Salgados

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    Conhecendo os ingredientes: Batata

    A batata (Solanum tuberosum) é uma planta perene da família das solanáceas, compartilha o gênero Solanum com pelo menos outras mil espécies, como o tomate e a berinjela. Ao contrário do que muitos pensam (e eu também pensava) a batata-inglesa, o tipo mais comum de batata, não é da mesma família da batata-doce, por exemplo. Elas são apenas da mesma ordem. Fui pesquisar tudo isso para entender melhor e fiquei maravilhada com tamanha diversidade de informações encontradas.

    Surgidas nos Andes do Peru, as batatas começaram a ser consumidas há mais de 10 mil anos. Foi no século XVI que ela foi levada para a Europa através dos espanhóis. Pasmei pois sempre achei que a batata vinha da Alemanha. Tolice minha, claro.

    Na região de Pisac, nos Andes, existem os chamados “bancos de batatas” onde estão sementes de mais de 1300 tipos do tubérculo.

    Hoje em dia o maior produtor de batatas do mundo é a China, seguido da Índia. Juntos comandam mais de 1/3 da produção de batatas mundial.

    Ilustração do livro The Herball or Generall Historie of Plantes publicado em Londres em 1633, que mostra as características da planta.

    “Vá plantar batatas!”
    A expressão portuguesa “vá plantar batatas” surgiu em Portugal provavelmente na época das navegações, mas o motivo porque foi e é usada tem um sentido irônico e não depreciativo da atividade de agricultor. A ironia vem por que, em Portugal, não se diz “plantar batatas”, mas sim semear batatas, pois plantar só se usa para a muda das árvores, sendo que os legumes, os grãos, abóboras, melões, etc., se semeiam porque se lança ou enterra a semente na terra. Logo mandar alguém “plantar batatas” significa que o deixe em paz e vá fazer uma coisa impossível ou sem pés nem cabeça.

    (Fonte: Dicionário Informal)

    A batata é um alimento rico em carboidratos, possui cerca de 80% de água e 20% de matéria seca, da qual a maior parte é amido. Ela possui pouca gordura e é rica em vários micronutrientes, especialmente vitamina C (quando consumida com casca é ainda mais rica a quantidade de vitamina C), é também uma fonte moderada de ferro e de vitaminas B1, B3 e B6, minerais como potássio, fósforo e magnésio, além de conter fibras dietéticas e antioxidantes, que previne as doenças relacionadas ao envelhecimento.

    Na Gastronomia, o segredo do grande sucesso da batata é sua enorme diversidade, que proporcionam várias opções de pratos. Podem dar textura cremosa a sopas, acompanharem diversos alimentos mais fortes, por terem um sabor delicado. Ainda podem ser servidas recheadas, na forma de lasanhas, tortilhas, batata suíça, e não podemos esquecer da clássica batata frita, que por si só já é um presente dos deuses.

    Foto: Priscila Darre

    Lá no Culinarístico temos hoje uma receita INCRÍVEL de BATATA ASSADA RECHEADA. Corre lá pra ver.

    <3 Eu amo batata!

    Assista esse vídeo e corra pra cozinha:

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    O Terceiro Assassinato & Molho Tonkatsu

    Não é a toa que Hirokazu Kore-eda ganhou o a Palma de Ouro (com seu novo filme Manbiki kazoku – Shoplifters) no festival de Cannes esse ano. O diretor e roteirista japonês se tornou um dos mais conhecidos cineastas de sua geração no Ocidente. Aqui no blog temos alguns filmes dele: O que mais desejo, Tal pai, tal filho, Depois da Tempestade.

    Eu sou aficionada pelo diretor, já vi todos os filmes dele, mas ainda não consegui postar todos aqui, por motivos de receitas (tenho que cozinhar mais comidas japas, se tiver dicas, deixa aqui nos comentários, please)

    O Terceiro Assassinato é um filme de tribunal, mas não naquele formato que estamos acostumados a ver em filmes e séries americanas. Fukuyama Masaharu dá vida ao protagonista Shigemori, um advogado de sucesso que aceita um novo caso, de um homem que foi defendido pelo seu pai também advogado, e depois de solto, confessou um novo assassinato.

    Se nos custa entender a família,imagine um estranho.

    Misumi (em uma interpretação incrível de Kôji Yakusho) é um réu confesso, que muda a todo momento a versão do seu crime, levando o julgamento a dúvida de uma grande farsa, prejudicando assim a sustentação de defesa do advogado.

