despensa, pode cozinhá-lo na panela de pressão por 40 minutos (não esqueça de deixar esfriar BEM antes de abrir a lata), que viram um belíssimo doce de leite. Vai demorar mais um pouquinho, mas pelo menos não precisa ir ao mercado comprar mais nada.

    Então vamos a receita, em 10 minutos você já estará com 4 porções na geladeira para servir mais tarde.

    Mousse de Doce de Leite

    Ingredientes:

    • 400 g de doce de leite
    • 400 ml de creme de leite
    • 12 g de gelatina sem sabor em pó
    • 100 ml de água morna
    • Chocolate granulado ou confeitos para decorar

    Modo de fazer:

    Bata (na batedeira ou com um fouet) o doce de leite por uns 5 minutos. Acrescente o creme de leite bata por mais alguns minutos até ficar tudo bem misturadinho.

    Coloque a gelatina na água morna e mexa até que fique totalmente diluída.

    Acrescente a gelatina a mistura e bata por mais alguns minutos.

    Coloque em potes de sobremesa individuais, salpique com chocolate granulado, em gotas, o que tiveres ou quiseres, leve para gelar por no mínimo 4 horas.

    Sirva bem geladinho.

  • Destaque,  Salgados

    Salada de Maionese Caseira

    Toda a vez que tem churrasco aqui em casa tem que ter salada de maionese também. Virou um grande sucesso (modéstia à parte) entre os amigos que aqui vem.

    Aqui no Sul ela é chamada de “Salada de Maionese”, mas sei que em outros lugares é conhecida como “Salada de Batata” ou apenas “Maionese” (se tiver algum outro nome, no lugar que moram, me contem, pois adoro saber essas coisas). Tudo isso nada mais é do que uma salada de batatas cozidas com creme de maionese juntando tudo lindamente.

    Há diversas variações, como adição de cenoura cozida, ovos cozidos, milho, ervilha, pepino, cebola, salsinha, cebolinha, porém, aqui em casa a gente gosta da bem simples e tradicional, que leva apenas batata, temperos e cebolinha verde bem picadinha (por mim poderia encher de salsinha, mas o maridão quer ver a morte, mas não quer ver salsinha na frente dele, todoschoraabraçado).

    A salada de batata tem origem alemã, onde é chamada “Kartoffelsalat”. Possui denominações diferentes, dependendo da zona onde se consuma ou seja produzida. Por exemplo, na região do Ruhr, denomina-se Erpelschlut. A tradução da palavra em alemão Kartoffelsalat significa literalmente “salada de batata”.

    Em algumas regiões da Alemanha, é possível encontrar a salada de batata com maionese. Algumas vezes trocam a maionese por iogurte ou nata.

    Gosto de fazer o creme da maionese batida a mão, como eu aprendi com a irmã do meu padrasto, uma tia de origem italiana que eu tive quando era pré-adolescente.

    Sempre fui de me meter na cozinha, no meio dos adultos, e ficar fazendo milhares de perguntas sobre as coisas, como se fazia e queria aprender tudo. Acho que eu sempre gostei de cozinhar, até quando eu não sabia.

    Ela batia a maionese em uma caneca, com um garfo, foi assim que me ensinou.

    Você pode fazer em um prato ou em um pequeno bowl (fiz essa do post em um, inclusive), para poder mostrar bem o modo de fazer.

    O segredo é: nunca adicione mais óleo antes que o que você já colocou esteja todo incorporado na mistura, pois isso pode fazer com que ela desande. E não há nada mais triste do que desandar a maionese.

    maionese caseira
    Maionese

    Salada de Maionese

    Ingredientes:

    500 g de batatas

    2 ovos

    240 ml de óleo de milho (podes usar o óleo que preferir)

    2 colheres de sopa de água

    2 colheres de sopa de vinagre branco (não pode ser usado vinagre de vinho tinto pois desanda a maionese)

    1 pitada de sal

    Pimenta do reino a gosto

    Cebolinha

    Modo de Fazer:

    O passo-a-passo de como fazer, postei no meu Stories do Instagram, inclusive, já seguem a gente por lá? Vou deixar aqui o link para quem quiser ver os vídeos de como eu faço: clica AQUI.

    Coloque um ovo para cozinhar, quando começar a ferver conte mais ou menos 8 minutos. Precisamos de uma gema firme. Descasque, separe a gema da clara e reserve em um bowl.

