Doces

  • Doces,  Drama

    Mary and Max & Nega Maluca

    O australiano Adam Eliot assina a direção e criação dessa belíssima animação que é Mary and Max. Toda feita de massinha, ela nos transporta para o mundo vivido por Mary uma menina solitária, de 8 anos, moradora da Austrália, que resolve abrir a lista telefônica, apontar o dedo em um nome e escrever uma carta para essa pessoa.

    (…) ele disse que eu teria que aceitar a mim mesmo, meus defeitos e tudo o mais e que nós não escolhemos nossos defeitos, eles são parte de nós e nós temos que viver com eles. Mas nós podemos escolher os nossos amigos e eu fico feliz por ter escolhido você.

    Essa pessoa era Max, um gordinho também solitário, morador de Nova York. Com a carta, Mary manda uma barra de chocolate e uma pergunta: “De onde vêm os bebês nos Estados Unidos”?

    mary_and_max1

    Baseado em uma história real, essa primeira carta iniciará uma amizade e uma série de correspondências que durará 10 anos. Quem nunca teve um amigo assim?

    Deus nos dá familiares. Ainda bem que podemos escolher nossos amigos.

    E o que esses dois tem tanto em comum? Uma forma depressiva de encarar a vida. Sendo assim, um começa a se tornar o consolo do outro com relação a vida. Das conversas mantidas nas cartas, falam de amor, da sociedade, da família, solidão, suicídio, alcoolismo, obesidade e a depressão. Max era um chocólatra assumido e era portador de Síndrome de Asperger – uma espécie de autismo – além disso gostava muito de cachorro-quente. Com seus 160 kg, o judeu nova-iorquino mora com um gato que faz o que bem entende e um peixe que vira e mexe morre e é substituído por outro, sempre usando o mesmo nome.

    mary_and_max4

    Uma troca incrível é vista nessa amizade que não tem meio termo: Mary e Max conversam das mais diversas coisas abertamente e ao longo dos anos vão conseguindo se manter de pé devido a isso. Mary está virando uma mulher e ele envelhecendo. Porém, a pureza e o profundo e sincero sentimento que há entre eles, só aumenta. É como aquela velha história de você poder conversar com alguém sem nenhum tipo de barreira ou sigilo, você simplesmente pode ser você.

    A fotografia é um caso a parte no longa: para o mundo de Mary temos tons marrons, já que era a cor preferida da menina, para o mundo de Max, temos os cinzas e pretos de uma grande cidade. As coisas que selam a amizade dão cor a história, como o desenho que Mary manda pra Max que fica colorido e uma toca para ele colocar em cima do quipá, aparece com o pompom vermelho.

    mary_and_max3

    Com essas pequenas simbologias, Eliot quer nos mostrar como a vida pode ficar colorida quando temos um amigo ao nosso lado. Ela fica mais leve, mais fácil de ser levada.

    Bem longe de ser uma animação para crianças, Mary and Max tem tamanha profundidade que você termina de vê-la e fica dias e mais dias pensando nisso. Posso até de dizer que anos. Ou até arrisco falar que você nunca vai esquecer esse filme.

    Trailer:

    Mary e Max amavam chocolate. Por isso hoje, trago junto a esse filme uma receita que me remete a amizade, que é uma Nega-maluca que aconchega os corações, com cobertura de leite condensado (também uma das coisas que Mary amava comer).

    Vamos nessa?

    nega maluca

    Nega Maluca

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 40 min
    Serve: 4

    Ingredientes

    • 3 ovos
    • 2 xíc. de farinha de trigo
    • 2 xíc. de açúcar
    • 1 xíc. de chocolate em pó
    • 1 xíc. de óleo (usei de coco)
    • 1 xíc. de água fervente
    • 1 colher de café de bicarbonato de sódio 1 colher de sopa de fermento em pó
    • 1 colher de sopa de fermento em pó
    • Cobertura: 1 lata de leite condensado
    • 4 colheres de sopa de creme de leite
    • 4 colheres de chocolate em pó Confeitos para decorar.
    • Confeitos para decorar.

