Salgados

  • Drama,  Salgados

    Corações em Conflito & Almôndegas de Frango com Catupiry

    Mammoth (título original) é um filme de 2009 do diretor suéco Lukas Moodysson, o mesmo de Para sempre Lilyla (que é um filme pra lá de difícil de ser digerido). Ele foi filmado em Nova York, Bangcok e Tailândia.

    Gael Garcia Bernal é Leo Vidales, um gênio da informática que cria jogos e é casado com Ellen, vivida pela nossa querida Michelle Williams. Os dois tem uma filha, Jackie, que está com 10 anos, tem uma mente criativa e é uma criança super carismática. Essa pequena família vive em uma aconchegante apartamento em Nova York e tem a ajuda eficaz da babá Glória (Marife Necesito), uma filipina que veio trabalhar nos Estados Unidos, deixando os filhos pequenos com a mãe, que vive nas Filipinas.

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    No início do filme, Leo embarca em uma viagem para Bangkok, onde assinará um contrato milionário de venda de um de seus jogos. Como todo gênio, não se adapta muito as tratativas comerciais e a incomodação dele com a parte burocrática da coisa é nítida.

    Enquanto isso, Ellen desempenha sua profissão de médica na emergência de um hospital em NY. Trabalhando sempre a noite, ela é obrigada a dormir de dia, o que nem sempre é uma tarefa fácil, já que a vida acontece mesmo à luz do sol.

    Devido a essas circunstancias a filha, Jackie, passa mais tempo com a babá do que com os próprios pais. A garotinha, que é uma apaixonada por Astronomia, também divide o tempo querendo aprender a língua do país de origem de sua então companheira de todas as horas Glória.

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    O diretor deixa claro algumas considerações sobre a vida, como a questão dos pais que trabalham demais e acabam tendo que deixar seus filhos sob o cuidado de outras pessoas. E essas outras pessoas, geralmente tem também filhos, que ficam com outras, para que elas possam trabalhar e garantir o sustento dos mesmos.

    Glória que tem dois filhos pequenos, deixados por ela com a avó, do outro lado do oceano, sofre tanto quanto Ellen, que passa mais tempo no hospital do que com a filha.

    Questões duras são retratadas no longa, como a prostituição infantil na Ásia, o abuso de poder das indústrias, a dor de pais e mães que são separados de seus filhos diariamente. É um filme para se pensar.

    Moodysson trata com muita segurança essas dores universais, ao mesmo tempo que coloca Leo em uma prova de fogo durante sua viagem, será que ele realmente está levando a vida de um modo certo? Será que viver em uma selva de pedra é o que ele quer? A família, as responsabilidades, o amor, será que resistirão às questões que são levantadas no momento que ele se sente realmente livre?

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    Vale a pena trabalhar tanto para conseguir um nível de vida melhor e, por outro lado, se ver longe da família, perdendo momentos importantes que passam e a pessoa nem viu? Ou ainda, sofrer um afastamento de identidade e apego pela falta de convivência que a vida atribulada gerou?

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    Bom, assistam o filme e tirem suas próprias conclusões e renderá boas discussões internas para pais sobre a educação de seus filhos e o tempo que dispensam para a vida em família.
    Hoje eu trago aqui para acompanhar o filme Almôndegas de Frango com recheio de Catupiry, mas por que? Porque eu acho que almôndegas tem todo um apelo familiar, é comfort food de alto grau e faz com que a gente se sinta mais em casa, mais próximos e felizes.