    Cozinhe as batatas inteiras e sem descascar em água, com um pouco de sal, até que fiquem macias. Retire do fogo, escorra a água e deixe esfriar um pouco, até que consiga segurá-las para descascar.

    É importante que cozinhes com a casca para que ela não absorva muita água, pois queremos batatas cozidas, mas firmes.

    Deixe esfriar completamente e pique as batatas do modo que preferir. Algumas pessoas gostam delas em cubos, outras em rodelas, faça como te faz mais feliz 🙂

    Para o creme de maionese:

    Pegue a gema cozida e adicione a ela uma gema crua. Misture até que fiquem totalmente incorporadas.

    Comece a adicionar um pouco de óleo (mais ou menos 3 colheres por vez) e mexa bem até que esteja todo integrado as gemas.

    Vá repetindo isso até obter um creme liso e amarelo clarinho.

    Adicione então a água, o vinagre, sal e pimenta. Mexa bem e coloque por cima das batatas já picadas anteriormente.

    Envolva todas as batatas no creme de maionese e está prontinha para servir!

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    Todas as Sextas & Picles

    Hoje não falarei de filme, nem série, mas sim de livro.

    “Entendo minha cozinha como um ofício e não como uma arte. O que me move, o que me leva a cozinhar é a vontade de alimentar, nutrir, não busco surpreender e sim satisfazer. Minha história, o meu presente, a música, a minha alegria, a minha vontade de transmitir o que sinto e o que gosto são o meu motor na hora de cozinhar. Respeito e elogio ao produto, por uma cozinha honesta, genuína e de raiz.”
    (Paola Carosella)

    Fazia um tempão que eu namorava o “Todas as sextas”, da Paola Carosella. O livro autobiográfico, contem 94 receitas, por ela escritas e que foram executadas no menu executivo, em todas as sextas, no restaurante dela, o Arturito, em São Paulo.

    Cada receita traz um pouco de história, todas conectadas a sua vida e a evolução dela na cozinha. Ela sempre faz questão de enaltecer o uso dos alimentos frescos, ovos de galinhas com vida feliz, carnes de animais que tiveram uma vida digna, e todo o respeito que se deve ter com os ingredientes.

    Quando ganhei o livro, simplesmente o devorei em alguns dias. Ela vai nos levando, ao longo do prólogo, à toda historia da vida dela. Ela versa sobre quando começou a amar a culinária, quando ela trabalhava quando secretária e se pôs a cozinhar para os almoços que o chefe queria fazer com pessoas importantes. Alem disso, ela nos conta que ficava sozinha em casa, fazendo a janta, enquanto a mãe estava fora estudando, e então fazia apresentações de programas de culinária, para ela mesma.

    Em cada uma das receitas há um pouco de humor e lembranças. Experiências passadas e coisas que aprendeu ao longo da vida. É genial o modo como ela nos leva para dentro da cozinha dela, da vó, da mãe…

    Com uma sensibilidade incrível, ela nos carrega pela mão (e pelo coração) através dos momentos vividos, trilhando esse caminho desde jovem, até onde está hoje. Uma mulher absolutamente incrível e uma profissional reconhecida por seu trabalho e sua força.

    O livro nos fala muito sobre o ato de cozinhar ser um ato de amor, de liberdade, de independência, mas também um ato social. Com a comida que fazemos, o ingrediente que compramos, de quem compramos, como lidamos com ele, para quem servimos, como tratamos as pessoas, tudo isso está interligado com a cozinha. É como um grito de alerta, ainda mais no tempo em que vivemos.

    Quem conhece ela apenas como jurada e apresentadora do Masterchef, não imagina o quanto mais ela é. Ou imagina. Acho obrigatória a leitura desse livro. Um aprendizado tão grande eu tive. Confesso que algumas vezes eu até chorei, sim, eu sou emotiva demais, ainda mais com histórias como a dela.

    Temos ali uma pessoa que passou muitas coisas difíceis na vida, mas nunca desistiu de seu ideal: ser uma cozinheira. Que leva as pessoas o seu amor pelo alimento, que sempre foi quem ela é. Para mim ficou como um aprendizado enorme. Ela nunca teve medo de ir em frente. Ela sempre foi. O que aconteceria depois, só a vida diria. E ela não tinha medo da vida.