    Modo de Fazer

    1. Pré-aqueça o forno a 180º.
    2. Peneire em uma tigela a farinha de trigo, o açúcar e o chocolate em pó. Misture tudo formando uma ”farinha” só.
    3. Bata os ovos até dobrarem de volume e ficarem espumosos. Adicione o óleo e um pouco da água, vá adicionando aos poucos a farinha, batendo bem. Vá colocando o restante de água e farinha até que termine. Coloque o bicarbonato e por fim o fermento em pó.
    4. Leve ao forno por aproximadamente 40 minutos.
    5. Cobertura: Cozinhe na panela de pressão o leite condensado contando 30 minutos quando iniciar a fervura. Deixe esfriar bem a lata para abrir. Misture o creme de leite e o chocolate em pó e adicione o leite condensado. Mexa bem até que fique tudo bem misturado. Espere o bolo esfriar, passe a cobertura e salpique com os confeitos.
  • Doces,  Séries & TV,  Suspense

    Bates Motel & Panquecas Americanas

    Norma Bates, depois da morte de seu marido, resolve ir embora para uma cidadezinha do interior com o filho mais novo, Norman. Lá eles compram um antigo hotel de beira de estrada e então está feito o começo da primeira temporada de Bates Motel.

    Todos parecem felizes nos filmes em preto e branco. Até os vilões são mais felizes.

    Agora estamos na segunda temporada, com terceira já confirmada, então se você ainda não assistiu se jogue e comece agora!

    bates-motel2

    Bates Motel é inspirado no clássico filme Psicose de Alfred Hitchcock. Diante disso, temos Norman, vivido pelo genial jovem ator Freddie Highmore (lembram dele em Toast?) – que deve estar fazendo Anthony Perkins aplaudir lá de cima a atuação – é um menino que apresenta certos comportamentos psicóticos e problemáticos, sempre muito apegado a mãe (Norma – aqui protagonizada pela excelente Vera Farmiga), entre um surto e outro de esquizofrenia os episódios vão contando cada vez mais os mistérios que rondam aquela família.

    bates-motel4

    Com um ar soturno e o velho gostinho de uma trama policial, aliados com doses de suspense o idealizador da série Anthony Cipriano vai nos conduzindo pelos quartos do velho hotel, surgindo a cada episódio novos personagens e tramas.

    Assassinatos, corpos enrolados em carpetes, no porta-malas, um xerife enigmático (nosso pra sempreforevahquerido Ricarduuusss de Lost – Nestor Carbonell), amores adolescentes, entre outras dezenas de coisas fazem de Bates Motel uma série que você espera o próximo episódio ansiosamente a cada semana.

    bates-motel3

    Para acompanhar a série eu recomendo Panquecas Americanas. Porque a cozinha de Norma é um local onde sempre rola um café da manhã bacana para seu querido filho e, onde também, temos algumas cenas bem chocantes. A cozinha é parte importante em Bates Motel.

    Então aproveitando o dia das mães que se aproxima, deixo aqui essa receita para vocês fazerem para suas mães no domingo. E gritem MOTHERRRRRR no maior estilo Norman, só pra dar umas risadas. Sabe como é, é preciso manter o bom humor e alegria aos domingos. A todas as mães desejamos um Feliz dia das Mães!

    norman-bates

    Dica:

    Lá no Culinarístico tem uma outra receita para vocês se inspirarem para o dia das mães: Mini Bolo de Cenoura com Óleo de Coco!

    panqueca americana

    Panquecas Americanas

    Preparo: 30 min
    Cozimento: 15 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • 1 xícara de leite
    • 1 ovo
    • 1 xícara de farinha de trigo
    • 1 colher das de sopa de manteiga derretida
    • 1 colher das de sobremesa de açúcar
    • 1 pitada de sal
    • 1 colher das de sopa cheia de fermento em pó

    Modo de Fazer

    1. Bata o ovo, adicione a manteiga derretida, o açúcar e o leite. Vá adicionando a farinha aos poucos e mexendo. Por fim coloque o fermento. Aqueça uma frigideira com um bom anti-aderente e coloque um pouquinho de manteiga, deixe derreter e coloque uma porção de massa. Quando começar a formar pequenas bolhas na superfície vire. Deixe por mais um minuto e coloque em um prato. Faça isso até o final da massa.