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    Almôndegas de Frango com Catupiry

    Preparo: 45 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • 1 peito de frango médio
    • 1 cebola pequena
    • 1 dente de alho
    • Pimenta do reino a gosto
    • Sal a gosto
    • 10 folhas de manjericão
    • 2 colheres de azeite de oliva
    • Requeijão Catupiry (pode usar algum outro tipo de requeijão que seja mais denso, cream cheese ou mesmo pedacinhos de qualquer outro queijo que derreta)

    Modo de Fazer

    1. Coloque no processador o peito de frango, triture um pouco. Em seguida coloque a cebola, o alho, o sal e a pimenta. Bata mais um pouco até que tudo fique unido. Junte o azeite de oliva e bata mais um pouco para incorporar. Com as mãos úmidas (é mais fácil, pq assim não vai grudar) pegue um pouco da mistura e abra um pequeno círculo. Coloque um pouco de catupiry e feche a bolinha. Leve ao forno em uma forma untada com azeite de oliva, por uns 20 minutos, em fogo médio. Rende mais ou menos 20 almôndegas, dependendo do tamanho. Espero que gostem =).
  • Ação,  Drama,  Salgados

    O Impossível & Frango Tailandês

    Henry, Maria e seus 3 filhos partem para uma viagem paradisíaca pelas praias da Tailândia, em férias. O que eles não sabiam é que aquela região seria atingida pelo pior Tsunami já visto nos últimos tempos. Em 26 de dezembro de 2004 uma enorme onda surgiu e foi levando tudo que encontrou pela frente. O filme é baseado em fatos reais, o que o deixa ainda mais tenso e arrebatador.

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    Os efeitos especiais superam todas as expectativas, são muito bem feitos e realistas. Por vezes chegamos a desviar os olhos da tela, tamanho horror que é visto. Não dá para imaginar o enorme sofrimento e pavor sentidos por aquela família (e tantas outras pessoas) no desastre.

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    Voltando a história do filme, Maria, Naomi Watts em uma atuação digna de um Oscar, acaba achando o filho mais velho, ainda muito feridos, temos uma sequência incrível em uma cena que beira o desespero, quando os dois são arrastados pelas águas e tentam ficar juntos de qualquer forma.

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    Entre galhos e milhares de objetos que se chocam contra os corpos deles, conseguem abrigo segurando em um tronco e logo saem da água. De cima de uma árvore observam todo o caos que o Tsunami causou.

    A força do filho é que leva Maria a prosseguir, o menino dá um show de atuação e o pequeno garoto consegue levar a mãe até um hospital, onde milhares de pessoas estão internadas e outras buscam notícias dos familiares.

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    Do outro lado temos um pai desesperado com seus dois outros filhos. Henry, vivido pelo nosso querido Ewan McGregor, está em uma busca incansável pela mulher e o filho. Entre hospitais e centros montados que estão cuidando dos feridos, ele vai perseguindo seu ideal que é juntar sua família novamente.

    Uma história real, de perseverança e amor que certamente vai te emocionar.

    Trailer:

    Para acompanhar o filme resolvi fazer uma receita de Frango Tailandês. Vamos a receita?

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    Frango Tailandês

    Preparo: 40 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • 500 g de peito de frango em cubos
    • 1 cebola em rodelas
    • 2 dentes de alho
    • 1 colher de sopa de curry
    • 1 vidro de leite de coco
    • 1 colher de gengibre fresco ralado
    • 1 pimentão vernelho em finas tiras
    • Pimenta a gosto (pode ser dedo de moça bem picadinha)
    • Sal a gosto
    • 2 colheres de sopa de azeite de oliva
    • Cebolinha

    Modo de Fazer

    1. Aqueça uma panela com o azeite e refogue o frango. Acrescente a cebola e o alho. Deixe dourar. Em seguida, coloque o curry, gengibre e o pimentão. Adicione o sal, a pimenta e mexa bem até que fique tudo incorporado. Deixe por mais uns 2 minutos no fogo baixo e adicione o leite de coco. Depois de alguns minutos o caldo se tornará mais denso, então apague o fogo e deixe descansar por alguns minutos. Na hora de servir, salpique com cebolinhas.
  • Drama,  Salgados

    Amour & Brócolis ao Forno

    Michael Haneke mora no meu coração. O diretor austríaco sempre foi conhecido por seus filmes um tanto quanto psicológicos e com histórias complexas. Ele sempre deixa uma coisa no ar, fazendo com que o espectador tire suas próprias conclusões. Haneke lança os dados e não explica. Ele apenas instiga o mais profundo pensamento de análise e crítica da vida.

