Drama,  Salgados

Io Sono l’amore & Quiche de Brócolis

Esse não é um filme fácil de falar. Depois de muitas trocas de idéias com minha querida amiga Dai Dantas, consegui expor um pouco de tudo o que a gente acaba sentindo quando assiste a ele.
“Eu sou o amor” – pensem nesse título. O que vem a cabeça?

Dirigido por Luca Guadagnino, o filme se passa em Milão e o plano de fundo é uma família da alta burguesia italiana. O avô que comanda o negócio da família e está se aposentando, anuncia isso em um jantar, onde nomeia o filho e o neto como novos dirigentes da empresa.

A excepcional Tilda Swinton é a esposa correta, elegante, que criou com amor os três filhos, que junto com a governanta fiel mantém sob controle toda a casa e, por conseqüência, a família toda. Me apeguei muito a essa personagem vivida por Tilda, pois ela demonstra não só uma força incrível como também uma fragilidade iminente. Descobre na filha uma liberdade que ela não soube se dar. Acho bonita demais a relação de respeito entre as duas. Uma amizade entre mãe e filha com muito amor e sinceridade. É chegado o dia que, por acaso, ela encontra um cd que a filha daria ao irmão contando sobre seu novo amor: uma outra mulher. É nítido nesse momento, no semblante da personagem, que não há um estranhamento, mas sim, uma compreensão. Arrisco-me até a dizer que uma admiração pela coragem da filha.

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Então temos o irmão, Edoardo. O primogênito da família, o garoto certinho que resolve abrir um restaurante com o novo amigo ‘chef’. Tem uma namorada, uma vida estável e um certo ‘controle’ sobre o pai do amigo que acha que o filho é um sonhador e Edoardo centrado consegue convencer o pai dele que eles abram o restaurante.

Temos uma fotografia incrível nas cenas da casa a duas horas de Milão, onde seria montado o restaurante e onde o chef cultiva suas próprias ervas e produtos para cozinhar. Tipo um sonho de consumo de qualquer pessoa que ame uma vida FORA do horror das grandes cidades (leia-se: eu).
Eu pensei muito antes de revelar essa parte do filme, pois é uma coisa que seria ‘uma surpresa’, mas depois de repensar, vi que tem muitas outras coisas que são tão surpreendentes quanto isso: o amigo chef e a mãe de Edoardo se apaixonam perdidamente.

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Uma mulher mais velha, um jovem chef, uma família toda por trás. Como proceder? Simplesmente vive-se. Tenho toda uma teoria sobre isso. Ela há alguns dias tinha visto a filha largar o namorado, cortar o cabelo curto e ir viver o amor por outra mulher sem nenhum medo do que ‘diria’ a sociedade, nem família, nem ninguém. É engraçado como no filme demonstra que o amor realmente acontece por acaso. As pessoas podem estar comprometidas com outras, ou sós, não tem como medir. Nem programar. Quando vê já está envolvido na relação. E como fazer para sair? E se não quer sair? Complexo.

O mais interessante nesse envolvimento dos dois é o fato de que com ele ela não precisava de máscaras. Não precisava mais ser ‘’a russa que já é uma italiana’’ – ela podia ser ela. Podia cozinhar com ele, comer a sopa que lembrava a infância dela. Ela podia deitar na grama, andar sem roupa, rir e abraçar. Ela se sentia livre com ele. Porém, as conseqüências dessas escolhas podem nem sempre serem fáceis, mas tem-se que escolher. Não há como viver uma vida dupla pra sempre. Pois isso não é viver.

Quiche de Brócolis

Prep Time: 15 mins
Cook Time: 30 mins
Yields: 18

O que você vai precisar?

  • 250 gr. de farinha de trigo
  • 100 gr. de manteiga sem sal
  • 1 colher de café de sal
  • 4 a 5 colheres de sopa de água gelada
  • 1 maço de brócolis cozido no vapor (al dente)
  • 1 cebola picada
  • 2 dentes de alho amassados
  • 2 colheres de shoyu
  • Azeite
  • Sal a gosto
  • Pimenta do reino moída na hora a gosto
  • 150 gr. de queijo (da sua preferência) picado em quadradinhos (usei um queijo colonial que é bem parecido com muçarela
  • 03 ovos
  • 01 lata de creme de leite
  • Pimenta do reino a gosto
  • Sal a gosto

Como fazer?

  1. Massa: Corte a manteiga em cubos e junte ela a farinha e o sal. Vá misturando até que se forme uma farofa – em seguida coloque a água e vá juntando até que se forme uma bola – não é pra sovar a massa, apenas ir juntando. Coloque a massa na geladeira enquanto faz o recheio.
  2. Recheio: Refogue a cebola no azeite, acrescente o alho, deixe dourar. Junte os brócolis e deixe por mais uns 2 minutos. Adicione o shoyu, o sal e a pimenta do reino moída. Reserve.
  3. Creme: Bata os ovos vigorosamente, junte o creme de leite, tempere com o sal e pimenta.
  4. Montagem: Vá abrindo a massa encaixando ela na forma. Essa massa é bem maleável para fazer isso com as próprias mãos – acho mais prático do que abrir com o rolo. Leve ao forno pré-aquecido por uns 10 minutinhos. Cubra o fundo da massa com o os brócolis e adicione os cubos de queijo. Em seguida despeje o creme de ovos por cima. Forno por uns 30-40 minutos. Quando estiver corada e firme está pronta.

A dona da cozinha.

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