Doces

  • Doces

    Mousse de Doce de Leite

    Estava eu a pensar o que deveria preparar para sobremesa do aniversário do estimado amor da minha vida, porém, confesso, estava com uma preguiça danada de fazer algo mais elaborado em plena quarta-feira.

    Como ele é um grande amante dos doces, pensei: aquele mousse de doce de leite super facinho e que impressiona no sabor cairia super bem.

    É uma receita com ingredientes fáceis de achar, normalmente a gente até tem eles em casa. Para quem tem leite condensado na despensa, pode cozinhá-lo na panela de pressão por 40 minutos (não esqueça de deixar esfriar BEM antes de abrir a lata), que viram um belíssimo doce de leite. Vai demorar mais um pouquinho, mas pelo menos não precisa ir ao mercado comprar mais nada.

    Então vamos a receita, em 10 minutos você já estará com 4 porções na geladeira para servir mais tarde.

    Mousse de Doce de Leite

    Ingredientes:

    • 400 g de doce de leite
    • 400 ml de creme de leite
    • 12 g de gelatina sem sabor em pó
    • 100 ml de água morna
    • Chocolate granulado ou confeitos para decorar

    Modo de fazer:

    Bata (na batedeira ou com um fouet) o doce de leite por uns 5 minutos. Acrescente o creme de leite bata por mais alguns minutos até ficar tudo bem misturadinho.

    Coloque a gelatina na água morna e mexa até que fique totalmente diluída.

    Acrescente a gelatina a mistura e bata por mais alguns minutos.

    Coloque em potes de sobremesa individuais, salpique com chocolate granulado, em gotas, o que tiveres ou quiseres, leve para gelar por no mínimo 4 horas.

    Sirva bem geladinho.

  • Doces,  Drama,  Filmes,  Receitas

    Morangos Silvestres & Torta de Morango

    Morangos Silvestres, do diretor sueco Ingmar Bergman, é uma obra primorosa que deve ser revisitada constantemente. Eu o vi pela primeira vez quando tinha uns 25 anos, revendo ele com a cabeça (e vivência) de hoje em dia, é bem diferente, e uma experiência ainda mais primorosa.

    Bergman toca fundo na essência da alma humana. Ele consegue criar histórias que nos fazem rir, chorar, se sentir maravilhado, e ao mesmo tempo, nos leva a uma profunda reflexão sobre nós mesmos, os outros e a vida.

    O filme começa com uma pequena introdução, antes dos créditos iniciais, um senhor fazendo anotações no escritório de sua bela casa, onde reflete o seguinte:

    Nossa relação com as pessoas consiste em discutir com elas e criticá-las. Isso que me afastou, por vontade própria, de toda minha vida social. Tornou minha velhice solitária. Sempre trabalhei muito, e sou grato por isso. Tenho um filho que também é médico e mora em Lund. Foi casado durante anos, mas não teve filhos. Minha mãe ainda vive e, apesar da idade, é uma pessoa ativa. Minha esposa Karin morreu há muitos anos. Talvez devesse acrescentar que sou uma pessoa meticulosa, e isso cria problemas com as pessoas ao meu redor e comigo mesmo. Meu nome é EberhardIsakBorg, e tenho 78 anos. Amanhã receberei o título honorário na Catedral de Lund.

    Ao longo do filme acompanharemos o médico Isak Borg (Victor Sjöstrom) em sua viagem até Lund.

    Na noite anterior a viagem, Isak tem um pesadelo horrível. Ele está em um local desconhecido da cidade, onde os relógios não têm ponteiro, um homem sem face, uma carruagem carrega um caixão. Em um momento a carruagem colide em um poste e o cadáver revelado dentro do caixão é dele mesmo. Um desses sonhos terríveis, que a gente acorda assustado e a cena toda é uma obra prima do cinema. Belíssima sequência, fotografia, sonoplastia, tudo. E a atuação de Victor Sjöstrom é simplesmente primorosa.

    Inicialmente Isak ia viajar de avião, porém, depois de seu sonho da noite anterior, ele resolve ir de carro. Enquanto se prepara para viagem, sua nora Marianne (Ingrid Thulin), avisa que vai com ele. A primeira parte da viagem é totalmente curiosa e pesada, quando ele tenta contar a nora sobre seu pesadelo e ela diz que não se interessa por sonhos. Ainda completa dizendo que o filho dele o odeia e que ela o acha um velho egoísta, egocêntrico, que não tem consideração por ninguém além dele mesmo. Pessoa fica chocada com a cena.