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    – Tem muitas histórias que ainda não te contei.
    – Não me diga que irá arruinar sua imagem nessa idade?
    – Não aposte nisso.
    – E como é minha imagem?
    – Às vezes, você é um monstro.
    – Mas muito gentil.

    Foi surpreendente para mim ao assistir Amour, o novo filme dele, vencedor de nada mais que a Palma de Ouro em Cannes (e mais outros diversos prêmios mundiais – como no último domingo levou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro), pois é um filme claro. Absolutamente sem metáforas. O filme é cru, real, estático e maravilhoso.

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    A história mostra a vida pacata de um casal francês, já em idade avançada, filmando o dia a dia desses dois ex-professores de piano. Georges (E Jean-Louis Trintignant) e Anna (Emmanuelle Riva – de Hiroshima mon amour) em seu cotidiano mais simples, jantam, almoçam juntos, conversam sobre livros e notícias no jornal. Em uma manhã qualquer, estão os dois a tomar café da manhã quando Anna simplesmente entra em um estado parecido com um transe. Não há mudanças de expressão no rosto dela, ela não atende aos apelos do marido, esse já desesperado, molha a testa dela com uma toalha úmida e de repente ela volta a si. Foi nesse momento que uma obstrução silenciosa da carótida dela, a que levou a um derrame.

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    O filme segue com o desenvolver da doença, primeiro Anna fica com o lado direito paralisado, depois vai ocorrendo a degradação do corpo e mente, como é normal nesse tipo de enfermidade.
    George que por vezes tenta fingir que nada está acontecendo, ao mesmo tempo tenta confortar a mulher de todos os modos possíveis, sendo atencioso e preocupado. Ela, por sua vez, tenta levar a vida do modo mais normal possível para não deixar com que tudo vá por água abaixo.

    É um filme profundo e triste. Cenas que doem em nossos corações, como quando ele carrega ela em um abraço, quase uma dança, para fazer as coisas mais simples, do cotidiano, que nem nos damos conta que fazemos, pois é tudo tão no automático, que eu acho que só se dá conta de tudo que se faz, quando não se pode mais fazer isso sozinho.

    O filme começa pelo final. Então você passará o filme todo sabendo o que aconteceu, mas não sabendo como. Será que aquilo era mesmo o fim? O que será que realmente aconteceu? Ou seria para deixar-nos com uma sensação de total desesperança durante o decorrer da película?

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    Depois que o filme termina a sensação de que o amor é muito mais que apenas uma coisa bonitinha fica em sua mente por semanas. O amor é compaixão, companheirismo, respeito, auxílio, devoção. O amor verdadeiro é essa coisa que não vê limites quando se trata do bem estar do outro. O amor não tem interesses. O amor é redenção. Amour resume tudo que você já imaginou de bonito que pode existir entre duas pessoas. Pode ser doído, mas é até o fim.

    Dedico esse post a uma querida amiga que perdeu seu companheiro recentemente. E minha admiração por ela é como o amor que eles sempre terão: eterna.

    Para acompanhar o post, eu fiz um brócolis ao forno, porque brócolis é amor.

    BROCOLIS FORNO

    Brocolis ao forno

    Preparo: 30 min
    Serve: 2 porções

    Ingredients

    • 1 maço de brócolis
    • 3 dentes de alho
    • 1 cebola pequena picada
    • Azeite de oliva
    • Sal
    • Orégano
    • Pimenta do reino
    • Queijo parmesão 250 g de creme de ricota (pode usar requeijão ou cream cheese – o que vc mais gostar)
    • 250 g de creme de ricota (pode usar requeijão ou cream cheese – o que vc mais gostar)

    Modo de fazer

    1. Cozinhe os brócolis no vapor (eu costumo colocá-los em saquinhos plásticos próprios para microondas e cozinhá-los por cerca de 3 minutos). Em uma frigideira refogue a cebola e o alho no azeite. Quando estiverem dourados, acrescente os brócolis picados. Deixe cozinhar por mais uns 2 minutos, tempere com sal e pimenta do reino. Poderá montar o prato em um refratário só ou em 4 pequenos, assim servindo em porções individuais (que eu acho mais charmoso). Comece com os brócolis, adicione uma colher de sopa de creme de ricota, um punhado de queijo parmesão ralado e uma pitada de orégano. Forno por 15 minutinhos para dourar.
  • Comédia,  Romance,  Salgados