    Hoje vou trazer aqui, uma receita de picles de cebola roxa, é deliciosa, e pode ser usada como acompanhamento de todas as refeições. Depois que casei com um alemão, soube o que é o amor por conservas. Vamos lá?

    Ingredientes:

    • 600 g de cebola roxa
    • 2 1/2 xic. de vinagre de vinho branco
    • 2 1/2 xíc. de água
    • 4 colheres de sopa de açucar mascavo
    • 1 pimenta dedo de moça, ou outra que tiveres, desde que seja fresca
    • 1 colher de sopa de pimenta do reino em grãos
    • 1 colher de sopa de coentro em grãos
    • 1 pitada de flor de sal (coloquei sal marinho)

    Modo de fazer:

    Corte a cebola com 1 cm de espessura, pode ser em anéis ou metades.

    Em uma panela coloque todos os outros ingredientes e leve ao fogo até ferver. Acrescente a cebola e deixe ferver por 2 minutos em fogo baixo.

    Retire do fogo e coloque tudo em um vidro. A cebola deve ficar submersa no líquido.

    Deixe na geladeira e após dois dias fica bem gostosa para o consumo.

    Paola conta no livro, que esse tipo de picles vai bem com qualquer outro legume. Fica a dica.

  • Doces,  Drama,  Filmes,  Receitas

    Morangos Silvestres & Torta de Morango

    Morangos Silvestres, do diretor sueco Ingmar Bergman, é uma obra primorosa que deve ser revisitada constantemente. Eu o vi pela primeira vez quando tinha uns 25 anos, revendo ele com a cabeça (e vivência) de hoje em dia, é bem diferente, e uma experiência ainda mais primorosa.

    Bergman toca fundo na essência da alma humana. Ele consegue criar histórias que nos fazem rir, chorar, se sentir maravilhado, e ao mesmo tempo, nos leva a uma profunda reflexão sobre nós mesmos, os outros e a vida.

    O filme começa com uma pequena introdução, antes dos créditos iniciais, um senhor fazendo anotações no escritório de sua bela casa, onde reflete o seguinte:

    Nossa relação com as pessoas consiste em discutir com elas e criticá-las. Isso que me afastou, por vontade própria, de toda minha vida social. Tornou minha velhice solitária. Sempre trabalhei muito, e sou grato por isso. Tenho um filho que também é médico e mora em Lund. Foi casado durante anos, mas não teve filhos. Minha mãe ainda vive e, apesar da idade, é uma pessoa ativa. Minha esposa Karin morreu há muitos anos. Talvez devesse acrescentar que sou uma pessoa meticulosa, e isso cria problemas com as pessoas ao meu redor e comigo mesmo. Meu nome é EberhardIsakBorg, e tenho 78 anos. Amanhã receberei o título honorário na Catedral de Lund.

    Ao longo do filme acompanharemos o médico Isak Borg (Victor Sjöstrom) em sua viagem até Lund.

    Na noite anterior a viagem, Isak tem um pesadelo horrível. Ele está em um local desconhecido da cidade, onde os relógios não têm ponteiro, um homem sem face, uma carruagem carrega um caixão. Em um momento a carruagem colide em um poste e o cadáver revelado dentro do caixão é dele mesmo. Um desses sonhos terríveis, que a gente acorda assustado e a cena toda é uma obra prima do cinema. Belíssima sequência, fotografia, sonoplastia, tudo. E a atuação de Victor Sjöstrom é simplesmente primorosa.

    Inicialmente Isak ia viajar de avião, porém, depois de seu sonho da noite anterior, ele resolve ir de carro. Enquanto se prepara para viagem, sua nora Marianne (Ingrid Thulin), avisa que vai com ele. A primeira parte da viagem é totalmente curiosa e pesada, quando ele tenta contar a nora sobre seu pesadelo e ela diz que não se interessa por sonhos. Ainda completa dizendo que o filho dele o odeia e que ela o acha um velho egoísta, egocêntrico, que não tem consideração por ninguém além dele mesmo. Pessoa fica chocada com a cena.

    Eles seguem viagem e fazem uma primeira parada na casa onde ele passava as férias de verão com a família dele. A nora se distancia dele e vai tomar um banho no lago, enquanto Isak fica no jardim, perto dos pés de morangos silvestres, e então começa uma viagem no tempo, a sua infância, relembrando memórias e momentos ali vividos.

    Essa parte do filme, é de uma beleza descomunal. Ele passeia pelo seu passado, com o corpo de hoje, porém, todos que lá estavam parecem jovens.