    Obs:

    Sirva com Maple Syrup ou mel. Frutas também serão bem vindas para combinar.
  • Doces,  Séries & TV

    Girls & Pudim de Baunilha

    Girls é mais uma série da HBO, que conta a história de Hannah e suas 3 amigas, garotas de seus 20 e poucos anos que vivem em Nova York.

    Sabe qual é a parte mais estranha de ter um trabalho? Você tem que estar lá todo dia, mesmo nos dias em que você não está a fim. – Jessa

    Protagonizada por Lena Dunham (que também é a criadora da série), Hannah é uma garota desajeitada, egocêntrica, mas ao mesmo tempo sonhadora, junto dela temos Jessa é vivida por Jemima Kirke aquela amiga louca, meio hippie, que faz a doida no meio de eventos familiares e tem um certo descontrole emocional (quem não?). Allison Williams é Marnie, que na primeira temporada divide ap com Hannah e são tipo BFF (bestfriendsforever) e Zosia Mamet é Shoshanna, a mais estudiosa, tem uma obsessão por livros e conceitos de auto-ajuda e é prima de Jessa, com quem divide um ap.

    girls-hbo-(2)

    Você deve estar pensando: mas deve ser uma coisa meio bobinha, só girando em torno de meninas moradoras da Big Apple em suas vidas pós-faculdade. Não. Minha gente, estamos falando em dar gritos histéricos quando várias situações lembram algumas que você já passou. Ou está passando. Girls é aquela coisa que tens com suas melhores amigas. Girls é a busca do emprego, ir morar sozinho, as responsabilidades da vida adulta.

    Girls é terminar e recomeçar relacionamentos, é descobrir que o ex-namorado é gay, é cheia de papos e frases que te fazem pensar. Girls é aquela amiga egoísta que tem e que mesmo assim você ama. Girls é dor de algum trauma de infância, é ter um TOC, é viver longe da família ou descobrir que seus pais ainda transam.

    girls-hbo-(1)

    Além de todo esse elenco feminino ainda temos Adam Driver que vive: Adam o namorado de Hannah. No começo vamos implicar com ele, sim, ele é o tipo de cara fanfarrão, que pega mas não se apega e vive em um mundinho só dele, em um apartamento bagunçado pra caramba, onde além de fazer marcenarias, ainda se exercita nas horas vagas. Porém, avisarei: a mudança de Adam a partir da segunda temporada faz com que você queira namorar com ele. Eu <3 Adam, para mim é o melhor personagem da série.

    Nessas idas e vindas da vida, ainda temos Charlie (Christopher Abbott), namorado de Marnie. Ray (Alex Karpovsky), amigo dos guris e que depois namora uma das amigas e vira e mexe aparecem novos personagens, para alguns episódios e novas histórias.

    girls-hbo-1

    Tem pais, tem mães doidas, namorados malucos, queridos, vizinhos totalmente nonsense, cafés, bares, NY, amores e desamores. Girls te diverte e te faz chorar.

    Encerrada agora no final de Março a 3ª temporada, ela tem em média 10 episódio de meia hora cada por temporada. Ou seja, é bem dinâmico e não enjoa. Na verdade, você fica ansiosa pelos próximos eps, já que é uma história contínua e não uma por capítulo. Pegue esse feriadão sem nada pra fazer, se joga na cama com pipocas e bolinhos de chuva e assista Girls, depois me conta o que achou.

    Eu não tenho grandes conexões entre a receita de hoje e a série. Na verdade eu queria mesmo era combinar Girls com uma outra coisa que gosto muito: Pudim! Esse pudim eu fiz no dia do meu aniversário (6 de abril), troquei a ideia normal de tal data onde se costuma comer bolo, por alguns mini-pudins. A receita eu vi no blog Cozinhando para 2 ou 1 e como eu adoro pudim SEM furinhos, resolvi fazer. Vamos a receita? Ele rendeu 4 ramequins pequenos, se quiser fazer em uma forma grande, dobre a receita. Ou triplique, dependendo do tamanho da sua fome (ou família).

