Romance

  • Comédia,  Romance,  Salgados

    What If & Ouro de Tolo

    What If (Será que?) é um daqueles filmes leves e bonitos. Uma típica comédia romântica, mas com um roteiro interessante e bem executado, baseado na peça de teatro canadense “Cigars and Toothpaste”, de T.J.Dawe.

    Nele temos o eterno Harry Potter – Daniel Radcliffe no papel principal, Wallace um moço romântico que depois de ser traído pela ex-namorada resolve passar um ano sozinho. Em uma festa organizada por seu melhor amigo Allan (Adam Driver – sim! nosso querido Adam de Girls), ele acaba conhecendo Chantry (interpretada pela fofa Zoe Kazan).

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    Quando você percebe o quão rápido tudo pode desmoronar.
    Faz você não querer desistir de algo bom, de novo.
    Seja lá o que há entre nós.
    Isso é bom.
    É tão bom, que na verdade, foi a melhor coisa que já aconteceu comigo.
    E eu não quero que isso termine.
    Eu também não quero.

    É tipo amor a primeira vista. Eles tem uma identificação incrível com o papo, os gostos, as conversas, o humor sarcástico e as brincadeiras bestas. Olhinhos de Wallace brilham até o momento que ele descobre que a moça tem namorado. Como lidar?

    O que faria você? Contaria que está apaixonado pelo amigo ou seguiria a amizade com a esperança de que um dia poderia se transformar em ‘algo mais’? Pois é. Dilema que Radcliffe vive durante todo o filme, ainda mais quando se vê obrigado a conhecer o namorado de Chantry, que de repente está indo embora para a Irlanda e deixará o caminho livre para ele. Por outro lado eles namoram há anos e tem um namoro perfeito, será que algum dia Wallace conseguirá ficar com ela do modo que deseja?

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    Confesso que gostei bastante, é aquele tipo de história que te faz ficar sorrindo para a tela, torcendo para que os dois fiquem juntos e achando MEGA FOFA a relação de amizade e cumplicidade que eles tem.

    A cena do casamento de Allan e a namorada, para mim, foi uma das mais bonitas do filme. Belas declarações de amizade e coisas ditas indiretamente.

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    O filme é muito bem conduzido pela direção, fugindo de alguns esteriótipos pré-marcados em comédias desse estilo, a gente acha que vai acontecer uma coisa e de repente acontece outra. E assim vamos até o final que nos surpreende um pouco. Assistam que é um daqueles filmes que deixa a gente cheio de vontade de amar!
    Trailer:

    Hoje eu vou trazer para vocês a receita que tem no filme, que é um sanduíche chamado Ouro de Tolo, eles tem uma conversa muito engraçada sobre ele, Elvis Presley e comer coisas pesadas. Como eu achei que não teria estômago para comer tal sanduíche, passo para vocês abaixo a receita e vídeo que explica o passo-a-passo. Se você é forte faça e depois me diga! O pessoal do filme gostou bastante. Haha =)

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    Siga os passos do vídeo e seja feliz!

  • Ação,  Romance,  Salgados

    Os Agentes do Destino & Panquecas

    Os agentes do destino, filme de 2011 dirigido por George Nolfi (que foi corroteirista em O Ultimato Bourne) é uma adaptação ao conto The Adjustment Team (1954), de Philip K. Dick (mesmo rapazinho que escreveu obras que acabaram resultando em “Blade Runner – O Caçador de Andróides”, “Minority Report – A Nova Lei” e “O Vingador do Futuro”).

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    Eu gosto muito da saga Bourne, é um dos poucos filmes de ação que apetecem o meu ser. Sou uma pessoa drama, mas isso vocês já sabiam. Porém, como esse filme foi indicação de uma pessoa que prezo muito, considerei assistir, já que tinha nosso querido Matt Damon, aqui sendo um político americano e a história de um encontro (ou ainda reencontro – ou muitos desencontros) me apetece o lado sentimental da coisa toda.

    “A maioria vive a vida no caminho que traçamos, com medo de explorar outro. Mas, de vez em quando, surgem pessoas como você, que superam todos os obstáculos que colocamos no caminho. Quem encara o livre arbítrio como dom, nunca saberá usá-lo até lutar por ele. Creio que esse é o verdadeiro plano do Presidente. E, talvez, um dia, nós não escreveremos o plano. Vocês o farão.”