    Eles seguem viagem e fazem uma primeira parada na casa onde ele passava as férias de verão com a família dele. A nora se distancia dele e vai tomar um banho no lago, enquanto Isak fica no jardim, perto dos pés de morangos silvestres, e então começa uma viagem no tempo, a sua infância, relembrando memórias e momentos ali vividos.

    Essa parte do filme, é de uma beleza descomunal. Ele passeia pelo seu passado, com o corpo de hoje, porém, todos que lá estavam parecem jovens.

    Quando fico preocupado ou triste, tento relaxar com as lembranças de minha infância.

    Ali olhando de perto acontecimentos de anos atrás, ele vê sua prima Sara (Bibi Anderson), que foi o grande amor de sua vida colhendo morangos. Nesse momento ele presencia a traição dela com um de seus irmãos. A gente não sabe se chora com ele ou sai correndo para comer um prato de morangos nesse momento. A cena dói.

    Eles seguem viagem, encontram novas pessoas, que fazem Isak ter várias lembranças e chegar a milhares de conclusões sobre si mesmo e tudo o que fez durante toda sua vida.

    É um road movie, que versa sobre as relações com as pessoas, com a família, os questionamentos pessoais, uma mescla de sonhos e realidades. Lembranças e imaginações.

    Um dos mais belos filmes que existem no mundo. Assistam, reflitam, amem Bergman, ele merece.

    Bergman <3

    Quando fico preocupado ou triste, tento relaxar com as lembranças de minha infância.
    Percebe o silêncio?
    Tudo se foi.
    Qual será a pena?
    A Solidão.

    Vamos a receita?

    torta de morango

    Torta de Morangos

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 40 min
    Serve: 6 porções

    Ingredientes

    Pâte brissée:

    • 120 g de manteiga gelada
    • 200 g de farinha de trigo
    • 4 colheres de chá de açúcar
    • 1 pitada de sal
    • 3 colheres de sopa de água gelada

    Créme pâtissière:

    • 250 ml de leite
    • 250 ml de creme de leite fresco
    • ½ fava de baunilha
    • 4 gemas
    • 5 colheres de sopa de açúcar
    • 1 e ½ colher de sopa de amido de milho
    • 1 e ½ colher de sopa de farinha

    Montagem:

    • 2 xícaras de morangos lavados e limpos.

    Modo de Fazer

    1. Pâte brissée: Corte a manteiga gelada em pedaços iguais e coloque em uma vasilha com a farinha, o açúcar e o sal. Com a ponta dos dedos, esfregue um ingrediente no outro até formar uma farofinha e a manteiga ficar com o tamanho de uma ervilha. O segredo é não manipular demais a mistura para que o glúten de farinha não se desenvolva, senão a crosta não vai ficar crocante. Adicione a água gelada e misture rapidamente, até virar uma massa. Se a mistura estiver seca, adicione mais água gelada, 1 colher de sopa por vez. Embrulhe a massa em filme plástico e deixe descansar na geladeira por 1 hora. Tire a massa da geladeira e, em uma superfície enfarinhada, abra-a com um rolo de macarrão até ela ficar com meio centímetro de espessura, aproximadamente. Se estiver muito dura, bata com o rolo um pouco mais forte que ela vai amaciando. Enrole a massa em volta do rolo e desenrole em cima da forma, encaixando todas as beiradinhas e tirando o excesso das bordas. Fure toda a superfície da massa com um garfo e leve ao freezer por 10 minutos. Pré-aqueça o forno a 180 °C. Cubra a superfície da massa com papel-manteiga e encha de feijões secos, isso vai evitar que a massa forme bolhas de ar. Asse por 10 minutos, retire o papel com feijão e asse por mais 15 minutos ou até a beirada ficar dourada. Tire do forno e reserve.
    2. Créme pâtissière: Em uma panela, adicione o creme de leite, o leite e a fava de baunilha com as sementes raspadas. Assim que levantar fervura, desligue o fogo, tampe a panela e deixe a infusão acontecer por 10 minutos. Em uma vasilha, bata as gemas e o açúcar até ficarem pálidos e fofos. Peneire o amido de milho e farinha em cima das gemas e misture. Adicione uma concha do creme quente na mistura de ovos e mexa para temperá-los. Esse processo é importante para preparar os ovos para a alta temperatura, evitando que ele coagule de maneira incorreta. Volte tudo para a panela e cozinhe a fogo baixo mexendo sem parar. Assim que a mistura ferver, cozinhe por apenas 3 minutos. Coloque o creme em uma vasilha, cubra a superfície com filme plástico, encostando no creme e leve para gelar por 1 hora.
    3. Montagem: Desenforme a massa e cubra-a com o crème pâtissière. Corte os morangos longitudinalmente e comece a montar a primeira fileira, sobrepondo-os no sentido horário. Em seguida, preencha a segunda linha, mas na direção oposta, e continue alternando assim até chegar ao centro.