    Pudim de Baunilha

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 40 min
    Serve : 4 porções

    Ingredientes

    • 1/2 xícara de açúcar
    • 1/4 xícara de água bem quente
    • 1 1/2 xícara de leite
    • 3/4 xícara de leite condensado
    • 1 ovo + 1 gema
    • 1 fava de baunilha

    Modo de Fazer

    1. Coloque o açúcar em uma panela com fundo grosso e espere caramelizar. Não mexa com nenhum tipo de utensílio até que ele esteja completamente ”derretido”. Quando estiver de uma cor ambar linda, você adiciona a agua. Agora sim pode mexer com uma colher. Espere todo o caramelo se incorporar a água e se transformar em uma bela calda. Coloque ainda quente nas forminhas (ou na formona) espalhe e leve a geladeira por alguns minutos para endurecer um pouco, evitando assim que o caramelo se misture com o pudim. Nesse momento ligue o forno a 180º para que ele vá aquecendo.
    2. Vamos ao pudim agora: dissolva o leite condensado no leite. Sem bater, apenas envolvendo uma coisa na outra (lá no Cozinhando para 2 ou 1, a Luciana explicou que esse é o segredo para não termos furinhos. Achei lindo. Junte a mistura o ovo e a gema (eu peneirei as duas gemas para evitar o cheiro de ovo). Misture delicadamente mais uma vez. Adicione as raspas de uma fava de baunilha.
    3. Coloque então esse creme nas forminhas e cubra cada uma com papel alumínio. Em uma outra forma acomode as forminhas e adicione agua quente para o banho-maria. Leve ao forno por 45 minutos a 180º. Deixe esfriar e gelar completamente antes de desenformar. Por uma vida mais doce <3
  • Doces,  Drama

    Detachment & Bolinhos de Chuva

    Detachment, no Brasil: “O Substituto”, é um filme dirigido por Tom Kaye, o mesmo de “A outra história americana”, que é um dos meus filmes favoritos, quem poderia esquecer aquele belo papel de Edward Norton como o nazista/racista e que depois demonstra tamanho arrependimento e luta para que o irmão não trilhe o mesmo caminho? Kaye consegue construir cenas tão profundas e impactantes, além de sempre explorar assuntos polêmicos e que vão intrigar o telespectador, que começará a se indagar sobre a sua própria vida e como se comporta perante a sociedade.

    E nunca me senti tão profundo e ao mesmo tempo tão alheio de mim e tão presente no mundo.
    (Albert Camus)

    Eu gosto de analisar o título orignal dos filmes, porque na real, temos tanta diferença quando eles chegam por aqui, que é assustador. Mas já falei disso outras vezes e minha pequena revolta sobre os tradutores. Na realidade a culpa não é dos tradutores e sim das produtoras, que procuram o título mais chamativo e comercial, para que possa ”vender” mais. Enfim, “Detachment” traduzindo literalmente, quer dizer: Indiferença, desapego. E temos então para nossa língua “O Substituto” – pois a personagem de Adrien Brody é um professor substituto. Humrum.

    DETACHMENT1

    Bom, voltando ao filme, ele conta a história de Henry Bates (Adrien Brody) um homem na casa dos 30 e poucos anos que acredita na real função de um professor: ajudar as crianças e adolescentes em sua formação, auxiliar essas pequenas criaturas em desenvolvimento, a entender um pouco o mundo que as cerca e dar apoio as confusões psicológicas e morais que essa fase traz ao ser humano. O que deveria ser, a meu ver, o pensamento de todo educador. Porém, o que vemos no início do filme, são alguns depoimentos de pessoas que se tornaram professores. Não há essa ideia que Henry tem. Alguns se tornam professores porque eram cobrados pelos pais em ter alguma profissão, outros porque acharam que era melhor ser professor do que motorista de ônibus e não aquele propósito de formar cidadãos melhores.