    Quando eu digo que Deus joga The Sims com a gente, esse filme prova muito isso. Os destinos estão pré-determinados e você não pode usar seu livre-arbítrio para mudá-lo. Então porque tê-lo? Pois é. Daí começa uma divagação filosófica também.

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    O filme é classificado como uma ficção científica, mas achei bem longe disso. Acho que ele me lembrou algumas vezes, sei que isso pode parecer estranho ou não, a Asas do Desejo, o maravilhoso filme de Wim Wenders. Que é inclusive um dos meus filmes TOP10, até tenho que falar dele por aqui. Shame on me que ainda não tem post sobre.

    Com pinceladas de ação, como uma emocionante corrida na chuva, pois quando chove você não pode ser visto pelos agentes e pode fazer o que quiser (oba!), cenas românticas fofas (que você diz oimmmm em looping infinito e lembra daquele cara/garota que conheceu um dia, reencontrou anos depois e que parece que aquela historia foi escrita pra vocês), passando esse momento amor eterno, que por sinal leva muito bem o filme, temos a parte da religião, e nos indagamos: quem está no comando afinal disso tudo que vivemos?

    Bom, o filme é focado na vida de David Norris (Damon) e inicia com a derrota dele a um cargo ao senado americano. Por um acaso do destino ele se envolve em um escândalo e acaba perdendo a eleição. Na preparação de seu discurso de derrota e agradecimento aos eleitores, ele conhece Elise (a lindíssima Emily Blunt) e um único beijo faz com que os Agentes do Destino entrem em ação. Pode ser perigoso para os planos que estão traçados para a vida dele e da simpática bailarina.

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    No filme, os agentes tem total poder sobre a vida das pessoas. Como, por exemplo, fazer com que todos os telefones ao seu alcance parem de funcionar e nenhum taxista do mundo pare para você. Confesso que nessa parte me deu uma baita raiva e acho que sairia como Norris, correndo, um dia eu chego lá. Do tipo, ah é? Terão que me atropelar. Algumas vezes até achei que isso iria acontecer. É um filme que é tenso, empolgante e tu ficar torcendo para ele conseguir chegar onde quer.

    O personagem de Matt é tipo o homem que não desiste. Ele quer reencontrá-la, nunca a esqueceu e vai atrás disso sem se preocupar com nada. Ele apenas sabe que ela é a pessoa certa para ele. Eles passam anos sem se ver, porém, quando se reencontram, mesmo com todos os macetes utilizados pelos Agentes para que isso não aconteça, a sintonia é igual a do primeiro encontro.

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    Além de toda a ação, religião, ficção cientifica, temos uma coisa muito bonita ali: a ideia (ou ideal) que o destino da gente, é a gente mesmo quem faz, indo em busca do que quer, independentemente do que aquilo vá causar, a gente escreve o modo que quer se feliz e investe nessa premissa para reescrever o que algo, ou alguma coisa, a gente achou que deveria ser o certo. Por isso o livre-arbítrio e nossa capacidade insana de mudar coisas, que jamais poderiam se imaginar mudar, por aquela velha (e boa) sensação de se sentir pleno e ”em casa” ao lado de alguém.

    Trailer:

    Hoje trago junto a esse filme uma receita de panqueca. Aí todos se perguntam, por que panquecas, Sara? Porque meus caros, quando se trata da vida, o que se faz com ela e do amor, é enrolado pra caramba, tipo uma panqueca. Porém, acredito que um dia, sim mesmo, a gente desenrola essa panqueca e come o recheio primeiro. E é isso que temos para hoje. Vamos lá?

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    Panqueca

    Tempo Prep: 60 min
    Tempo Coz: 30 min
    Serve: 4

    Ingredientes

    • 1 xícara de leite
    • 2 ovos
    • 2 colheres de azeite de oliva
    • 1 xícara de farinha de trigo
    • 1 pitada de sal
    • 500 g de carne moída
    • 1 cebola picada
    • 2 dentes de alho esmagados
    • 4 tomates picados sem semente
    • 1 xícara de água
    • Sal
    • Pimenta do reino
    • Salsinha picada
    • Queijo parmesão ralado