    Referência:

    Receita do livro Confeitaria Escalafobética da Raiza Costa
  • Doces,  Drama,  Filmes

    Mil Vezes Boa Noite & Bolo de Aipim

    Estava eu vagando pela Netflix (quem nunca?) e acabei me deparando com Mil Vezes Boa Noite. Já fiquei com vontade de assistir quando vi Juliette Binoche na capa, pois quando tem ela, geralmente, temos um bom filme. Li a sinopse, achei interessante. Para completar tinha recentemente terminado de ver Gamer of Thrones e andava cativada por Jaime Lannister (Nikolaj Coster Waldau), o irmão sentimental de Cersei, então concluí que deveria mergulhar naquelas quase duas horas de filme.

    Nos primeiro 15 minutos de filme ficamos sabendo quem é Rebecca (Binoche), uma fotógrafa que está em um país africano, fotografando um ritual de um grupo de mulheres. Após simularem o que parecia um funeral, elas começam a prender dezenas de bombas no corpo de uma integrante. Depois de um tempo nos damos conta que aquela é a preparação de um ato terrorista. Rebecca segue com sua câmera até o ato da explosão, que é filmada com maestria. Mesmo ferida, ela segue tirando fotos, obcecada pelo registro de tudo.

    De volta para casa, em recuperação do atentado, onde acabou quase morrendo, Rebecca recebe um ultimato do marido Marcus (Kikolaj Coster Waldau): ou ela abandona a carreira, ou ele vai se separar dela.

    Ela entra então em um complexo dilema pessoal: deve ela deixar a responsabilidade de fotógrafa jornalistica, que é expor ao mundo os horrores da guerra, ou manter sua família integra e saudável?

    Além do marido, existem duas filhas. A mais velha, Steph, tem com ela ótimos diálogos e situações que fazem com que Rebecca repense muito toda sua vida profissional e familiar. É clara a dor da família, o medo de perdê-la a cada viagem, a falta que ela faz em casa. As meninas estão confusas e melindradas. Por vezes se mostram revoltadas por não terem aquela mãe padrão, porém, há também aquela admiração pela força que ela tem e pela profissional que ela é, fazendo toda uma diferença no mundo.

    Nesse meio tempo, a filha começa a se interessar mais pelo trabalho da mãe, passando a entender o verdadeiro propósito de tudo aquilo. Muitos conflitos começam exatamente por isso, como se já não bastasse toda o stress que vivia aquela família.

    O diretor e roteirista norueguês Erik Poppe usa a direção de arte para expor as duas opções que Rebecca tem de escolher seguir. Em tonalidades mais azuis, quando está mais próxima a família e apostando no preto quando ela está mais para o trabalho, simbolizando o luto que o trabalho traz para ela.

    O trabalho da direção de fotografia é belíssimo, ele fala por si só. Poppe cria planos minimalistas para contar a história, quando ela está em casa e com a família, closes com baixa profundidade de foco nos dão uma sensação de solidão e sofrimentos. Quando ela está trabalhando, no meio da zona da guerra, temos planos mais abertos, remetendo ao conforto dela dentro da situação.

    Mil vezes boa noite é um filme lindo, denso e amargurado. Entramos naquela dúvida junto com ela sobre o que fazer, se estivéssemos naquela situação. Um belo trabalho de Binoche, nos levando pela mão junto aos tão camuflados e temidos mundos da guerra.

    Uma realidade que deve ser sim mostrada ao mundo, alguém precisa fazer o “trabalho sujo” para que o universo se conscientize que é um ato cruel, onde muita gente morre e muitas vezes não leva a nada.