    DETACHMENT3

    Em contrapartida, Bates não gosta de se envolver com ninguém com quem trabalha. Tanto alunos, como outros professores, por isso, ele sempre é um professor substituto. Ele chega do nada, passa alguns meses junto com os alunos e o corpo docente, depois se vai. Talvez seja como uma proteção pessoal, para que continue agindo da forma que ele acha correta. Fiquei a pensar, que muitas vezes conseguimos dar o melhor de nós em pouco tempo, depois vira rotina, cai no lugar-comum, e assim, não faz tanto efeito quanto deveria. (divagações minhas).

    DETACHMENT2

    Ele começa a trabalhar em uma nova escola e é nesse momento que 3 mulheres acabam atravessando o seu caminho. Esse convívio começa a mudar a vida dele. O desapego que ele tem com as coisas e situações começa a ser mudado quando uma professora, uma aluna e uma menina, que ele tira da rua e leva para morar em sua casa, trazem algum sentido a sua vida até então vazia de grandes sentimentos. É aquela velha história de que se vive sempre no limite. No vazio da rotina dos dias. Por vezes, algo aparece do nada e muda tudo isso. Será que até então ele dava valor para o que fazia? O quanto ele fazia diferença na vida daqueles alunos e pessoas?

    Independentemente do que tenha em mente, digo que há sentimento. Estou sendo honesto comigo mesmo. Sou jovem e estou velho. Tenho sido comprado e vendido tantas vezes. Sou difícil de encarar. Estou sumido. Sou simplesmente como você.

    Adrien Brody em um dos seus melhores papéis, se é que é possível escolher um, se entrega totalmente ao espírito da personagem, com um olhar melancólico e conseguindo dar vida a ideia do diretor, nessa crítica social imensa à catástrofe que andam as instituições de ensino. Não é um filme fácil, mas certamente, ele te fará pensar na vida, nas pessoas que te rodeiam e de como leva a sua existência, sempre tentando plantar a semente de que é preciso fazer a diferença e não apenas passar a vida em vão.

    Trailer

    No filme, uma das alunas de Henry faz bolinhos para vender em um evento da escola. São cupcakes. Porém, eu resolvi combinar aqui com esse filme uma receita de bolinhos de chuva. Porque eu acho que bolinhos de chuva são melancólicos e nostálgicos, sendo assim, combinam muito com esse filme. Nada melhor que uma travessa cheia deles para vislumbrar tal película. Vamos a receita?

    bolinho-de-chuva

    Bolinhos de Chuva

    Preparo: 30 min
    Cozimento: 15 min
    Rende: 15-20 un

    Ingredientes

    • 1 ovo
    • 1/2 colher de sopa de manteiga derretida
    • 1/2 xícara de açúcar
    • 2 xícaras de farinha de trigo
    • 1/2 xícara de leite
    • 1 pitadinha de sal
    • 1 colher de café de fermento em pó Óleo para fritar Açúcar e canela em pó para polvilhar
    • Óleo para fritar Açúcar e canela em pó para polvilhar
    • Açúcar e canela em pó para polvilhar

    Modo de Fazer

    1. Bata o ovo como se fosse para um omelete, junte a manteiga derretida e adicione metade do leite. Coloque metade da farinha e bata. Pode bater com um fouet, mas eu ainda prefiro bater com um garfo. Junte o restante do leite, o sal e a farinha que sobrou. Volte a bater. Por fim, adicione o fermento em pó e mexa devagar. Aqueça o óleo em uma panela. Costumo usar uma panela pequena para que seja usado menos óleo, pois os bolinhos terão que ficar submersos no líquido. Com o auxílio de duas colheres, vá colocando pequenas porções da massa para fritar. O óleo deve estar quente, porém, em fogo bem baixo, pois assim, você terá bolinhos dourados por fora e cozidos por dentro. Geralmente quando eles cozinham de um lado, viram sozinhos. É muito engraçadinho, praticamente uma dança deles na panela. Gosto de ficar olhando, acho poético. Quando estiverem dourados de ambos os lados, escorra com uma escumadeira e coloque em uma travessa com papel toalha. Depois de fritar todos os bolinhos, pegue uma outra tigela e coloque um pouco de açúcar com canela. Passe os bolinhos nessa mistura, faça um chá ou um café e vá para frente da tv assistir um bom filme.
  • Doces