    It’s kind of a funny history & Hambúrguer de Bacon

    It’s kid of a funny history (2010) – traduzido no Brasil para “Se enlouquecer não se apaixone” – por que, eu penso, por que eles fazem essas traduções? Enfim….não se engane, nem se apavore, não é um tipo de filme como ”Se beber não case”. Vai muito, muito além disso.

    -Você gosta de música?
    -Você gosta de respirar?
    -Você está certa. Foi uma pergunta idiota.
    -Eu gosto muito do Radiohead,Pixies, T. Rex.
    -O que mais?
    -Você já viu ao vivo?
    -Eu vi Radiohead e Pixies.
    -Legal.
    -Então…
    -Vampire Weekend está fazendo um show no final deste mês.
    -Quer ir? -Sim, eu quero.
    -Com você, certo?
    -Não, com Solomon.
    -Sim, comigo.

    It's Kind of a Funny Story

    Com um roteiro cuidadoso a história começa com o jovem Craig (Keir Gilchrist) pensando em se suicidar. Uma coisa chocante para seus apenas 16 anos. Imaginando o que sua família iria pensar, ele resolve recorrer a um médico. Depois de uma consulta inicial, ele é internado na Ala Psiquiátrica do Hospital. Como não há mais vagas onde ficam os adolescentes, ele é colocado junto com os adultos.

    O filme tem muita profundidade nos diálogos entre Craig e seu novo amigo Bobby vivido pelo excelente Zach Galifianakis. Mais uma vez temos um filme que parece de temática adolescente apenas, como no post que falamos de “As vantagens de ser invisível”, porém, sempre aprendemos algo com o que é visto aqui. Desde os encantos e desencantos do amor, até o valor que damos as amizades, tanto as novas quanto as antigas.

    A convivência dentro do hospital, faz com que Craig comece a ver a vida de forma mais leve, exigindo menos de si mesmo e aproveitando as pequenas delícias da vida lá fora. Ao conhecer a bela Noelle, com uma curiosa camiseta “I hate boys”, ele começa a perceber que o amor platônico sentido pela namorado do melhor amigo, pode não ser o tal do verdadeiro amor. Identificações começam a aparecer e acabam por construir um belo romance.

    Praticamente o primeiro amor. Emma Roberts, que dá vida a Noelle surpreende como atriz, revelando uma personagem que tem um passado triste, mas que está em pleno estado de recuperação e vê em Craig uma força a mais para continuar.

    Destaque para o esforço de Craig em tirar seu colega de quarto da solidão. A parte final do filme foca bem nesse tema e deixará você sorrindo sem parar em frente da tela. É bonita demais a doação que existe naquele garoto.

    Eu sei que é ridículo, mas, sei lá.
    Pule de qualquer maneira.
    Respire.
    Viva.

    Trailer:

    Assistam enquanto comem um hambúrguer – passo a receita para vocês a seguir.

    Hambúrguer com Bacon

    Preparo: 60 min
    Serve: 4 un

    Ingredientes

    • 600 g. de carne moída de sua preferência
    • 1 cebola bem picadinha
    • 2 dentes de alho
    • Salsinha picada
    • Sal a gosto
    • Pimenta do reino a gosto
    • 200 g de bacon em fatias finas
    • Maionese
    • Mostarda (opcional – aqui em casa: obrigatória)
    • Alface americana
    • 4 fatias de queijo (usei muçarela)
    • 4 pães para hambúrguer