    Modo de Fazer

    1. Comece pelas panquecas: coloque no liquidificador primeiros os ingredientes líquidos: ovos, leite e azeite. Bata por alguns minutos. Acrescente o sal e a farinha. Bata por mais alguns minutos, deixe descansando enquanto faz o recheio.
    2. Agora faça o recheio: doure bem a carne no azeite, junte a cebola, alho, deixe dourar e adicione os demais ingredientes. Deixe ferver por mais alguns minutos até que se forme um recheio denso.
    3. Frite as panquecas em uma frigideira antiaderente untada com um fio de azeite. Virando dos dois lados até que fiquem douradas.
    4. Coloque o recheio na extremidade de cima da panqueca e enrole.
    5. Coloque em um refratário, salpique com o queijo e leve ao forno pré-aquecido a 180 graus pro 15 minutinhos.
  • Comédia,  Romance,  Salgados

    Brasserie Romantiek & Risoto de Brócolis

    É dia dos namorados e o restaurante está com as reservas lotadas.

    Na cozinha o chef divide com a irmã a propriedade do bistrô. Ela, Pascaline, atende os clientes na área principal, juntamente com o excêntrico garçom, que está sempre atrasado.

    O primeiro cliente a entrar no restaurante, sozinho, é o ex-namorado de Pascaline. Há 23 anos ele a deixou esperando no altar e aparece naquela noite para pedir desculpas e convidá-la para ir com ele embora para Buenos Aires.

    Em outra mesa temos um homem tímido que marcou um encontro com uma garota que conheceu pela internet e vai inúmeras vezes ao banheiro conversar com seu alter-ego no espelho para tomar coragem e ter atitudes com a moça.

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    Um casal de meia idade, composto por uma belíssima mulher, já na casa dos 45 anos e um homem extremamente agitado, que passa mais tempo negociando os carros que vende pelo celular do que prestando atenção no jantar romântico que está.

    Tenho tudo que uma mulher de 44 anos precisa.
    Marido, dois filhos saudáveis, meu carro, metade de uma casa de campo, que vamos no calor e no frio.
    Tenho 81 pares de sapato e amante. O que mais me falta?

    Uma triste moça loira também está sozinha em uma mesa. Ela diz que havia reservado o jantar antes que o namoro tivesse tido um fim, então ela resolve ir sozinha mesmo. Divide o tempo contando seu drama existência ao atraente garçom e comendo os bombons que estão em cima da mesa.

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    É um filme curioso. Pode parecer entediante o filme todo se passar dentro do restaurante, com algumas poucas cenas externas, mas eu achei bem interessante essa forma de mostrar que nem todos os relacionamentos são perfeitos e felizes. Muitas vezes o que se estampa (aquele lance de “todo mundo é feliz no Facebook”, sacas?) não é o que acontece na real life. O diretor consegue expor bem a realidade dos conflitos internos que cada um tem e como isso pode influenciar na relação em si.

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    O filme é uma comédia e confesso que ri bastante em alguns momentos. Aconselho para uma tarde de domingo, quando a gente está sem nada pra fazer e quer assistir algo não tão profundo, mas também nem tão raso. Vale o entretenimento.

    Trailer:

    Para acompanhar o post, resolvi fazer um risoto de brócolis porque acho super lindo para servir em um jantar romântico. Peguei como referência o risoto do Jamie Oliver – Risotto Bianco – que é o risoto base dele para qualquer sabor que venha a ter o prato final. Essa receita está no livro: “A Itália de Jamie” que falamos no outro post.

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    Risoto de Brócolis

    Tempo de Preparo: 60 min
    Tempo Coz: 30 min
    Serve: 4

    Ingredientes

    • 1 1/2 litro de caldo de legumes
    • 2 colheres de azeite de oliva
    • 50 g de manteiga
    • 1 cebola grande picada
    • 2 dentes de alho picados
    • 1/2 cabeça de aipo picado
    • 400 g de arroz arbóreo
    • 2 taças de vinho branco seco
    • Sal e pimenta do reino
    • 70 g de manteiga
    • 120 g de queijo parmesão ralado na hora
    • 1 brócolis chines