    Cafè Lumière & Espresso com Chantilly

    Lá nos primórdios do cinema, os irmãos Lumière resgatavam em pequenas gravações o cotidiano da humanidade. Algum tempo depois, o cineasta japonês Yasujiro Ozu construía seus filmes no mesmo estilo: filmar o cotidiano. Sem grandes explosões de acontecimentos, apenas retratando a vida como ela é. Desde uma singela partida de um trem, até um jantar em família em um dia comum.
    Começamos então a divagar que no simples, no cotidiano, é que se passam todas as coisas verdadeiras. O aprendizado da vida é tirado dali. Assim como, a passagem do tempo é vista nessas pequenas brechas da vida. É sobre isso que trata Café Lumière: o cotidiano. Aqui, temos o diretor chinês Hou Hsiao-hsien em uma bela homenagem ao cinema, dedicado ao centenário de Ozu, onde ele mostra a vida de Yoko. Uma jovem moça que vai em visita a casa dos pais no interior e revela que está grávida de um namorado com o qual não pretende ser casar. Fundem-se aqui os conceitos tradicionais com os modernos da cultura e educação japonesa. Perante a notícia da gravidez vemos a preocupação da mãe e o silêncio do pai, mas a compreensão de ambos.
    É com Hajime (seu amigo e dono de um sebo de livros na cidade) que Yoko tem grandes momentos pesquisando a vida de Jiang Wen-Ye, um pianista e compositor nascido no Taiwan, enquanto o amigo está a pesquisar os sons dos trens, saindo a captura dos movimentos sonoros, sejam eles das máquinas ou do cotidiano das pessoas. Mais uma vez o passado e o presente se encontram e como as coisas mudam com o tempo. Ou não.
    Grande amor pelo cinema de Hou Hsiao-hsien que soube, como Ozu e os irmãos Lumière, trazer para nós a visão de que o cotidiano é onde tudo está. E onde muito se aprende observando.

    Trailer:

    Espresso com Chantilly

    Preparo: 15 min
    Cozimento:
    Serve: 1

    Ingredients

    • 1 café espresso forte
    • 500 ml creme de leite fresco gelado (muito importante estar bem gelado)
    • 2 colheres de açúcar Canela em pó

    Modo de fazer

    1. Bata com o fouet (ou a batedeira) o creme de leite até ele engrossar, ficando aerado e leve. Adicione o açúcar, bata por mais alguns minutos. Muito cuidado pois se bateres demais vira manteiga :P. Coloque em cima do espresso, salpique canela e sirva. (Essa quantidade de chantilly serve para uns 6-8 cafés, então, se quiseres, faça meia receita ou então use-a para outros fins, como por exemplo, comer com morangos 😉 Dica Deixe o bowl que vai utilizar para bater, assim como as pás da batedeira (ou o fouet) no congelador por 1 hora. Assim conseguirás um chantilly bem fofo e em menos tempo.
  • Doces,  Menu Varietà

    Broa de Milho & Post Coletivo – Festa Junina!

    Hoje é dia de Post Coletivo com um monte de blogs amigos (e super bacanas)! O tema, claro, não poderia deixar de ser Festa Junina! Afinal estamos no mês que celebra esse momento tão animado em todo nosso país. Nos links abaixo você vai poder encontrar receitas para seu arraial! Vamos lá gente?

    Adoro Comer – Brigadeiro de Milho Crocante
    Comida do Dia – Arroz Doce
    Conversando e Cozinhando – Pipoca Doce com Chocolate
    Culinarístico – Bolo Cremoso de Batata Doce
    Escrevendo Abobrinhas – Mousse de Milho
    Pitaco Gastronômico – Quentão