    Modo de Fazer

    1. Em um recipiente junte a carne moída, a cebola, o alho amassado, sal e pimenta. Misture bem. Deixe tomar gosto por uma meia hora. Separe a carne em 4 partes e molde os hambúrgueres.
    2. Em uma frigideira pré-aquecida (de preferência anti-aderente) coloque um fio de azeite e deite os hambúrgueres. Deixe por uns 3 a 4 minutos de cada lado, conforme o ponto desejado.
    3. Coloque o queijo em cima e abafe com uma tampa, para que ele derreta por completo.
    4. Em outra frigideira, coloque as fatias de bacon para tostar. Não é preciso colocar nenhum tipo de óleo ou azeite, pois o bacon já tem gordura suficiente para fritar sozinho. Após dourá-lo de ambos os lados, coloque-os em cima de papel toalha, para que enxugue bem a gordura remanescente e fique sequinho e crocante.
    5. Hora de montar os lanches, corte os pães ao meio, passe uma camada de maionese em ambos os lados, acomode o hambúrguer, a alface e algumas fatias de bacon.
    6. Adicione os condimentos que mais gostas (mostarda, ketchup, etc), pegue uma boa cerveja e desfrute desse momento junk-food sem a menor dor na consciência possível. Bom apetite =).
  • Drama,  Salgados

    Flores do Oriente & Frango Xadrez

    Já é público e notório que eu sou apaixonada pelo Cinema Asiático. Acho interessante como eles conseguem mostrar os sentimentos de maneira tão absolutamente incrível.

    E assim se fez no filme que falaremos hoje, do querido diretor chines Zhang Yimou, já conhecido por seus dois filmes mais famosos “O clã das adagas voadoras” e “Herói”. Flores do Oriente contou com a participação do incrível Christian Bale no elenco, acredito que para ter maior alcance mundial, pois geralmente não temos atores de outras nacionalidades em produções chinesas. O filme, baseado no livro de mesmo título da escritora Yan Gelling (que foi também a roteirista do filme), teve o maior custo de produção do cinema chines. Cerca de um milhão de dólares.

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    “No outono de 1937, tendo conquistado Xangai…
    os japoneses voltaram os olhos para a capital chinesa, Nanquim.
    Estabelecendo um capítulo negro na história da humanidade…
    mais de 200 mil pessoas perderam a vida…
    em uma impiedosa batalha pelo controle da cidade.
    Sob terríveis condições, pessoas comuns lutaram pela sobrevivência.”

    Bale é John Miller, um agente funerário que foi enviado a China para enterrar um padre em plena tomada do país pelo Japão. Ao chegar ao convento, encontra 13 meninas que ali estudavam. Adolescentes chinesas que estão agora a mercê do exército japonês. No início desse encontro John se monstra amistoso com as regalias, bebidas e conforto que o convento oferece. As coisas começam a se abalar quando um grupo de prostitutas, fugidas do prostíbulo da cidade, invadem o convento em busca de abrigo. As 12 belas mulheres e as meninas entram em alguns conflitos durante o período inicial do filme, pois temos meninas criadas sob uma religião e mulheres ‘da vida’ convivendo no mesmo espaço.

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    A guerra em si é mostrada com muita veracidade por Yimou. As sangrentas batalhas, onde os japoneses são mostrados na sua máxima crueldade são constantes. Até hoje há uma rixa entre os dois países por conta dessa guerra. O exército japonês não poupava ninguém, seja uma doce menina, uma mulher na rua ou qualquer passante. Todos eram eliminados, muitas vezes, com requintes de crueldade.

    A cada minuto passado, vamos nos emocionando com aquelas meninas tão frágeis e a saga desse homem, que estava ali apenas por acaso e que toma pra si a vida de todas essas pessoas em busca de uma fuga ou libertação. É interessantíssimo como é possível retratar a doação do ser humano em prol dos outros em um momento de tamanha tensão, como a guerra.

    Bale surpreende o expectador com uma atuação digna de um mestre, ao defender o convento e todos que ali estavam, tentando ser mais forte que toda a explosão da guerra e os traumas que isso iria deixar.

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    Confesso que fiquei com o coração na mão e muitas lágrimas nos olhos. Os filmes orientais tem esse dom, de nos emocionar, ensinar e fazer com que compreendamos melhor que a vida é muito mais que apenas uma porção de dinheiro ou pensar só em si mesmo. Se doar pelos outros, abraçar uma causa, defender-se de uma guerra (mesmo que metaforicamente) não é algo para qualquer um. Mas deveria ser.