    Trailer:

    Resolvi postar com o bolo de aipim, pois ele me deixa com sensação de estar em casa. E isso para mim é uma coisa muito valiosa. Aquele aconchego que só o canto da gente dá. Ao contrário da personagem de Binoche, eu prefiro meu canto do que o mundo. Um tabuleiro de bolo de aipim não quer guerra com ninguém. Vamos a receita?

    bolo de aipim

    Bolo de Aipim

    Prep: 60 mins
    Cozimento: 40 min
    Serve: 6

    Ingredientes

    • 500 g de aipim descascado e picado em cubos
    • 3 ovos
    • 1 xíc. de açúcar
    • 1/2 xíc. de leite
    • 1/2 xíc. de leite de coco
    • 100 g de coco ralado
    • 1 pitada de sal
    • Manteiga para untar a forma

    Modo de fazer:

    1. Pré-aqueça o forno a 180º
    2. Unte a assadeira com a manteiga (usei uma de 18×28 cm)
    3. Bata todos ingredientes no liquidificador, exceto o coco ralado.
    4. Em uma tigela, despeje a mistura e incorpore o coco ralado.
    5. Coloque na assadeira e leve ao forno por 40 minutos.
    6. Retire do forno e sirva.
  • Doces,  Séries & TV

    Animal Kingdom & Torta de Maçã

    Animal Kingdom é uma série passada na California. Baseada no filme australiano homônimo (que inclusive já assisti e achei a série melhor ainda que ele).

    A série conta a história da família Cody, formada pela mãe Janine, seus 4 filhos e 1 neto.

    O episódio piloto nos revela que eles são uma família com 4 homens adultos (Pope, Baz, Craig e Deran), sendo mimados por uma mãe que faz tudo sozinha, inclusive faxina, faz comida e cuida de ”seus meninos”. O mais interessante é que ela adora fazer tudo isso. É nesse ep que também conhecemos J. (Joshua), o neto, filho da irmã dos guris, que acabou morrendo de overdose.

    Ao longo do episódio ficamos sabendo que eles tem uma profissão bem curiosa: são ladrões. E aí vocês devem estar se perguntando quem manda na pohah toda? Ela mesma: Janine, mais conhecida como Smurf, durante as temporadas já existentes você vai ter a explicação do porque desse apelido dela. Resumindo: eles levam uma vida bandida.

    Tem aquela coisa de família unida (se bem que na maioria das vezes é forçadão pela matriarca).

    Smurf cozinha.

    Faxina loucamente.

    Bota pra quebrar quando precisa.

    Os meninos são muito unidos.

    Se divertem juntos.

    Trabalham bem juntos.

    Aventureiros.

    Tomam aquele traguinho.

    J., o neto, é o preferido dela, e também, o que ela mais confia em alguns momentos. OU não.

    J. não é brincadeira não, até fez o Dexter na última temporada.

    Temos Baz, o braço direito dela, o filho adotado. Bem lembramos de você em Felicity, não é mesmo?

    Pope, o filho esquisito, que tem transtornos psíquicos, no começo eu tinha PAVOR dele, depois comecei a me apegar de um jeito, que hoje em dia eu quero entrar na tela e abraçá-lo ou chamá-lo quando alguém que me irrita precisa de uma boa sova.

    Nunca ninguém mereceu tanto…

    Craig, gente, Craig é aquele cara tipo Cacau, minha cadela pitbull. Uma criança grande, bobalhão e bom vivant.

    Lembram dele em Vikings? Ele foi meu crush por um bom tempo, até o dia que Lalá resolveu matá-lo *spoiler*, sorry. Sofri.

    Craig é bondade.

    Faminto (pura larica).

    Objetivo com seus prazeres.

    Temos Deran, que é o filho que sai do armário e se assume gay. Adoro essa parte, porque acho que esses assuntos não tem mais que ser tabu, tem que estar em todas as rodas. Tem que ser normal falar sobre isso, ver isso, exibir isso. <fim do depoimento>.

    Shippo.

    Deran é chatinho, mas compreendemos ele por conta de tudo que passou até aqui com sua criação. Quem nunca, né migues?

    Todas as vezes que terminam um roubo, chegam em casa e Smurf preparou alguma iguaria gostosa. Muitas vezes foi torta de maçã, por isso a receita do post. Todos se reunirem na cozinha e contam como foi o ”evento”.