    Modo de Fazer

    1. Esquente o caldo e o mantenha aquecido no fogo mais baixo que tiver.
    2. Coloque os brócolis, já divididos em pequenos buques para cozinhar no vapor – eu coloco em um saco plástico e levo uns 3 ou 4 minutos no microondas, no modo de cozinhar legumes (se o seu não tiver essa opção, pode colocar na potência 70% pelo mesmo tempo).
    3. Em uma outra panela, aqueça o azeite de oliva e a manteiga. Adicione a cebola, o alho e o aipo e cozinhe bem lentamente por cerca de 15 min, sem dourar. Quando os vegetais estiverem tenros, acrescente o arroz e aumente o fogo. O arroz começará a fritar levemente, portanto continue a mexer. Após 1 minuto. ele ficara um pouco translúcido. Adicione o vinho, sem parar de mexer. Quando o vinho for absorvido pelo arroz, acrescente a primeira concha de caldo quente e 1 boa pitada de sal. Abaixe o fogo para que a parte externa do arroz não cozinhe muito rapidamente.
    4. Continue adicionando conchas de caldo – misture e massageie o amido cremoso do arroz, esperando que cada concha seja absorvida antes de despejar a próxima. Isso levará uns 15 min.
    5. Experimente para checar se o arroz está cozido. Se não estiver, continue a acrescentar caldo até que fique tenro, mas com uma leve consistência. Não se esqueça de ajustar o tempero cuidadosamente. Se o caldo acabar antes de o arroz cozinhar, ponha um pouco de água fervente. Adicione o brócolis já cortado e cozido, mexa por mais um minuto.
    6. Retire a panela do fogo e adicione a manteiga e o parmesão. Misture bem.
    7. Tampe a panela e deixe descansar por 2 min. Sirva em seguida.
  • Comédia,  Drama,  Romance,  Salgados

    Minhas Tardes com Margueritte & Espaguete com Almôndegas

    O filme de Jean Becker, estrelado por Gérard Depardieu nos leva pela mão a conhecer a história de uma bela amizade. Margueritte (Gisèle Casadesus) é uma senhora que está na casa dos 90 anos, muito culta e leitora árdua, ela senta todas as tardes na praça da cidade dá comida aos pombos enquanto desfruta da literatura.

    Nas histórias de amor há mais que amor.
    Às vezes não há nenhum “eu te amo”, mas se amam.

    Em uma dessas belas tarde, Margueritte conhece Germain Chazes (Depardieu) no parque. Eles começam a conversar sobre a vida, os pombos e ela está a ler um livro. “A peste” de Albert Camus é um dos livros que junta essas duas vidas.

    Margueritte, uma amante das letras, apresenta para Germain a magia das palavras. Ele, que era um semianalfabeto, se encanta pela literatura.

    Como a senhorinha já era bem idosa e estava a perder sua visão, ele se propõem a ler para ela o que ela já não conseguia mais fazer. O que cria um grande elo de amizade bonita e profunda entre os dois.

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    Em “La Tête en Friche” (título original) os problemas do personagem de Depardieu são muito bem explicados com mini-flashbacks sobre sua infância, onde sofria preconceito na escola e também em casa, refém de uma mãe maluca e que só colocava ele para baixo.

    O filme nos traz aquela sensação que sempre haverão pessoas lindas e boas para se conhecer por aí, mesmo que achamos que já não restam mais almas leves e sensacionais. Existem. Pode ser aquele velhinho no banco da praça, ou aquela senhorinha na parada do ônibus. Nunca se sabe. =)

    Trailer:

    No restaurante/bar que Germain costuma encontrar com os amigos, em uma cena, é servido um belo prato de espaguete. Como eu gosto de dar um tchan no negócio todo, resolvi fazê-lo com almôndegas, que é um dos pratos prediletos para os domingos lá em casa. Vamos a receita?

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    Espaguete com Almôndegas

    Prep Time: 15 mins
    Cook Time: 30 mins
    Yields: 18

    Ingredientes

    • Para as almôndegas:
    • 400 g de carne moída
    • 1/2 cebola
    • 1 dente de alho
    • 1 ovo
    • 1 colher de azeite
    • 1 colher de molho inglês
    • 2 colher de salsa picada
    • Pimenta moída na hora a gosto
    • 1 colher de sobremesa de sal
    • 2 colheres de sopa de farinha de trigo
    • Para o molho:
    • 1 cebola grande picada
    • 2 dentes de alho picados
    • 2 latas de tomates pelados
    • 2 xícaras de água fervente
    • Sal e Pimenta do reino a gosto
    • Para o espaguete:
    • 500 g de espaguete de sua preferência
    • 1 colher de sopa de sal
    • 2 litros de água fervente
    • Queijo parmesão ralado para finalizar

    Modo de Preparo:

    1. Comece picando bem a cebola e o alho (eu costumo colocar tudo no processador que fica bem miudinho). Em um recipiente, coloque a carne moída e os demais ingredientes. Misture bem até que tudo esteja incorporado. Molde as almôndegas com as mãos úmidas.
    2. Em uma frigideira com fio de óleo aquecido sele as almôndegas de ambos os lados. Reserve.
    3. Para o molho refogue a cebola e o alho até ficarem corados. Em seguida junte os tomates pelados (passados pelo triturador ou mixer – ou ainda amassados com um garfo), o sal, a pimenta e água. Deixe ferver por alguns minutos até que fique com uma consistência mais densa. Junte as almôndegas e deixe refogar por mais uns 15 minutos em fogo baixo – se necessário, acrescente um pouco mais de água fervente.
    4. Cozinhe o macarrão na água fervente, com o azeite e o sal. Veja o tempo para atingir a consistência al dente na embalagem do mesmo.
    5. Junte o molho a massa e salpique com queijo parmesão ralado.
  • julie e julia movie
    Biografia,  Drama,  Romance,  Salgados

    Julie e Julia & Quiche au Camembert

    Julie e Julia conta a história de duas mulheres: Julia Child (belissimamente interpretada pela Meryl Streep) uma mulher americana que mudou para a Paris no final dos anos 40, por conta do trabalho de seu marido e Julie Powell (Amy Adams) moradora de Nova York dos dias de hoje.

    Sabe o que adoro sobre cozinhar? É que depois de um dia que nada dá certo (e quando eu digo nada é nada mesmo), eu venho pra casa e sei que juntando gemas de ovos com chocolate, açúcar e leite vai virar um creme. É tão reconfortante.
    (Julie Powell)

    JULIE & JULIA.

    Julia uma mulher super ativa que acompanhava o marido Paul (Stanley Tucci) diplomata a França, não aguentava mais ficar em casa sem nada fazer e, como amava a culinária, resolveu entrar em um curso de culinária do Le Cordon Bleu. Surgiu daí a ideia dela escrever um livro para as mulheres americanas com receitas de comidas francesas.

    O livro que acabou se tornando um best-sellers de 1963, chamado Mastering the Art of French Cooking (1961), foi o começo da explosão de Julia Child na história da culinária americana. Depois disso ela começou a apresentar um programa na tv, no maior estilo que conhecemos aqui no Brasil com Palmirinha, Ana Maria Braga e Ofélia.

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    Julie apaixonada pela história e vida da lendária Julia Child começa um desafio: fazer as 524 receitas do livro em apenas um ano. Para isso ela começa um blog para relatar tudo isso, chamado The Julie/Julia Project.

    O filme e leve e bem humorado, contando com a excelente atuação (como sempre) de Meryl Streep, que carrega no sotaque e esbanja bom humor até aprendendo a cortar cebolas. Amy Adams, por sua vez, consegue dar vida ao amor que as pessoas que adoram cozinhar tem. O encantamento dela ao fazer cada prato e relatá-los no blog é sensacional.

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    O filme é uma adaptação de 2 livros: “Julie & Julia” de Julie Powell e “My life in France” de Julia Child com roteiro e direção de Nora Ephron.

    Bom, uma das receitas do livro Mastering the Art of French Cooking é de uma Quiche com queijo Camembert. Como tínhamos uma manteiga Elle & Vire e um belo exemplar de Queijo Camembert Emborg, que nos foi presenteado pela AllFood Importadora, resolvemos usá-los nessa receita.

    quiche camembert filme julie julia

    Quiche au Camembert

    Preparo: 90 min
    Cozimento: 60 min
    Serve : 4

    Ingredients

    • 250 gr de farinha de trigo
    • 125 g de manteiga
    • 50 ml de água gelada
    • 3 ovos
    • 200 ml de creme de leite fresco
    • 125 g de queijo camembert
    • Sal e Pimenta do reino
    • Noz-moscada moída na hora 1 pitada de orégano
    • 1 pitada de orégano

    Modo de Fazer

    1. Em uma tigela coloque a farinha de trigo, pique a manteiga em quadradinhos e adicione a farinha. Vá mexendo até formar uma farofinha. Vá adicionando a água aos poucos até chegar a uma consistência firme. Não manipule muito a massa. Leve a geladeira por 2 horas envolta em um filme plástico.
    2. Pré-aqueça o forno a 180º.
    3. Abra a massa e coloque em uma forma. Coloque um papel manteiga forrando o fundo e coloque alguns feijões crus em cima, para fazer peso, assim a massa não cresce e permanecerá do jeito que queremos para colocar o recheio. Leve ao forno por 8 minutos.
    4. Nesse meio tempo vá preparando o recheio: corte o queijo em cubos. Em um recipiente bata os ovos, adicione o creme de leite, a noz-moscada, orégano, pimenta e sal. Mexa bem.
    5. Retire a massa do forno, coloque os cubos de queijo e jogue o creme feito em cima. Leve ao forno por uns 30-40 minutos. Fique de olho, quando estiver dourado, está pronto. Bon apetit!
  • Comédia,  Drama,  Romance,  Salgados