    Frango Xadrez

    Preparo: 60 min
    Serve: 4

    Ingredientes

    • 500 g de peito de frango cortado em cubos
    • 2 cebolas em cubos
    • 1 pimentão verde em cubos 1 pimentão vermelho em cubos 1 pimentão amarelo em cubos
    • 200 g de champignon
    • 2 dentes de alho
    • 1/2 xic. de shoyu
    • Azeite de oliva (cerca de 2 colheres)
    • Sal a gosto
    • Pimentas pretas moídas 1 colher de sopa de maizena diluída em 1/2 xíc. de água
    • 1 colher de sopa de maizena diluída em 1/2 xíc. de água

    Modo de Fazer

    1. Em um panela aqueça o azeite de oliva e refogue o frango até ficar bem corado. Em seguida adicione o alho e a cebola. Deixe dar uma corada de leve, pois tudo tem que ficar crocante. Coloque os pimentões e por último os champignons. Tempere com o sal, a pimenta do reino e por fim regue com o shoyu. Deixe cozinhar por uns 5 minutos, mexendo no meio do tempo. Quando os vegetais estiverem cozidos, mas ainda al dente, coloque a maizena que foi diluída na água e mexa bem por mais 1 minuto. Terás então um caldo mais grosso e brilhante. Está pronto. Sirva com arroz branco ou com o acompanhamento que preferir.
  • Menu Varietà,  Salgados

    Medalhões de Filé Mignon & Valentine’s Day

    Fevereiro começando e, como de costume, vamos fazer uma Postagem Coletiva homenageando o senhor Valentin. É tempo de amor e Valentine’s Day aqui no Cozinha em Cena e nos outros blogs amigos.

    Em 14 de fevereiro se comemora, em grande parte do mundo, o Dia de São Valentin mais conhecido como Dia dos Namorados. Para isso, além da troca de presentes e cartões que costuma-se fazer com o bem amado, porque não acompanhar tudo isso de um belo jantar, café da manhã ou uma sobremesa romântica e acolhedora? É pra isso que estamos aqui, para te dar idéias.

    No Fica, vai ter sobremesa: Mini Cheesecake de Laranja
    No Culinarístico: Iogurte de Ricota e Mel
    No Cupcakeando: Cupcakes Red Velvet

    Darei também uma dica de filme para que você assista e se está solteiro, se inspire. Se está namorando fique com os olhinhos cheios de corações para seu par e se não está nem aí para nada, apenas sorria e ache o amor bonito. Por que ele é bonito, em todas as formas, até quando é triste, é belo!

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    Valentine’s Day é um filme gracinha. Sabe aquelas comédias românticas bem bobas? Ele é assim. Nada que não faça seu coração se encher de amor. Com um elenco bem conhecido o filme mostra todos os tipos de amor e a incrível arte de aceitar as diferenças e continuar uma relação, ou ir embora e deixá-la pra trás. Fala do amor de mãe pra filho, do aluno com a professora, de amigo, entre pessoas que não tem nada a ver umas com as outras. No fim de tudo, ele me lembrou muito “Simplesmente Amor”, só que inferior. É um bom filme para distrair a mente e dar uma meia dúzia de risadas. Leve e com várias histórias de personagens que se cruzam de alguma forma. Acho que é uma boa pedida para assistir depois do jantar, comendo um doce ou um cupcake.

    Bom, eu preparei para hoje uma receita para o jantar. Já que é um dia especial, a comida tem que ser diferente também, não acham? Se você está com preguiça de tudo isso, também pode fazer uma tábua de frios, pão italiano, um bom vinho e pronto! Mas se gostas de preparar coisas na cozinha, vem comigo e faça esse filé que certamente vai surpreender o ser amado.