    Smurf é um caso a parte. Eu nunca odiei ela, como eu odiei Gemma em Sons of Anarch. Tenho uma certa aversão a mães controladoras. Porém, ela é uma mulher tão forte e objetiva, que muitas vezes se dá até conta que não está no controle.

    Ela tem momentos épicos e um jeito de caminhar muito peculiar.

    É muito cínica quando necessário.

    Chega um momento que você acha que precisa acreditar e confiar nela. Ou não. Né, J?

    Veja um fragmento do episódio 9 da primeira temporada, onde comem a famigerada torta de maçã:

    Fiz esse post todo com gifs, apenas porque eu acho divertido e gosto muito deles. Não vivemos sem gifs (né, Pri?).

    Vamos a receita?

    Torta de Maçã

    Preparo: 90 min
    Cozimento: 45 min
    Serve: 4-6 pessoas

    Ingredientes

    • 3 xic. farinha de trigo
    • 150 g de manteiga gelada
    • 4 colheres de sopa de açúcar
    • 6-8 colheres de sopa de água gelada
    • 2 maçãs verdes
    • 4 maçãs fuji
    • 3 colheres de sopa de farinha de trigo
    • 2 colheres de chá de canela em pó
    • Nóz moscada
    • 1 limão siciliano (raspas e suco)
    • 2 colheres de sopa de manteiga
    • 1 pitada de sal
    • 1/2 xíc. de açúcar mascavo
    • 1 dose de Whisky Jack Daniels Honey (opcional)

    Modo de Fazer:

    1. Primeiro faça a massa: corte a manteiga em pequenos cubos. Num bowl coloque a farinha, o açúcar e misture. Adicione a manteiga e vá amassando e misturando, até que tudo vire uma farofinha. Vá adicionando água gelada até ter uma massa homogênea e bonita. Leve a geladeira, envolvida em um filme plástico, por no mínimo 1 hora.
    2. Agora vamos ao recheio. Descasque todas as maçãs, descarte os miolos com as sementes e fatie finamente. Em seguida coloque todas em um bowl, adicione o suco e raspas de limão, o açucar, canela, sal, noz moscada e o whisky. Deixe descansar até que a massa esteja pronta para abrirmos.
    3. Ligue o forno a 200º.
    4. Separe a massa em duas partes, sendo que uma deve ter 1/3 da massa e outra os outros 2/3. Abra a parte maior e forre o fundo e laterais de uma assadeira redonda (usei de 20 cm de diâmetro).
    5. Misture ao recheio as 3 colheres de farinha de trigo e envolva todas as maçãs nela.
    6. Coloque o recheio na massa.
    7. Coloque cubinhos de manteiga (das 2 colheres) por cima das maçãs espaçadamente.
    8. Cubra com o outro 1/3 de massa restante. Para fazer a decoração de treliça na massa siga as dicas do video postado abaixo.
    9. Peneire açucar com canela em cima da torta.
    10. Leve ao forno por uns 45-50 minutos. Ela deve estar dourada.
    11. Sirva com sorvete de baunilha, baby.

    Dica:

    Para saber como fazer a decoração treliçada da torta, veja esse vídeo do Panelinha: Como decorar torta com treliça
  • Doces,  Menu Varietà

    Pudim SEM furinhos

    pudim sem furos

    Hoje vamos versar sobre DOCE, sobremesa e isso pra mim remeta a pudim. O tal do pudim, que é muito querido por todos. Meu favorito tem que ser lisinho. Pudim sem furinhos é amor.

    Quando eu era pequena, tínhamos almoços quase todos os domingos na casa da minha bisavó. Ela era de descendência portuguesa, mas o que predominava na sobremesa, além do manjar branco cheio de ameixas (delícia também) era o pudim. O clássico pudim de domingo. Depois de um lindo almoço com comida italiana, quase sempre, exceto na Páscoa, havia aquela sobremesa maravilhosa.

    Eu sempre ficava incomodando que queria mais que um pedaço, a coisa era meio chata, porque ela só queria dar um pedaço por pessoa. Meu vô sempre me dava o dele. Trapaceávamos bonito. Era bem divertido. Memórias de infância são sempre as melhores com relação a comidas dos meus avós e bisavós. Acho que foi de lá que eu trouxe todo esse amor por cozinhar.