    Quando fico preocupado ou triste, tento relaxar com as lembranças de minha infância.

    Ali olhando de perto acontecimentos de anos atrás, ele vê sua prima Sara (Bibi Anderson), que foi o grande amor de sua vida colhendo morangos. Nesse momento ele presencia a traição dela com um de seus irmãos. A gente não sabe se chora com ele ou sai correndo para comer um prato de morangos nesse momento. A cena dói.

    Eles seguem viagem, encontram novas pessoas, que fazem Isak ter várias lembranças e chegar a milhares de conclusões sobre si mesmo e tudo o que fez durante toda sua vida.

    É um road movie, que versa sobre as relações com as pessoas, com a família, os questionamentos pessoais, uma mescla de sonhos e realidades. Lembranças e imaginações.

    Um dos mais belos filmes que existem no mundo. Assistam, reflitam, amem Bergman, ele merece.

    Bergman <3

    Quando fico preocupado ou triste, tento relaxar com as lembranças de minha infância.
    Percebe o silêncio?
    Tudo se foi.
    Qual será a pena?
    A Solidão.

    Vamos a receita?

    torta de morango

    Torta de Morangos

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 40 min
    Serve: 6 porções

    Ingredientes

    Pâte brissée:

    • 120 g de manteiga gelada
    • 200 g de farinha de trigo
    • 4 colheres de chá de açúcar
    • 1 pitada de sal
    • 3 colheres de sopa de água gelada

    Créme pâtissière:

    • 250 ml de leite
    • 250 ml de creme de leite fresco
    • ½ fava de baunilha
    • 4 gemas
    • 5 colheres de sopa de açúcar
    • 1 e ½ colher de sopa de amido de milho
    • 1 e ½ colher de sopa de farinha

    Montagem:

    • 2 xícaras de morangos lavados e limpos.

    Modo de Fazer

    1. Pâte brissée: Corte a manteiga gelada em pedaços iguais e coloque em uma vasilha com a farinha, o açúcar e o sal. Com a ponta dos dedos, esfregue um ingrediente no outro até formar uma farofinha e a manteiga ficar com o tamanho de uma ervilha. O segredo é não manipular demais a mistura para que o glúten de farinha não se desenvolva, senão a crosta não vai ficar crocante. Adicione a água gelada e misture rapidamente, até virar uma massa. Se a mistura estiver seca, adicione mais água gelada, 1 colher de sopa por vez. Embrulhe a massa em filme plástico e deixe descansar na geladeira por 1 hora. Tire a massa da geladeira e, em uma superfície enfarinhada, abra-a com um rolo de macarrão até ela ficar com meio centímetro de espessura, aproximadamente. Se estiver muito dura, bata com o rolo um pouco mais forte que ela vai amaciando. Enrole a massa em volta do rolo e desenrole em cima da forma, encaixando todas as beiradinhas e tirando o excesso das bordas. Fure toda a superfície da massa com um garfo e leve ao freezer por 10 minutos. Pré-aqueça o forno a 180 °C. Cubra a superfície da massa com papel-manteiga e encha de feijões secos, isso vai evitar que a massa forme bolhas de ar. Asse por 10 minutos, retire o papel com feijão e asse por mais 15 minutos ou até a beirada ficar dourada. Tire do forno e reserve.
    2. Créme pâtissière: Em uma panela, adicione o creme de leite, o leite e a fava de baunilha com as sementes raspadas. Assim que levantar fervura, desligue o fogo, tampe a panela e deixe a infusão acontecer por 10 minutos. Em uma vasilha, bata as gemas e o açúcar até ficarem pálidos e fofos. Peneire o amido de milho e farinha em cima das gemas e misture. Adicione uma concha do creme quente na mistura de ovos e mexa para temperá-los. Esse processo é importante para preparar os ovos para a alta temperatura, evitando que ele coagule de maneira incorreta. Volte tudo para a panela e cozinhe a fogo baixo mexendo sem parar. Assim que a mistura ferver, cozinhe por apenas 3 minutos. Coloque o creme em uma vasilha, cubra a superfície com filme plástico, encostando no creme e leve para gelar por 1 hora.
    3. Montagem: Desenforme a massa e cubra-a com o crème pâtissière. Corte os morangos longitudinalmente e comece a montar a primeira fileira, sobrepondo-os no sentido horário. Em seguida, preencha a segunda linha, mas na direção oposta, e continue alternando assim até chegar ao centro.