    Medalhões de Filé Mignon com Mix de Cogumelos e Mostarda em Grãos

    Preparo: 30 min
    Serve: 2 porções

    Ingredients

    • 4 medalhões de filé mignon
    • 2 dentes de alho
    • 1 pacote de Mix de Cogumelos (geralmente são 200 g)
    • 2 colheres de chá de Mostarda Dijon
    • 1 colher de sopa de mostarda em grãos 200 ml de creme de leite fresco 1 colher de sopa de manteiga Sal a gosto Pimenta do reino a gosto
    • 200 ml de creme de leite fresco 1 colher de sopa de manteiga Sal a gosto Pimenta do reino a gosto
    • 1 colher de sopa de manteiga Sal a gosto Pimenta do reino a gosto
    • Sal a gosto Pimenta do reino a gosto
    • Pimenta do reino a gosto

    Modo de Fazer

    1. Tempere o filé com sal e pimenta, de ambos os lados. Esquente uma frigideira (de preferência anti-aderente) e coloque um pouco de azeite e meia colher de manteiga. Quando estiver quente, sele os filés de todos os lados. Depois disso, em um refratário, leve ao forno aquecido por uns 10 minutos se quiser ao ponto. Se quiser mal passado, por 5 ou bem passado por 15. Enquanto isso vamos aos cogumelos. Na mesma frigideira que selou os filés, acrescente a manteiga restante e doure o alho. Adicione o mix de cogumelos e deixe cozinhar por uns 5 ou 6 minutos. Eles devem ficar crocantes. Em seguida, coloque a mostarda Dijon, os grãos, um pouco de sal e por fim o creme de leite. Mexa até que tudo esteja incorporado. Reserve. Arrume em um prato algumas folhas de rúcula e acomode 2 medalhões de filé. Regue com o creme de cogumelos, decore com alguns grãos de mostarda e está pronto. Sirva em seguida.
  • Drama,  Romance,  Salgados

    A un metro de ti & Escondidinho com Purê de Couve-flor

    “A un metro de ti” é um filme chileno de 2007. Temos aqui o ator Fele Martínez já mais velho (o eterno Oto de “Os amantes do círculo polar”, de Julio Medem, que também vimos dirigido por Almodóvar em “Má educação” e “Fale com ela”), é muito bom vê-lo amadurecido e cada vez mais competente atuando. Comecei a assistir esse filme sem nenhuma pretensão culinária, muito menos sentimental. Nos primeiros 10 minutos já estava completamente conquistada pela história.

    A cozinha popular é a base de tudo.
    Esta é a nossa história.
    Um país pode ser entendido por sua comida, suas misturas.
    O que seria da omelete espanhola sem a batata chilena?
    Estes chefes de revista que repetem receitas estragam tudo.
    Como podem querer que exista apenas um molho à bolonhesa?
    Se deve haver um em cada casa bolonhesa.
    Se realmente for de lá mesmo.
    E além do mais todos cozinham de maneira diferente.
    Por que cozinho com a alma e nunca estamos do mesmo jeito.
    Nenhum dos meus pratos saem iguais.
    Depende de como eu me sinto.

    O filme inicia no dia da inauguração do metrô de Santiago. Duas crianças se perdem dos pais. O rapaz que trabalha no administrativo do trem resolve tirar uma foto delas pra imortalizar o momento: as primeiras crianças que se perderam na estação. Essa foto acaba nos jornais. E é esse recorte que Sebastián guarda com ele até hoje. Ele era o menino da foto.
    No momento atual, Sebastián é um cozinheiro, ele comanda um restaurante pequeno e agradável no centro da cidade, que carece de lugares assim, como a casa da gente. Achei sensacional o nome do lugar: “Alioli” (alho & óleo) – não é uma queridice?

    Sebastián prima pela comida honesta, caseira, saborosa. O restaurante serve um prato do dia,conforme há disponibilidade no mercado e o valor que se tem em caixa. As coisas não vão muito bem.
    A namorada e sócia dele é uma chef de cozinha que trabalha no ramo de Hotelaria. Existe um abismo entre os dois, talvez pelos ideais serem opostos, ele com a cozinha caseira, ela com a industrial.