    Depois desse monte de histórias nostálgicas, vos pergunto: vocês gostam de pudim com ou sem furinho? A maioria dos meus amigos gosta com. O namorado gosta de qualquer um dos dois e eu sou partidária do pudim sem furos. Gosto daquela coisa lisa, saborosa, sedosa e linda. Sem furos, bem digno de um belo final de refeição.

     

    Hoje vou explicar aqui, pois andei pesquisando muito sobre isso, o que leva um pudim a ter furinhos ou não? Procurando pela receita perfeita, passei por milhares de histórias e conceitos. Cheguei a uma conclusão colocando a mão na massa, de fato: o pudim sem furos requer cuidado, delicadeza. Requer paciência e calma.

    Se você bater o creme do pudim no liquidificador, ele vai ficar aerado, entrará muito ar, e se logo despejá-lo na forma e levar ao forno, ele vai cozinhar com aquela vibe cheia de bolhas de ar. O que teremos? Furinhos.

    Se você mantiver o forno em mais de 180º, logo que ele entrar no forno, o ovo coagulará rapidamente e o que teremos? Furinhos.

    Se você o fizer diretamente na panela, em banho-maria, na boca do fogão, como estará com temperatura mais alta e rápida, o que teremos? Furinhos.

    Vou ensinar para vocês, dentro da minha experiência pessoal, como eu cheguei no pudim *quase* perfeito para meu gosto. O pudim lisinho e cremoso, sem furos.

    Eu ainda acho que o musoh master do pudim que conheço é o Julio Dessoy, o qual tem um perfil no Instagram que fica nos instigando a sermos os donos de pudins perfeitos. Aconselho muito a seguirem o moço lá, porque além disso, ele faz outras coisas maravilhosas. É um daqueles perfis que dá alegria de seguir.

    Voltando ao passado, o pudim da Vó Maria não tinha sementinhas de baunilha, mas o meu vai ter. Naquela época, acho que no máximo que se usava era aquela essência de baunilha artificial que encontramos no supermercado. O que não acho nada demais de não ter, mas que fica mega cheiroso e saboroso COM, fica. Então, se não tiverem, apenas ignorem esse item da lista e sigam o baile.

    Bom, vamos ao pudim? Espero que gostem e se você tem algum segredo sobre isso para compartilhar, faça, comente comigo que vou adorar saber.

     

    Pudim sem furinhos

    Preparo: 100 min
    Cozimento: 90 min
    Serve: 8

    Ingredientes

    • 1 lata de leite condensado
    • 3 ovos
    • 590 ml de leite integral (2 medidas da lata de leite condensado)
    • 1 xícara de açúcar
    • 1/2 xícara de água
    • 1 fava de baunilha

    Modo de Fazer:

    1. Pré-aqueça seu forno a 180 graus. Se seu forno tiver 160º, melhor ainda.
    2. Em uma panela prepare o caramelo, coloque o açúcar e a água. Muita atenção nesse momento, pois se o caramelo queimar, não adianta, tem que jogar fora e começar tudo de novo. Pode ser o fim do seu pudim, pois o caramelo queimado fica amargo e a gente quer coisa doce, néam?
    3. Coloque em fogo muito baixo, o menor que tiver, fique de olho, dando giradas na panela, quando atingir uma cor âmbar, aquele marronzinho claro maroto, está pronto.
    4. Com muito cuidado, despeje o caramelo na sua forma de pudim. Vá virando até que ele fique grudadinho por toda a forma, inclusive no cone do meio. Deixe quietinho ali esperando o creme. É sempre bom que esteja já frio para quando entrar com o creme, ele não se misture.
    5. Em uma tigela grande, bata adicione os ovos. Bata levemente com um fouet ou garfo.
    6. Adicione o leite condensado, em seguida o leite. Mexa com cuidado, como se tivesse todo tempo do mundo para fazer com que tudo fique misturado lindamente.
    7. Abra a fava de baunilha com uma faquinha e raspe todas as sementes. Adicione ao creme.
    8. Mexa mais um pouco, sempre tendo cuidado de não incorporar ar.
    9. Agora deixe descansar um pouco, por uns 10 minutos.
    10. Agora vem um bom segredo para evitar os furos: peneirar o liquido enquanto coloca na forma.
    11. Cubra com papel alumínio, bem justinho a forma, para evitar, mais uma vez, que entre ar.
    12. Leve a forma em banho-maria para o forno. Vai levar mais ou menos 1 hora e meia para ficar pronto. No meu a 180º levou 120 minutos.
    13. Passado esse tempo, retire do forno, tire do banho-maria e deixe esfriar.
    14. Leve a geladeira por, no mínimo, 6 horas. Ideal mesmo é de um dia para o outro.
    15. Na hora de desenformar, passe uma faca de leve pelas bordas e no cone do furo no meio do pudim.
    16. Coloque em uma forma cheia de água quente por uns 3 minutinhos. Dê uma leve balançada de lado nele, se ele dançar é porque está soltinho.
    17. Coloque um prato em cima da forma e vire. Muita calma nessa hora. Voilà! Temos pudim! 😉
  • Doces,  Lugares Legais,  Salgados