    Lola Versus & Lasanha de Brócolis

    Lola Versus é um filme de 2012 dirigido por Daryl Wein. É uma comédia romântica, desastrosa (no bom sentido) e divertida, para aqueles dias sem nada pra fazer, que vale cada segundo. Você, meu amigo e minha amiga que já tomaram um pé na bunda quando menos esperavam irão se identificar. Sabe aqueles filmes tipo o “500 dias com ela” que você vê várias coisas que já passou ou que ainda irá passar (mas ainda não sabe)? Então.

    lola versus

    Greta Gerwig é Lola. Lola tem uma cara tão fofa que você ia querer ser amiga dela. Você entende Lola.

    Eu sei que está mudança é inevitável.
    Mas, eu se eu não quiser que as coisas mudem?
    E seu eu gosto da minha vida do jeito que ela é?
    (Lola)

    No início do filme vemos um relacionamento legal, cheio de risadas e planos de um casamento que se aproxima. Ela e o namorado (vivido por Joel Kinnaman – nosso querido Holder (The Killing) e atualíssimo Robocop) que é o namorado perfeito, estão prestes a se casar e no melhor momento do relacionamento. Até que há 3 semanas do casamento, aos 29 anos, Lola leva um pé na bunda do namorado, o qual foi seu primeiro amor, que conhece desde o ensino médio. Ele desiste de tudo sem muitas explicações. O que era um momento de alegria vira “o mundo contra Lola”.

    lola versus

    Nessa nova fase ela contará com o apoio da amiga Alice (Zoe Lister Jones – que além de atuar, assina o roteiro do filme) e Henry (Hamish Linklater – como não amar? Pra quem não lembra, ele é o excêntrico irmão de Christine em The new adventures of old Christine), de seus pais (que são ótimos!) e entre trancos e barrancos vai levando a vida, cometendo as mais diversas bobagens o que é super normal no estado que se encontra.

    Marc Webb consegue retratar com singeleza e sinceridade esse momento frágil da vida de uma pessoa, em que ela, machucada, se envolve com pessoas que não deve, toma porres homéricos e fala o que não deve.

    lola versus

    O filme tem uma levada muito interessante, que nos faz rir de uma forma natural, sem forçação de barra ou apelos. Muito bem montado, foi bem aceito pela crítica e público, mas circulou fora do circuito comercial, ele nos mostra, apesar de todos os problemas, que todo mundo já passou por isso e não é o fim do mundo.

    É um momento para se redescobrir e depois amanhecer cheio de vontade de viver novamente. Pega na mão de Lola e vá assistir o filme.

    Trailer:

    Hoje para acompanhar o filme temos uma lasanha de brócolis e isso tem a ver com o aconchego que uma lasanha dá. Lasanha tem cara de colo de mãe, de abraço de amigo e de superação dos problemas. Eu acho que um bom prato de lasanha faria Lola feliz. Além do mais hoje é segunda e segunda é dia de ‘Segunda sem carne”. Por isso aproveite o clima para fazer esse prato hoje para o jantar. Vamos a receita?

    Lasanha de Brócolis

    Preparo: 60 min
    Cozimento: 45 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • Para o molho bechamel: 2 colheres de sopa de manteiga
    • 3 colheres de sopa de farinha de trigo
    • 2 xícarás de chá de leite
    • Noz-moscada
    • Sal
    • Pimenta-do-reino
    • 50 g de queijo gorgonzola
    • 1/2 cebola picada
    • 2 dentes de alho esmagados
    • 200 g de brócolis frescos
    • Azeite de oliva
    • Pimenta do reino branca
    • 250 g de massa de lasanha
    • 50 g Queijo parmesão ralado