    Em um belo dia, ele está indo jantar na casa dela, dentro da bolsa carrega uma garrafa de azeite que o pai lhe mandou da Espanha. Era um presente pra ela. Uma moça deveras abalada esbarra nele no meio do metro, a bolsa cai e a garrafa quebra. Gentilmente, ele pergunta se ela está bem. Ela começa a chorar, porque naquele dia perdeu o emprego e a vida dela está um caos. Nesse momento ele entrega a ela um panfleto do restaurante e a convida para aparecer qualquer dia, para almoçar por conta da casa.

    Minha vida está muito complicada.
    E não quero complicar a vida de ninguém.
    Isto é igual a andar de metro.
    Se sempre faz o mesmo trajeto não sabe onde se perde.
    Eu quero dar um tempo e saber que linha devo tomar.

    Nos próximos dias ela acaba indo ao centro e vai almoçar com uma amiga no simpático restaurante. Começa ali uma amizade que vai levando a outra coisa. Ele convida ela para trabalhar ali, pois odeia a parte burocrática do negócio. Ela aceita. Ela se separa. Ele já está com um relacionamento abalado. E assim continua a história das duas crianças que se perderam na estação do trem.

    Não entendo o sol de agosto em seus pés,
    não entendo os olhares para trás.
    Se quando nos cruzamos ao voltar…
    Estamos cada vez mais próximos do amor.
    Não entendo as migalhas sobre a mesa.
    Não entendo as distâncias do querer.
    Se quando parecemos distantes…
    estamos cada vez mais próximos do amor.
    E cada vez mais perto…

    Para o filme de hoje eu fiz um Escondidinho de carne com purê de couve-flor. É aquela coisa do filme: vá para cozinha e prepare algo com o que você tem no dia. Era o que eu tinha e acabou saindo uma refeição no maior estilo comfort food. Se você nunca fez purê de couve-flor, vai se encantar com o sabor suave que ele tem. Combina muito com tudo e ainda por cima é super saudável. Vamos lá?

    escondidinho couve flor

    Escondidinho de Carne com Purê de Couve-flor

    Preparo: 40 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • 1/2 couve-flor
    • 3 colheres de sopa de creme de leite
    • 1/2 cebola pequena picadinha
    • 1 dente de alho
    • Sal a gosto
    • Noz moscada
    • 300 gr. de carne de sua preferência (usei alcatra)
    • 1 xíc. de água fervente
    • 2 colheres de azeite de oliva
    • 1/2 cebola picadinha
    • 1 dente de alho
    • 1/2 pimentão amarelo em finas tiras
    • 10 tomatinhos cereja
    • Sal a gosto Pimenta do reino a gosto
    • Salsinha picada Queijo parmesão ralado
    • Queijo parmesão ralado

    Modo de Fazer

    1. Primeiro faça a carne dourando bem em azeite de oliva. Quando estiver bem coradinha, coloque a cebola e o alho. Refogue por uns 2 minutos. Junte o tomate e a água e deixe cozinhar em fogo baixo até que a carne esteja bem molinha, quase desfiando (cerca de 20-30 minutos, dependendo da carne que usarás). Quando estiver no ponto, adicione os pimentões e deixe por mais alguns minutinhos. O caldo também já deve ter diminuído um pouco. Adicione a salsinha picada e reserve. Para você fazer o purê comece colocando em uma panela com água fervente a couve-flor, até que ela amoleça. Em uma frigideira pequena, doure o alho e a cebola. Escorra a couve-flor, deixe que esfrie por alguns minutos. Em um processador de alimentos (ou no liquidificador) coloque a couve-flor e triture até conseguir uma consistência cremosa. Adicione a cebola e o alho já refogados anteriormente. Agora é a vez do sal e o creme de leite. Bata mais umas vezes até que se transforme em um purê. Comece a montagem dos escondidinhos, pegue dois ramequins ou panelinhas pequenas (foi o que usei) e coloque a carne. Em seguida adicione o purê e finalize com o queijo ralado e noz moscada ralada. Leve ao forno pré-aquecido a 180º até que o queijo derreta. (cerca de 15 minutos)