    Lugares Legais: Press Café

    Eu gosto muito de tomar café, qualquer momento – de relax (ou stress) – eu acho que devo tomar um café para dar uma relaxada. Foi em uma dessas vezes, ao sair do cinema do Barra Shopping Sul, que resolvemos parar no Press Café e saborear um café com alguma doçura.

    O Press Café tem 5 lojas, nelas oferece um belo cardápio de vários tipos de café, ainda tem doces e salgados ótimos.

    Escolhemos um mil folhas, que é super famoso na casa, por ser um dos melhores da cidade. Não me arrependi nem um pouco do meu, com recheio de creme de baunilha. Estava excelente.

    Atendimento cordial e atencioso, além de rápido e eficiente.

    Fica a dica para quem quer tomar um cafezinho legal em algum dos pontos que eles tem na cidade.

    Press Café

    Av. Diário de Notícias, 300 – Porto Alegre – RS
    Piso Jóquei
    Shopping BarraShoppingSul
    Fone: 3248.8000
    Site | Facebook

     

  • Doces,  Receitas,  Séries & TV

    Big Little Lies & Pudim de Chocolate

    Monterey, California, uma cidade assombrada por um assassinato. O primeiro episódio nos dá nuances e depoimentos sobre isso. Não sabemos quem morreu, muito menos quem matou. E essa premissa que já levou muitas séries a degringolarem (e se tornarem repetitivas) funciona muito bem em Big Little Lies. Você fica ligadão nos 7 episódios que te levam até o que afinal aconteceu.
    A série se passa através da vida de 4 mulheres.

    – Ela se mudou para cá por causa do seu café.
    – Você se importa… Quer um?
    – Sim.
    – Três, por favor.
    – O meu com algo como chocolate que me faça engordar.
    Madeline (Reese Witherspoon)

    Madeline, vivida por Reese Witherspoon, casada pela segunda vez, resolveu se dedicar ao lar e a trabalhos comunitários. Ela não tem papas na língua e adora se meter em todos os bafos da pequena cidade. Além disso, tem duas filhas, uma adolescente problemática (é novasss) e a pequena Chloe que, sinceramente, se um dia eu tivesse uma filha queria que fosse igual a ela. Uma menina que vive ouvindo músicas boas (de Charles Bradlay a Naomi Shelton) e deixa sempre as cenas que ela aparece bem divertidas.

    Nicole Kidman dá vida à Celeste, uma mulher que está em um relacionamento pra lá de abusivo com o marido, o bem sucedido ex-vampirão de True Blood Perry (Alexander Skarsgård). Os dois vivem naquela coisa de brigas e amassos, entre tapas e beijos (literalmente). Ela deixou a carreira de advogada para ficar em casa e cuidar dos gêmeos loiríssimos.

    Jane (Shailene Woodley – de A Culpa é das Estrelas) é a recém chegada a cidade. Com um filho pequeno, ela faz a mãe solteira que saiu em busca de uma vida nova. Logo no primeiro episódio ela é ”adotada” por Madeleine, que começa a querer ser sua melhor amiga e a protege da sociedade maldosa da cidade.

    Ainda temos Renata Klein (Laura Dern), a mais rica e poderosa da cidade, uma diretora de empresa super arrogante, que dá pitis e escândalos por todos os motivos. Laura está perfeita no papel, porque dá uma raiva danada dela (o tempo todo).