    Modo de fazer

    1. Como eu usei a massa fresca, cozinhei ela por alguns minutos em água fervente com um fio de azeite. Pois achei que não deveria ficar muito tempo no forno, para o brócolis não perder o ponto, apenas para gratinar. Fui acertiva.
    2. Vamos ao bechamel: Em uma panela doure a manteiga e adicione a farinha de trigo. Mexa sem parar e vá adicionando o leite quente. Tempere com sal, noz-moscada e a pimenta do reino até engrossar um pouco. Adicione o gorgonzola esmagadinho e reserve.
    3. Brócolis: Em outra panela doure o alho e a cebola no azeite de oliva. Adicione o brócolis, sal e pimenta do reino e deixe cozinhar por uns 2 minutos abafando com uma tampa. Reserve.
    4. Montagem: Em um refratário coloque uma camada de molho bechamel, massa e brócolis. Sempre intercalando massa + molho + recheio. Finalize com o molho e uma generosa camada de parmesão ralado. Leve ao forno a 180º por uns 20 minutos, apenas para gratinar.
  • Drama,  Romance,  Salgados

    Once & Batatas Rústicas

    Glen Harsand é um músico e compositor irlandês, já conhecia ele antes do filme, pois ele é BFF (best friend forever) de um dos meus cantores prediletos, o também irlandês, Damien Rice. Quando me deparei com esse filme levei um pouco de medo, pois não gosto nem um pouco do gênero ‘musicais’.

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    Deixei pra lá os preconceitos e assisti. Anos depois revisitando o mesmo filme, porém, com outros olhos, me senti ainda mais tocada pela história e a forma com que ela é contada. As músicas não são colocadas na história como na maioria dos filmes do gênero, mas sim, elas se encaixam perfeitamente (sem ser irritante) no contexto e momento. E já ressalvo que 10% do filme é de fato um musical, o resto é como uma filmagem normal.

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    Bom, vamos falar sobre a história? “Guy e Girl”. Não temos nomes para os personagens. Guy é vivido por Harsand, um cara que trabalha na loja de consertos de aspiradores de pó do pai e toca nas ruas seu violão, por alguns trocados, apenas pelo amor a música.

    Um coração partido pela ex-namorada e letras melancólicas dedicadas a ela. Girl, é vivido pela cantora/pianista/compositora tcheca Markéta Irglová, uma guria que vive vendendo flores no centro de Dublin, mora com a mãe e a filha pequena em um pequeno apartamento, separada do marido que ficou na cidade Natal, ela ainda sente algo por ele e tem uma certa melancolia no olhar.

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    No meio da agitação da cidade, as duas vidas acabam por se cruzar. Ela para para assistir ele tocando violão e cantando, a partir daí começa uma grande amizade.

    Descobrem então que tem uma coisa em comum, além das dores do amor e os corações partidos: a música.

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    É a partir daí que o filme começa a emocionar pra valer. Desde os duetos que os dois fazem, com piano e violão, até os ensaios para a gravação do disco que ele faz antes de partir para Londres, em busca de uma nova vida, a história te abraça de uma forma, que nas cenas finais, você se vê cantando junto enquanto não segura mais as lágrimas que caem, tamanha beleza da doação entre duas pessoas que existe ali.

    Uma fuga, um abraço, quem sabe um novo amor. Ou apenas mesmo aquela amizade bonita que faz dos dias e noites da gente melhores.

    Curiosidade: O filme ganhou o Oscar de melhor canção em 2008 por Falling Slowly.

    Trailer:

    batatas-rusticas

    Batatas Rústicas

    Preparo: 40 min
    Cozimento: 30 min
    Serve: 2

    Ingredientes

    • 4 batatas médias
    • 2 colheres de manteiga
    • Alecrim
    • Sal
    • Pimenta (a de sua preferência, ou se não gostar, simplesmente não coloque)

    Modo de Fazer

    1. Lave bem as batatas em agua corrente. Seque com um pano de prato limpo ou papel toalha. Corte em pedaços médios (nem muito finos, nem muito grossos) e leve ao fogo em uma panela com água até ela ficar macia, porém tenra. Pré-aqueça o forno a 200º. Coloque dentro do forno a forma com as colheres de manteiga. Escorra as batatas e deixe com que descansem até que o forno se aqueça. Pegue a assadeira (tome cuidado para não se queimar) e distribua as batatas nela. Salpique com sal e todos os demais temperos. Leve ao forno por uns 40 minutos, sendo que, na metade do tempo vire as batatas para que dourem por igual. Abra uma Guinness, saboreie suas batatas e seja feliz!