    No Brasil, recebeu o nome de “junina” (chamada inicialmente de “joanina”, de São João), porque acontece no mês de junho. Além de Portugal, a tradição veio de outros países europeus cristianizados dos quais são oriundas as comunidades de imigrantes, chegados a partir de meados do século XIX. Ainda antes, porém, a festa já tinha sido trazida para o Brasil pelos portugueses e logo foi incorporada aos costumes das populações indígenas e afro-brasileiras. Em razão da época propícia para a colheita do milho, as comidas feitas de milho integram a tradição, como a canjica, a pamonha, o curau, o milho cozido, a pipoca e o bolo de milho. Também pratos típicos das festas são o arroz-doce, a broa de milho, a cocada, o bom-bocado, o quentão, o vinho quente, o pé-de-moleque, a batata-doce, o bolo de amendoim, o bolo de pinhão etc.
    (Fonte: Wikipedia)

    Broa de Milho

    Preparo: 20 min
    Cozimento: 20 min
    Serve: 20 porções

    Ingredientes

    • 1 lata de leite condensado
    • 1 xícara (chá) de leite
    • 100 g de manteiga em temperatura ambiente
    • 1 colher (chá) de sal
    • 2 xícaras (chá) de fubá
    • 1 1/2 xícara (chá) de polvilho doce
    • 2 ovos 1 colher (sopa) de fermento em pó
    • 1 colher (sopa) de fermento em pó

    Modo de Fazer

    1. Misture o leite condensado, o leite, a manteiga, o sal e a erva doce e leve ao fogo. Quando começar a ferver, junte o fuba de uma vez só para não empelotar. Continue mexendo até começar a soltar da panela, deixando no fundo uma crosta. Coloque a mistura em uma tigela grande e vá adicionando um a um os ovos, mexendo bem. Deixe esfriar e então adicione o fermento. Unte uma xícara de chá com manteiga e polvilhe fubá. Coloque porções da massa e gire-as na xícara algumas vezes formando broinhas. Coloque as broinhas em uma assadeira untada e enfarinhada. Leve ao forno (220°C), por cerca de 20 minutos ou até que estejam douradas.
  • Doces,  Menu Varietà

    Dia da Cerveja Brasileira & Bolinhos com Brigadeiro de Colorado Indica

    Ano passado a gente começou a fazer posts coletivos em homenagem ao Dia da Cerveja Brasileira, porque a gente curte muito as cervejas feitas por aqui. Em pequenas fábricas, são produzidas com algumas peculiaridades bem interessantes. Em 2012 eu usei uma Baden Baden Stout para fazer uma torta de carne.

    Esse ano resolvi fazer uma algo doce, coisa que não se vê muito aqui pelo blog. Pois então dessa vez vamos com uma receita de um Bolinho, extraído de um livro bem querido que ganhei de uma grande amiga de aniversário, que além disso, traz consigo forminhas super fofas de silicone. Para quem não tem forminhas assim, pode usar as de cupcake, ou ainda, fazer um bolo maior triplicando a receita. Essa dá para 5 bolinhos. Acredito que 3x a receita, dê para uma forma pequena de bolo.

    Voltando a minha escolha, dessa vez fui de Colorado Indica, uma cerveja estilo Pale Ale (tipo que ando apaixonada), ela leva em sua composição rapadura, uma coisa bem brasileira e saborosa, imaginei que poderia dar uma pitada interessante ao brigadeiro de cobertura, o que de fato se deu. Me inspirei na receita feita pela Ana do Les Choses de Cuisine e depois reproduzida pela Pri do Culinarístico, as duas com cervejas diferentes da que eu fiz, mas que também apreciaram muito o resultado final.

    Conselho de amiga: muito cuidado com o alto teor alcoólico de 7% – para os mais fracos apenas um copo pode deixar meio feliz. 😉