    O que Shigemori quer é evitar a condenação à morte, já que, a prisão, devido a confissão, é impossível de ser mudada. Não é a verdade que está em cheque, mas sim a estratégia legal do caso. É a única verdade possível para o advogado. O que realmente aconteceu, ninguém nunca saberá, acredita Shigemori. O que mais importa para ele é a imagem que pode ser vendida ao júri, a estratégia construída pela defesa para evitar a pena de morte ao réu.

    Claro que se tratando de Kore-eda temos dramas familiares nisso tudo. Shigemori cobra o próprio pai, em seu imaginário, porque Misumi não recebeu pena pior no passado, o que eliminaria todo esse stress atualmente. Ao mesmo tempo, ele tem uma filha, que se sente deixada de lado, o que nos relembra o comprometimento dos pais, discutido tanto em Pais e filhos.

    A dúvida é que leva o espectador a ficar totalmente tomado pelo filme, você não sabe o que realmente aconteceu, tanta adivinhar, fica obcecado por saber a verdade. Inovando aqui do que sempre filmou, Kore-eda nos surpreende com uma obra fascinante, que provoca o espectador a refletir muito mais do que o motivo do crime. Ele nos faz questionar as relações humanas, o poder de destruição do ser humano e até onde uma história (mentira ou verdade) pode levar as pessoas.

    Kore-eda faz da iluminação um prazer adicional, como sempre, a luz é quase que um personagem em seus filmes. Ele mostras áreas sombreadas nos rostos dos atores, de forma que nos coloca em dúvida sobre a veracidade do que está sendo contato. As cenas da cadeia são sensacionais, quando o advogado e prisioneiro conversam através de um vidro, onde os rostos não apenas se refletem, mas se sobrepõem.

    O Terceiro Assassinato é mais uma obra prima do mestre Kore-eda, ele questiona os procedimentos legais e o modo como se julga o outro ser humano. Fica o questionamento se a justiça está sempre certa, e nos tempos que vivemos, temos clara certeza que muitas vezes não.

    Trailer:

    Resolvi unir esse filme ao molho Tonkatsu, pois é um clássico da cozinha japonesa. É mega fácil, mas tive que percorrer a internet nipônica para achar uma receita que não levasse catchup (nao gosto). Vamos a receita?

    Molho Tonkatsu

    Ingredientes

    • 250 ml de shoyu
    • 50 ml de molho inglês
    • 130 g de extrato de tomate
    • 150 g de açúcar
    • Pimenta do reino a gosto

    Modo de Fazer

    1. Misture todos os ingredientes e leve ao fogo para ferver até engrossar.

    Dicas de uso:

    O molho pode ser servido junto com carnes a milanesa (geralmente porco), ser molho para massas orientais, servido com salada de repolho fresco ou qualquer outro prato que queiras dar um toque agridoce.
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    Tortinha de Brócolis com Requeijão

    Seguindo na nossa nova série de posts, hoje é dia de falar sobre Brócolis. No Culinarístico você vai encontrar tudo sobre ele e aqui uma receita usando o ingrediente.

    Eu sou apaixonada por tortas e quiches, então, resolvi fazer para vocês uma tortinha de brócolis com requeijão. É bem fácil e prática. Você pode fazer a quantidade de massa que fiz aqui, o que dá 3 tortinhas pequenas (12 cm de diâmetro) ou dobre a receita e faça uma torta grande (24 cm de diâmetro).

    Vamos a receita? Fiz um stories no Instagram com o passo a passo da receita, clica aqui pra ver.

    Tortinha de Brócolis com Requeijão

    Ingredientes

    • 1 e 1/2 xic. de farinha de trigo
    • 75 g de manteiga gelada em cubos
    • 1/4 xíc. de água gelada
    • 1 pitada de sal
    • 1/2 brócolis hibrido
    • 1/2 cebola roxa
    • 1 dente de alho esmagado
    • 2 colheres de sopa de azeite de oliva
    • 1 colher de sopa de shoyu
    • Orégano a gosto
    • Pimenta do reino a gosto
    • Sal (se achar necessário, prove depois que colocar o shoyu)
    • 6 colheres de sopa de requeijão cremoso
    • 1 ovo para pincelar

    Modo de Fazer:

    1. Comece pela massa, em uma bacia coloque a farinha e misture o sal. Adicione a manteiga e vá amassando até que se torne uma farofinha. Junte a água aos poucos até dar uma liga. Envolva em um filme plástico e leve a geladeira por uns 30 minutos.
    2. Para o recheio refogue a cebola em uma panela com azeite, junte o alho e os brócolis. Coloque o shoyu, pimenta, orégano, tampe a panela e deixe em fogo baixo por alguns minutos, não muitos, pois o brócolis vai cozinhar no forno.
    3. Reserve o recheio e deixe esfriar antes de adicionar a massa.
    4. Divida a massa em 6 partes. Forre as forminhas. Coloque o recheio, adicione o requeijão e abra as três outras partes de massa e tampe as tortinhas. Faça um furinho para o ar sair. Pincele com uma gema e leve ao forno a 180 graus, pré-aquecido, por 20 minutos.
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    The Sinner & Ovos Mexidos

    The Sinner é uma minissérie produzida pela USA Network, com roteiro baseado no livro da escritora alemã Petra Hammesfahr.

    A protagonista Cora Tannetti é vivida por Jessica Biel e Bill Pullman, que encarna o detetive policial Harry Ambrose.

    Formada por 8 episódios, a minissérie nos deixa intrigada desde o início, quando em um picnic matinal em uma praia, Cora assassina freneticamente, com diversas facadas, um homem que estava sentado na frente dela e sua família.

    Esse episódio inicial, que conta com a cena que dará pano pra história toda, conquista até o menos curioso espectador. Ficamos a nos perguntar: porque aquele homem? O que a motivou a fazer aquilo?

    Em uma cena memorável (tirei meu chapéu pra Jessica Biel, que até hoje não tinha feito papeis surpreendentes ou atuações nominais), ela está a cortar uma fruta e simplesmente avança para cima do homem, ao som de uma música que parecia a incomodar muito.

    O crime abala a pacata e pequena cidade do interior de Nova York.

    A partir daí começamos a conviver com uma sensação de claustrofobia. Tanto por conta de Cora presa, até pelo que vai se revelando da história. O detetive Ambrose, começa a investigar, certo que aquilo não foi apenas um surto psicótico gratuito. Tem todo um motivo por trás, que vai nos sendo mostrado através dos episódios. Até mesmo nos flashbacks temos a sensação de sufocamento, concluímos então que a vida de Cora sempre foi uma prisão.

    The Sinner é uma minissérie que usa do mistério como um trampolim para uma história de abusos, religiosidades excessivas, traumas e temáticas muito dolorosas, para muitos não é uma série fácil de assistir, porém, eu achei interessantíssima até mesmo para quem está a criar filhos, uma reflexão sobre o que pode causar as pessoas os relacionamentos abusivos e dominadores entre familiares, que geralmente é uma coisa que não se aborda muito ainda. A opressão pode causar coisas que nem sequer imaginamos.

     

    Trailer:

    Para acompanhar a série, resolvi postar uma receita de ovos mexidos. Se Cora tivesse ficado em casa fazendo ovos mexidos, ao invés de ter ído a praia naquele dia, talvez tudo fosse diferente.

    Boa pedida para cafés da manhã de um sábado tranquilo, quando a gente quer dar um agradinho a mais a quem ama e a si mesmo.

    Essa receita é adaptada da de Gordon Ramsay, que acho o musoh do ovo mexido, porém, eu deixo ele passar um pouco mais no ponto – pq é assim que eu gosto.

    Ovos Mexidos

    Preparo: 15 min
    Cozimento: 15 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • 4 ovos
    • 2 colheres de sopa de manteiga
    • 2 colheres de creme de leite fresco
    • 1 galhinho de orégano fresco (opcional)
    • Sal a gosto
    • Pimenta do reino a gosto

    Modo de Fazer

    1. Em uma panela fria coloque os ovos e a manteiga. Só agora leve ao fogo brando e comece a mexer.
    2. Quando começar a esquentar retire do fogo, mexa. Volte ao fogo. E faça isso umas 3 vezes, retirando do fogo e mexendo, recolocando no fogo. Isso vai dar mais cremosidade a mistura.
    3. Adicione o sal e a pimenta
    4. Coloque o creme de leite e mexa mais um pouco.
    5. Acrescente o orégano e sirva com fatias de pão tostado
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    Cebola em Conserva & Vida

    Como podem ter notado faz algum tempo que não ando postando direito por aqui. Mas aí me pergunto: o que seria postar direito?

    Eu já tive muitos blogs, desde o tempo que deixei de ter agendas (alôoou adolescência anos 90) quando a era digital começou, eu tive meu primeiro blog. Depois existiram mais alguns, acho que uns 2 ou 3, alguns em conjunto com amigos, outros sozinha. Os meus blogs pessoais sempre foram como grandes desabafos e um modo de compartilhar experiências, referências, músicas, filmes, livros, poesia, bobagens, noites alcoolizadas ou tardes no Bom Fim.