    Referência:

    Receita do livro Confeitaria Escalafobética da Raiza Costa
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    Conhecendo os ingredientes: Cenoura

    Vamos então a novas descobertas sobre alimentos, o de hoje é a Cenoura.

    Lá no Culinarístico tem receita de Cenouras assadas com cebola roxa e erva doce.

    A Cenoura teve sua origem no Afeganistão, já era conhecida, na antiguidade clássica pelos gregos e romanos. As primeiras cenouras surgidas eram roxas, brancas e amarelas. Para essa nossa cenoura ‘padrão’ cor de laranja, os agricultores holandeses fizeram o cruzamento de diversas variedades, em meados do século 16 até chegar nesse resultado. Isso se deu em homenagem a Guilherme I de Orange (orange significa “laranja”) durante a guerra holandesa de independência da Espanha, no século XVI. Jamais imaginaríamos…

    As cenouras são grandes fontes de fibra dietética, antioxidantes, minerais e β-caroteno. Este último, responsável pela coloração alaranjada característica do vegetal, é uma provitamina A (substância que dá origem à vitamina A dentro de um organismo vivo). Ele ajuda o desempenho dos receptores da retina, melhorando a visão. Também ajuda a manter o bom estado da pele e das mucosas. É um antioxidante lipossolúvel que neutraliza os radicais livres, combinando-se diretamente com eles, o que aumenta a eficácia do sistema imunitário. A cenoura apresenta propriedades antissépticas e reguladoras da corrente sanguínea. A vitamina A é essencial para o crescimento, desenvolvimento e manutenção do tecido epitelial e das membranas mucosas. Tem uma ação moderadora da produção de queratina e estimulante para o desenvolvimento e maturação das células epiteliais. Os retinóides sistêmicos aumentam a síntese do colágeno e reduzem a produção da colagenose, inibindo a enzima que degrada o colágeno.

    Foto de Capa by Gabriel Gurrola on Unsplash

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    Risoto de Tomate Seco & Rúcula

    Hoje na nossa série CONHECENDO OS INGREDIENTES vamos falar sobre Tomate! Quem não ama? Eu amo todas as variações e modelos dele. Pode ser maduro, seco, na conserva, enlatado, pelado, molho, como tomate como quem como maçã. Lá no Culinarístico, a Pri vai falar sobre o Tomate, dá um pulo lá e descubra tudo sobre essa gostosura.

    Resolvi fazer um risoto de tomate seco com rúcula. Tem combinação melhor? Mais uma vez usei a panela de pressão, porque depois que você faz uma vez o risoto dessa forma, nunca mais quer passar 20 minutos mexendo uma panela (apesar que acho comovente/gostoso fazer do modo clássico, quando estou com tempo).

    Para que tiver disposição, um vídeo de como fazer tomates secos em conserva (já to querendo, amo fazer conservas!):

    Vamos a receita?

    Risoto de Tomate Seco com Brócolis

    Ingredientes:

    • 50 g de tomate seco (usei o desidratado, hidratado 30 minutos em agua morna)
    • 2 colheres de sopa de azeite de oliva
    • 1 cebola picada
    • 2 dentes de alho picados
    • 2 xícaras de arroz arbóreo
    • 250 ml de vinho branco seco
    • 1000 ml de de caldo de legumes
    • 1 colher de chá de lemon pepper
    • Sal a gosto
    • 2 colheres de sopa de manteiga
    • Queijo parmesão
    • Rúcula fresca

    Modo de Fazer:

    1. Coloque o azeite para aquecer na panela, refogue a cebola, quando estiver corada, acrescente o alho e deixe refogar também.
    2. Acrescente o arroz e deixe ele fritar um pouco. Coloque o vinho, deixe que evapore, mexendo sempre.
    3. Adicione o caldo de legumes, o sal, o lemon peper e feche a panela. Deixe o fogo alto.
    4. Quando começar a pegar pressão baixe o fogo e conte 3 minutos.
    5. Desligue o fogo e deixe que a pressão saia toda sozinha
    6. Abra a panela, mexa o risoto e prove se já está no ponto, se não, acrescente mais uma concha de caldo e mexa.
    7. Junte tomate seco picado nessa última etapa, a manteiga e finalize com parmesão ralado.
    8. Na hora de servir, acrescente a rúcula fresca ao prato.