    Genuína representante do Estilo India Pale Ale esta cerveja de alta fermentação é elaborada artesanalmente com generosas quantidades de malte, lúpulo e rapadura, visando conferir-lhe um grande corpo, amargor e teor alcoólico. Esta cerveja de sabor robusto e nome complicado é uma homenagem da Colorado aos antigos estilos de cerveja há muito esquecidos por conta da massificação dos meios de produção e dos padrões de consumo de nossa época. Nossa receita é baseada numa antiga receita inglesa de cerveja, que nos tempos do Império Britânico era enviada a Índia para consumo e deleite dos seus cidadãos e soldados expatriados. O imenso amargor e o alto teor alcoólico desta bebida favoreciam a sua conservação durante a longa viagem marítima entre a Inglaterra e a Índia. Nossa IPA mereceu do maior crítico inglês de bebidas malteadas Sir Michael Jackson (homônimo do cantor) três estrelas no seu Pocket Beer Guide conhecido como o Guia Michelin das cervejas e atualmente recebemos o prêmio de TOP 50 das cervejas nacionais e importadas mais consumidas no Brasil, pela Revista Prazeres da Mesa, edição 56 – Fevereiro 2008.
    (Fonte: Brejas)

    O Culinarístico e o Cupcakeando também fizeram receitas para o dia, clique nos links abaixo e dê uma olhadinha no que rolou por lá:

    Bolo de Chocolate Cremoso com Baden Baden Chocolate

    Cupcakes de Cerveja de Trigo

    O papo está muito bom, poderia passar o resto da vida elogiando essa cerveja, mas vamos a receita?

    Bolinhos com Brigadeiro de Colorado Indica

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 30 min
    Serve: 10 und

    Ingredientes

    • 100 g de farinha de trigo
    • 1 ovo
    • 70 g de açucar mascavo
    • 6 colheres de sopa de oleo vegetal
    • 1 cenoura grande
    • 1 punhado de nozes picadas
    • 1 colher de café de canela em pó
    • 2 colheres de café de fermento em pó
    • 1 pitada de sal
    • Para o brigadeiro: 350 ml de cerveja Baden Baden Golden Ale
    • 1 colher sopa de manteiga
    • 1 lata de leite condensado

    Modo de Fazer

    1. Bolinhos: Comece ligando o forno a 180º. Em seguida unte as forminhas com manteiga e farinha de trigo. Rale a cenoura no ralador com o lado mais fino. Reserve. Em um recipiente misture a farinha, o açúcar mascavo, a cenoura, as nozes, a canela e o sal. Em outro, coloque o ovo e bata (com a batedeira) até que fique espumante. Em seguida vá acrescentando uma a uma as colheres de óleo. Você terá uma mistura semelhante a uma maionese, só que um pouco mais líquida. Despeje então esse líquido na mistura dos ingredientes secos. Mexa bem, adicione o fermento em pó. Coloque nas forminhas e leve ao forno por aproximadamente 25 minutos, ou até que o palito saia seco fazendo o teste. Retire do forno e deixe esfriar um pouco antes de desenformar. Bolinhos: Comece ligando o forno a 180º. Em seguida unte as forminhas com manteiga e farinha de trigo. Rale a cenoura no ralador com o lado mais fino. Reserve. Em um recipiente misture a farinha, o açúcar mascavo, a cenoura, as nozes, a canela e o sal. Em outro, coloque o ovo e bata (com a batedeira) até que fique espumante. Em seguida vá acrescentando uma a uma as colheres de óleo. Você terá uma mistura semelhante a uma maionese, só que um pouco mais líquida. Despeje então esse líquido na mistura dos ingredientes secos. Mexa bem, adicione o fermento em pó. Coloque nas forminhas e leve ao forno por aproximadamente 25 minutos, ou até que o palito saia seco fazendo o teste. Retire do forno e deixe esfriar um pouco antes de desenformar.
    2. Brigadeiro de Cerveja: Em uma panela coloque a cerveja para reduzir em fogo baixo. Levará uns 15 minutos. Acompanhe até que ela chegue a mais ou menos 150 ml. Retire da panela e deixe esfriar completamente. Coloque o leite condensado, a manteiga e a redução de cerveja em uma panela e mexa sempre, em fogo baixo, como se fosse para um brigadeiro normal. Cozinhe de 10 a 15 minutos sem parar de mexer, até que chegue em uma consistência de brigadeiro mole. Retire da panela e deixe esfriar.
    3. Montagem: Coloque o brigadeiro em um saco de confeitar e se divirta! Se não tiver um saco de confeitar vale colocar por cima com uma colher ou qualquer outra coisa que achar mais legal. Enjoy!