    Hoje em dia eu sinto falta daquele formato, pois ele, além de trazer um grande alívio na alma, trazia amigos. Fiz muitos amigos através dos blogs. Amigos que saíram do virtual e vieram pra vida real. Eu dividi ap com pessoas que conheci pelo blog (O saudoso Ap da Osvaldo), eu conquistei amigos do peito, eu conheci gente de tudo que foi pedaço do Brasil (e também de fora). Não existia monetização de blogs. Não existia contagem de views para ver o quanto se podia ganhar com isso. Existia sim ir até o contador de acessos para ver de qual outro blog tinha vindo a visita, pra poder ir lá e agradecer. Conhecer. Compartilhar comentários.

    Um pouco de vida real

    O mundo digital era mais bonito quando não se importava em manter a beleza do seu blog/site pela quantidade de seguidores que ele poderia ter, mas sim por dar uma experiência bonita também aos olhos de quem vinha para ler o que você tinha a dizer.

    Não era preciso ter a melhor máquina fotográfica, fazer cursos de fotografia ou muitos fundos desfocados para ser reconhecido.

    Eu sinto falta da realidade, sintonia e liberdade dos blogs antigos.

    Acho que por isso que ando escrevendo pouco, me desmotivei. Talvez depois de todo esse desabafo eu volte, gostei de fazer isso. Sinceramente foi ótimo.

    Recentemente me mudei para uma casa e essa era a coisa que eu mais queria na vida. Achei que pela falta de tempo (devido as arrumações e adaptações) eu não tinha postado mais. Hoje pela manhã, analisando tudo isso, eu tive certeza que não.

    Cacau & Zen ~ Wa e Oli

    Um dos meus cães, o Wasabi foi operado de uma hérnia que surgiu do dia pra noite na semana passada. Eu compartilhei tal fato no Instagram, que é uma das únicas redes sociais que ainda me agrada. Foi tamanha a quantidade de energias positivas, comentários carinhosos e afagadores que recebi que fiquei pensando: é isso que é bom. É dessa interação que eu sinto falta, dessa coisa de amizade e não de ter mais e mais números para “agregar valor no camarote”.

    Mudar para uma casa me deu um gosto melhor na vida, me deu vontade de cozinhar mais, de poder plantar na terra, de ter vasos espalhados pelas muretas cheios de tempero. Meus cachorros de 2, passaram a ser 4. Eu e meu namorado finalmente conseguimos levar os cães dele também para morar com a gente, sendo assim ganhei mais dois filhos (enormes) de quatro patas.

    A vida anda sendo bem generosa para mim, apesar da grana curta, o amor é grande. E eu acho que no fim é isso que importa. O amor da gente com as pessoas, animais e com a natureza.

    O limoeiro, com Cacau ~ a nossa primeira flor

    Fato emocionante do momento: temos um limoeiro <3

    Por conta de tudo isso, resolvi acompanhar esse papo todo com uma receita de conserva de cebola. Tenho um alemão em casa que me fez pegar um certo vício por conservas, então, aprendi a fazer. Não, não quero concorrer com as da minha sogra, que são incríveis, mas a gente se esforça, né? Espero que gostem.

    Cebola em Conserva

    Preparo: 30 min
    Cozimento: 15 min
    Rendimento: 500 g

    Ingredientes

    • 1/2 kg de cebolas para conserva
    • 250 ml de vinagre de vinho
    • 250 ml de água
    • 1 1/2 colheres de sopa de sal
    • 25 ml de azeite
    • 2 dentes de alho
    • 2 folhas de louro
    • 1 colher de café de pimenta do reino (inteiras, sem moer)
    • 1 colher de café de pimenta calabresa
    • 1 colher de café de sementes de mostarda
    • 1 colher de café de orégano

    Modo de Fazer:

    1. Descasque as cebolas e leve para ferver em uma panela com água por 5 minutos. Desligue e escorra.
    2. Ferva todos os ingredientes: vinagre, água, azeite, sal, alho, louro e os condimentos escolhidos.
    3. Acomode as cebolas no vidro, coloque o liquido fervido em cima. Tampe bem.
    4. Em uma panela cheia de água leve o vidro para ferver, de cabeça para baixo por uns 30-45 minutos.
    5. Conserve em um local sem muita luz por uma semana, depois de aberto conservar na geladeira.
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    Pão de Queijo de Liquidificador

    Se tem uma coisa que eu vim fazer nesse mundo foi comer pão de queijo e rolinho primavera. São as duas coisas que me deixam muito feliz ao saboreá-las.