    A morte investigada, que passamos os episódios a tentar desvendar, é apenas um pano de fundo para que possamos entrar na vida dessas mulheres todas e saber mais sobre elas. O que nos parece, inicialmente, é que todas (exceto Jane, a recém chegada) tem uma vida maravilhosa, são ricas e vivem em um lugar paradisíaco. Além de tudo isso, são muito felizes. Começamos a entender então que estão todas envolvidas naquela teoria da “vida de plástico”: onde tudo é perfeito e lindo, porém, é uma coisa totalmente falsa. Há muito nó embaixo dessa bruma toda de felicidade.

    Chama bastante atenção o cuidado com a fotografia e design da série: as casas tem cores bem definidas, com decorações que chamam bastante atenção por fazerem jus as personalidades de cada dona, assim como também, é fácil de ver os problemas que enfrentam cada uma.

    A mansão envidraçada de Renata, totalmente fria e que parece ter saído de uma revista, com tudo no devido lugar. O que nos dá aquela impressão que devemos passar invisíveis por ela para não tocar em nada. Com um pé direito alto e infinito, nos passa uma total sensação de falta de aconchego. O que condiz muito com o modo como Renata leva a vida, de uma maneira fria e ríspida, com todos os passos milimetricamente dosados para que nada saia de seu controle.

    Na casa de Madeline tudo é focado na cozinha. Uma belíssima peça bem decorada e com ares de aconchego, onde todos se colocam em volta da mesa para fazer as refeições e conversar. Confesso que é a casa que mais me agrada, pois passa sinceridade.

    Mesmo havendo discussões ou conflitos naquele recinto, eles me parecem sempre muito condizentes com a realidade. Há uma sadia convivência entre os familiares e assuntos interessante, além de uma bela trilha sonora fornecida pela caçula em seu telefone.

    A casa de Celeste fica a beira do mar, onde temos sempre imagens das ondas sendo lançadas com força nas rochas ou muros. A decoração tem cores quentes, o que mostra a vida sexual “caliente” que ela e o marido tem.

    Jane, que ainda é uma moradora nova da cidade, vive em uma pequena casa, que por vezes se mostra sufocante, por ser pequena, por outras temos a sensação de liberdade, pois pelo mínimo que se tenha, é melhor do que estar próximo do passado que tanto a oprime e dos problemas que teve em outros locais.

    Interessante a preocupação da série nesse ponto, pois tem coisa que mais fale da gente do que a nossa própria casa? Reflitam.

    Jean-Marc Vallée dirige com maestria a série, dando muitas vezes aquela impressão de documentário, com a câmera na mão. O modo usado, de narrativa não-linear, mesclando os depoimentos da delegacia, com a história atual e flashbacks deixa com que os episódios corram de forma incrível e instigante, prendendo o espectador até sua última cena, no final do 7º episódio, onde temos a revelação de tudo o que houve e esperamos tanto por saber. (Me lembrou muito o modo que foi levada a primeira temporada de True Detective).

    Muito amor por Darby Camp <3

    Não poderia deixar de elogiar a atuação impressionante de todas as atrizes, sendo que, Reese Witherspoon me surpreendeu eternamente. Ela está magnífica no papel. Madeline <3

    Big little lies é uma produção da HBO, aquela que nunca decepciona.

    Assistam e depois me contem o que acharam!

    Para acompanhar o post, resolvi fazer pudim de chocolate, porque chocolate nunca é demais, já diria Madeline!

    Pudim de Chocolate

    Preparo: 15 min
    Cozimento: 90 min
    Serve: 8 porções

    Ingredientes

    • 3 ovos
    • 1 lata de leite condensado
    • 2 latas de leite (use a mesma medida da lata de leite condensado)
    • 1 xíc. de chocolate em pó
    • 1 xíc. de açucar (para o caramelo)
    • 1/4 xíc. de água fervente (para o caramelo)

    Modo de Fazer

    1. Em uma panela, derreta o açúcar até ele ficar dourado. Junte meia xícara (chá) de água quente, mexa com uma colher e deixe ferver até os torrões de açúcar se dissolverem e a calda engrossar. Forre com essa calda uma forma com furo central (19 cm de diâmetro) e reserve.
    2. Bata no liquidificador o leite condensado, o leite, o chocolate e os ovos até que fique tudo homogêneo.
    3. Despeje na forma caramelada. Cubra a forma com papel-alumínio e asse em banho-maria em forno médio (180ºC) por cerca de 1 hora e 30 minutos.
    4. Espere esfriar e leve à geladeira para gelar por cerca de 6 horas. Desenforme e sirva.