    No dia que vi esse vídeo em O chef & A Chata, canal da Lu Ferreira e Gui Poulain fiquei tentada a fazer a receita, já tinha experimentado uma quase igual, que vocês podem conferir nesse post, mas achei essa ainda mais fácil.

    Já fiz essa receita umas 500 vezes e acho sempre ideal naquelas manhãs que você não tem nada em casa para tomar café. Em meia hora terás uma bandeja cheia de pães de queijos cheirosos.

    Façam e depois me contem o que acharam!

    Pão de Queijo de Liquidificador

    Preparo: 15 min
    Cozimento: 30-40 min
    Serve: 20

    Ingredients

    • 2 ovos
    • 120 ml (1/2 xícara) de óleo
    • 300 g (2 xícaras) de polvilho doce ou azedo
    • 240 ml (1 xícara) de leite
    • 200 g de queijo canastra ralado (fiz com muçarela)
    • Sal

    Modo de Fazer:

    1. Assista ao vídeo acima
  • Beterraba em Conserva
    Receitas,  Salgados

    Conserva de Beterraba

    O uso de técnicas de conserva vem do final do século 18, onde foram utilizadas formas totalmente rudimentares e sem garantia de real conservação. Defumação, congelamento e secagem eram as formas mais usadas para conservar os alimentos na época. Alguns experimentavam conservar em açúcar ou em vinagre, mas nem sempre o alimento se adaptava a algum desses itens para se manter apto a alimentar pessoas.

    No início do século 19, com confeiteiro francês Nicolas Appert, depois de mais de 15 anos de experiencias, surgiu um novo tipo de forma de conservação. Ele acabou descobrindo que se colocasse os alimentos em garrafas grossas de vidro, enchesse-as com algum liquido, vedasse bem e fervesse em banho-maria, conseguia um tempo de vida maior para os alimentos. Tudo isso através de sua suposição baseada no vinho: tal bebida quando exposta ao ar acaba por estragar. Sendo assim, a comida estando fechada sem contato com o ar poderia se manter fresca. E foi o que aconteceu.

    Em 1802 Appert abriu sua primeira fábrica de conservas do mundo, situada em Paris. Contratou um vidraceiro e encomendou a ele garrafas com bocas mais largas, foi daí que surgiram os potes de vidros para conservas. Em 1810, publicou o livro “A Arte de Conservar Todas as Substâncias Animais e Vegetais”, onde ele descrevia o processo de conserva de mais de 50 alimentos.

    A teoria de Appert, sobre a conservação se dar por não estar em contato com o ar, foi derrubada quando, em 1864, Pasteur provou que pequenos seres vivos eram responsáveis pela deterioração dos alimentos. O que conservava realmente os alimentos por mais tempo, era a fervura que se dava nos vidros, a 63°C, por mais ou menos uma hora e meia, e assim matava o microorganismos e fazia com que aquele produto não estragasse tão facilmente. Esse processo recebeu o nome de pasteurização, devido ao nome de seu descobridor.

    O processo de conservação criado por Appert foi batizado de apertização e ainda é o mais utilizado em todo o mundo das conservas.

    Minha sogra faz uma conserva incrível de beterrabas, o que me motivou a fazer a minha própria. Depois de algumas tentativas frustradas (por pura ansiedade minha em “ver se já estava pronto”), consegui chegar a receita que deu super certo, vamos lá?

    Conserva de Beterraba

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 5 min
    Serve: 400 g

    Ingredientes

    • 500 g de beterraba descascada e cozida
    • 200 ml de água
    • 100 ml de vinagre de álcool
    • 40 g de açúcar
    • 6 g de sal
    • 2 folhas de louro
    • Grãos de coentro
    • 1 vidro limpo (aconselho a ferver o vidro por uns 15 minutos em água limpa antes de adicionar a conserva)

    Modo de Fazer

    1. Em uma panela coloque a água, o vinagre, açúcar e sal. Leve ao fogo.
    2. Assim que levantar fervura, apague o fogo.
    3. Acomode as beterrabas dentro do vidro, coloque as folhas e louro e os grãos de coentro.
    4. Preencha todo o vidro com o líquido.
    5. Feche bem e leve para ferver por uma hora e meia em água, com as boca viradas para baixo.
    6. Deixe esfriar e leve a geladeira.
    7. Em mais ou menos 5 dias estará pronta uma deliciosa conserva!